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11 | o duelo

NENHUMA PESSOA COM cabeça normal teria gargalhado daquela forma. Bom, já sabemos que Zoro não tinha nada de comum. Mas, a maneira que aquilo mexeu com uma parte dele foi descomunal.

Timo, já disse que vou embora com vocês. Então o deixe em paz.

A voz de Akira pareceu trazer Zoro de volta para a realidade, pois não conseguiu esconder o desdém que tomou conta de sua feição logo em seguida.

— E não vai acontecer duelo nenhum. — continuou, olhando brevemente para o homem que fazia seu coração disparar feito doida — Vamos.

— Ele estava te beijando. 

A voz do loiro soou incrédula, ainda com mais ódio pelo fato de Roronoa manter um sorriso sarcástico nos lábios.

— Ele... — Akira olhou brevemente para o esverdeado, antes de voltar a atenção para o suposto noivo — ele não é nada. Vamos.

A maneira como tais palavras fizeram a expressão facial do caçador de piratas mudar foram apreciadas pelos olhos de Timo Mihawk. Um sorriso debochado ganhou seus próprios lábios, satisfeito por ter escutado tal coisa. Os olhos de Zoro se tornaram negros, totalmente sombrios. Nunca em toda sua vida tinha sido afetado por palavras daquela forma e a sensação foi patética. Queria enfiar sua própria cara no chão, fugir sem lutar e pestenar. Mas, seu ego falava mais alto.

Podia ser um nada para ela. Mas, lutaria até a morte quando amanhecesse.

Quando Akira deu as costas para Roronoa, sentiu o próprio estômago se embrulhar. Queria vomitar, urgentemente. O pavor que tomava conta de seus poros eram exuberante, não conseguia entrar em um consenso consigo mesma.

— Akira, descanse um pouco.

Timo deu um sorriso amarelo, apoiando a mão direita sobre o ombro dela. Tinha dado alguns passos para longe de Zoro, mas ela sentia que estava sendo perseguida pelo tal. Afinal, o gosto de whisky ainda dançava por sua língua, sua cabeça girava com os acontecimentos de minutos atrás e era como ter sido marcada por seus dedos. E isso foi algo tão forte, tão impactante, que seu corpo sentiu repulsa ao ganhar o toque de outro homem, sem ser Zoro.

Isso nunca tinha acontecido antes em toda sua vida.

Conhecia Timo desde que tinha quinze anos, quando aconteceu uma festa no reino e Dracule levou o filho. Desde aquela época as coisas nunca foram tão explícitas entre ambos, apesar de terem se beijado algumas vezes —, Akira nunca chegou de fato a considerar ter algo com o Mihawk, até aquele final de semana quando seu tio anunciou para todos o casamento que aconteceria.

Doflamingo não era a melhor pessoa do mundo, isso ela sabia. Mas, tinha pequenos momentos que ela acreditava que seu tio era bom. Teve aquela vez que a levou para esquiar quando completou dez anos e aquela outra vez que a ensinou a assar um bolo (apesar de ter ficado horrível). Sempre foi criada distante de tudo, não entendia como o reino funcionava e nem por quê o tio tomava atitudes tão ruins. Até claro, descobrir o que tinha acontecido com seu próprio pai.

Tem certos tipos de palavras que tornamos a saber o significado apenas após algo muito ruim acontecer. O significado de traição para Akira se tornou muito explícito após descobrir toda a verdade, então jurou que nunca mais sentiria algo parecido em toda sua vida. Mas, é aí que voltamos a estaca do que está acontecendo atualmente. O sentimento de traição está dançando pelos átomos de seu corpo como duas pessoas saltitantes e cheias de adrenalina. Todas as suas palavras e ações com a tripulação do Chapéu de Palha, a sua tripulação, trouxeram a tona tais sentimentos. Então, foi demais para conseguir suportar.

Nem percebeu quando se desvencilhou de Timo, só foi se dar conta de que estava completamente sozinha e sem ninguém em seu alcance quando virou um dos corredores do Baratie e sentiu o ar faltar em seus pulmões.

Se anteriormente em sua vida alguém a indagasse sobre o que significava lar, ela não saberia responder. Achava que lar era o seu reino, mas lar é um lugar onde você pertence. Após ter conhecido todos de sua tripulação, aquilo passou a se tornar o significado dessa palavra. Akira finalmente sentia que pertencia a a algum lugar e é exatamente essa a razão por não querer que eles se machuquem.

Ela colou as costas na parede, sentindo a falta de ar lhe acertar com tudo. O choro veio logo em seguida, mas não daqueles barulhentos que dá para se ouvir a milhares de distância. Não, foi aquele silencioso, o que te sufoca. É o pior tipo de choro. Você não consegue se mover, não emite barulho nenhum, mas por dentro seu peito estava um caos. É a mesma coisa que sentir as paredes desmoronando sobre seus ombros, lhe pressionando contra o chão frio.

Akira levou a mão na boca, na tentativa de impedir que algum barulho horrível saísse por ali, pois acima de tudo estava louca para gritar.

Seu peito subia e descia descontroladamente, da mesma maneira que as lágrimas desciam por sua face, rolando e pingando no chão escuro do Baratie. Era uma cena ridícula de se presenciar, mas que ela simplesmente não conseguia evitar. O choro não tinha pausa.

— O que está fazendo aqui?

A voz já bastante conhecida de seu Capitão soou acima de sua cabeça. Akira levou alguns segundos para levantar o rosto, percebendo que sua visão estava um pouco embaçada por conta do choro.

— Luffy... — balbuciou o nome dele.

A expressão no rosto do moreno era uma a qual Akira jamais tinha visto antes, seja em batalha ou qualquer outra coisa.

— Não me respondeu o por quê está chorando. — disse firme, os olhos escuros a analisando.

A garota fungou o nariz, tentando limpar o rosto com a costa da mão.

— Me desculpa, Luffy. — pediu — Não quero me casar, mas também não quero que meu tio machuque vocês e...

A frase dela foi interrompida, pois Luffy colocou o chapéu de palha sobre sua cabeça. Fazendo com que Akira levantasse os olhos confusa, sem entender, afinal, ninguém nunca tocava naquele chapéu, ele não deixava.

— Você é boba ou oque? — se agachou, ficando na altura dela — É companheira do futuro Rei dos Piratas, não fica fazendo essa cara de coitadinha.

Mas, era impossível. Akira não conseguia segurar o choro e muito menos controlar a velocidade que suas lágrimas desciam.

— Para de ficar choramingando. — ele apoiou a mão esquerda sobre o ombro dela — Eu sou Monkey D. Luffy e ninguém do meu bando vai ser machucado. Muito menos você. Eu não vou deixar.

Nem percebeu que as lágrimas tinham parado de rolar de seu rosto.

— Mas, o Zoro... — os olhos dela buscavam respostas nos dele — vai duelar.

A expressão que pairava no rosto de Luffy foi tomada por um pequeno sorriso amarelo. Então, a preocupação número um de Akira era sobre Zoro, isso o fez sorrir. Pois, sabia melhor do que ninguém o que o caçador de piratas sentia sobre ela.

{...}

Nami discordava da ideia tanto quanto Akira. Era a coisa mais estúpida que já tinha ouvido na vida e as duas garotas concordavam perfeitamente.

Demorou um pouco para Luffy conseguir convencer Akira a tentar conversar com Zoro, mas as coisas não saíram muito bem como o planejado.

— Você viu o tamanho da espada daquele cara? — a ruiva indagou — Ele vai te cortar que nem um sashimi.

— Gente...

Akira tinha acabado de entrar no ambiente, sentindo a maneira como o espadachim evitava a todo custo a olhar. Zoro arrumava as próprias espadas.

— Você é uma mosca para ele. — Nami cuspiu as palavras — Vai ser esmagado e esquecido.

— Não se eu vencer.

Zoro cuspiu as palavras de volta, apoiando as duas mãos contra a mesa.

— Você não vai vencer. — Akira entrou na conversa, ganhando os olhos frivolos dele sobre si — Já vi Mihawk em duelos, ele não perde.

— Não pode prever isso.

Suas palavras soaram mais afinadas do que uma faca. Era curto e grosso. Um tipo de tensão se acumulando no ar, tensão essa que os outros não gostariam de estar participando. Porém, se qualquer um deles se retirasse naquele instante, seria notado.

— Luffy, — a morena chamou o companheiro — pode por favor falar para o seu imediato que ele tá indo morrer?

Roronoa deu uma puxada nos lábios, totalmente sarcástico.

— Pode falar para a princesa calar a boca?

Eles se ricochetearam com palavras, rudes como nunca havia sido antes. Os olhares se auto fuzilavam, algo que nunca tinha ocorrido. Era a primeira vez que Akira e Zoro se enfrentavam daquela forma, o coração dela estava muito descompensado.

— Talvez não seja uma boa ideia, Zoro.

As palavras de Luffy soaram calmas, totalmente sincero.

— O único jeito de ganhar o título de melhor espadachim do mundo é derrotar o Mihawk em um duelo. E é isso que vou fazer.

A última frase foi totalmente destacada, os olhos frivolos sobre Akira.

— E isso inclui você morrer? — balbuciou, o tom de voz baixo.

Os olhos dela analisavam o caçador com um pesar enorme dentro do peito.

— O que eu preciso fazer, uh?

Akira deu a volta na mesa, parando ao lado de Zoro, sendo ignorada pelo mesmo. Ele começava a guardar as espadas em seus devidos lugares.

— Quer que eu diga que você é o melhor? — argumentou — Você é o melhor! Tá bom? Você é o melhor para mim, mas não é melhor do que ele.

Então, os olhos escuros de Roronoa pairam sobre ela.

— E se lutar com ele amanhã, você vai perder. Você vai morrer...

— E por quê você se importa? — Zoro retrucou de volta — Sou um nada para você. Se esqueceu?

Akira abriu e fechou a boca sem saber o que falar em seguida, sentindo o peso das próprias escolhas a acertarem de volta.

— Porque... — começou a responder, mas não conseguiu continuar — porque...

Ele desviou os olhos, puxando o canto do lábio esquerdo em um sinal de desdém.

— Viu.

{...}

O dia amanheceu mais rápido do que Akira gostaria. Ficou remoendo os últimos acontecimentos com precisão, conforme os minutos se passavam.

— Vamos indo para o barco?

A voz de Timo a trouxe de volta para a realidade. O loiro conseguia notar as olheiras abaixo de seus olhos, indicando o cansaço.

— Uhum.

Foi apenas um murmuro que conseguiu pronunciar em resposta. Se levantando e começando a o acompanhar. Do que adiantaria se casar se Zoro iria ser morto? Se um de seus companheiros da tripulação seria brutalmente machucado?

— Timo... — chamou pelo noivo, recebendo os olhos azulados em segundos sobre si — pode por favor impedir o duelo?

Estavam descendo pelo corredor principal do Baratie.

— Akira, meu pai foi desafiado. Apenas aceitou. Minhas palavras não são nada comparado a sua decisão. É uma questão de honra. — Timo falou — Não me diga que está preocupada com aquele cara?

A garota balançou a cabeça em negação, continuando a descer os degraus.

— É só uma perda de tempo tudo isso. Questão de honra uma ova, ele é muito burro...

Os olhos azulados foram postos sobre ela mais uma vez.

— Vamos para o barco.

Ela não gostou da maneira que sua voz soou autoritária. Porém, não disse nada para refutar. Quando seus pés pararam nas docas, bem na entrada do restaurante, ela viu o que estava acontecendo.

Os dois estavam adiantados. O duelo já tinha se iniciado. Da outra ponta, Nami, Luffy e Usopp observavam Zoro lutar contra Mihawk.

O caçador estava ajoelhado, apenas com a katana branca na boca. Da posição em que estava Akira conseguiu ver as outras duas espadas destruídas no chão, então Zoro se levantou, se virando para seu oponente.

— Por que ainda insiste? Você já perdeu.

Akira não percebeu quando deu dois passos na direção do duelo, sendo segurada por Timo, que impediu o restante de seus movimentos.

— Cicatriz nas costas... é uma desonra para o espadachim. — guardou a katana branca, os olhos fixos no homem a sua frente.

Foi o exato momento em que Akira soube o que iria acontecer. O grito alarmou sua garganta, ao mesmo tempo em que seu corpo era segurado à força por Timo.

Roronoa abriu os braços, recebendo o corte de Mihawk no segundo seguinte. O sangue espirrou para fora e o corpo dele bateu com tudo no chão frio de madeira.

Nesse breve instante, essa pequena parcela de culpa que preenchia o corpo de Akira foi embora. Timo sempre foi mais forte que si, então ele estava a segurando com muita força impedindo qualquer ação sua. Porém, ela fora imprevisível. Usou o peso do lado esquerdo de seu corpo para se desvencilhar do noivo, com toda sua força possível.

— Zoro!!!

O seu grito desesperado pelo homem cujo o único propósito era fazer seu coração disparar, ecoou por todo o Baratie. Foi alto e agudo, o tipo de grito que as pessoas não estão acostumadas a ouvir. O desespero da perda, o medo e a irrealidade tudo pairando ao mesmo instante.

Apesar de estar chorando (algo que ela nem tinha percebido que estava fazendo), Akira conseguiu chegar até o corpo do esverdeado mais rápida do que Luffy. Seus joelhos se machucaram por conta da força que teve ao cair ao lado do corpo do caçador e quando viu o grande corte atravessando seu peito de dentro para fora, soube instantâneamente que Luffy tinha razão.

Seu caminho estava entrelaçado com o de Zoro.

A prova viva era a maneira que seu peito ardia e doía ao vê-lo quase morrendo daquela forma.

— Zoro! Zoro!

Não percebeu quando o restante de sua tripulação se acoplou ao redor deles. Akira apoiou a mão direita sobre o rosto do espadachim, sujando ali de sangue.

— Era por quê eu gosto de você, idiota.  — fungou o nariz — Por quê eu gosto...

Claro que ele já havia perdido a consciência naquele exato momento, então não ouviu a resposta pela pergunta a qual ele tinha feito na noite anterior. Mas, todos que estavam à sua volta, tinham ouvido a declaração de amor de Akira.

O que apenas comprovava uma única coisa. O barco errado que ela tinha pego, a estava levando lentamente a sua própria maldição.

— Ki, — Luffy apoiou a mão no ombro da amiga — ele vai ficar bem. Vamos ajudá-lo.

Era uma situação de merda. A morena tinha os olhos molhados, a respiração entrecortada e as mãos estavam sujas de sangue.

— Akira, o que está fazendo? — Timo indagou, se aproximando — Vamos, já está na hora.

Fez menção em encostar a mão nela, mas recebeu um tapa de Luffy.

— Se tentar tocá-la novamente não vai ser um tapa da próxima vez. — falou sério — Não ouse a separar do Zoro agora.

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