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19

Karina's pov:

"Tenho pensado que devíamos fugir por algumas horas, deixar tudo para trás. E assim quando estivermos livres, infinitas vezes iremos nos beijar."

Quando estava no meu terceiro ano da faculdade, passei minhas férias de verão na casa de praia da mãe de Insoo. Num dos primeiros dias, alugamos um barco na doca e ficamos sentados no meio do mar o dia inteiro, aproveitando o sol. O tempo parecia ter parado naquele dia, e nenhum de nós tinha interesse em acelerar as coisas. Aquelas férias eram uma espécie de refúgio pessoal para ambos.

Meu irmão me repreendeu porque eu havia levado meu violino comigo, dizendo que não iríamos estudar durante aquelas férias. Mas minha mãe me ensinara que para se alcançar a maestria era necessário muita dedicação e comprometimento. Então não vi problema algum em praticar enquanto estivesse em contato com a natureza.

De qualquer forma, ficamos apenas tomando nossas bebidas, que ele tinha feito questão de levar, e pegando aquele bronzeado todo irregular.

Eu sempre me lembro do silêncio do mar. Lembro que mal nos mexíamos no barco, que a água ondulava somente de vez em quando e que um pássaro mergulhou à procura de uma refeição rápida. Depois de algumas horas de relaxamento, eu me levantei e peguei meu violino. Insoo pulou para perto de mim, pegando o instrumento da minha mão.

— Certo! — Ele disse, animado. — Já que você não tem mesmo jeito, vamos fazer algo diferente. Hoje você vai me ensinar a tocar violino, professora Yoo.

Foi inevitável não sorrir diante do seu comentário.

Passamos a hora seguinte praticando com real dedicação, mas ele era horrível. O violino parecia gritar em desespero para que acabassem logo com seu sofrimento. A gente riu tanto que achei que o ar acabaria dos meus pulmões. Na verdade, Insoo era quem mais parecia se divertir com aquilo tudo. — Era como se estivesse livre das amarras sociais as quais geralmente estava preso. Ainda rindo, ele se encostou na lateral do barco e me devolveu meu violino.

— Acho que você é uma péssima professora, Jimin.

— E eu acho que você vai ter que me comprar um novo violino.

Nós continuamos rindo — eu segurava minha barriga e ele ria das minhas gargalhadas.

Aquela foi uma das últimas vezes que caímos na gargalhada juntos. Foi uma das últimas vezes em que fomos felizes juntos.

Olho para o teto do meu quarto. Não me admira ainda estar acordada em plena madrugada. Dormir nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente quando me lembro que hoje faz oficialmente um ano que minha vida mudou completamente.

Me levanto da cama e depois de percorrer a distância até a janela, paro e olho para minha escrivaninha. E lá está, descansando dentro de uma pasta: nossa composição inacabada. Toda os sentimentos de Insoo, ou pelo menos o que ele achou interessante abordar naquele momento, está ali dentro, eu simplesmente sei. Pode ser instinto, coisa de irmãos, mas eu sei.

São páginas, simples, de papel, e eu deveria continuar a trabalhar nelas por nós dois, mas, até agora, só olhei para elas em minha escrivanhia.

Ao lado da pasta vejo meu celular e uma ideia me vem a mente. É curioso eu sentir falta das coisas que eu queria manter distante. Minha mãe não me liga há alguns dias. As ligações que as vezes me incomodavam se tornaram parte da minha rotina. Eu estou com saudade de ouvir sua voz, da sua natureza protetora, do seu amor.

Então, em vez de esperar que ela me ligue, eu pego o celular e faço isso. Minha mãe atende no segundo toque.

— Jimin, você está bem? — Ela pergunta. — Por que está me ligando a essa hora?

Acabo sorrindo. Minha mãe não mudou nada mesmo depois de meses.

— Não, mãe. — Digo, respirando fundo. — Eu só… queria conversar um pouco. Você não está ocupada, né?

Ela fica em silêncio por um instante.

— Para você nunca, querida. Então me diga, o que aconteceu?

\[...]

Na manhã seguinte, no ponto de ônibus, Minjeong não aparece, mas me manda uma mensagem avisando que precisou resolver algumas coisas com Yzhuo e me encontraia na faculdade.

Quando chego ao campus, sento-me em um dos bancos, vendo o sol refletido nas janelas espelhadas do prédio principal. Sinto-me cansada, esgotada. Parece que cada vez que um momento de felicidade aparece, é engolido pelas sombras. A vida não é justa, e eu me sinto uma idiota por pensar que deva ser. Mas eu quero que seja. Eu preciso que a vida seja justa, só por um tempo. Porque eu preciso dela.

Minjeong é a única que afasta a escuridão.

Os passos que escuto atrás de mim são suaves. Sei quem é antes mesmo que fale alguma coisa.

— É estranho te ver aqui nesse horário — Me viro e vejo Aeri andando em minha direção. Suas mãos estão enfiadas nos bolsos. Ela se aproxima e senta-se ao meu lado.

— Pois é.

— Eu tenho alguns minutos sobrando antes da minha primeira aula, se quiser eu fico aqui com você.

Sorrio.

— Obrigada, Aeri.

— De nada.

Ela faz uma pausa, encarando as próprias mãos.

— Por que você não me conta o que aconteceu?

— Como assim?

— Bom, eu sei que nos conhecemos há apenas alguns meses, mas é perceptível que tem alguma coisa te incomodando. Vou entender se você ainda não confiar totalmente em mim para compartilhar...

— Eu confio em você, Aeri.

— Ah, sério? Foi por isso que você me convidou para almoçar com vocês, aquele dia?

— Não. Eu a convidei porque quando você sorri, todo mundo fica feliz.

Ela sorri e tamborila os dedos no joelho.

— No dia em que você me convidou para sentar com vocês, eu pretendia ir passar o horário do almoço nos jardins porque era um dos meus dias não tão bons. Então, obrigada.

— Imagina.

Aeri passa as mãos nos cabelos e olha para o céu acima de nós.

— Isso também me aproximou de Yzhuo. E bem, preciso admitir que você tinha razão. Nós só precisávamos conversar.

Ela parece realmente feliz com isso. Ela ri de um jeito diferente. Ela sorri de um jeito diferente. Ela está diferente.

— Então vocês estão namorando?

— É. Acho que posso dizer que sim — ela diz, sorrindo. — Mas o assunto aqui não sou eu. Então nem tente mudar o rumo da conversa, Jimin.

Sorrio.

— Está tão na cara assim?

— Está.

Passo a mão nos cabelos e respiro fundo. Talvez compartilhar um pouco da minha história com Aeri não seja um problema.

— Hoje faz um ano que me envolvi em um acidente, onde meu irmão mais novo faleceu e, bem, achei que com o tempo fosse ficar mais fácil lidar com isso. Mas tenho descoberto que só se torna mais difícil.

— Meu Deus, Jimin. Sinto muito. — ela sussurra. — Eu não fazia ideia. Mas infelizmente entendo um pouco do que esteja sentindo. Afinal, um dia minha irmã estava aqui, e no outro ela não estava.

Assinto com a cabeça.

— Infelizmente essa é uma realidade com a qual temos que conviver.

Nós duas ficamos ali sentadas, pensando na sorte que nos foi dada. Cada uma tendo que aprender a lidar com seus próprios fantasmas pessoais. Estamos em silêncio. Está tudo silencioso de uma maneira bem confortável. Fico me perguntando se ter uma melhor amiga não é exatamente isso.

Após um tempo, ela olha para mim e diz:

— A única opção que temos é continuar tentando seguir em frente. Porque quando pensamos demais nas coisas, nós começamos a ficar tristes e eventualmente deprimidos.

Sorrio, compreensiva.

— Por mais difícil que tudo isso seja, eu concordo com você. A propósito, obrigada por ficar um tempo comigo, estava mesmo precisando.

— Obrigada por precisar. — Ela diz, se levantando. — Mas acho que essa é minha deixa. Sua garota acabou de chegar.

Olho para o lado e vejo Minjeong se aproximando, sendo acompanhada por Yzhuo. Ela parece linda com uma calça jeans e um suéter largo que deixa seu ombro a mostra.

— Muito melhor — Aeri diz, colocando a mão no meu ombro. — Você faz isso sempre que olha pra ela, sabia? Sorri.

Reviro os olhos diante do seu comentário, mas acabo sorrindo.

— Você pegou rápido esse lance de provocação entre amigas, né?

Ela sorri.

Quando Minjeong se aproxima, me levanto, e lhe dou um abraço apertado, colando os lábios em seu pescoço e passando os dedos nas mechas soltas de seus cabelos. Nesse momento, tudo parece no lugar, e sinto meu corpo relaxar.

— Desde quando você fica sentada aqui fora? — Ela pergunta, sorrindo.

— Desde quando estou a espera de uma garota bonita.

Minjeong revira os olhos.

— Você não perde uma oportunidade. — Ela diz, ajeitando uma mecha do meu cabelo antes de beijar meus lábios de forma casta.

— Essa é mais uma das minhas incríveis habilidades. E eu sei que você gosta.

— Ei, garotas! — Yzhuo diz, chamando nossa atenção. — Aeri e eu precisamos resolver algumas coisas do nosso projeto final. Então já estamos indo.

— Ah, claro. — Minjeong diz. — Nos vemos depois, então.

Elas assentem em despedida e seguem rumo ao interior do prédio principal da faculdade. Minjeong observa até que elas entrem antes de voltar sua atenção para mim e dizer:

— Acho que agora podemos conversar.

Arqueio uma sobrancelha.

— Do que você está falando? — Pergunto, esfregando o rosto. Abro os olhos e vejo Minjeong me encarado com um olhar cheio de preocupação. — Eu estou bem.

Ela franze a testa.

— Nós duas sabemos que isso não é verdade. Então você já pode me dizer o que está acontecendo.

— É só o acidente, Minjeong...

Ela caminha até mim e passa a mão no meu rosto. Em seguida, se inclina e me beija demorada e apaixonadamente. Coloco os braços nas costas dela.

— Vamos dar uma volta enquanto conversarmos melhor — ela sugere.

— Minjeong — começo a protestar. Seus dedos param em meus lábios.

— Não. Não agora. Não vamos tentar resolver as coisas agora. Não vou me estressar, e você não vai ficar pensando demais nas coisas. Não vamos nos preocupar com a faculdade por um dia. Vamos para o Yongsan Park e apenas passar um tempo juntas.

\[...]

Damos várias voltas no parque. Não sei quando, mas começamos a compartilhar histórias sobre nossas vidas. Conto a ela sobre minha relação familiar, de como minha mãe recebeu a novidade sobre minha orientação sexual, de como meu pai e eu nunca formos realmente próximos. Então depois do acidente as coisas acabaram mudando, mas ainda não sei como interpretar isso.

Minjeong também me atualiza sobre suas questões familiares e sobre o fato do seu pai estar saindo de casa, mas quando pergunto mais sobre o assunto, ela fica tensa.

— Acho que isso é o melhor para todo mundo. — As palavras saem mais frias do que qualquer coisa que eu já ouvi dela antes. Decido mudar o rumo da conversa, porque o pesar da sua linguagem corporal está dizendo tudo o que precisa ser dito.

Quando estamos na área reservada perto do lago, nós rimos de como estamos excessivamente cansadas e de como não conseguíamos dormir de verdade. Pouco depois, conto a Minjeong alguns detalhes da composição que Insoo estava criando comigo, e ela pede para vê-la. Prometo fazer isso assim que possível.

— Você já tentou voltar a trabalhar nela depois da nossa última conversa? — Ela pergunta com suavidade.

Balanço a cabeça.

— Ainda não. Eu reconheço que Insoo gostaria que eu concluisse a composição por nós dois, mas ainda não consegui fazer isso. E não quero...

— Você não quer se tornar uma dessas.

— Dessas? — Questiono, parada de pé, olhando para ela.

— Você sabe. Do tipo que desobedece o irmão morto.

Sorrio. Sei que é estranho, e alguns condenariam o que ela disse, mas sorrio porque, nossa... foi engraçado. Eu sinto falta de momentos engraçados na minha vida.

— Você está certa. — Digo, puxando ela para perto. — Eu não ousaria ser dessas.

Ela sorri da minha reposta. Quando seu rosto fica mais perto do meu, solto o ar pela boca, roçando meus lábios nos dela. A sensação é de que nossas bocas ficam uma eternidade a milímetros de distância, mas foi só por alguns segundos.

Quando seus lábios se juntam aos meus, o mundo fica em silêncio. O universo para. Ela me leva a um lugar de pura emoção, afastando toda a tristeza e substituindo-a por paz.

Seus lábios são tão perfeitos quanto eu me lembro, mas tem mais paixão, mais intensidade. Suas mãos correm pela barra da minha camisa, levantando-a, e sinto seus dedos delicados sobre minha pele.

— Minjeong... — murmuro. Minha língua separa seus lábios e volta a explorar a sua enquanto a pressiono delicadamente contra uma das árvores.

Sua boca vai se abrindo cada vez mais conforme sua respiração se acelera. Então minha boca viaja para o seu pescoço, onde começo a chupar e passar a língua em um movimento circular. Sinto sua pele arrepiar quando uma brisa roça nossos corpos e ela coloca a boca na minha outra vez.

Como em um sonho, meu corpo cai nas profundezas do desejo, e começo a implorar aos céus para que isso não seja uma fantasia causada pela minha mente cansada — mas que, se for, eu espero nunca mais voltar para a realidade.

Ela afasta sua boca da minha, deixando-me de olhos fechados e coração aberto. Eu posso sentir seu coração batendo por baixo da camisa, e ela coloca a mão sobre o meu. Palavras não são necessárias, porque sentimos tudo dentro de nós.

Uma última vez, meus lábios encontram os seus, quase sem tocá-los, como uma cerimônia de encerramento. Quando abro os olhos, encontro o seu olhar e sorrio.

— Obrigada por estar aqui. Você não sabe o quanto isso significa para mim — sussurro, querendo poder beijá-la mais e mais.

Ela se afasta um pouco e me olha, sorrindo.

— Acho que você pode dizer que tem uma namorada incrível, não?

— Humm... namorada. Gostei de ouvir isso. — Digo, beijando o canto da sua boca. — Acho que isso prova que você é minha.

Ela balança a cabeça.

— Eu já era sua antes de conhecer você.

Ela não sabe o quanto ouvir isso mexe comigo. Palavras nem sequer podem expressar. O mundo costuma ser feio e doloroso, cheio de ódio, tristeza e desespero. Mas Minjeong? Ela faz sentido em um mundo sem sentido.

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