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Photograph

"Sob o sol laranja nós
dançamos sem sombras
Não existem despedidas
planejadas, agora me
encontre nas minhas
lindas lembranças"
— Eight, IU feat. Suga (BTS)

Chego em casa depois de mais um dia de treino na empresa, estava exausta e com razão, já passava da meia-noite. Deixei a mochila em cima da cadeira e fui até o banheiro, implorando por um banho e dormir até tarde no dia seguinte, mesmo sabendo que precisaria acordar em pouco menos de oito horas de novo. Amava o que eu fazia, mas era cansativo, aquele seria apenas mais um dia entre tantos outros.

Não me demoro muito no banho, apenas o suficiente para que me sentisse limpa novamente e sem aquela camada irritante de suor pela minha pele. Já pendurando a toalha no lugar, percebo que nem ao menos tinha pego uma roupa naquela pressa toda, então vou até o quarto e abro o armário. Com o puxão que dei, sem querer uma das portas desprendeu do lugar, mas por sorte, consigo pegá-la antes de chegar ao chão.

Em compensação, quando ouvi o barulho de algo leve caindo do chão, senti todo o meu corpo gelar. Sem coragem para olhar, apenas deixei a porta apoianda em uma das laterais do armário e peguei uma roupa, vestindo-a. Quando já estava vestida com o pijama de tecido fino, percebi que não poderia evitar olhar o objeto caído para sempre, então me abaixei e o peguei, confirmando o que eu imaginava desde o início.

O porta-retrato de madeira, que ganhei anos atrás ainda na pré-escola, estava com algumas partes quebradas e era possível ver alguns cupins, o que era imaginável considerando do que era feito. Além disso, o fio que era usado para pendurá-lo tinha sido arrebentando, mas por sorte a tampa era de plástico, não de vidro. Corri para a cozinha e procurei por algo que poderia ser usado para retirar o que prendia a parte de trás, que era feito de um material mais duro. Peguei uma colher e usando a parte de segurar, consegui o que queria e vi que realmente estava muito quebrado e cheio de cupins, então apenas tirei a foto e, com pesar, joguei-o no lixo.

Voltei para sala com a fotografia em mãos, ainda triste por ter praticamente jogado uma parte da minha infância no lixo. Aquele porta-retrato preto e com três espaços esbranquiçados em duas das laterais que eram a lembrança de que um dia, existiram ali botões de cores que não me lembro bem. Eu poderia comprar outro, não? Não seria o mesmo, mas ainda assim poderia.

Observei a foto. Eu estava no canto direito, abraçada a uma garota de cabelos curtos que por sua vez, tinha uma outra menina agarrada a si, lembro delas como se fossemos recentes conhecidas: eram minhas melhores amigas no auge dos meus seis anos. Ao lado delas, outras quatro garotas estavam sentadas no chão com gramado também. Já os garotos estavam de pé, abraçados com um deles que estava fantasiado de homem de ferro por ser seu aniversário, além disso, era uma festa de despedida. Ele sorria tanto, nem parecia triste por ir embora para longe, como se no fundo, bem no fundo, tivesse a esperança de voltar. Junto com eles, a professora estava no meio, sorridente como todos.

Lembrava bem daquele dia, a felicidade parecia transbordar por cada cantinho da foto. Percebi, por mais que a visse todo santo dia, não a dava valor, era apenas uma decoração que perdeu meu carinho conforme o tempo, mas para a Jiwoo de anos atrás era tão importante quanto a própria vida. Finalmente desacelerei e compreendi o quanto aquele momento, uma simples festinha de despedida de um amigo que nem ao menos foi a última que participei, era importante para mim. Não apenas o momento, as pessoas também.

Algumas daquelas crianças eram irritantes, implicando comigo toda hora, mas ainda assim me faziam falta. Delas, contei quatro que naquela época não queria encontrar nunca mais, entretanto, agora, com uma versão mais velha de mim, queria sim pelo menos notícias. Todo o resto foi incrível comigo, participaram dos meus dias bons, dos problemas bobos até os não tanto assim. Eram meus amigos.

Observei um pouquinho mais a foto, percebendo que dois deles não usavam o uniforme que o resto da turma usava e também lembrei do motivo: eles não estudavam lá. Já haviam estudado, mas naquela época não. Por que eles estavam ali? Éramos tão próximos naquela época que não poderia faltar ninguém da roda de amizades? A resposta era sim, e meu coração doeu de perceber que apenas dois anos depois daquele ano, cada um seguiu seu caminho sem esperar pela companhia do outro.

É assim com quase todos os coleguinhas de infância. Em um dia, somos tão amigos que é impossível imaginar um futuro sem cada um, no outro, nem ao menos nos lembramos de momentos que juramos não esquecer. Fazia parte de crescer, no fim de tudo. Talvez eles nem ao menos tivessem mais essa pequena recordação e eu que fosse uma acumuladora de coisas desnecessárias, ou não sentissem minha falta, mas bem, não posso dizer que não sinto a deles.

Se hoje sou uma idol, talvez eles um dia me vejam na televisão e pensem "Kim Jiwoo? Sim, sim, estudei com ela na pré-escola, uma menina muito talentosa, de fato". Com esse pensamento acolhido no meu coração, deixei o cansaço pesar no meu corpo e adormeci ali no sofá mesmo, mas acordei não muito tempo depois de pegar no sono, com as costas doloridas pelo jeito de como dormi e fui para a cama.

Os sonhos, na verdade, tenho certeza de que eram lembranças. Isso fez com que, logo cedo quando fui para a empresa, minha cabeça estivesse longe, pensando em cada uma dessas memórias, me distraí apenas quando precisei executar com perfeição cada uma das coreografias das músicas que foram passadas.

E percebi: por mais que aquela tenha sido uma fase repleta de coisas boas e ruins, estava fechada, foi encerrada há muito tempo. Não fazia mais sentido procurar por eles, porque não fariam mais parte da minha vida atual. Fizeram bem o seu trabalho naquele tempo, agora, a minha amizade vem das minhas companheiras de grupo que vão além disso, são como uma família.

Em casa, coloquei a foto na última parte vazia de um álbum de fotos da minha infância e sorri. Mesmo que já fosse adulta tivesse alguns anos, eles me acompanhariam nas minhas melhores memórias que nunca morreriam.

***

Essa one-shot é inspirada em uma coisa real que realmente aconteceu comigo. O porta-retrato, a foto, as lembranças contadas, tudo é real. Ontem, quando acidentalmente meu pai derrubou o porta-retrato do mesmo jeito que a Jiwoo, me senti tão triste que percebi o quanto um pedaço de madeira era importante, eu o olhava todos os dias, mas não dei valor.

Espero que tenham gostado e conseguido entender a moral que é meio brega, mas é muito válida ainda: dêem valor até para as pequenas coisas, nunca sabemos o dia de amanhã. Mas agora, nós nos encontramos novamente em outras obras.

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