Capítulo 15
Ja era Domingo de tardinha, na minha opinião os finais de semana passam rápido de mais.
Minha mãe me levou no hospital para a consulta de hoje, mas o nosso médico não pôde ir, por isso a minha próxima consulta será sexta feira.
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O almoço de domingo com minha mãe, pela primeira vez foi silencioso.
Ela estava muito estranha, seu olhar estava vazio e quase sempre estava desligada do mundo.
Cheguei a pensar em perguntar algo, mas muitas coisas estavam passando pela minha cabeça de uma vez só e toda vez que eu tentava, minha mente se perdia em alguma outra coisa qualquer.
•••
Na hora do jantar desci rápido do quarto assim que escutei um som, ele remetia uma banda desafinada que usavam panelas como instrumentos.
Ao descer vi que minha mãe havia derrubado quase todas as panelas no chão.
Cheguei perto dela. "Mãe? Tá tudo bem?" Ela me olhou e soltou um suspiro. "Tudo ótimo..." Ela falou e deu o sorriso mais falso que já vi.
"Mãe, eu sei que não tá tudo bem." Falei e ela ainda olhando para o chão perguntou "porque você acha isso...?"
"Porque você está andando cabisbaixa pelos cantos, em silêncio, triste olhar vazio... Fala mãe, o que aconteceu?" Ela correu até mim chorando e me abraçou, eu fiquei sem reação por alguns segundos, mas logo retribui o abraço.
"Mãe... O que houve?" Perguntei envão, ela não respondia, só ficava se desculpando entre soluços.
Ficamos abraçadas até ela se acalmar um pouco (o que demorou uns 20 minutos).
"Mãe,você tá melhor?" Ela assentiu com a cabeça.
"Você vai me falar o que aconteceu?" Ela suspirou.
"Eu perdi meu emprego Melody! Fui demitida! E não consigo encontrar outro emprego... As coisas estão começando a apertar... E eu não..." Ela volta a chorar. "Não sei se vai dar..." Falou voltando a chorar.
"Mãe... Se acalma, vai ficar tudo bem... Respira fundo e vamos pensar juntas em uma solução" Ela estava soluçando muito.
"Você não entende... Eu já vi e revi, não tem mais jeito! A culpa é minha..." Ela começa a se culpar.
"Mãe, para com isso... Você estava nervosa, muita pressão em cima de você, eu sei que tem jeito... Se acalma por favor..." Ela começa a se acalmar aos poucos e eu a levo para o sofá.
"Você tem alguma idéia?" Ela balança a cabeça devagar negativamente.
"Ah qual é... Logo você que é tão criativa... Organizada" Ela pega um pequeno caderno de anotações.
"Aaaee, agora sim é você." Falo alegre e ela abre um pequeno sorriso.
Sento mais perto dela "Vamos, hora de ter algumas idéias "
"Tudo bem filha, você tem razão..." Ela limpa as últimas lágrimas e sorri.
"Vamos ter umas idéias" ela fala mais animada tentando se manter para cima.
"Mãos na massa" ela diz e eu sorrio.
"MÃÃEE!" Praticamente grito e ela se assusta.
"Ei menina me assustou, exagerou na animação." Ela fala rindo.
"Não mãe, você não entendeu! Eu acabei de ter uma ótima idéia" Falo muito feliz.
"Então fala menina" ela diz ansiosa
"Mãe, põe a mão na massa! Você ama cozinhar! Abra seu próprio negócio." Ela sorri.
"Imagine, todo mundo comendo seu bolo de laranja e comprando cada vez mais, lambendo os beiços enquanto te entregam o seu doce dinheirinho." Falo animada, imaginando o futuro.
"Até que não é má idéia..." ela fala meio insegura.
"Claro que não é! Você ama cozinhar, e faz isso muito bem! É perfeito."
Eu sorrio para ela e ela me abraça.
"Obrigada filha, não sei o que a mãe seria sem você." Ela me aperta de mais mas eu não ligo e retribuo na mesma intensidade.
Terminamos o dia comendo uma pizza.
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