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01 | o encontro com o diabo

TINHA POUCAS COISAS na vida que fazia com que Akira se estressasse facilmente, a principal dela era quando pessoas bobas eram passadas facilmente para trás. Isso incomodava a garota em um nível absurdo, talvez por se lembrar de um momento específico na infância que passou por algo parecido. Akira odiava qualquer tipo de abuso.

Então, por isso estava naquela situação de merda agora.

Seus dedos suavam ao segurar o arco com mais precisão. Podia jurar que também tinha algo escorrendo de sua testa também, mas, ela não podia se dar o luxo de secar nada daquilo. Precisava manter a calma e a postura, se não o plano daria errado.

Não fazia nem dez horas que tinha chego no navio cargueiro naquela ilha e já tinha trombado com dezenas de homens de merda da marinha. Akira não gostava de nada daquele tipinho de gente.

Ela respirou fundo, mirando agora com cautela, pronta para o ataque. Da posição que estava o acerto seria perfeito, dito e feito. Akira puxou a flecha para trás e soltou de uma vez, acertando em cheio seu alvo.

Deslizou pelo telhado, saltando sobre o pequeno muro que separava a cidade do batalhão da marinha. Sorriu satisfeita ao ver o saco de dinheiro fincado na parede, da mesma forma que havia planejado.

— Como você...

— Acho que isso não é seu, querido. — balbuciou a morena.

O ladrão se levantava do chão, pronto para partir para cima dela. Akira pegou o saco, enfiando dentro da mochila em uma velocidade considerada quase impossível, puxando rapidamente o arco frente ao peito para se defender.

— Nem mais um passo. — ameaçou.

Os olhos negros do homem a analisaram, como se relutasse sobre qual atitude tomar. Ela sentiu os dedos dançarem sobre o arco, como se implorasse para soltar e o acertar. Mas, tomando uma atitude que a deixou surpresa —, o ladrão não foi para cima dela. Virou de costas e saiu correndo.

Não conseguiu evitar o pequeno sorriso narcisista que pousou nos próprios lábios, satisfeita por ter dado o seu melhor. Estava tão entretida na própria conquista que Akira não percebeu que estava sendo observada bem de longe, e conforme andava saltitante nas pontas dos pés com o arco já posto novamente em suas costas — não se deu conta de que estava chamando mais atenção do que gostaria.

Encontrou o garoto no mesmo lugar onde havia sido roubado.

— Aqui está.

Akira tirou o saco de dinheiro de dentro da mochila e entregou nas mãos do garoto, feliz por ter o recuperado. Um sorriso gigante brotou no rosto da criança.

— Muito obrigado. — agradeceu, a abraçando.

Isso a deixou desconfortável. Não era o tipo de pessoa que gostava de tocar ou abraçar os outros, isso era um resultado da sua criação. Mas, pela emoção da criança, ela deixou passar. Retribuiu o abraço meio desengonçada, antes de virar as costas e sair dali novamente.

Conforme passava pelo quartel da marinha novamente, não pôde deixar de observar a movimentação lá dentro. Sem contar que o portão principal tinha uma fresta bem grande, o suficiente para Akira colocar a cabeça ali por curiosidade.

O espaço era enorme. As paredes grossas empoeiradas, tão altas que poucas pessoas conseguiriam escalar, em tons claros como amarelo e branco. Aquele era o tipo de lugar que ela não gostaria de colocar os pés e jurava que nunca colocaria depois de tudo que aconteceu. Mas, aquilo no meio do pátio chamou sua atenção.

A estaca estava fincada perfeitamente calculada.

Ao terminar de passar o corpo todo pela fresta, com o arco ainda nas costas, Akira percebeu que se tratava de uma pessoa. Conforme se aproximava conseguia ver as coisas de uma perspectiva melhor. Os dois braços estavam amarrados na estacas das laterais, postos para trás. As pernas abertas, totalmente esticadas para cada lado. A blusa branca estava aberta até a metade de seu peito, a cabeça baixa onde os fios esverdeados dançavam como uma pintura.

Antes de se dar conta, Akira já estava frente a frente com o sujeito.

Quando era mais nova sempre diziam que ela tinha o coração mole, que não aguentava ver nenhum animalzinho passando necessidade que corria para acudir. Bom, diante aquela cena, Akira via aquele homem na mesma situação que um animal indefeso se encontrava.

— Ei, você.

A voz dele soou grogue, cansada. Demorou alguns segundos para que os olhares deles se encontrassem.

— O que fez para te prenderem de uma maneira tão...

Akira deixou a frase morrer, ao sentir os olhos dele a analisarem.

— Tão? — ele repetiu sua última palavra.

Ela engoliu em seco, ajeitando a postura.

— Desculpe o desrespeito. — limpou a voz com tossidas falsas — Sou Akira.

Então, o rosto dele se ergueu totalmente. Tão bem que ela conseguiu ver os brincos em sua orelha direita, as olheiras profundas embaixo dos olhos e os pulsos vermelhos por conta da corda.

— Eu sou Roronoa Zoro. O caçador de piratas.

O silêncio se instalou pelas lacunas das muralhas. Os olhos da mais nova demoraram a piscar, como se processasse a informação. Claro que já tinha ouvido falar dele, o famoso caçador de piratas, aquele que todos fugiam. Mas, nunca de fato tinha parado para ver nenhum cartaz de procurado dele. Não fazia questão. Então, o sentimento de arrependimento começou a se instalar gradualmente por seus átomos.

— Literalmente um cabeça de alga aqui então...

Seus lábios trabalharam mais rápido que seu cérebro. Esse tipo de coisa acontecia com frequência quando ficava nervosa.

— O que isso quer dizer? — Zoro indagou, exausto.

— Basicamente é só uma coisa de Percy Jackson. — desatou a falar rapidamente — Eu não queria te insultar, Senhor Caçador.

Akira se xingou internamente por estar passando vergonha daquela forma. Levantou as mãos em sinal de rendição, como se quisesse se desculpar, indo até as cordas que o seguravam.

— O que está fazendo?

Os dedos finos da garota começaram a tentar afrouxar as cordas.

— Não tem outras coisas mais importantes para fazer do que ficar aqui amarrado? Já que é o caçador de piratas?

Mais uma vez o silêncio reinou entre eles. Akira começou a perceber que Zoro não era muito de conversar.

— O que você quer? — perguntou o mais velho, ao sentir seus pulsos finalmente respirarem.

Akira arfava um pouquinho por ar, pois usou boa parte da força para desfazer os nós.

— Como assim?

Ela bateu as mãos nos jeans, dando um sorriso satisfeito por ter conseguido desfazer os nós, encarando o moreno.

— Não gosto de dever ninguém. — informou.

Deu o primeiro passo para fora da estaca, finalmente firmando as pernas pela primeira vez em horas.

— Ahm... — Akira elevou os lábios pensativa — Para falar a verdade é bem interessante saber que o maior caçador de piratas me deve alguma coisa.

Zoro pressionou os próprios lábios, franzindo o cenho ao ouvir tal coisa. A garota percebeu que agora fora da estaca, ele tinha mais de vinte centímetros a mais do que ela. Os ombros eram largos, o peitoral parecia forte, as veias saltavam dos braços. Ela deu um passo para trás, se sentindo intimidade.

Ele limpou a garganta, antes de falar novamente.

— Sabe me dizer onde fica o quarto do filho do general?

Akira deu uma risada sincera, estampando as covinhas em suas bochechas e diminuindo seus olhos com o ato. Não percebeu a forma como aquilo foi perfeitamente observado pelo caçador. É claro que ela sabia onde ficava aquele quarto, como também sabia onde ficava boa parte das coisas ali do quartel.

Quando desceu na ilha não fazia ideia de que passaria tanto tempo assim naquele local, afinal, tinha dado toda sua vida para conseguir escapar da marinha. Mas, o destino havia a levado até ali novamente. Ou pior, o barco errado.

— Sua conta comigo tá ficando grande hein, cabeça de alga. — deu um tapinha no ombro dele, começando a andar na direção desejada.

— Não sou o Percy Jackson, garota.

{...}

O quartel era um dos maiores lugares que Akira já havia pisado em toda sua vida. Isso significava que continha corredores desconhecidos, portas que levavam a ambientes desagradáveis e coisas desse tipo. Nunca passou pela sua cabeça participar da marinha, mas quando se tem quatorze anos e está passando fome —, a certos tipos de coisas que se tornam seu objetivo.

Ela não se orgulhava daquilo e nem da forma como escapou dali.

Guiou Zoro até a porta do quarto do filho do general. Vez ou outra olhava por cima dos ombros com medo de algum guarda aparecer, os pensamentos e as lembranças eram vez ou outra puxadas para o passado, para quando estava presa ali.

Ouviu o barulho de algo se quebrar do lado de dentro, mas permaneceu quieta, encostada na parede e com os braços cruzados. Dois minutos depois Zoro saiu, agora com três espadas fazendo parte do seu visual. A garota o olhou de cima a baixo, antes de comentar.

Realmente, de Percy Jackson você não tem nada.

O Caçador cerrou os olhos, antes de começar a sair dali, sem dizer uma só palavra. Ela o seguiu.

— Agora você vai para onde?

Como Zoro era mais alto que ela, isso significava que suas pernas não conseguiam acompanhar muito bem o ritmo do mais velho.

— Por quê tá me seguindo? — gruniu ele, sem olha-lá.

— Eu só te fiz uma pergunta, grosso.

Antes que Zoro pudesse pensar em uma melhor forma de a insultar, ele parou de uma vez, fazendo com que a garota batesse com a cara em suas costas brutalmente.

— Aí, porra.

Akira levou as mãos até o rosto, verificando se não tinha quebrado o nariz.

No meio da arena onde anteriormente o Caçador estava pendurado nas estacas, estava acontecendo uma batalha contra os marinheiros. Pelos cálculos de Akira tinha apenas dois deles, lutando contra todos aqueles homens. Uma garota ruiva e um garoto de chapéu de palha.

Ela viu quando Zoro começou a ir em direção a saída, ignorando a luta. Mas, Akira não conseguiu sair como o Caçador. Não, seus batimentos cardíacos estavam mais fortes e a única coisa que ela pensava era que se na época em que fugiu dali se tivesse lutado daquela forma, teria gostado que alguém a ajudasse.

Então, dito e feito. Ela se juntou à luta.

Tirou o arco de suas costas e o usou para machucar alguns dos guardas.

Fazia muito tempo que não sentia a adrenalina dançar por suas veias daquela forma. Tinha esquecido o quão gostoso era lutar, ainda mais contra a marinha.

Sem perceber, Akira juntou as costas junto com o garoto de palha.

Ele lutava bem, acertava os guardas com cada soco e pontapé.

— Ei, é você. A garota do arco e flecha.

A voz dele soou empolgada. Akira o olhou brevemente antes de voltar a prestar atenção nos golpes que estavam sendo jogados para cima de si.

— Você me conhece? — gritou a pergunta, deslizando sobre o chão.

Um dos guardas a puxou pelo pé, a derrubando de cara do chão quente. O desconhecido a puxou para cima, acertando a cabeça do guarda.

— Claro que sim. Você é muito boa na mira. — se vangloriou ele — Sou Monkey D. Luffy.

Akira sorriu ao sentir as mãos quentes do garoto a defenderem de um golpe, a puxando pelo braço.

— Prazer, Monkey D. Luffy. Sou Akira.

O garoto umedeceu os lábios, mal contendo o sorriso enorme que crescia em suas bochechas. Era incrível a capacidade que ele conseguia fazer tantas coisas ao mesmo tempo.

— Akira, a melhor garota em arco e flecha que eu já vi. — levantou os polegadas em sinal de positivo — Entra no meu bando.

Sua frase não saiu como um pedido, mas como um alerta. A garota ruiva se juntou a eles, destruindo três guardas de uma vez. Aquilo foi impressionante, pensou Akira.

— O que é um bando? — perguntou, sem fôlego.

Os guardas não acabavam, cada vez que derrotavam um, mais três brotavam.

— Eu vou ser o Rei dos Piratas. E preciso de alguém como você no meu bando.

Ela riu, sentindo os dedos formigarem ao buscar uma flecha atrás de si.

— Eu recuso.

As sobrancelhas de Luffy se juntaram, confuso pela resposta. Não era aquilo que estava esperando.

— O quê? Não. — negou — Eu recuso a sua recusa.

Então o portão principal se partiu e dez dos homens entraram de uma vez. Akira parou de prestar atenção no garoto, puxou uma das flechas a posicionando no arco, pronto para atirar. Conseguiria acertar dois dos homens de uma vez, fez os cálculos bem rápido.

Mas, um imprevisto aconteceu.

Luffy bateu com as costas nas suas, para que assim ele conseguisse defender de um lado e ela do outro. Porém, essa pequena ação fez com que a flecha que Akira tanto tinha calculado, escapasse de seus dedos como água.

Em questão de segundos todo seu plano tinha por água abaixo. Foi tão rápido, mas Akira teve tempo de levar a mão na boca em espanto ao ver o que tinha sido atingido.

Do outro lado estava Zoro, que olhava para ela abismado. A flecha fincada em sua perna esquerda, quase fora. Se ele tivesse se movido um pouquinho para a direita, não teria pegado. Mas, ele não se moveu. Os olhos transbordando raiva.

— Desc...

Arrancou a flecha de uma vez da própria perna, a jogando no chão.

— Desgraça, garota.

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