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ᅠᅠᅠㅤㅤ ・000・ᅠ 𝑫𝒐𝒍𝒍𝒉𝒐𝒖𝒔𝒆

ੈ✩‧₊˚ 𝑪𝑨𝑺𝑨 𝑫𝑬 𝑩𝑶𝑵𝑬𝑪𝑨𝑺 *ੈ✩‧₊˚
🔸✧.* Prólogo. 🔸✧.*

VIVIER EM CONSTANTE adrenalina era algo que Helena era acostumada. Sua carreira na polícia começou logo depois que se formou na faculdade de educação física. A adrenalina que ela sentia em cada operação policial era viciante. O risco, a necessidade de estar sempre alerta, o confronto constante com o perigo, tudo isso lhe dava uma sensação de controle que ela raramente sentia em outras áreas de sua vida.

Helena cresceu em uma casa que, à primeira vista, parecia perfeita. A fachada da casa na cidade de Imperatriz era impecável, com um jardim bem cuidado e paredes sempre pintadas de branco. Para quem olhava de fora, a família Castro era um exemplo de sucesso e harmonia. Mas Helena e seu irmão mais velho, Heitor, conheciam a verdade por trás das cortinas fechadas e dos sorrisos forçados.

Desde pequena, Helena sentia o peso das expectativas. Sua mãe, sempre preocupada em manter as aparências, controlava todos os aspectos da vida familiar. Era como se a casa fosse uma casa de bonecas, onde todos precisavam desempenhar seus papéis perfeitamente. As crianças tinham que ser exemplares, os pais deviam ser o casal perfeito, e nenhum erro era tolerado. No entanto, quando as portas se fechavam, a realidade era muito diferente.

Heitor, apenas dois anos mais velho que Helena, foi o primeiro a perceber as rachaduras na fachada perfeita. Ele via como os pais brigavam constantemente, como o pai se ausentava cada vez mais e como a mãe escondia suas frustrações atrás de uma máscara de perfeição e uma garrafa de bebida. Heitor se tornou protetor de Helena, tentando, como podia, poupá-la das verdades mais duras, mas mesmo ele não conseguia escapar da pressão.

Na adolescência, a situação se agravou. As discussões entre os pais se tornaram mais intensas e frequentes. Heitor começou a se rebelar contra as expectativas sufocantes, se envolvendo em comportamentos que iam contra a imagem perfeita que a família tentava manter. Helena, por outro lado, internalizou o caos, esforçando-se ainda mais para ser a filha perfeita, esperando que isso pudesse de alguma forma restaurar a paz na casa.

Helena sempre se sentia como uma boneca, uma peça de um espetáculo meticulosamente ensaiado, onde a realidade era sufocada por uma necessidade desesperada de manter as aparências perfeitas para todos na cidade.

Heitor, cansado de viver sob as regras opressoras da mãe e o desdém do pai, começou a se afastar da família. Ele saía de casa por longos períodos, voltando apenas quando sabia que Helena precisava dele. Mesmo com as brigas constantes entre Heitor e os pais, Helena nunca deixou de admirar seu irmão. Ele era sua âncora, a única pessoa que via o mundo como ela via e que entendia o peso de estar naquela família.

Com o tempo, Helena começou a perceber que a perfeição que sua mãe tanto buscava era uma ilusão. Ela via como a casa perfeita era, na verdade, uma prisão, e como os sorrisos forçados escondiam feridas profundas. Heitor foi quem a ajudou a enxergar isso, mostrando-lhe que não era preciso seguir as regras de um jogo tão distorcido. Ele incentivou Helena a encontrar sua própria voz e a não se perder no papel que os pais haviam escrito para ela.

Na escola, as coisas não eram melhores. A pressão para se encaixar, para ser a filha exemplar e esconder os problemas de casa, só aumentava. As piadinhas e apelidos dados pelos colegas não ajudavam. Helena se tornava cada vez mais introspectiva, sentindo que ninguém além de Heitor entendia sua realidade. Ele, por sua vez, começou a se envolver em comportamentos autodestrutivos, refletindo sua frustração com a vida que levavam. O caos dentro de casa se refletia em suas ações, mas também em sua determinação de proteger Helena a qualquer custo.

Um dia, após uma briga particularmente intensa entre os pais, Heitor decidiu que não podia mais viver naquele lugar, então ele simplesmente arrumou suas coisas e saiu de casa, deixando Helena para trás, sozinha para lidar com os pais e todos ao redor.

A partida de Heitor foi devastadora para Helena. Ela se sentiu traída, abandonada, como se o único fio que a mantinha conectada ao mundo tivesse sido cortado. Ela estava completamente sozinha, sem ninguém para dividir o fardo que se tornava cada vez mais insuportável.

Na escola, Helena começou a se isolar ainda mais. Ela parou de tentar se enturmar, desistindo de se encaixar. As horas em sala de aula se arrastavam, e Helena se afundava cada vez mais em seus próprios pensamentos, sua mente presa na solidão e no medo de enfrentar tudo sozinha. Ela evitava conversas, olhares e até mesmo ajuda quando oferecida. A pressão de ser a filha exemplar, de esconder os problemas de casa, se tornou uma armadilha sufocante que a consumia lentamente.

O comportamento dos pais piorou com a ausência de Heitor. A mãe, desesperada para manter as aparências depois do filho "fugir" se tornou ainda mais controladora, vigiando cada movimento de Helena. O pai, por sua vez, parecia cada vez mais ausente, mergulhado em seu próprio mundo, indiferente ao que acontecia ao redor.

Helena, sem saber como lidar com a dor e o abandono, começou a desenvolver suas próprias formas de escape. Ela se enterrava nos estudos, não por paixão, mas como uma maneira de entorpecer seus sentimentos. A perfeição acadêmica se tornou sua armadura, uma maneira de manter as pessoas à distância, de evitar perguntas que ela não queria responder. Mas por trás das notas altas e das redações impecáveis, Helena estava desmoronando.

As noites eram as piores. Sozinha em seu quarto, Helena chorava silenciosamente, sentindo a falta de Heitor, desejando que ele voltasse, mas sabendo, no fundo, que ele jamais o faria. As brigas dos pais ecoavam pela casa, e Helena desejava poder desaparecer, sumir daquela realidade opressiva. Mas, ao mesmo tempo, ela sabia que fugir não era uma opção para ela como fora para Heitor. Ela não podia abandonar tudo e todos, ou pelo menos, era o que ela dizia a si mesma para suportar cada novo dia.

Quando finalmente completou 18 anos, Helena fez as malas e se mudou para o mais longe que conseguia de Imperatriz. A cidade que a viu crescer, com suas memórias dolorosas e as paredes sufocantes da casa onde viveu, ficou para trás como uma página virada de um livro que ela não queria mais ler. Ela escolheu São Paulo, distante e vibrante, onde poderia começar do zero, sem o peso das lembranças que a assombravam.

São Paulo era tudo o que Imperatriz não era. A cidade nunca parava, e Helena se viu imersa no ritmo frenético, que a distraía de tudo o que havia deixado para trás. As luzes, o barulho, a diversidade de pessoas e culturas, tudo isso a encantava e, ao mesmo tempo, a mantinha em movimento, como se, ao nunca parar, ela pudesse escapar do passado.

Mas mesmo na correria de São Paulo, longe das lembranças físicas de Imperatriz, Helena não conseguia se libertar completamente do que havia vivido. Ela frequentemente se pegava pensando em tudo que ficou para trás.

15 anos depois, no auge de seus 30 anos, Helena recebe um convite inusitado que resolve aceitar, mas mal sabia ela, que um site maluco e uma mulher ainda mais maluca, fariam com que ela acabasse voltando a ter 15 anos e assim, teria a chance de consertar sua relação com o irmão mais velho e com os antigos colegas e os inimigos que ela tanto odiava na época da escola.

ੈ✩‧🔸₊˚ Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.

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