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Suporte

          
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O livro tem narração em primeira pessoa.
Apenas nos últimos capítulos tem POV de outra personagem.

Na revisão geral e mudança pra Amazon e publicar físico, ele vai ter apenas a narração em primeira pessoa, narrador único.
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O trecho abaixo inicia o livro, não é um desabafo da autora como já me perguntaram várias vezes. Kkkkk

Eu tô muito mais fodida que a Giovanna. Sou da enfermagem, brasileira, numa pandemia onde o "presidento" demorou a comprar vacina.
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EM PROCESSO DE REVISÃO E REESCRITA.
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         Trabalho com suporte de TI, e nessa época de pandemia o trabalho triplicou, já que a maioria dos meus clientes está trabalhando 'home office'. Em pleno 2020 uma doença fez a maioria das pessoas aqui no Canadá mudarem seus hábitos. Tem dias que as visitas duram horas para resolver coisas que dentro da empresa eu faria em vinte minutos. Mas ou era isso, ou era não estar trabalhando, e desde que meus pais morreram, eu só herdei a casa, o carro e as dívidas. 

Eles foram a razão da minha vida, e agradeço a eles tudo que fizeram por mim, se hoje sou a mulher que sou, devo a eles. Me adotaram com cerca de 3 anos quando eu quase morria de fome, numa cidade do interior de Alagoas. Eles eram extremamente religiosos, e não aceitavam minha orientação sexual, que eu vivia clandestinamente. Somente após a partida deles que eu pude finalmente me libertar. Mas já era tarde, se um exemplo de mulher pacata e simples que vive na mesma casa há mais de 30 anos e nunca deu trabalho aos vizinhos.

           Me tornei a típica sapatão "caminhoneira" que não performa feminilidade. Alta, forte, gorda, cabelo curto e de alguma forma isso chama atenção de mulheres mais submissas. Mas reservada como sou, minha vizinhança nunca viu ou ouviu falar nada sobre mim. 


         Calça jeans, um tênis e a camisa gola polo da empresa, mais sapatão que isso, impossível. 

Bom… vamos a primeira chamada do dia. A casa do cliente fica há alguns quilômetros da minha, me apressei,  pus o material na mochila e saí com o carro. 

        Era a primeira vez que eu atendia essa funcionária. Geralmente recebo chamados das mesmas pessoas que tem pouco manejo com informática.

Em alguns minutos após tocar a campainha, uma ruiva de aproximadamente um metro e meio abre a porta, e o ímpeto de perguntar se a mãe dela estava em casa ficou preso na garganta. Dei um leve sorriso do meu pensamento, pedi licença e entrei sendo guiada por ela até seu quarto, onde estavam montados os equipamentos de trabalho. 

— Desculpa, você não falou seu nome. – Disse enquanto caminhávamos pela casa. 

— Pode me chamar de Almeida. 

— Eu sou Mellanie. Mas esse não é seu nome verdadeiro… 

— Não. Mas trabalhando eu prefiro assim. – Ela levou a mão na gola da minha camisa, e ajeitou. — Acho que fica mais informal. – Completei. 

— Bom… Mellanie também é meu nome de trabalho. Sou brasileira, evito chamar suporte pois acabo tendo problemas com preconceito.  cheguei aqui no início do ano.

— Eu nasci no Brasil, mas vim pra cá muito pequena.

       Achamos graça da coincidência, e ela pediu licença para ir a cozinha. Antes de sair me explicou o problema no computador e nas câmeras. Achei meio estranho a quantidade de câmeras que ela tinha, mas provavelmente, bonita como era devia ser modelo ou digital influencer. 

         Ela voltou com uma jarra de suco, água e um energético, me oferecendo em seguida. Sentou-se me olhando trabalhar. Acertei cabos e fiações, e comecei a ligar o notebook. A proteção da tela tinha uma foto de uma modelo de lingerie deitada sobre uma cama. Pelo reflexo do espelho no armário, reparei que o cenário era o quarto onde estávamos, e provavelmente fosse ela na foto. 

— Desculpe… Eu não sabia que tinha uma foto pessoal na tela. 

— Não tem problema. Eu trabalho com isso… 

Ela pôs a senha, me dando acesso as pastas que seriam necessárias para reinstalação do sistema da empresa que me contratou. 

— Eu pensei que você trabalhasse na Ubisoft… 

— De dia sim… Nas minhas folgas sou modelo. 

— Eu não aconselharia deixar suas fotos pessoais no mesmo computador que usa para o trabalho. Nós podemos acessar vocês remotamente, não dá pra confiar que alguém não possa mexer nas suas pastas. – Fiz uma pequena pausa. — Preciso de seu nome de usuário e senha. 

          Percebi que o login não era Mellanie. Lembrei-me quando ela me disse que não era o nome verdadeiro dela. Ajustei os programas que eram necessários para o dia a dia. E percebi que a memória do notebook estava muito pesada, sugeri transferir os arquivos para nuvem, quando ela me entregou um HD externo, perguntando se eu poderia ajudá-la na tarefa. 

          Uma infinidade de fotos em pastas separadas com nomes diferentes, algumas miniaturas eram possíveis ver fotos nuas ou extremamente sensuais. Fiquei desconfortável, suando frio. 

— Desculpa… acho que te deixei meio sem graça… 

— Não costumo mexer em arquivos pessoais de clientes. 

— Você é sempre assim tão fechada? 

— Durante o trabalho, sim.

— Bom… – ela olhou o relógio. — São quase 13h, acho que você pode entrar no seu horário de almoço. Come comigo? 

           Ainda faltariam alguns minutos para as transferências de arquivos, acabei aceitando. A casa era pequena e a cozinha conjugava com a sala. Ela era bastante simpática, e tentava puxar assuntos da minha vida pessoal. Olhei o tablet de agendamento e por algum motivo não tinha mais visitas a tarde, eu realmente estaria algum período livre.

          Mellanie era extremamente engraçada e tinha uma beleza tão singular. Um sorriso lindo que me atraia e não conseguia parar de olhar para ele a todo momento. Os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo tão frouxo que deixava alguns fios caídos no rosto. Pelo menos uns 30cm mais baixa que eu. Perto de mim, ela fica minúscula, era uma cômoda ao lado de um armário de 6 portas. 

       Após o almoço sentou-se numa pequena poltrona, com as pernas dobradas, cruzando os pés sob os quadris. Ela perguntava sobre mim, sobre minha vida. E falou um pouco dela e do trabalho. 

— Eu acho engraçado vir atender funcionários de uma empresa desenvolvedora de games e softwares, com problemas bobos de TI.

— Eu não sou programadora. Trabalho na área contábil. Na verdade gosto de fotografia, e quero fazer medicina.

— Nossa... coisas tão parecidas que são até óbvias… – ela riu do meu comentário. 

— A empresa paga bem, mas eu preciso complementar a renda. Por que não me diz seu nome? 

— Porque não vejo necessidade… 

— É sempre tão ríspida assim? 

— Desculpe… Tive problemas com uma cliente que ficou obcecada em mim. Você não tem culpa. 

— Mas obcecada por qual motivo? 

— Talvez pelo mesmo motivo do seu "trabalho extra". – Ela imediatamente corou de vergonha. — Uma cliente trabalhava com sexo, e me reconheceu de um site de relacionamento lésbico.

— Eu sou modelo sim. Mas acho que você percebeu que sou acompanhante de luxo… 

— Eu imaginei… 

— Mas eu não trabalho com sexo. Inclusive sou virgem. – Ela percebeu meu espanto. — Eu só saio com os caras mas não me relaciono. É apenas presença… E como entendo bastante de jogos, sou contratada por alguns rapazes que não namoram para fazer papel de namorada, para apresentar a família. Homossexuais que não podem sair do armário, e executivos que gostam de ostentar mulheres bonitas.

— Que história louca… Parece um filme. 

— Você é a primeira pessoa que eu conto isso… – Mais uma vez ela reparou a minha cara. — Não sei… você parece que seria uma boa amiga. 

— Mas literalmente não sabes nem meu nome… Talvez você se exponha muito falando da sua vida. – Ela se calou. Realmente acho que ela precisava de uma amizade. — Me chamo Giovanna. 

— Marina. – Estendeu a mão. 

        Voltei para o quarto e terminei o ajuste do computador. Meu tablet continuava sem sinalizar mais nenhum serviço no dia. Convidei-a para tomar um café, já que tinha visto uma Starbucks bem na esquina de sua casa.

— Você não teria problemas em ser vista com uma garota de programa? 

— Garota de programas virgem? Parece uma fanfic. – Eu ri. — Estou com tempo livre, e você parece precisar conversar. Vamos? 

            A companhia dela era bastante agradável. Pedimos um café e nos sentamos nas poltronas. 

— Por que você perguntou se eu não gostaria de ser vista ao seu lado? 

— Descobriu meu outro trabalho. Quase ninguém aceita numa boa. 

— E em que isso mudaria na minha vida? 

— Giovanna eu sou uma prostituta…

— Marina em primeiro lugar acho que seu próprio preconceito te incomoda mais que o preconceito das pessoas. Em segundo não dá pra levar a sério uma prostituta virgem. 

— E se eu não fosse mais virgem?

— Também não mudaria nada para mim… Eu enxergo as pessoas.

— Você é lésbica? Falou mais cedo sobre isso.

— Sou. Sempre fui. Nunca fiquei com homens. 

— Sinto atração por mulheres.

— Bonita como você é, não deve ser difícil conseguir pretendentes.  

— Nunca procurei na verdade. Me escondo atrás de uma personagem. A filha perfeita, a funcionária exemplar, a pretendente a uma vaga pra medicina… Mas quem eu sou de verdade foi ficando escondida.

          Marina falou um pouco sobre sua vida e nosso papo fluiu durante algumas horas sem que eu percebesse. Até que meu tablet sinalizou o horário do ponto eletrônico. Já eram 17h, meu expediente tinha acabado e foi uma tarde atípica. 

           Deixei-a em casa, peguei minha mochila e fui embora.

Brinquei um pouco com meus cães, que sentem minha falta quando passo o dia fora. Fiquei pensando em Marina e na sua história, e me dei conta que não deixei meu número de telefone. 


          A imagem dela não me saía da cabeça.  Na busca do celular joguei o nome que ela se apresentou inicialmente e que também estava escrito na foto de proteção de tela.

Mellanie Gauthier, não foi difícil de localizar numa página de conteúdo adulto. As fotos realmente eram muito sensuais e uma breve explicação de seu trabalho. Uma notificação clara que sexo não fazia parte do pacote. Anotei o número e deixei salvo no celular. 

         Fui me deitar, mas nada me tirava a imagem daquela menina da cabeça.

Parecia extremamente jovem, trabalhava numa empresa conceituada, por que essa vida? 

Alcancei o aparelho que eu já tinha desligado, ativei-o e busquei o número que tinha pego no site no whatsapp.

Tirei a minha identificação e mandei uma mensagem. Passava de uma da madrugada, provavelmente ela não me responderia. 

"Olá, desculpe a hora. Achei seu número num site. Gostaria de conversar sobre seu trabalho." 

           Mellanie me respondeu imediatamente. Não me identifiquei, disse que era um homem de 25 anos e expliquei que precisaria de uma companhia para um jantar, e que eu não tinha namorada para apresentar ao meu chefe. 

           Combinamos horários e valores, e ela deixou claro que não haveria relacionamento sexual, e que seu serviço estava limitado a me acompanhar na reunião. 

            Ainda me perguntou algumas informações pessoais que pudessem ser ditas no tal encontro, para que ficasse mais real a "nossa relação". Conversamos por cerca de uma hora. Fiz uma transferência bancária e finalizamos o contato. 


Era um sábado comum como todos os outros, dei banho nos cães e corri um pouco no entorno da minha casa com eles. O sol começava a voltar aos poucos a nossa rotina, mas ainda era frio para irmos ao parque. Almocei e acabei dormindo ao escolher um filme para ver, a ideia era arrumar a casa, mas o cansaço venceu. 

A noite eu iria encontrá-la.

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