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Parte II


Eu tinha vinte anos quando participei da campanha pela independência da Bahia, pois até então era apenas um capitão. Os portugueses queriam o domínio de Salvador e o batalhão do Imperador precisou ser firme e persistente até que se retirassem.

Após a vitória fui honrado com o cargo de Tenente em 1824.

Um ano depois, o Imperador me enviou junto ao batalhão para a Província da Cisplatina. Lá ocorria uma rebelião. O Brasil declarou guerra contra os separatistas e precisávamos pacificar a região. No entanto, nem tudo saiu como esperávamos porque a guerra da Cisplatina saiu de nosso controle e o Brasil abriu mão da província. O país se tornou independente do Uruguai.

Quando fui promovido a Major em 1828, conheci uma linda mulher – Ângela Furriol Gonzáles Luna: fascinante, sedutora, impetuosa e curiosa. Tinha ânsia de aprender coisas novas. Impressionava-me.

Ângela era doce, terna, gentil e amável. Seus olhos castanhos claros combinavam com seus cabelos longos e cacheados. Seu rosto era delicado como o de uma boneca. Os vestidos em tons claros que usava apenas realçavam a sua beleza e seu sorriso angelical era apaixonante.

Foi meu primeiro amor. Juntos o vivemos fugazmente.

Eu não poderia deixar de ser um militar, pois o Imperador esperava lealdade de mim. No entanto, de uma coisa eu estava certo: quando fosse embora deixaria um pedaço de meu coração com aquela mulher.

Não conseguia evitar sorrir quando me recordava a primeira vez que nos conhecemos. Eu cavalgava pela região da província da Cisplatina; Ângela passeava naquela manhã. Quando ela colheu uma margarida e inalou o seu aroma, e a beleza de sua pele de porcelana tão alva me encantou, não consegui parar de admirá-la.

Meu trabalho estava acima de qualquer coisa, mas ela me atraía muito. Assim como o odor de uma flor, fui seduzido por sua essência pura.

Desci de meu cavalo e aproximei-me dela.

— Uma dama não deveria passear pelas redondezas sozinha, não acha, senhorita?

— Eu não sou uma dama comum, meu senhor.

— Ora, e que tipo de dama és? – arqueei as sobrancelhas e sorri. Ela sorriu de retorno.

— Terás que me conhecer para descobrir.

— Se és um mistério a ser resolvido então eu o solucionarei.

— Talvez essa seja uma boa definição para uma mulher como eu. Ah, perdoe-me se não me apresentei. Sou Ângela Furriol Gonzáles. E pelas tuas vestes suponho que seja um militar do Imperador.

— É um prazer conhecê-la. – beijei-lhe o dorso da mão direita e recebi um sorriso. – Sou Aluízio Lima e tem toda razão. Sou militar do Imperador. Admito que minha cabeça estava repleta de preocupações, mas o pouco tempo em que passei em tua companhia já me serviu para sentir-me melhor. Agradeço-lhe por isso.

— Alegra-me o fato de tê-lo feito bem, meu senhor. Mas infelizmente não poderei mais continuar essa prosa. Minhas amigas estão me esperando em uma venda aqui perto. Até mais ver! – e então acenou para despedir-se e entrou em outra rua paralela a que estávamos.

Logo descobri que Ângela era filha da Marquesa de Montes Claros, Madalena Gonzáles. Notei que tinha porte de nobre.

Depois daquele encontro, por diversas vezes nos encontramos à tarde em frente ao Rio Prata. E nesses momentos, aos poucos, ela me envolvia com sua personalidade até que notei que, entre nós, acontecia algo especial. Apaixonamo-nos rápida e perdidamente. Ela era um universo a ser descoberto, como o livro mais incrível a ser lido.

Contudo, muitas coisas nos separavam; entre elas o fato de que eu era um escravocrata e ela uma abolicionista, enquanto isso, Ângela queria um mundo igualitário. Comumente discutia comigo sobre acreditar ser desumana a maneira com a qual os negros eram tratados. Sempre se metia a defendê-los quando os via sendo castigados pelos feitores.

Certa vez estávamos sentados em um banco de uma praça de mãos dadas e ela rompeu o silêncio.

— Não entendo como alguém como o senhor pode ser a favor da escravatura. Eu o admiro pelas grandes qualidades que possui, mas...

— Certamente és uma mulher muito diferente dentre as que eu conheci. Tens o pensamento muito crítico sobre muitos assuntos e isso me causa admiração, mas, ao mesmo tempo, preocupação. Temo que seja punida por não temer dizer o que pensa.

— Talvez eu tenha o espírito de uma revolucionária. – retrucou Ângela.

— É bem provável mesmo, querida. Essa nossa diferença sempre será um abismo a nos separar. Jamais entraremos em acordo nesta questão. Bem, e, mudando de assunto, devo comunicar-lhe que infelizmente terei que retornar ao Brasil e não poderei levá-la comigo. Será logo.

Os olhos de Ângela marejaram no mesmo momento. Para me calar, colocou o indicador de sua mão direita em minha boca e depois me beijou ternamente. Com isso estava deixando claro que, apesar de o nosso relacionamento ter sido por pouco tempo, foi eterno enquanto durou.

— Compreendo e já sabia que não poderia tornar-me tua mulher. Parece que estarei prometida em casamento a outro homem em breve. Meus pais já procuram pretendentes. Desejo que sejas feliz no Brasil e que conheças uma mulher que o ame tanto quanto eu.

Meneei a cabeça em concordância e não disse mais nada. Escolhi aconchegá-la em meu peito. Queria levar comigo seu perfume.

Permanecemos abraçados enquanto entardecia.

Bem que me falavam que o amor era complicado.

Na mesma semana regressei ao Brasil. Levava comigo as cartas e as lembranças da mulher que tanto amei em minha juventude.

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