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Capítulo Três

Miguel Martins:

Vejo Erick, Luigi, Thomas e Arnold correndo em nossa direção para prestar socorro. Estavam visivelmente desesperados, enquanto eu, imobilizado, mal conseguia me mexer. Adele e Giulio continuavam agarrados às minhas pernas, derramando lágrimas ao perceberem que papai havia desmaiado subitamente.

— Isso sim é uma entrada triunfal! — ouvi a voz da cozinheira e governanta da casa, Rosangela. — Assim que se chega em casa, ao desmaio!

— Mãe, vamos deixar eles entrarem! — Ouvi a voz de Mark, o segundo filho de Rosangela. — Vamos dar espaço!

Vejo Erick erguer papai nos braços, enquanto Luigi permanece ao lado do irmão, que observa a cena sem compreender completamente a situação. Sinto-me exausto demais para articular qualquer reação.

O ambiente ao redor estava carregado de tensão, e o silêncio pesava, quebrado apenas pelos soluços de Adele e Giulio. O rosto de Thomas refletia preocupação, e Arnold olhava em volta, tentando entender o que havia acontecido. Enquanto isso, Erick mantinha uma expressão séria, focado em cuidar de papai.

— Vamos, pessoal, afastem-se um pouco. Deixem espaço para o ar circular! — gritou Rosangela, agindo com a destreza de quem já presenciou situações semelhantes.

Mark, o filho de Rosangela, conduziu os demais para longe, proporcionando um ambiente mais controlado para lidar com a situação. A sala se transformou em um cenário de movimentação frenética, onde os murmúrios de conversas sussurradas ecoavam pelas paredes.

Enquanto isso, eu permanecia ali, sentindo o peso das lágrimas de Adele e Giulio molharem minhas pernas. A cena era tocante, mas minha própria paralisia me impedia de agir. Observava Luigi, o mais próximo de mim, tentando decifrar em seus olhos a mesma confusão que sentia.

Erick, com papai ainda nos braços, olhou para mim com uma expressão de preocupação. Sua boca se abriu como se fosse dizer algo, mas as palavras não saíram. Em meio ao caos da situação, senti-me totalmente desconectado, como se estivesse preso em um sonho onde nada fazia sentido.

Nesse momento, a voz de Rosangela ressoou novamente:

— Alguém chame um médico imediatamente! Vamos agir rápido!

A tensão aumentou ainda mais, e a realidade da situação começou a se impor. Eu, finalmente, despertei da minha apatia, percebendo a urgência de agir diante da incerteza que pairava sobre a casa naquele instante.

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Foi uma tarefa árdua, mas conseguimos acalmar os gêmeos, Adele e Giulio, que pararam de chorar. Rosangela, com sua habitual eficiência, os levou para a cozinha, onde Stefano e Luigi os aguardavam. Thomas e Arnold permaneceram ao lado de Erick, concentrados em prestar os cuidados necessários a papai. Enquanto isso, eu aguardei do lado de fora, ansioso para poder entrar e contribuir de alguma forma.

Foi nesse momento que Alison chegou com as malas, acompanhada por Mark. A atmosfera estava carregada de expectativa e incerteza. Eu me perguntava o que estava acontecendo enquanto observava a movimentação na entrada da casa.

Não posso deixar de mencionar Rosangela e Mark Araújo, a mãe e o irmão mais novo de Erick. Eles fazem parte da nossa vida no sítio desde que me lembro. Erick nasceu duas semanas depois de mim, e a história de sua família sempre foi peculiar. Rosangela e seu marido encontraram um bebê abandonado na rua, envolto em papelão. Adotaram-no e começaram a trabalhar para o meu pai, que os acolheu em nossa casa. Anos depois, quando tínhamos treze anos, o marido de Rosangela faleceu, deixando uma lacuna em nossa família.

Apesar das dificuldades, conseguimos seguir em frente. Erick e Mark passaram a trabalhar no sítio enquanto continuavam seus estudos, e Rosangela assumiu o papel de governanta da casa, mantendo tudo sob controle com sua firmeza e amor pela família. A vida no sítio era repleta de histórias entrelaçadas, e aquele momento de preocupação só reforçava a importância dos laços que nos uniam.

— É aqui! — Mark perguntou a Alison. — Pode ficar neste quarto!

— Obrigado pela ajuda — Alison respondeu. —  Vocês todos trabalham aqui no sítio?

— Sim, eu cuido da administração do dinheiro que entra aqui — Mark explicou. — Minha mãe é a cozinheira e governanta da casa, e Erick é um dos capatazes.

— Quem deu a ideia de trazer a Adele e o Giulio? Porque não mencionaram —  Perguntei, chamando a atenção deles.

— Minha mãe. Afinal, o processo de adoção terminou, e agora eles são seus filhos oficialmente —  Mark explicou, e ouvi um suspiro aliviado vindo de Alison. — Saiu nessa semana, e como você não estava aqui, explicamos tudo ao juiz, que permitiu trazê-los. Eles já se apossaram do quarto ao lado do seu!

Olhei para Alison, e ele parecia mais aliviado ao ouvir essa explicação. O peso da situação começava a se dissipar, substituído pela compreensão de que Adele e Giulio agora faziam oficialmente parte da família.

— Então você não é casado? — Alison perguntou, e percebi que ainda havia dúvidas em seu olhar.

 — Claro que não! — Respondi, começando a ficar envergonhado com o que eu iria dizer. — Nunca nem beijei ninguém! Só me apaixonei pelos gêmeos e resolvi adotá-los e criá-los como meus filhos!

Mark segurou o riso.

Que amigo é esse que ri disso? Tenho vergonha de admitir em voz alta.

— Por que está segurando o riso, Mark? — Alison perguntou confuso. — Por ele ter se apaixonado pelos gêmeos e querer criá-los como filhos?

— O Miguel, que é a graça —  Mark respondeu. — Não, não é a parte de adotar as crianças, mas sim a parte em que ele acha que nunca beijar e admitir em voz alta é algo vergonhoso. Mas não é, só mostra que você não está pronto para fazer isso com alguém! Sempre falo isso para ele, mas o que adianta? Ele continua com isso na cabeça. Tipo, eu e a Bianca conversamos e prometemos esperar para beijar alguém quando nos conhecemos!

— Bianca? — Alison perguntou. 

— A namorada virtual dele de Los Angeles que o mesmo conheceu em um grupo de estudo internacional — Falei. — Eles conversam há um ano e se dizem apaixonados! Mesmo nunca terem se visto pessoalmente.

— Mentira! —  Mark retrucou, e olhei para ele. — Todos os dias conversamos por vídeo chamada. Perdeu muita coisa em quatro meses.

E como se fosse um milagre, o celular dele começou a tocar. Ele o tirou do bolso, desbloqueou a tela, e uma menina morena de cabelos pretos apareceu.

— Bianca, oi! — Mark disse com muita felicidade na voz e o rosto brilhando de emoção. — Quero que conheça o meu amigo, Miguel, e o conhecido dele, Alison!

Ele virou o celular para mim e Alison, que estava incrivelmente perto de mim.

— Olá — Nós dois falamos.

— Olá, tudo bem? —  Bianca perguntou. — Miguel, o Mark fala muito de você e diz que tem um ótimo gosto para moda! E você, Alison?

Não entendi o que ela queria dizer.

— Mais ou menos — Respondi. — Só sei me vestir bem!

— Não entendo nada — Alison falou.

— Então podem me ajudar? — Bianca perguntou, apontando a tela para um manequim que exibia um vestido cinza elegantemente adornado com algumas pedrinhas brilhantes. O vestido cinza, com seu tom suave e sofisticado, fluía suavemente até o chão, conferindo uma elegância atemporal. As pedrinhas brilhantes, estrategicamente espalhadas pela delicada renda, adicionavam um toque sutil de brilho, capturando a luz de maneira encantadora. A silhueta do vestido destacava a feminilidade, enquanto detalhes cuidadosamente trabalhados proporcionavam um ar de requinte. — O que acharam? Acha que falta mais alguma coisa?

— Ao meu ver, não — Alison falou. — Está incrível, você tem talento!

— Nem pra mim — Falei. — Está ótimo o vestido, é para algum trabalho ou para a sua faculdade?

— É para o meu irmão —  Bianca falou, me deixando surpreso. — Ele disse que, como amanhã é o baile da escola dele, vai querer arrasar e deixar sua marca na escola! Mas o que ele não admite é que gosta de usar roupas femininas. Quer um vestido lindo e pediu para que eu o criasse. Estou dando os últimos detalhes, e pronto! Ele usa em alguns eventos com total apoio da minha mãe, e isso me deixa feliz.

Ficamos conversando junto com Mark e Bianca, até que a porta do quarto do meu pai se abriu. Erick saiu primeiro e nos informou que meu pai estava dormindo e não acordaria tão cedo. Decidimos nos dispensar e, aproveitando a oportunidade, resolvi tomar um banho.

Peguei minha mala da mão de Mark e fui para o meu quarto. Ao me aproximar da porta, vi a próxima porta enfeitada com os nomes Adele e Giulio Martins. Sorri ao abrir a porta do quarto e entrei naquele espaço acolhedor.

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Fechei a porta do quarto, joguei a mala na cama e fui até o guarda-roupa em busca de uma roupa confortável de moletom. Em seguida, entrei no banheiro que fazia parte do quarto.

Todos da família pensam em ter um banheiro para cada um de nós quatro? Pensei, lembrando das casas do Edu e Marcos, assim como de seus parentes.

Balancei a cabeça, voltando à realidade, e entrei no banho, que durou alguns minutos. Ao sair, ainda tocando em cima da cama, meu celular começou a tocar, e percebi que era o Edu.

Terminei de enxugar os cabelos e desbloqueei o celular, colocando-o na orelha para atender a chamada.

—  Oi, Edu! - Falei e ouvi alguém gritar e depois chorar sobre como o filhotinho do filme era adorável. — O que aconteceu?

—  Oi, é o Marcos mudando de emoção  — Edu falou. — Ele pode não ter desejos de grávido, mas o humor muda pra caramba, está me xingando e agora que viu um filhote no filme desabou no choro.

— Sério? —  Perguntei, me sentando na cama. — Você deve ter falado alguma coisa idiota!

— Pior que não, só estava comendo uma pipoca que fiz pra ele, e aí assistimos, já que Lúcio e Matthew foram dormir na casa do James para a gente se aproveitar um pouquinho — Edu explicou. — Ele disse que eu como se fosse um dinossauro devorando ossos.

— Ter um marido grávido é assim —  falei. — E você o irrita bastante!

— Que ousadia —  Edu exclamou, mas soltou uma risada. —  Como foi a viagem? O Pai está bem?

Pode parecer estranho ouvir outra pessoa chamar meu pai de pai, mas Edu é uma boa pessoa e gosto de ter um irmão, mesmo que só tenhamos nos conhecido agora nesses últimos quatros meses.

Comecei a contar tudo para ele que aconteceu até agora, jogando conversa fora, e quando percebi, estava querendo comer algo. Me despedi de Edu, que disse ir ver o Marcos na sala, e depois ouvi um grito que mais parecia uma risada de um palhaço  e o celular caindo.

Desliguei e fui comer alguma coisa, além de saber das fofocas da cidade através de Rosangela.

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Gostaram?

No próximo capítulo teremos um pouquinho do Alison, então até a próxima 😘

 

 

  

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