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Asan Gorid II

 Aquele cenário era terrivelmente familiar para Asan, o homem que levava a guerra e a morte atrás de si por onde quer que andasse.

Não havia nem ao menos a tentativa de originalidade. O maldito general, no meio dos cadáveres dos aldeões de Tarus, era uma réplica enfadonha de tantos outros monstros que povoavam o mundo perdido de Aldoren desde o começo dos tempos.

No entanto, não havia no coração de Asan Gorid algo como ira ou qualquer tipo de comoção humana. Já fazia muito tempo que ele não nutria esse tipo de sentimento. Mas o guardião não era alguém que ignorava a justiça. O mundo precisava de ordem, a ordem precisava ser mantida para que as pessoas não sofressem inutilmente...

Por isso, ele se afastara do Império, indo contra o bom senso, ele renegara o poder que não servia para proteger a ordem, mas para esmagar aqueles que estavam subordinados a ele. O Império não era ordem, por isso Asan Gorid desertara.

O Grande Desertor, no entanto, não era um tolo como muitos podiam pensar. Ele sabia muito bem que não poderia vencer sozinho o descomunal aparato do Império, isso fazia dele não um rebelde, mas um renegado e teria continuado assim se seus inimigos não tivessem tido a audácia de perturbar a ordem no lugar onde ele era responsável por mantê-la.

‒ Quanta demora! Eu já estava ficando entediado com essa gente sem graça! ‒ troçou o general Gudher ao vê-lo se aproximar com sua velha espada apoiada sobre o ombro.

Para Asan, a ironia não tinha nada de sofisticada, era um eco, nada mais que a voz de antigos demônios que zombavam e se repetiam, gargalhavam e esbravejavam, pois surgiram nos lodos fétidos do abismo primordial.

O general não sabia disso obviamente. Julgava que seus atos vis exprimissem de algum modo a grandeza de seu próprio poder. Nem sequer ele tinha poder, se tivesse algum, não estaria ali se sujando de sangue dos mortais.

‒ Até que foi bem fácil chegar até aqui... Diziam que seria impossível encontrá-lo caso você não quisesse aparecer. Bom! E pelo que vejo, não creio que você quisesse...

E naquele dia o general do espetinho negro proferiu muitas asneiras como se fosse um bufão da corte e blá blá blá... ‒ Uma voz frívola e cantante se ouviu nesse momento, tirando a atenção do general de seu tão aguardado inimigo.

Surpreendentemente, parecia que a voz pertencia a alguém que estava no meio do séquito de Gudher. A expressão do general que era de divertimento até ali se contraiu, como se tivessem estragado sua festa.

‒ Ora, seu escribazinho de merda! invectivou ao identificar o suposto responsável pela ofensa. ‒ Você está diante do grande general Gudher Mart! Quem pensa que é para falar assim comigo, maldito?

‒ Com você? ‒ Respondeu com desfaçatez um rapazote de túnica impecavelmente branca, adornado de braceletes, brincos e enfeites de ouro. Nas mãos, ele trazia uma tabuleta na qual relatava tudo o que estava acontecendo ali.

‒ É muita pretensão sua achar que me dirijo a você, general. Eu sou um escriba e tudo que escrevo se destina à glória do imperador e aos grandes sábios do império.

‒ Não brinque comigo, frangote! ‒ O general, ignorando provisoriamente seu inimigo, avançou na direção do rapaz, desferindo um golpe com sua longa espada negra.

O escriba não se moveu, apesar disso. Apenas ergueu sua pena e num gesto rápido inscreveu sobre a lâmina da espada uma série de nomes mágicos.

E o general Gudher foi derrotado facilmente por um escriba, pondo ao fim a missão confiada a ele pelo imperador! ‒ Zombou o rapaz, cantarolando, enquanto o general se esforçava inutilmente para mover sua espada do lugar.

Seu olhar exprimia a mais profunda incredulidade. Afinal quem seria aquele escriba, o qual o imperador insistira que levasse em sua missão de captura do desertor?

Depois de alguns instantes, o escriba desistiu de continuar constrangendo Gudher e apagou com um gesto de mão os caracteres mágicos que lhe detiveram a espada.

E então com uma expressão subitamente séria, proferiu:

‒ Pára de circo, general! Atenha-se a sua missão ou terei que relatar ao imperador o quanto você é imprestável!

Gudher engoliu a vergonha a seco e, como a querer apagar aquele episódio patético que protagonizara a pouco, voltou-se para o homem que era a verdadeira razão de sua visita à longínqua Tarus...

...e não houve tempo para mais nada, num átimo o corpo poderoso de Asan Gorid se lançou em sua direção com sua espada apontada para o coração do general. O choque das lâminas espalhou uma chuva de faíscas pelos ares.

Se o imperial não tivesse segurado firme a empunhadura de sua arma, ela teria se perdido já na primeira investida do adversário.

‒ Como você é tolo, Asan! Eu teria lhe dado a oportunidade de pedir perdão ao Imperador por seus crimes, mas agora, pensando bem, será um prazer ver sua empáfia cair por terra.

‒ Eu não entendo por que lhe deram o título de Espadachim Negro, general. ‒ Provocou-o o guardião. ‒ Melhor seria chamá-lo de Falastrão Negro.

‒ Eu vou lhe mostrar quem é falastrão, seu maldito!

‒ Que seja! Você é só mais um ao alcance de minha lâmina. Houve um tempo em que havia dez grandes generais no império, dez homens pelos quais o poder do Imperador se consolidou, dez homens que conquistaram reinos, mataram heróis, submeteram povos e raças. Eram seres formidáveis, diferentes de você...

O golpe de Asan tinha uma força imensurável e aliado aquelas palavras parecia ainda mais absurdo para o vaidoso Gudher. Que se perguntava se era possível mesmo que aquele homem o derrotasse, sendo somente um maltrapilho, um vagabundo, um desertor covarde... Ah! Como seria possível que aquele tipo de homem pudesse derrotá-lo?

Asan Gorid não se conteve, mas cada golpe era acompanhado de uma explicação:

‒ Cada um dos dez generais dominava o poder divino do monte Ethron, cada um deles tinha alcançado dois milênios de vida e a experiência de múltiplas batalhas. E eram todos homens invencíveis e incomparáveis...

E a medida que ele dizia essas palavras, como se recitasse um encantamento, sua aparência se tornava mais ameaçadora, como se emanasse sua própria força contra o inimigo.

Gudher tentou trocar golpes com ele, mas nenhuma de suas artimanhas eram suficientes para superar a técnica de esgrima daquele homem. Ele apenas brincava consigo. Tivera mesmo mil oportunidades de matá-lo, mas apenas continuava brincando e humilhando o general desesperado.

Está bom, por enquanto!

A voz aveludada do escriba soou novamente, para espanto dos presentes. Talvez somente Asan não estivesse surpreso. ‒ Agradeço pelos seus préstimos, general, mas é o suficiente por hoje. O que eu precisava saber, eu já sei...

‒ Não se meta em assuntos militares, garoto! ‒ Resmungou Gudher tentando não sucumbir, mas sofrendo para manter erguida sua espada negra. ‒ Eu decido o quanto é o suficiente...

Não teve tempo de concluir a frase, uma explosão repentina dentro de sua boca fez o general vomitar a própria língua. Afogando-se no próprio sangue, ele se ajoelhou, enquanto tossia para expelir o líquido vermelho dos brônquios.

‒ Pronto! Essa tagarelice já estava me incomodando. Não é mesmo, caro Seon dos Etéreos?

‒ Seon? Que nome estranho! Não sou mais ele, muito menos posso me chamar de Etéreo. O que é ser um Etéreo num mundo em que eles não existem mais? ‒ Foi a resposta de Asan.

‒ Disse muito bem, mas se o poder do monte Ethron existiu um dia, se foi possível criá-lo, estabilizá-lo e dominá-lo é porque é algo possível de voltar a existir. E meu objetivo é, portanto, torná-lo viável novamente, meu caro.

‒ Que seja! Nada tenho a ver com isso! Suma daqui seja você quem for e leve sua escória com você. O estrago que vocês fizeram já foi mais do que suficiente e não poderá sequer ser reparado...

‒ Não me leve a mal, Seon. Eu mesmo não sou apreciador da falta de cortesia demonstrada pelo general Gudher, mas, vá lá, são ossos do ofício. No entanto, não sou alguém que costuma falha em meus planos.

‒ Sua magia não funcionará comigo, escriba!

O homem sorriu como quem estivesse diante de um mal-entendido.

‒ Por que eu usaria de magia para convencê-lo a vir comigo, Seon? ‒ A seguir, dois pares de asas longas, com plumas impecavelmente brancas, surgiram nas costas do rapaz.

‒ Você s-seria!!? ‒ havia um tremor inusual na voz de Asan neste momento.

‒ Sim, Seon! Sou eu mesmo: Aurim Emerald, o ladrão divino de almas!

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