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Capítulo 3

Estou parada igual uma toupeira no meio do corredor. Caramba, esse garoto é... Insano. Isso, essa é a palavra. E bipolar.

Esse sussurro no pé da minha orelha me deixou desconcertada. Como uma pessoa tão malvada pode ter essa voz? Não entendo. Isso não é justo.

-Mel, Mel! –Becca vem correndo e agitando as mãos igual uma louca. É oficial, estou rodeada de gente doida. –Não me diz que aquele gato era o tal do... como era mesmo o nome dele?

-Ariel.

-Isso! Caramba! O que ele te disse? Ele te convidou para sair?

-Você vai se arrepender disso. –Digo e meus pés finalmente resolvem funcionar. Preciso limpar a bagunça que fizemos, não quero irritar ainda mais a nossa diretora.

-M-mas, eu quero saber, prometo que não vou me arrepender! –Ah, Becca...

-Não, meu anjo. Ele literalmente me disse "você vai se arrepender disso".

-Ué. Porque ele te disse isso?

A olho com impaciência, mas sei que se eu não disser tudo, ela vai me encher até eu contar.

Enquanto caminhamos para fora da escola, conto tudo o que aconteceu desde que eu cheguei na escola, até o momento em que ela me encontrou no corredor, e percebo uma coisa, que até então não tinha prestado atenção.

-Onde você estava a manhã toda, Becca? –Paro de caminhar de repente, sua expressão de surpresa não me passa desapercebida.

-Eu... tive que resolver algumas coisas. Pedi permissão para a diretora hoje de manhã... –ela desvia o olhar –Mas e ai, ele é bem gato né? –Becca muda de assunto tão descaradamente que não sei se dou risada ou um tapa na sua cabeça.

-Hum...

-Oh, vamos Melissa, você tem que admitir, apesar de ser o "projeto de Lúcifer" como você disse, ele é muito bonito. Aqueles olhos, e aquela boca... ah será que ele beija bem?

Estamos quase chegando no lugar da nossa luta de mais cedo e sinceramente não quero que Ariel escute minha amiga suspirando por ele, só aumentaria ainda mais o seu ego. Se é que isso é possível.

-Tudo bem, tudo bem. Ele é gato! Pronto, admiti. Mas não deixa de ser um idiota, agora fecha a matraca, que estamos chegando.

Becca dá uma risada e pega no meu braço me arrastando para onde eu expliquei a ela que teríamos que limpar a bagunça que fizemos, mas eu não imaginei que estaria tão bagunçado assim.

Paramos de supetão e começo a entender a raiva da diretora. O pátio está um caos. Tem barro na parede do colégio, no chão e até em alguns carros estacionados ali perto. Como é que o barro chegou até lá?

-Uau! Eu não acredito que perdi essa luta! –Minha amiga olha maravilhada para a cena, e quando vê Ariel sentado na sua moto, suspira como uma boba. Começo a pensar que a estou perdendo para o lado negro da força.

-Becca! –Estalo os dedos na sua frente. –Aquele, -Aponto para o demônio em pessoa –É o inimigo! Não se esqueça disso.

-Arrã... sim... é um gato.

-Argh. –Desisto.

O dito cujo percebe nossa presença, se levanta e começa a vir em nossa direção.

-Ah meu Deus, Mel, ele está vindo! Como eu estou? Tem alface no meu dente? –Essa garota pirou de vez.

-Não, não tem e você está bem. Fica calma sua doida...

-Pelo visto você é quem gosta de se atrasar em garota. –Ariel cospe a indireta na minha cara (figurativamente é claro).

-Ah sim... agora eu sou a erva daninha... o jogo mudou em princesa? –Seus olhos se estreitam com raiva, pelo visto não gosta de ser chamado assim. Touché.

Becca faz um som estranho com a boca e eu recebo uma cotovelada nas costelas. Mas que... olho para seu rosto esfregando onde fui atacada e ela me olha como quem diz: "eu estou aqui".

-Hum... essa é Rebeca, mas todos a chamam de Becca...

-Prazer, Becky. –Ariel pisca e pega na mão da minha amiga, depositando um beijo delicado. Espera, cadê o verdadeiro Ariel? Abduziram ele aqui bem diante dos meus olhos e eu não percebi?

E porque Becca não o corrigiu? Ela odeia ser chamada de Becky! É o fim mesmo!

-Bom, desculpa interromper essa amostra de cavalheirismo da princesinha aqui, mas precisamos limpar...

Puxo minha amiga enfeitiçada para longe dali e a levo até a parede oposta que casualmente fica bem longe de Ariel.

-Poxa Mel! O garoto só estava me cumprimentando!

Seu suspiro não mente. Ela já está caidinha por ele, mas Becca é assim, hoje pelo Ariel, amanhã por outro garoto mais interessante e assim por diante.

-Amiga, sinto muito, mas eu preciso limpar isso aqui... se quiser pode voltar para lá e ajudar ao seu novo amigo, Lú.

Me viro e aponto a mangueira para a parede, respirando acelerado.

-Espera um momento... você por acaso não está.... Oh por Deus!

-Estou o que, criatura?

-A minha amiga está com ciúmes! Eu não acredito nisso!

Becca bate palmas com a mão chamando a atenção do idiota que no momento está limpando os carros sujos de barro.

-Dá para parar de fazer isso! –Seguro suas mãos frias. –E eu não estou com ciúmes... daquilo! –Mexo minha cabeça só um pouco para sinalizar de quem estou falando.

-Sim... tudo bem amiga, vou acreditar em você. Por hoje... –Tira a mangueira da minha mão e começa a lavar onde eu tinha parado. Pego a vassoura e esfrego as manchas mais difíceis de sair. Fico em silencio durante todo o processo e posso senti-lo me olhando. Eu não estou com ciúmes daquele... daquele... argh. Não mesmo.

Arrisco uma olhadela para onde ele está e me arrependo no mesmo instante. Ariel me encara duramente, nos olhos a promessa de uma vingança iminente.

Desvio o olhar rapidamente e continuo a limpar o mais rápido que posso. Graças à ajuda de Becca, acabamos terminando antes do que imaginava. Junto os apetrechos que o zelador nos emprestou mais cedo e estou por ir devolvê-los quando Ariel surge de repente do meu lado e tira tudo da minha mão em um puxão nada delicado.

-Eu disse que ia levar tudo quando acabássemos.

-Não precisa, eu levo. –Tento puxar de volta as vassouras e o balde presos na sua enorme mão.

-Eu vou levar, pode ir para o seu grupinho! –Ele força o cabo de madeira e assim ficamos nesse cabo de guerra para ver quem sai ganhando a disputa de... levar tudo para o zelador. Quão baixo eu caí?

Solto tudo de uma vez e Ariel acaba dando uns passos para trás.

-Tudo bem, que seja. A reunião do grupo começa em quinze minutos. Espero que não chegue tarde.

Não espero sua resposta, dou meia volta e entro no colégio arrastando minha amiga que tinha ficado calada durante toda a briguinha para ver quem mandava em quem.

-Caramba! –Ela limpa a testa com a mão em um gesto totalmente dramático.

-O que é agora? –Estou impaciente. Não preciso de mais pessoas enchendo meu saco por hoje. Nem mesmo Becca.

-Vocês têm uma tensão que olha... dá para ver da lua!

-Olha Becca, -detenho o passo e a viro de frente para mim, preciso que ela entenda direitinho o que vou dizer –eu conheço esse garoto a o que? Dez horas? Nem isso porque só o vi três vezes, e essas três vezes ele só trouxe problemas para mim, então não... não estou com ciúmes dele, nem sequer gosto do Ariel. Ele é malvado, egoísta e não está nem aí para os outros. Você sabe o que eu penso a respeito disso. Odeio valentões e é isso que ele é. Um valentão. E eu agradeceria se você deixasse de dizer essas coisas e.... o que foi, que cara é essa? –Becca está pálida de repente e olha assustada para algo atrás de mim.

Viro lentamente e recebo o olhar furioso de Ariel. Merda.

-Ariel, eu...

-Pode guardar suas palavras, Mel. Não quero nem preciso das suas desculpas. –Ele passa por mim batendo forte no meu ombro.

Merda, mil vezes merda!

Por mais que ele seja um valentão, eu não queria que ele escutasse isso. Eu não gosto de ferir as pessoas e acabei me transformando naquilo que eu odeio!

Deixo Becca sozinha e com a boca aberta, enquanto corro atrás do garoto. Ótimo, agora terei que pedir desculpas a ele. Meus tios ficariam muito tristes se soubessem disso.

-Ariel, espera! –Seguro seu braço por cima da jaqueta preta de couro.... de onde ele tirou essa peça? Se concentra, Mel! Mas que droga! –Olha, eu sinto muito por você ter ouvido tudo o que disse, mas não posso dizer que aquilo que falei era mentira. Eu realmente acho que você é um valentão e....

-Ótima forma de se desculpar essa sua hein? –Seu rosto ainda está sombrio.

-Olha, eu vou ficar calada, mas eu sinceramente peço desculpas.

Ariel simplesmente balança a cabeça e sai andando novamente.

-Qual é, princesa? Não aguenta escutar umas verdades? –Nossa Melissa, você deveria ter pego a suspensão mesmo. Mas é que esse garoto me tira do sério! Pronto! Agora estou falando sozinha!

De repente Ariel está bem na minha frente, como mais cedo, com o nariz quase colado ao meu.

-Escuta aqui, garota, você não me conhece, não sabe de onde venho e nem pelo que tive que passar, então por favor, me deixa em paz e não fala mais comigo! –Uau, parece que agora sim ele está bravo. Sai me deixando com a boca aberta, igualzinha à de Becca a minutos atrás. Droga acho que fiz merda.

[**********]

Entro na sala onde fazemos as reuniões semanais e vejo algumas pessoas novas.

Geralmente, uma vez por semana damos espaço para os novos integrantes dizerem o porquê estão no grupo e quais são suas intenções.

Vejo uma garota miúda encolhida em um canto, e a suposição de que ela sofre bullyng vem na minha cabeça quase de maneira automática.

Outro garoto senta ridiculamente reto em uma cadeira e eu invejo sua postura, ao lado dele um rapaz muito bonito segura sua mão e eu já sei qual é o problema deles.

Com a ajuda de Becca, organizamos as cadeiras em círculo, e não consigo evitar de procurar o olhar duro de Ariel na sala, mas infelizmente não o encontro. Será que ele não vai participar do grupo? Isso pode custar uma suspensão...

-Mel, essa cadeira está sobrando, o que faço com ela? –Becca me tira do martírio pessoal.

-Uh... deixa que eu a levo para a sala ao lado. Começa a reunião por mim, por favor? –Minha amiga assente e volta para o centro do círculo. Becca já fez isso tantas vezes, que é como se ela tivesse nascido para isso.

Levanto a cadeira pesada de madeira e vou até a sala em questão. Abro a porta sem nem me preocupar em ver se está ocupada. Aquele lugar virou quase um deposito de cadeiras.

Coloco o objeto no chão e quase tenho um infarto quando uma mão segura meu ombro.

-Que droga, você me assustou!

Ariel está parado ao lado da porta me olhando com sua habitual cara de poucos amigos.

-Onde é a maldita sala de reuniões? Não a encontro. –Seus olhos estão muito vermelhos. Ele estava chorando? Percebendo que estou o encarando, ele desvia o olhar e balança a cabeça. –Deixa para lá, vou encontrar sozinho.

-Espera! É aqui ao lado.... Você se confundiu por uma sala. As reuniões já começaram, vamos.

Ele balança a cabeça minimamente e me segue até a sala meio escura e se coloca ao lado da porta. Ofereço uma cadeira para ele, mas ele recusa dizendo que prefere ficar em pé, assim pode ir embora mais rápido. Não o conheço tão bem, mas sei que está muito chateado.

Escutamos por quase meia hora enquanto os integrantes contam suas experiências e como superaram graças ao grupo. Ariel dá risada algumas vezes das coisas que eles contam ter sofrido e eu o olho aborrecida.

-Isso parece engraçado para você? –Pergunto cheia de raiva.

-Para ser sincero, sim. Eu já fiz a maioria dessas coisas e você tem que ver a cara que eles ficam. É hilário.

-Eu tinha toda a razão! Você é um valentão! Como a diretora teve coragem de te colocar em um grupo que apoia pessoas que sofrem nas suas mãos? Eu não acredito nisso! Assim que a reunião acabar irei falar com ela.... não quero uma pessoa assim no meu grupo!

-Pois somos dois, querida! Porque eu não quero ficar nesse seu grupinho idiota, cheio de gente estranha e olha só para aqueles dois! Eles são gays! Eu não consigo acreditar nisso!

-Cala essa boca agora, Ariel! –Acho que estou gritando nesse ponto.

-Olha aqui engomadinha, se você acha que vai mandar em mim, está muito enganada!

-Meu nome é Melissa, seu idiota!

-Não poderia ser mais perfeito! –Ele está rindo, porque ele está rindo?

-Qual diabos é o seu problema? Porque está rindo?

-É que não pode ser mais perfeito!

-Você só pode ter ficado louco!

-Melissa é nome de patricinha, e olha só para você! Olha essa roupa! –Ele aponta para minha calça de tecido preto e a blusa de seda celeste. Nunca reparei na roupa que visto e definitivamente não é uma roupa de patricinha. –É até irônico que participe desse grupo de retardados! –Agora sim ele tocou em uma ferida aberta.

-Isso, é um grupo de apoio para pessoas que sofrem bullyng e discriminação, duas coisas que combinam muito bem com você seu babaca!

-Ah querida, quer saber o que combinaria perfeitamente comigo?

Isso é tudo! Avanço na sua direção e estou a ponto de dar um soco no seu nariz e quem sabe arrumar essa parte torta, quando sou puxada por dois braços fortes.

-Já chega! Não consigo conceber isso. Pela segunda vez hoje? Melissa e Ariel, espero vocês na minha sala, de novo! E não se atrevam a demorar.

O segurança do colégio me solta e eu olho furiosa para Ariel. Quem esse garoto pensa que é? A Becca que me desculpe, mas o que tem de bonito, tem de babaca, idiota, estupido... e todos os adjetivos possíveis.

Não consigo acreditar que me deixei levar por esse idiota! Olho para trás e todos estão me olhando com cara de espanto. Eu nunca deixei que vissem essa minha personalidade explosiva. Eu sei, pode parecer estranho, mas eu sou assim. Agradeçam ao papai. Não consigo suportar ver alguém sofrendo e quem ousa falar do meu grupo, pois tem que aguentar a minha fúria.

-Mel, você está bem? –Becca se materializa do meu lado e desvio o olhar furioso de Ariel. Ele também estava me encarando. –Me desculpa amiga, mas vocês começaram a brigar do nada e eu tive que chamar o Franco, eu sabia que isso ia acabar do jeito que acabou, com você partindo para cima do Ariel.

Sua expressão preocupada me acalma um pouco.

-Não tem problema Becca, ainda bem que você chamou o guarda, porque eu teria batido nesse idiota se ele não tivesse chegado. –Digo um pouco alto demais para que o idiota em questão escute e ele tem a cara de pau de sorrir.

-Vocês têm que ir para a sala da diretora, ela estava muito brava Mel. Tomara que não queira desfazer o grupo.

-Ah, mas se ela fizer isso, pode procurar um bom advogado, porque a coisa vai ficar feia para o meu lado.

-Vamos Mel, se tranquiliza por favor. Lembra para que você criou esse grupo!

Aquilo me pega de surpresa. Minha raiva vai desaparecendo gradualmente levando com ela a adrenalina da nossa briga. Agora aquela sensação de arrependimento volta com tudo.

-Bom, eu vou para a direção. Termina a reunião e libera o pessoal. Amanhã me desculpo com todos. –Beijo seu rosto e saio porta afora sem esperar que a princesinha me acompanhe.

-Eu estou tão decepcionada com vocês dois. –A diretora nos olha furiosa. Alguns minutos depois que entrei, Ariel teve a decência de aparecer na porta e entrar na sala calado. –Principalmente com você Melissa. Eu achava que você repudiava esse tipo de atitude, afinal essa é a missão do grupo de apoio, ou estou enganada?

-Diretora, eu...

-Ainda não disse que você poderia falar! –Ela me interrompe e eu diminuo na cadeira. –Eu escutei os gritos daqui! No que vocês estavam pensando? Que a escola virou um ringue de boxe de repente? E você Melissa, ia bater no seu colega? É isso que você quer? Virar uma das pessoas pelas quais você luta contra? Eu não estou acreditando nisso! E você senhor Ariel, não pense que não sei que tem culpa no cartório também, porque quando um não quer, dois não brigam. Agora o que vamos fazer é o seguinte: eu vou dar mais uma oportunidade aos dois, por mais que não mereçam. Vocês vão continuar no grupo. –Ambos suspiramos, eu de alivio e Ariel de indignação, o bobinho achou que ia se livrar dessa... ingênuo. –Mas se eu souber de outro episódio como o de hoje, ambos estão expulsos do colégio.

Agora a coisa ficou séria. Se eu for expulsa do colégio, meus pais me matam! Eu sempre fui uma boa aluna, nunca repeti de ano...olho preocupada para Ariel, mas ele tem um sorriso no rosto. Qual é o problema dele! Ele não se preocupa por ser expulso?

-Agora, voltem para casa e levem a advertência por escrito que já está com minha secretaria. Amanhã quero as duas assinadas pelos seus pais. E não quero nenhuma desculpa esfarrapada entendidos? –Balançamos a cabeça simultaneamente. –Podem ir.

Saímos da sala em silencio, cada um pega o seu rumo e eu vou direto para casa. Não quero saber mais desse colégio por hoje.

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