DIA 77 - TU TINHAS OLHARES MULTIPLOS, ME ENCONTROU NO MEIO DESSA LEGIAO!
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Acordei melhor hoje.
Embora ainda não esteja me sentindo fisicamente melhor, mas, pelo menos acordei.
Será que estou morto? Foi uma pergunta que ainda não fiz!
Não sei mais de nada Escriba. Estava ausente todos esses dias. Fico triste em poder ver minha nulidade. Tento escapar desse lugar e não consigo.
Sei que nulidade é uma palavra forte, mas estou nulo.
Sem saída.
Preso.
Acorrentado sem algemas.
E com isso me lembrei e ruminei por esses dias uma poesia que foi me dito por uma amiga há vários anos atrás, ela se chama Ana.
Escriba não sei se foi assim, mas a ideia esta explicita:
"... E aí te olho e me olho, e vejo que tu falas coisas da tua criatividade, imaginação, tu tinhas olhares multiplos demais pra em algum momento me encontrar em meio dessa legião".
As verdades contidas nessa poesia, trouxeram-me lembranças de um tempo, onde tudo poderia ter tido um rumo diferente.
Você enxergar uma pessoa e se ver tão dentro dela, que se confundem no tempo, nas ideias, nas substancias.
O olhar, como já te falei Escriba, transborda o que está latente na alma.
Pode revelar um carinho, um desejo, desprezo e a indiferença.
Sabe quando uma sintonia acontece e que você não entende, e nem procura entender, por que senão vai endoidar?
Esse sentimento é raro.
As vezes com um olhar resumo trinta linhas que desejaria falar, ou omito quarenta linhas que nunca iria ter coragem de falar.
Até por que a mente vai trabalhando e os olhos vão captando sem perceber essa efervescência, e aí muita coisa pode ser absolvida ou julgada num abri e fechar dos olhos.
Escriba, lembrei de um filme, "O Universo no olhar".
Ver um olhar que se transforma em nosso espelho.
Olhamos nos olhos de uma outra pessoa e nos vemos.
É como ser sulgado para um universo desconhecido e ao mesmo tempo conhecido, por que nos vemos como sendo um.
Duas metades de um mesmo inteiro.
Fiquei pensando também na questão da mutiplicidade de informações.
Para conseguir encontrar essa pessoa no meio de um turbilhão de outras infinidades finitas.
Lembro agora que já ouvi um discurso onde era colocado o seguinte, que entre o numero 0 e 1 existem infinidade de numeros que um dia será finito.
Foi muito profundo.
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Escriba,
Nunca havia parado para pensar nessa infinita possibilidade entre os numeros, e essa revelação foi um tapa na cara, porque deixamos de viver esse breve infinito de vida, para estarmos preocupados em excesso com um futuro que talvez nunca chegue.
Lógico que precisamos pensar no futuro, seria inresponsável não olha-lo, mas, ver com uma leveza de reconhecer o presente como o senhor do momento.
Percebeu que demoramos tanto para dizer: "TE AMO!".
Não sei, certa vez estava na cama com uma das amigas de minha mãe (se minha mãe um dia imaginasse) e ela falava sobre várias coisas, mas uma das coisas que mais a incomodova era o fato do esposo nunca a ter dito que a amava, ou até demonstrado.
E ela me confidenciou que até as rosas que ele mandava no aniversario, não era ele que escrevia ou comprava.
Quando falou isso não estava justificando a traição.
E em nenhum momento justificou, mas era uma expressão de como sentia a falta de um carinho e afago de uma pessoa que ela amava.
Acho que esse termo "tercer" é o ideal.
Uma aranha se prepara para tecer a sua obra de arte, a teia, ela dedica-se aquele momento para construir uma relação com o que será sua vida.
Podemos lapidar, tecer um comentário que melhore a pessoa que está com você.
O cuidado para valorizar uma relação e deixa-la mais rica e proveitosa.
Não é impossível, pode ser trabalhoso, mas não impossível.
Quando nos víamos, ela aprensentava um olhar feliz, mas com uma ponta de tristeza.
Embora fosse bem mais novo, fui eu quem procurei a situação.
Somente olhares.
Aqueles olhares que se esticam mais que deveriam e falam o que a boca não diz.
Ela estava gostando, mas no intimo, não era comigo que ela queria ter aqueles momentos, acredite Escriba, era com o marido e por isso minha hesitação em falar o que ela não queria ouvir de minha boca.
Fora que, você pode dar R$ 100.000 reais a uma pessoa e nunca pedir nada em troca, deu por que quiz, a pessoa talvez não tenha pedido, mas, você deu.
Ê muito diferente do sentimento.
Podemos até dizer que não estamos envolvidos, que estamos investindo na relação, mas a verdade é que uma hora vamos cobrar a reciprocidade.
Parecido com o dar esperança numa relação que já acabou.
Não existe nada mais diabólico do que você brincar com a esperança da pessoa.
Alimentar uma situação para satisfazer o ego e deixando a pessoa ser alimentada por um sonho que nunca acontecerá!
Isso é horrivel, desumano e cruel.
Chego a lembrar dos campos de concetração, talvez seja um exagero, mas esperança é esperança, e se não mantenho vivo a vontade de viver, vou morrendo aos poucos sem saber.
E numa relação amarosa, agir dessa forma é cruel.
Passei pelas duas situações Escribas.
Depois que você sente na pele, aí encherga o quão horrível você foi.
Todo esse turbilhão me vem a mente, e sofro.
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