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Capítulo 2

(Mila)

— Missão cumprida. — Falei de pé em frente à mesa do Sr. Lawrence. — Encaminhei o relatório para o seu email.

— E você conseguiu atender ao prazo. — Ele sorriu tirando os óculos. — Obrigado, Mila.

Na verdade era bem estranho ele me tratar pelo nome, sendo que tratava os demais funcionários por senhor, senhora e senhorita.

— Você pode ficar responsável pela análise daqueles custos, vou passar pelo seu email. — Continuou com o olhar preso na tela do computador.

— Ok.

— Ah, Mila. Você decidiu se vai para a comemoração de hoje?

— Não pensei sobre isso.

— Humm. — Ele sorriu. David tinha um sorriso calmo, embora dissessem que ele era assustador. Na verdade eu entendia a cobrança dele sobre nós, funcionários do setor financeiro. — Terei que sair mais cedo, mas preciso dessa análise que você vai fazer hoje.

— Te envio.

— Quero impresso, senhorita Davies. — Sorri querendo amaldiçoá-lo. — Então te vejo na comemoração mais tarde.

— Estou começando a mudar meus conceitos sobre você. — Murmurei desanimada. — Isso é exploração, sabia?

— Bom, então estou apenas reforçando o convite da empresa. — Ele sorriu. — Você ainda é nova na empresa, seria legal poder confraternizar com todos. Claro que não será punida se não puder ir.

Voltei para minha mesa pensativa. Meus colegas de trabalho estavam animados com a proposta da noite.

***

— Vai ser horrível. — Reclamei jogada na cama.

— Você tem duas horas para se arrumar e estar lá, Mila. — Peter disse olhando para o relógio. — E você já está de pijama.

— Eu não quero ir. — Choraminguei sentando e abraçando meus joelhos. — O dono da empresa vai fazer aniversário, convidou os funcionários e o idiota do meu chefe quer que eu entregue a droga de uma análise de custos. Eu vou dizer que fiquei doente.

— Está fazendo de novo. — Ele cruzou os braços. — Fugindo das coisas.

Torci a boca cansada. Podia até ser que eu considerava mais fácil me proteger dentro da minha carapaça, mas algumas coisas eram desafios dolorosos.

— Peter, me ajuda. — Baguncei o cabelo.

— Ajudo sim. Para sua sorte hoje é meu dia de folga.

— Então vai ficar do meu lado e me cozinhar algo bem gostoso?

— Eu vou com você. — Arregalei os olhos. — Ah, vai ser divertido. Faz um tempo que a gente não sai.

— Podemos sair para outro lugar. E você vai com essa roupa?

Apontei para seu look casual, com apenas um suéter branco de gola alta, e um jeans escuro.

— Meu blazer azul está aqui, não é? — Ele disse já indo para o quarto que costumava dormir.

Torci a boca quando ele voltou com o blazer azul escuro, o que o deixou arrumado até demais.

— Estou pronto. — Colocou as mãos nos bolsos. — O que acha?

— Acho que você está muito animado para ir a essa festa. — Estreitei meus olhos.

— Eu só quero que se divirta um pouco. Por que sempre parece intimidada por tudo, Mila? Você tem noção da pessoa que é?

Massageei minhas têmporas.

— Você. — Ele segurou meu pulso o afastando do meu rosto, o que fez meu peito estalar. — É boa demais para o mundo, sabemos disso, mas não pode fugir dele. Então por que não tentar melhorá-lo da forma que você sabe muito bem?

— Eu não sou tudo isso, Peter. — Murmurei envergonhada. — Sou apenas solitária.

— E é por isso que sou seu melhor amigo, porque alguém precisa te lembrar do que é capaz.

— Admite que você só quer ir a festa conferir o bufê. — Brinquei, o que o fez gargalhar e consequentemente relaxei.

— Também. — Levantou a mão concordando e depois sentou-se ao meu lado. — Mas você sempre foi tão boa em lidar com pessoas, sempre paciente e compreensiva. Quando algo estranho me acontece fico mais tranquilo quando estou com você, mesmo que seja para resolver qualquer bobagem com o cartão de crédito. Você é manipuladora de uma forma agradável.

— Esse foi um ótimo elogio. — Franzi o cenho, mas sua risada me fez rir também.

— Só não guarde apenas para si seus talentos.

— Está tão bondoso hoje... — Murmurei. — O que houve?

— Apenas lembrei dos dias sombrios, e não quero mais te ver daquele jeito.

Mordi o lábio inferior e não consegui falar nada. Peter também não continuou por um tempo.

— Como está a vovó? — Ele disse de repente.

— Bem. — Sorri. — Vou vê-la todo sábado. Não parece precisar de mim.

— É o jeito dela de dizer que você é livre e não precisa se preocupar. Então faça o desejo dela e se divirta um pouco.

Enchi meus pulmões de ar com o suspiro profundo e tentei convencer-me de que poderia ser melhor do que estava pensando.

— Seu chefe está ligando. — Peter pegou meu celular na mesinha e mostrou-me o visor.

Tomei o celular de sua mão e atendi. — Eu irei, não precisa insistir, Sr. Lawrence.

— Oh, que bom! — Sua voz soou animada. — Liguei para dizer que não se preocupasse caso realmente não se sentisse a vontade para ir, que não levasse a sério minha brincadeira. Mas agora fico muito mais feliz em saber. Então, até logo, Mila.

Eu quis reparar e dizer que não iria, mas ele finalizou a chamada e Peter me encarou com expectativa.

— Melhor se arrumar, acho que pijama não é um traje aconselhável. — Ele brincou. — Vou esperar lá fora.

Quando passei pelos meus vestidos pendurados nos cabides, recordei de uma cena icônica. Quando Peter ainda namorava outra garota e me convidou para uma reunião, um de seus amigos, o Ethan, surgiu em minha casa para me levar, e junto com ele veio sua namorada Hana. Aquela garota me deu muita coragem em poucas palavras, apesar de não me conhecer ela me tratou como uma amiga íntima, e desejei me parecer com ela naquele dia.

Escolhi um vestido preto básico, de mangas compridas, queria ainda sim passar despercebida. Mas talvez não fosse meu dia de sorte, e tudo quisesse me contrariar, já que não consegui fechar totalmente o zíper nas costas.

— Por que tudo parece difícil hoje? — Reclamei vendo a situação pelo espelho.

Eu coloquei a cabeça para fora do quarto vendo Peter no corredor mexendo em seu celular, ele sorriu para mim, mas franziu as sobrancelhas quando percebeu minha expressão de frustração.

— Não consigo fechar meu vestido. — Falei chorosa. — Isso é um sinal que não devo ir.

— Posso fechar para você. — Ele disse simplesmente, como sempre fazia quando os problemas soavam monstruosos, Peter apenas respondia simplesmente.

Apesar da minha careta, permiti. Fiquei de frente para o espelho e pude vê-lo se aproximando. Eu tinha conseguido fechar até quase metade das costas. Meus cabelos estavam presos num coque, e alisei meus cotovelos nervosa.

— Acho que enganchou. — Peter disse concentrado.

— Me arrependo de ter comprado esse vestido. — Murmurei.

Mas logo o som do zíper subindo alcançou meus ouvidos e Peter conseguiu concluir.

— Por que arrependida? Você ficou tão bonita.

— Está falando sério? — Me virei para ele analisando seus olhos, buscando mais sentimento.

— Claro que sim, Mila. — Tocou seu dedo indicador em meu nariz.

— Você nunca me viu como mulher? — Me apressei em dizer, assustada pelo desespero que preencheu minha mente.

Peter franziu as sobrancelhas, o que me fez ficar totalmente arrependida.

— Quero dizer... — Ri sem jeito. — Me trata como uma criança às vezes.

— Não te vejo como criança. Você terminou de se arrumar?

— Ah, não. — Pisquei. — Me dê dez minutos.

Peter dirigiu contando uma cena engraçada que aconteceu em seu trabalho, mas eu não conseguia parar de pensar na situação que quase aconteceu. Se eu tivesse insistido no assunto?

A festa parecia mais uma grande reunião de negócios. Eu trabalhava no setor financeiro de uma empresa de publicidade, então parecia que muitos clientes haviam sido convidados.

Eu fingi não escutar as mulheres falando Peter no banheiro, e era sim sobre ela, já que era o único homem de suéter branco e blazer azul escuro. Lavei minhas mãos enquanto concordava com os elogios que elas fizeram a respeito dele, mas não disse nada.

— Aquela é a garota que veio com ele. — Uma delas sussurrou.

— Acho que ela trabalha no setor financeiro, chegou há poucos meses. — A outra disse.

Sorri quando perceberam que eu observava a conversa.

— Desculpe, nós aqui falando do seu namorado e você bem do lado. — Uma mulher de cabelos curtos tomou a frente. — Foi muito indelicado.

— É que é lindo. — A outra se pronunciou, o que me fez rir. — Você é muito sortuda.

— Não se preocupem. — Respondi acenando.

Talvez fosse necessário desmentir sobre sermos namorados, mas talvez elas quisessem se aproximar se eu dissesse a verdade, e eu não estava com vontade de ver aquilo.

— Experimenta isso. — Peter disse disse colocando um bolinho em minha boca assim que me encontrou no salão. — Isso é muito bom! — Comentou empolgado e assenti tentando terminar de mastigar. — Vamos passar no supermercado antes de ir para casa. Eu vou cozinhar isso.

— Preciso encontrar o meu chefe. — Olhei em volta. — Quero entregar logo esse trabalho, para que eu possa ir.

A pasta com o trabalho estava com Peter quando fui ao banheiro, mas logo voltou as minhas mãos.

— Por que você está tão tensa, Mila?

— Ainda quero ir embora. — Suspirei.

— Experimenta esse doce então. — Peter pegou outra coisa no pratinho que carregava a aproximou da minha boca. — Você vai gostar.

— Eu sabia, você veio só para comer. — Reclamei antes de aceitar o doce, que era uma bola de chocolate que explodiu na minha boca.

— O chocolate não perde para quase ninguém. — Peter limpou o canto da minha boca com um guardanapo, visto que me sujei por não estar preparada para aquela bomba. — Você é caidinha por ele.

— Você veio. — Eu me virei quando vi a voz do Sr. Lawrence. Mas seu sorriso desapareceu em ver o Peter.

— Missão cumprida? Então, agora posso ir embora. — Falei depois de conseguir engolir o chocolate, logo oferecendo a pasta.

Não tinha percebido que os dois homens continuaram se encarando. O rapaz pegou a pasta da minha mão e concentrou seu olhar nela.

— Acho que alguém precisa conversar com você. — Peter disse voltando a olhar para mim. — Estarei te esperando.

Peter se afastou, mas só me senti muito confusa e quis segui-lo.

— Então... — Sr. Lawrence se aproximou impedindo minha partida. — Você não lembra mesmo de mim.

— Como assim?

— Você não lembra? — Neguei com a cabeça e ele sorriu. — Nossa, achei que estivesse apenas sendo séria com o trabalho, mas que sabia quem eu sou. Eu era seu veterano na universidade.

— Mesmo? Que legal!

Tentei mudar minha reação, pois o homem a minha frente parecia muito desapontado. Estava elegante em seu terno e com os cabelos alinhados, mas sua expressão parecia de um bichinho perdido na multidão.

— Que memória péssima a minha. — Brinquei. — Aaah, então era por isso que sempre me tratou pelo primeiro nome?

— Estou um pouco desapontado. — David sorriu sem jeito. — Mas vejo que ainda é amiga dele.

— Você conhece o Peter? — Perguntei curiosa entendendo então a reação de minutos antes, porém não parecia um clima agradável.

Um senhor chegou para falar com ele, o que interrompeu nossa conversa e fiquei mordida com a curiosidade.

— Nos vemos no escritório amanhã, senhorita Davies. — Ele acenou antes de seguir o homem.

Infelizmente David Lawrence não conseguia ser resgatado pela minha memória. Que pessoa era aquela que passou tão despercebida por mim?

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