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Segredos


         Cheguei no restaurante e a a Hostess me indicou uma mesa mais ao fundo, como eu havia pedido, e já estava reservada. Olhei para o relógio e ainda faltava meia hora até o combinado. Pedi uma garrafa de vinho e uma tábua de frios. 

           Era primavera, mas as noites ainda estavam gélidas, eu vestia uma jaqueta cáqui, camisa e calça pretas. Nada muito diferente do dia a dia. Sentei-me de costas para a entrada, mas de forma que eu pudesse vê-la chegar. 

          Pontualmente meu whatsapp sinaliza e era ela. Avisto de longe uma mulher lindíssima, com os cabelos ruivos presos num coque, longos brincos cor de esmeralda, um colar de pedras também verdes. O vestido preto na altura dos joelhos, drapeado nos quadris, mostrava um decote que deixava ombros e colo nus. 

"Meus Deus ela é ainda mais bonita" 

A Hostess indicou a mesa onde eu estava, e para minha surpresa, a reação dela não foi a mais agradável. Mellanie ficou furiosa ao me ver, e ainda de pé, chamou-me de mentirosa e perguntou se era alguma brincadeira, que ela não estava ali para isso. Virando-se abruptamente para ir embora e não sem antes querer chamar atenção das poucas pessoas presentes, levantei-me e agarrei-a pelo braço. 

— Sente-se. Pois se bem se lembra, eu paguei por esse momento. – Sussurrei ao seu ouvido. 

        A contragosto ajeitou-se na mesa, servi um pouco de vinho na sua taça. Ela era ainda mais linda de cara emburrada. Mas estava visivelmente constrangida.

— Por que você fez isso? – A voz dela saiu baixa, quase rouca. 

— Porque eu não consegui parar de pensar em você desde que nos despedimos. 

— Poderia ter ido a minha casa. 

— Não posso voltar a casa de clientes sem chamado.

         Seus olhos encheram de lágrimas, mas não ousaram cair. Fiquei observando-a alguns segundos, enquanto ela tentava se recompor. Perguntou-me como a encontrei e respondi que gravei o nome que estava na marca d'água das fotos. Disse que a companhia dela tinha sido extremamente agradável e que eu não gostaria de perder a amizade.

— Mais calma agora? – Ergui a taça de vinho como se a oferecesse. 

— Na verdade não… Você é algum tipo de psicopata? Decorou um nome que fica minúsculo nas minhas fotos que você viu de relance. 

— Psicopata é algum sinônimo para apaixonada aqui no Canadá? 

   

          Mellanie ficou muda. Suas bochechas imediatamente coraram de uma forma que a deixava mais bonita. 

— Giovanna eu sou uma garota de programa…

— E o que isso muda pra mim? 

— Meu trabalho, minha vida… Não poderia te envolver nisso… 

— Podemos ser amigas? Eu conheço poucas pessoas legais aqui. Embora more nesse país desde criança.

            Ela riu um pouco do meu português. Sempre que podia eu tentava falar em minha língua materna. Adorava encontrar portugueses ou brasileiros.

            Contou-me um pouco da sua vida em Minas Gerais e de seus sonhos nos pais novo. Fazia alguns anos que eu não visitava o Brasil, mas a ideia era bem próxima após a morte de meus pais. Ao contar sobre esse episódio, Mellanie levou sua mão direita sobre a minha, acariciando de leve. 

— Bom… Mas eu superei. Saudades sim, tristeza nunca. 

         Ela não quis contar-me de seus pais, e o assunto logo fluiu para meus cães, que prometi levá-la para conhece-los em breve. Mellanie sorria a cada comentário meu. Pedimos o jantar e já não tinha mais a raiva do momento do encontro inicial.

— Gio… – titubeou um pouco a me chamar por um apelido. Mas eu não esbocei reação. — Algumas pessoas aqui me conhecem e sabem do meu trabalho… 

— Acho que você tem mais vergonha de si mesma do que eu poderia ter. O que essas pessoas tem a ver com a minha vida? Quero que elas se fodam… – Ela riu novamente. Será que meu sotaque estava tão engraçado assim? — Quero que pare de se preocupar com isso, ok? 

— Mas você me contratou…

— Foi a forma de te encontrar de novo. Só isso. Afinal, nada de sexo… não é? 

— Eu sou realmente virgem… – Baixou cabeça por alguns segundos. — Tive péssimas experiências de tentativas.

— Você é muito jovem… tem no máximo vinte e cinco anos. 

— Dezoito…

— O que? – Quase me engasguei. — Putz… tenho idade pra ser sua mãe. Tô velha mesmo. Como você conseguiu trabalhar na Ubisoft? 

— Digamos que eu era a aluna nerd e consegui um programa de intercâmbio após a vaga ser bastante disputada no Brasil. Viemos eu e mais três brasileiros, sendo a única mulher e a mais nova. Mas qual sua idade? 

— Vou fazer quarenta. 

— Eu gosto de mulheres mais velhas. – Foi a minha vez de corar de vergonha. — Mais velhas, decididas, bonitas. 

— Então não é meu caso…

— Você é linda. – Ela me disse e eu queria um buraco para me esconder.  — Adoro seu jeito, seu cabelo, seu ar misterioso. 

— Que após duas garrafas de vinho nem está tão misterioso assim… 

— Digamos que eu não goste de falar muito de mim…

— O que é injusto, já que eu estou abrindo minha vida para você. E até então, meu caro "Noah" – ironicamente me chamou pelo nome que eu tinha dado quando a contratei. — Sou apenas sua acompanhante hoje… E a propósito, o senhor só tem mais duas horas. — Mellanie sorriu e mordeu o lábio inferior, piscando em seguida.

Ela estendeu a mão e pediu mais uma garrafa de vinho. A repreendi, pois em pouco mais de uma hora, já era a nossa quarta garrafa. 

— Eu pago. – Balbuciou debochada. 

— Não é isso… Se eu não pudesse pagar, não teria marcado num dos restaurantes mais caros de Toronto, tampouco pagaria para sair contigo. 

— Eu não valho o dinheiro gasto? – Fez um gesto erguendo os seios e baixando o decote. 

— Cada centavo. Mas é exatamente isso… Você está se alterando. Está diferente. 

— Sabe qual é a diferença entre beber com um homem desconhecido e uma mulher desconhecida? É que a chance de eu ser abusada ou agredida porque bebi demais, ou porque sou prostituta é muito menor.

— Não entra na minha cabeça esse lance de prostituta virgem…

— Achas que estou mentindo?

          Ela ficou ofendida com meu comentário, mas ainda assim era uma novidade pra mim. Sugeri que acabássemos com os personagens, e nada de Mellanie ou Noah. Que fossemos Giovanna e Marina. E ela concordou, sendo assim, acabei baixando minha guarda e deixei que ela perguntasse o que quisesse de mim.

             Já tínhamos bebido seis garrafas de vinho, e isso me deixou mais solta que nunca. Já estava falando livremente da minha vida sem perceber. 

            Ela tocava minha mão sobre a mesa, rindo, e se divertindo com minhas histórias. Olhei no relógio, e acabei ficando constrangida. 

— Acho que meu tempo com você acabou… – eu disse sem jeito.

— O tempo com a Mellanie sim… Com a Marina começa agora. Vem comigo?

         Sem pensar duas vezes, paguei a conta do restaurante, embora ela quisesse dividir. A noite já estava bem fria e o vestido dela a deixava com as costas nuas, mesmo que estivesse com uma espécie de lenço, tirei minha jaqueta e coloquei nas suas costas. Marina me deu a mão, e saiu comigo caminhando do restaurante. 

— Pra onde vamos? 

— Espera… – Fez sinal para um táxi, e ela deu o destino: Woodbine Beach. Alguns quilômetro de onde estávamos. Mas fiquei quieta. Com tanto vinho na cabeça não conseguia pensar muito. 

             Chegamos a praia e ela tirou os saltos, correndo em direção a areia, gritando que eu 'não a pegava'. Algumas pessoas estavam no local, mas poucas. A maioria casais. O céu estava completamente aberto e estrelado. E ela corria feito criança em direção a água, largando os sapatos no caminho. 

            Nem de longe eu tinha a capacidade física dela e logo fiquei pra trás, me abaixando e pondo as mãos nos joelhos tentando recuperar o fôlego. 

Quando senti o tranco de algo mas minhas costas. 

            Sim… ela montou nas minhas costas me derrubando na areia. Rindo, gargalhando de mim.

             Rolei por cima dela prendendo seus braços no alto, olhando em seus olhos e sentindo a sua respiração ofegante. 

             Meu coração acelerava, pelo cansaço e pela situação. Sentia meus poros arrepiados. E o cheiro do perfume dela era algo incrível. 

            Marina ficou deitada na areia, me olhando nos olhos, sem esboçar resistência, enquanto eu a segurava. Ela mordia o lábio inferior, observando minha reação.

Meu corpo pegava fogo, sentia meu sexo pulsar. 

A soltei e sai de cima dela. 

— Quase te matei sufocada. – Comentei. 

     Ela ficou largada no chão ainda um tempo. E eu ajoelhei-me na areia gelada, olhando-a, praticamente seminua, com o vestido levantado e os ombros de fora. 

Marina sentou-se a minha frente, ajeitando meu cabelo que caía na testa. 

— Eu quero… Eu realmente quero…

— Você bebeu demais. Eu não sou assim. 

— Me beija, por favor…

        Levantei-me caminhando em direção a pista onde pudesse chamar um novo táxi. Ela correu atrás de mim, segurando-me pelo braço, tentando girar meu corpo para ela, o que era praticamente impossível, já que ela era muito menor que eu. Apenas parei e ela segurou meu rosto com as mãos, na ponta dos pés, seus lábios alcançaram os meus. 

Levantei-a completamente do chão, e a trouxe nos meus lábios, beijando-a com tanta intensidade, que desconhecia a presença de outras pessoas. Ela gemeu na minha boca, e isso me fez tremer. 

— Marina… por favor… vamos embora. – A coloquei novamente no chão. 

       Em silêncio, tomamos um novo táxi em direção a casa dela. Enjoada, Marina começou a passar mal e vomitar. Ajudei como pude, inclusive a colocá-la no chuveiro. Ela era extremamente linda, nua, delicada, excitante. 

           Mas jamais me aproveitaria de uma mulher bêbada. 

           Enrolei-a na toalha e a carreguei até sua cama. Sentei-me no sofá, visto que também não tinha mais condições de sair. A bebida já havia me pegado. E cochilei por ali mesmo. 


Despertei com o cheiro do café que vinha da cozinha. Ela completamente nua. Esfreguei os olhos para ver se não estava sonhando. Logo Marina me trouxe uma bandeja com café, frutas e algumas torradas com geleia. 

— Você não vai se vestir? 

— Estou na minha casa… – Mais uma vez ela riu, mordendo o lábio inferior.

— Com uma completa estranha…

— Que de madrugada falou sobre bondage e submissão aí sentada no sofá…

— Falei? Puta que pariu… bebi demais…

— Você falou que queria me amarrar e me bater. Quando eu vim te trazer uma coberta. Mas depois de vomitar mais uma vez.

— O que? – Levantei-me assustada. — Sério? eu disse isso?

— Não… – ela riu… — Era só pra te testar. Mas você falou em submissão e bondage, sim… você pratica BDSM? 

— Um segredo meu que você descobre… 

— Eu te disse que era virgem, não disse? 

— É mentira? 

— Não. Eu realmente sou virgem. Mas o meu maior fetiche era justamente perder minha virgindade com o BDSM. podemos conversar sobre isso? 

— Preciso ir para casa ver meus cães. – Falei nervosa, levantando. — Podemos conversar depois? 

— Você tem o telefone da Mellanie… Fica com o meu… – estendeu um cartão. 

         Ela veio caminhando nua na minha direção e mais uma vez, na ponta dos pés, me beijou na boca. Dessa vez um selinho.

— Precisamos conversar sério… Posso voltar mais tarde? 




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