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Oceano Entre Nós

"A música parecia me sustentar como se fosse um segundo esqueleto; eu me apoiava nela quando os meus ossos pareciam abalados demais para me manterem em pé."


"As pessoas — garotos, principalmente — gostavam de dizer que as mulheres muçulmanas usavam véus para serem recatadas, ou porque estavam tentando encobrir sua beleza, e eu sabia que havia mulheres no mundo que se sentiam assim. Não poderia falar por todas as mulheres muçulmanas — ninguém podia —, mas era um conceito do qual discordava fundamentalmente. Não acreditava ser possível esconder a beleza de uma mulher. Eu achava as mulheres lindas, não importava o que usassem, e pensava que não deviam nenhuma explicação a ninguém sobre suas escolhas de vestuário. Mulheres diferentes se sentiam bem em roupas diferentes.

Elas eram todas lindas.

Mas eram apenas os monstros que forçavam mulheres a vestirem sacos de batata o dia todo que viravam manchete nos jornais, e eram esses idiotas que pareciam definir toda a nossa identidade. Ninguém me fazia mais essa pergunta; as pessoas simplesmente imaginavam que sabiam a resposta, e quase sempre estavam erradas. Eu me vestia daquele jeito não porque queria ser uma freira, mas porque me sentia bem assim — e porque fazia com que eu me sentisse menos vulnerável como um todo, como se usasse uma espécie de armadura todos os dias. Era uma preferência pessoal. Eu definitivamente não fazia aquilo porque estava tentando ser pudica, ou por causa dos cretinos que não conseguiam controlar o próprio pinto. As pessoas tinham dificuldade de acreditar nisso, porque tinham dificuldade de acreditar nas mulheres em geral."


"— Tenho certeza de que sei como as outras pessoas me veem.

— Talvez algumas pessoas — rebateu ele. — Sim. Tenho certeza de que existem pessoas horríveis no mundo. Mas há muitas outras pessoas que olham para você porque a acham interessante.

— Bem, eu não quero ser interessante — respondi. — Não existo para fascinar estranhos. Estou apenas tentando viver. Só quero que as pessoas ajam de forma normal comigo.

Ocean não estava me olhando diretamente quando disse baixinho:

— Eu não faço ideia de como alguém conseguiria ser normal perto de você. Não consigo ser normal perto de você.

— O quê? Por que não?

— Porque você é muito intimidadora — disse. — E nem percebe isso. Você não olha para as pessoas, não fala com as pessoas, não parece se importar com nada que é importante para a maioria dos adolescentes. Tipo, você aparece na escola como se tivesse acabado de sair das páginas de uma revista e acha que as pessoas a estão encarando por causa de algo que viram no noticiário."


"Queria catalogar aquele momento, capturá-lo em palavras e imagens. Queria me lembrar daquilo. Queria me lembrar dele. 

Eu nunca quisera me lembrar de alguém antes."


"— Como sabemos que fizemos a coisa certa? 

A cabeça do meu pai se ergueu. Ele piscou para mim e fechou o livro. Tirou os óculos. Olhou nos meus olhos por apenas um momento antes de dizer, em pársi: 

— Se a decisão que você tomou a aproximou da humanidade, então você deve ter feito a coisa certa."


"Eu o observei enquanto ele dirigia. Estudei seu perfil, os contornos do corpo dele. Gostava da maneira como ele se mexia, da maneira como tocava as coisas, da maneira como erguia a cabeça com uma dignidade tão casual. Ele sempre parecia tão confortável em sua própria pele, e isso me lembrava do que eu amava na maneira como ele andava: pisava com segurança, determinado. A maneira como ele se movia pelo mundo me fazia achar que ele nunca se perguntara, nem uma vez, nem mesmo em um dia realmente difícil, se poderia ser uma péssima pessoa. Para mim, era óbvio que ele não desgostava de si mesmo. Ocean não dissecava a própria mente. Não agonizava sobre suas ações e não suspeitava das pessoas. Nunca parecia sentir vergonha do jeito que eu sentia. Sua mente parecia, para mim, um lugar extremamente tranquilo. Sem espinhos."


"Ocean tinha me feito querer encontrar todas as pessoas boas do mundo e ficar sempre perto delas.

Pensei que talvez fosse o suficiente saber que existia alguém como ele neste mundo.

Talvez fosse o suficiente que nossas vidas tivessem se fundido e depois divergido, nos transformando no processo. Podia ser que bastasse a lição de que o amor era uma arma inesperada, a faca que eu precisava para romper a armadura que costumava usar todos os dias. Talvez aquilo fosse o suficiente, pensava.

Ocean tinha me dado esperança. Tinha me feito acreditar nas pessoas novamente. Sua sinceridade tinha me dilacerado, descascado as teimosas camadas de raiva sob as quais eu tinha vivido por tanto tempo.

Ocean tinha me feito querer dar uma segunda chance ao mundo."

- Oceano Entre Nós, de Tahereh Mafi -

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