34
Uma das duas poderia morrer e eu precisava fazer alguma coisa.
Inclinei-me para a porta do carro e levei minhas mãos, que estavam presas, até ao puxador.
As nuvens começaram a se esconder atrás das montanhas.
Caminhei lentamente até o celeiro e abri a porta.
Entrei e fechei a porta atrás de mim.
Escondi-me atrás de uma pilha de feno. O lugar era assustador.
Ali, em meio ao lixo velho e empoeirado, estavam as gêmeas.
Jennifer ficou na frente de Yunjin — Você parece um zumbi.
— Uau, Jen, obrigada pelo elogio. Você também não está nada mal. — disse ela em uma voz quase que bem-humorada. A voz de Yunjin e sua presença fizeram meu coração bater mais rápido. — Onde está Chaewon?
— Por que tem sangue na sua camisa? — perguntou, sua voz estranhamente calma.
Suas vozes eram muito parecidas uma com a outra; estava ficando difícil entender quem estava falando, a menos que eu estivesse olhando para elas.
— Você me prometeu que, se eu aparecesse, deixaria a Chaewon ir embora. Aqui estou onde você queria que eu estivesse, a Chaewon não tem nada a ver com isso. Deixe-a ir. — disse. — Fiz o que você me disse e deixei minha arma no carro.
— Nunca prometi nada a você. Eu lhe disse que tínhamos que conversar primeiro.
Yunjin esfregou as têmporas; percebi que ela estava perdendo a paciência — Sobre o que você quer falar? Espere, você é real ou é apenas fruto da minha imaginação? Talvez eu finalmente tenha perdido a minha sanidade mental e vejo você ressuscitada na minha frente. — riu.
— Estou ouvindo o sarcasmo. Você precisa entender, eu tive que fingir que estava morta. Não havia outra maneira. Veja, eu...
— Você é uma agente do FBI — concluiu.
Os olhos de Jennifer se arregalaram, seu disfarce já havia sido descoberto.
Yunjin sabia da sua verdadeira identidade.
— O que eu não entendo é por que você se esforçaria para se passar por mim a menos que você tenha um objetivo oculto. Porquê, Jen? O que você quer?
— Eu quero a verdade. É tudo o que eu preciso.
— Diga-me a verdade você. Você que é a agente do FBI, eu sou a criminosa, lembra? — brincou.
— Eu sei que você matou três pessoas, mas não perguntei sobre isso. Quero saber se você matou os outros. — então seus olhos se concentraram em outra coisa. — O sangue em sua camisa, o que você fez?
Uma longa pausa.
— Fui até à mansão.
— O quê?
— Você me ouviu da primeira vez. Eu fui à mansão...
— E?
Um telefone começou a tocar.
Jennifer enfiou a mão no bolso e tirou o celular. — Agente Huh.
Outra longa pausa.
O silêncio era sufocante.
— Como isso é possível? Deve haver um erro!
Os olhos de Jennifer caíram sobre Yunjin.
Ela interrompeu a chamada.
Achei que uma veia da Jennifer iria estourar naquele momento. — O que diabos você fez, Yunjin?!
A tranquilidade que ela havia mantido até então evaporou.
— Por que você estava na mansão? Você fez?
— E se eu tivesse feito?
Quem fez o quê? Sobre o que elas estavam falando?
— Eu te condenarei e você irá para o inferno! — Jennifer jurou. — Recebi uma ligação da polícia. A empregada encontrou um corpo mutilado na cama encharcada de sangue. As paredes estavam cheias de sangue, Yunjin!
Jennifer estava respirando pesadamente.
A raiva estava dando lugar à dor.
A Huh praticamente se lançou contra Yunjin e pegou a gola de sua camisa.
— Você! Você está tão cheia de desejo de vingança que nem sequer considerou as consequências de matar Taecyeon a sangue frio!
Yunjin não piscou diante da insinuação ultrajante, em vez disso, ela tirou uma pistola da cintura e a ofereceu à irmã. — Você acha que eu o matei? Bem, adivinhe só, não vou tentar convencê-la do contrário. Pode dizer aos policiais que eu estava armada e que você tinha que fazer o que fosse preciso.
Um movimento chamou minha atenção.
Duas pessoas estavam posicionadas em dois esconderijos diferentes, com suas armas apontadas para Yunjin.
Meu sangue congelou naquele momento.
Não pensei antes de me levantar e ir em direção a elas.
O som dos meus sapatos batendo no chão fez com que Yunjin se virasse.
— Jin!
— Por que você saiu do carro? — Jennifer perguntou, irritada.
Eu me aproximei de Yunjin.
Seus olhos castanhos mantiveram-se em mim enquanto eu caminhava em direção a ela, em seguida, seus olhos se voltaram para as algemas.
— Solte ela, Jennifer. — disse Yunjin em um sussurro ameaçador.
— Não.
— Tire isso dela. Não vou lhe pedir pela terceira vez.
Jennifer provavelmente captou o tom ameaçador na voz de Yunjin.
Isso me deu a ideia de que, embora Jennifer fosse forte, ela ainda tinha medo de sua irmã. Ela tirou um par de chaves do bolso e as jogou na direção de Yunjin, que as pegou em pleno ar.
Sem dizer uma palavra, Yunjin me soltou das algemas e as deixou cair no chão.
— Chaewon, saia do celeiro. — ordenou.
Yunjin entrelaçou minha mão na dela. — Faça o que ela diz, Chae.
Neguei com a cabeça, inclinei e sussurrei em seu ouvido. — Há pessoas escondidas aqui que vão atirar em você.
— Eu sei. —respondeu. — Não há outra maneira. O assassino fez isso de propósito e eu caí na armadilha que ele montou em minha casa. Nosso pai foi morto.
— Não posso... não posso deixar você aqui.
— Chaewon! — Jennifer me avisou.
— Eu confio na Yunjin! — eu disse.
— Não importa se você confia nela ou não. A lei decidirá a punição apropriada para Yunjin. Saia do celeiro, Chaewon.
— Prometa-me que ela não levará um tiro. Prometa-me, Jennifer!
Huh levantou a mão para os homens escondidos — Abaixem as suas armas. Huh Yunjin, você tem o direito de permanecer.... -
De repente, o som de um tiro ressoou pelo local.
Jennifer se virou para os homens. — Que diabos, eu disse para vocês não atirarem!
Os homens pareciam confusos.
Nenhum tiro foi disparado por eles.
O tiro foi disparado do andar superior.
Olhei para cima e havia alguém, uma forma escura que se moveu em direção à janela e rapidamente desapareceu.
Yunjin cambaleou e caiu de joelhos com a palma da mão sobre a sua ferida. Eu estava chocada demais para me mexer.
Jennifer se ajoelhou ao lado dela, deitando a cabeça da gêmea no seu colo — Você não pode morrer, Yunjin....Fique comigo!
Ela sorriu e tocou a mão ensanguentada no rosto de Jennifer. — Eu nunca... — ela tossiu. — Nunca duvidei de você.... Eu confio em você, Jen. Mesmo que você tenha me abandonado por anos, eu confiava em você.
Huh tinha lágrimas nos olhos. — Eu tinha que fazer isso! Pelo bem do meu trabalho e por aquelas pessoas indefesas! Nunca me interessei pela empresa, idiota, achei que você a queria mais do que tudo.
Yunjin riu.
A bochecha de Jennifer estava manchada de sangue.
— Se eu morrer, encontre esse desgraçado e mate-o.
Jennifer começou a sacudi-la. — Yunjin, fique comigo! — Ela se virou para os homens que estavam no canto observando. — Sigam aquele cara!
Afastei o cabelo de Yunjin de seu rosto — Não me deixe... — comecei a chorar quando a realidade da situação começou a se encaixar. — Jin...
Jennifer estava chamando alguém e gritando ordens.
Os olhos de Yunjin estavam se fechando e ela apertou minha mão. — Tenho que lhe contar uma coisa.
Olhou diretamente para mim. — Liguei para Taecyeon antes de ir para a mansão. Queria conversar com ele sobre tudo o que estava acontecendo. Eu queria saber... por que ele nos odiava tanto, queria saber se ele havia matado nossa mãe. Eu... eu... entrei no quarto e o vi... se afogando na sua própria poça de sangue. Eu perguntei quem tinha feito aquilo...
— O que ele disse?
— Ele... me deu um nome.
— Quem fez isso?
Yunjin abriu a boca para dizer o nome e, em seguida, seu corpo ficou frouxo.
— Não. Não. Não. Não. Não. Acorda! Yunjin! — gritei.
Jennifer estava ao meu lado em um segundo, ela estava lidando com isso pior do que eu. Ela estava praticamente à beira da histeria, verificando seu pulso com as mãos trêmulas.
— Chaewon, Yunjin não está respondendo.
— Ela tem pulso. Acho que ela está inconsciente.
Toquei o ferimento de Yunjin. — Mantenha a pressão sobre o ferimento. Não sei até onde a bala se alojou. Se ela perder muito sangue, isso pode ser fatal. Devemos levá-la ao hospital mais próximo.
— A estrada não é segura e a ambulância está chegando com todo o equipamento. E se ela...? — Jennifer chutou uma caixa de madeira velha e empoeirada que voou e se chocou contra a parede. — Droga, quanto tempo vai demorar para a ambulância chegar aqui?!
Foi então que percebi que tanto Jennifer quanto Yunjin tinham problemas de temperamento.
Por fim, as sirenes da ambulância estavam tocando.
Vi os paramédicos chegarem.
Yunjin foi levada para fora do celeiro em uma maca.
Jennifer e eu olhamos uma para a outra, estávamos cobertas pelo sangue de Yunjin.
— Jin sabe quem é o verdadeiro assassino. — eu disse.
— Ela lhe deu um nome?
— Não conseguiu a tempo.
— A culpa é minha... — disse Jennifer. — Se eu não a tivesse chamado para conversar, nada disso teria acontecido. Achei que se eu não a atraísse para cá com você como isca, ela não apareceria.
— Você queria vê-la, não queria?
Ela cobriu o rosto com as mãos. — Eu falhei como irmã. Ela sabia quem eu era. Sinto-me tão envergonhada por duvidar da minha própria irmã.
Cruzei os braços sobre o peito.
Meus olhos lacrimejaram — Você acha que a Yunjin...?
Não consegui nem completar a frase porque não conseguia nem pensar em perdê-la.
— Ela sobreviverá, Chaewon. Ela não pode morrer quando a outra metade dela está viva. — apontou para si mesma.
— Ela precisa sobreviver...
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nossa quanto drama viu que isso gente
gostaram da capinha nova que a diva drika fez? ela arrasa demais
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