13 | o instante certo
HÁ ALGUNS TIPOS de acontecimentos que fazem pessoas normais se sentirem mais tranquilas após passarem por um momento que pode ser considerado traumático. Estar tão próxima de Zoro daquela forma, deveria ser o instante o qual Akira fosse voltar a se sentir melhor —, mas isso não aconteceu. Era um tipo de sentimento que a sufocava de dentro para fora, as lágrimas desciam de seu rosto sem permissão nenhuma. Não que ela estivesse emitindo barulho ao chorar, pelo contrário, era silencioso da mesma maneira que Roronoa estava sendo.
O peito dele subia e descia na mesma velocidade que o seu, como se os batimentos cardíacos estivessem sendo sincronizados.
Ela odiava toque físico, mas aquele era diferente. Era o dele... e nunca tinha se sentido tão machucada antes em toda a sua vida. Saber que ele estava vivo, que não iria morrer, foi o bastante.
— Zoro, não saí correndo assim, seu doente.
A voz já bastante conhecida por ambos de Luffy soou um pouco atrás deles, isso os fez quebrar o abraço. Com a manga do moletom, Akira enxugou o rosto, disfarçando.
— Ki, não tinha te visto. — continuo o moreno — Você tá melhor?
Ela balançou a cabeça em resposta, coçando a nuca. Afinal, Zoro ainda estava a poucos centímetros de si. Não havia sido ele quem tinha se afastado e sim ela.
— Luffy... — Akira se afastou alguns passos do esverdeado — O que foi?
— Vamos ir atrás da Nami.
A garota cruzou os braços frente ao próprio peito, conseguindo ouvir a maneira absurda que seus batimentos cardíacos ainda estavam extrapolados e a forma como cheiro de Zoro ainda dançava por suas narinas.
— O que houve com a Nami? — perguntou, começando a acompanhar os passos do Capitão.
— Vamos trazer nossa navegadora de volta.
— Talvez ela não queria voltar.
A voz de Roronoa soou baixa, mas perfeitamente audível. Agora depois de a adrenalina já ter passado bastante, começou a sentir as pontadas no meio de seu peito.
— Não tem como navegar pela Grand Line sem a nossa navegadora, Zoro. — balbuciou o moreno.
O trio andou pacificamente até o Going Merry, com a maior paciência do mundo. Conforme andavam, Luffy explicou meio por cima o que tinha acontecido envolvendo Nami e Arlong. Pelo visto, ela sempre trabalhou para ele e era tudo um plano para entregar o mapa.
Quando subiram no navio, Akira viu que Timo estava parado a pouca distância, os observando. Claro que o espadachim também notou tal coisa, seus olhos pareciam águias.
— Vão na frente. — apontou ela, dando meia volta e descendo novamente do Going Merry.
Zoro que estava começando a sentir a dor de suas feridas, se sentou no convés, enfiando as mãos nos próprios bolsos. Sentia seus batimentos acelerados e não conseguia mover os olhos, tudo isso enquanto Usopp e Luffy se preparavam para partir.
— Oi.
Akira o cumprimentou, soltando o ar pelos pulmões. Nem tinha percebido que estava o perdendo todo esse tempo.
— Então é isso? — Mihawk indagou.
A expressão estava sombria, os olhos que antes eram tão azuis quanto o oceano agora se encontravam negros.
— Eu não queria que fosse assim. — foi sincera — Não dessa forma.
Ele deu um passo para a frente, pegando a mão direita livre dela. Zoro observava a cena de cima do navio.
— Então não precisa ser, Akira. — sorriu — Vamos nos casar. As coisas vão dar certo nos reinos, vai ser melhor para nosso povo.
A mais nova esbolçou um pequeno sorriso, removendo a mão dele da sua calmamente.
— Não, Timo. Não é o que eu quero.
Lá de cima, o que tudo parecia, Zoro tinha cem por cento de certeza de que Akira iria embora com os Mihawk. Então, quando ela começou a voltar para o Going Merry, ele já estava preparado para a despedida.
Seus olhos apreensivos a observavam, conforme ela segurava com força a mochila em sua costa.
— O quê... O que tá fazendo?
Ousou perguntar, vendo a forma como ela estava com dificuldades para puxar o objeto.
Ela apenas sorriu, sem dar nenhuma resposta, sumindo para dentro do navio.
— Ki, você está bem?
A voz de Luffy soou alto no batente da porta do quarto dela. Estava preocupado, as coisas pareciam estar desandando demais.
— Se eu trair você, Luffy... — começou a falar, os olhos marejando — Eu trairia a mim mesma.
A expressão no rosto do Capitão se tornou confusa, com as sobrancelhas franzidas. Aquilo se tratava sobre ela ir embora com os Mihawk, para Akira aquilo seria a mais pura traição de todas.
— Se eu o trair, — se referiu a Timo — eu vou trair todo o meu reino. E o meu reino é muito importante para mim.
Assim como Zoro, naquele exato momento Luffy sabia que ela escolheria o reino. Porquê iria trocar quatro pessoas por um reino inteiro? Tinha pessoas que dependiam dela, pessoas essas que não abriria mão.
— Mais importante que o bando?
Luffy perguntou, sério. Estava convencido.
— Não. — foi a coisa mais egoísta que disse em toda sua vida — Não mais que o bando.
{...}
— Por quê o garçom veio junto?
Zoro indagou, pouco tempo depois do navio sair do Baratie.
— Não sabemos nem fritar um ovo. — apontou Ussop.
O dia já estava começando a amanhecer, os quatro rapazes do Going Merry estavam apreensivos para descer logo na ilha onde Arlong estaria. Já a única garota presente, havia passado a manhã inteira no quarto. Não queria se socializar com as outras pessoas do navio, pois tinha receio do que pudesse falar caso alguém tocasse no assunto de seu noivado novamente. Bom, pelo o que tinha parecido e pelas palavras que tinham saído de sua boca, ela tinha conseguido terminar, certo?
Se ficasse mais alguns minutos dentro do quarto ia ser óbvio demais que estava evitando Zoro. Afinal, tinha o abraçado pela primeira vez de verdade, ainda estava nervosa pelo acontecimento. Porém, resolveu que estava na hora de sair, um erro admirável, afinal, Zoro, Luffy e Sanji estavam discutindo na proa.
— A Nami fez uma escolha. — apontou o esverdeado.
— Você não sabe o porquê.
— De você, eu só quero saber o que fez pra comer, ô cozinheiro sujo. — Zoro cuspiu as palavras — Você não conhece a Nami.
— Parece que você também não, cabeça de ranho.
— A Nami deve ter uma razão para isso. — Akira cortou a discussão, subindo no convés.
— Senhorita Akira!!!!
A voz do loiro soou alta, fazendo Zoro enviar um olhar de ódio em sua direção.
— Descansou sua beleza, Senhorita Akira? Vou preparar um chá de hortelã para a Senhorita recuperar totalmente suas forças. — Sanji desatou a falar.
O espadachim apoiou o braço direito no navio, encarando a cena e achando o auge do ridículo. Estava usando uma blusa azul de botões, totalmente aberta. Se não fosse pela faixa branca de esparadrapo ao redor de seu tronco, seu peitoral estaria à mostra.
— Cozinheiro tarado, eu que tô machucado aqui ô. — reclamou Roronoa.
— Obrigada, Sanji.
Agradeceu a mais nova, se aproximando da ponta do Going Merry, parando ao lado de Luffy.
— A Nami deve ter uma boa razão. — balbuciou.
— Tenho certeza que sim.
Zoro revirou os olhos, pois era o único que não botava fé naquilo.
— Terra à vista! — Ussop gritou, apontando para a frente.
{...}
Após ancorar o Going Merry, o quinteto desceu na ilha. Tinha imaginado aquele lugar de milhares de maneiras, porém, a forma que se encontrava não passava nem perto do que a imaginação deles tinham criado.
Era um lugar pobre, as casas caíam aos pedaços, a tonalidade cinza tomava conta do ambiente.
— Eu nunca vi isso. — balbuciou o espadachim.
— Quem que fez isso? — Sanji indagou alto, o mesmo tom de incredulidade que o esverdeado.
— Eu devo tá com aquela doença de ter que voltar pro Merry. — começou Ussop.
— O Arlong fez isso.
E Luffy tinha razão, era engraçado a maneira que suas apostas estavam quase sempre corretas. Chegaram ao centro da cidade, onde havia uma dúzia de pessoas reunidas entregando o próprio dinheiro. No instante seguinte, Nami apareceu.
Luffy fez menção de ir até ela, porém seu pulso foi segurado por Akira — que impediu sua ação.
— Luffy? O que estão fazendo aqui?
A voz da ruiva soou alta e com raiva.
— Eu te pergunto a mesma coisa.
— Essa é quem eu sou. — vociferou de volta.
— Eu não acredito nisso. Essa não é você.
Ele mantinha o tom de voz calmo.
— Essa não sou a eu que você quer que eu seja.
— Nami, — Luffy umedeceu os lábios — se você precisa de ajuda...
— Não, eu não preciso de nada de vocês. O Arlong queria o mapa e eu consegui que você conseguisse ele para mim e você conseguiu. Eu nunca fui parte do seu bando idiota.
— Cê não tá falando sério...
— Pega logo o resto desses palhaços e navega para longe daqui, eu nunca mais quero ver vocês. — Nami cuspiu as palavras.
Akira não gostou da maneira que ela falou com Luffy, mas não disse nada para impedir.
— Ela deixou bem claro que quer que vamos embora. — falou Zoro.
— Cê não conhece mulheres, nunca dizem o que querem.
Zoro se virou para Sanji, puto.
— Alguém pode calar a boca desse padeiro? — vociferou.
Akira, que estava a poucos metros do espadachim, balançou a mão na frente do vento para tentar cortar a conversação banal.
{...}
Os cincos andaram por quase dez minutos pela cidade a dentro, em busca da única garota que viram bater de frente com a Nami. Não demorou muito para chegarem até a última casa acima da plantação de laranja, foram recebidos com uma boa ameaça. Mas é claro, que Sanji conseguiu converter a situação e oferecer uma boa janta em troca de uma conversa.
Pelo visto a garota era irmã de Nami e pela forma como falava dela com tanta dor na voz e decepção, apenas comprovava que talvez Luffy tinha razão.
Enquanto conversavam dentro da casa, Akira subiu no telhado para ver as estrelas. Por incrível que pareça, era sempre muito diferente ver as estrelas na terra, após estar tão acostumada a ver a escuridão da noite quando se estava no mar.
Ela se sentou ali em cima, enquanto ouvia a conversa lá dentro. Era uma noite bonita, sentia saudade das vezes em que fazia tal tipo de coisa no castelo de seu reino. Ainda não sabia se tinha feito a escolha certa, sua cabeça martelava com os próprios pensamentos. Ficou vários minutos sentada, encarando céu. Se perdeu totalmente, por isso não ouviu quando subiram ali em cima também.
Apenas se deu conta quando sentiu o cheiro de Zoro, ao seu lado.
Moveu os olhos na direção dele, recebendo a imensidão escura de volta. Ambos sustentam o olhar, sem saber o que dizer. Ele está a menos de dez centímetros de distância, sentado totalmente ao seu lado.
— Feliz aniversário, atrasado.
O mais velho quebra o silêncio, sustentando o olhar por mais alguns segundos e logo desviando. Akira deu um pequeno sorriso ao ouvir a frase.
— Obrigada, Zoro.
Ao ouvir a maneira que seu nome soou ao ser agradecido, fez uma enxurrada de palavras acertarem sua consciência sobre o que falar a seguir. Porém, não foi preciso.
— Sabe, Zoro... — Akira se virou para ele, os batimentos cardíacos extrapolados — você tá no meu coração. Mas, não acho que eu esteja no seu.
Ele esperava qualquer coisa, qualquer coisa que fosse, menos aquilo. Seus olhos meramente se arregalaram e prendeu a respiração no automático, analisando a feição da garota ao seu lado.
Não havia palavras suficientes no mundo que pudessem descrever o que ele estava sentindo naquele momento. Então, falou a primeira coisa que parou na ponta de sua língua.
— Você está.
No segundo seguinte, Zoro quebrou todos os centímetros e distância que os separava. Encostando sua boca contra a dela, em um selinho, um gesto simples e singelo que fosse a fazer acreditar em sua palavras. Mas, aquilo nem era necessário, ela era totalmente dele, apenas não tinha noção disso.
Foi Akira quem aprofundou o beijo, deslizando a própria língua para dentro da boca do espadachim.
Ele arfou com o toque tão imprudente.
A mais nova tomou a liderança do beijo, sugando e mordiscando os lábios do caçador. Foi como ter uma pequena chavinha virada na cabeça dele, fazendo uma outra versão sua tomar controle.
Zoro puxou Akira para seu colo, ignorando as pontadas de dores no meio de seu peito, sentindo a maneira que seu pau ficava duro e implorava para sair.
Os fios de cabelo de Akira dançavam ao redor de seu rosto, bagunçados pela forma como se beijavam com euforia e desejo. Era a primeira vez que estavam totalmente cientes sobre seus próprios atos, os dois sóbrios.
Da mesma forma que ela o queria, ele também a queria. Era impossível de ser negado, impossível ser segurado.
Por falta de ar, ambos se obrigaram a se separar. Akira encostou a testa contra a dele, respirando pesadamente, observando a maneira que os lábios dele estavam inchados.
Então, ela o beijou novamente. A língua dançando por toda a boca do mais velho, ao mesmo tempo em que suas duas mãos desciam para o cós da calça dele. Era impossível ignorar o volume ali dentro, da mesma maneira que era impossível ignorar a forma como estava excitada.
Zoro arfou por ar mais uma vez, anestesiado pela cena que estava acontecendo diante a seus olhos.
Ela conseguiu de uma maneira pouco desajeitada puxar a calça, o suficiente para que conseguisse abaixar um pouco da cueca — para que o pau dele respirasse finalmente.
Zoro enlouqueceu.
Seus batimentos estavam altos, a boca formigando, o pau pulsando. Quando sentiu os dedos quentes de Akira tocar a cabeça de seu pau, foi o suficiente para ele ter a certeza de que aquela era a sua última noite na terra.
Com o braço direito, Zoro agarrou sua cintura, a levantando um pouco para cima o suficiente para conseguir puxar o short de moletom dela para o lado.
No instante em que a desceu novamente sobre seu colo, sentiu o contato de sua intimidade molhada roçando sobre seu pau.
Akira deu um sorriso doce, voltando ao beijar, ao mesmo tempo em que enrolava os dedos ao redor do pau dele — encaixando em sua entrada.
Dois segundos foi o tempo necessário para ela descer sobre Zoro, sentindo a maneira que seu pau pulsava dentro de sua buceta. Foi o suficiente para o delírio.
Roronoa gemeu no pé de seu ouvido, quando Akira começou a subir e descer sobre si. Era um movimento torturante, ele não estava aguentando. Então, decidiu tomar o controle. Precisava gozar e precisava gozar urgente, antes que alguém os pegasse ali em cima do telhado.
Novamente com o braço direito, ele a abraçou com força. Usou toda a força que tinha em seu corpo para aumentar as estocadas, levantando e descendo, levantando e descendo Akira sobre seu pau com força.
— Zoro... Por favor, Zoro...
Ela choramingou ao sentir a força bruta em que ele a estava fodendo.
— Pede, implora para mim.
A voz dele soava ofegante, mas o sorriso cafajeste fazia parte de seu visual naquele instante. Sorriso esse que ela nunca havia visto antes em toda sua vida. Os fios esverdeados colados em sua testa, era a imagem dos Deuses. Imagem essa que ela nunca pensou que veria, então era o suficiente para ficar mais excitada.
— Zoro...
Então, ele aumentou as estocadas, subindo e descendo ela sobre seu pau com toda força possível, até sentir a maneira que suas pernas começaram a tremer ao redor de seu tronco.
Com a mão esquerda, Roronoa tampou a boca da mais nova.
— Para de gemer alto, Kiki. — pediu — Quer que te peguem, enquanto eu te como?
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