Michael deixou Emily adormecida no quarto e percorreu todo o apartamento. Toda garrafa com conteúdo de bebida alcoólica fora jogada fora. Jurou nunca mais colocar uma gota em seu organismo.
Faltou pouco para perder totalmente o seu controle e matar o amor de sua vida. Sabia dentro de seu âmago que se estivesse sóbrio não teria chego a tal ponto. Quando a vida voltou para o corpo de Emily decidiu esquecer-se de tudo.
– Posso entrar? – Michael chegou até a soleira da porta do quarto.
– A casa é sua, Michael. Faça o que bem entender. – A voz saia fraca.
– Estive pensando... – Michael aproxima de Emily na cama – Melhor ficarmos afastados por um tempo.
Emily apenas o olhou de canto de olho. Michael não conseguia encarar a mulher e olhava para um ponto fixo naquele quarto que foi testemunha de muito amor entre os dois e que ultimamente estava diante de rancor.
– Quando retornar... Espero que tenha me perdoado por tudo que lhe fiz. – Michael ainda sem a encarar nos olhos segurou suas mãos, Emily mesmo com receio permite – Não vou te machucar, prometo que nunca mais relo um dedo em você daquela forma e só volto a te... – faz uma pausa sua voz começa a desaparecer o remorso era mais forte que tudo naquele momento – é isso Emily ficar longe por uns dias será a melhor opção para nós dois, Alex ficará aqui tomando conta de você.
Emily permaneceu muda. Seu olhar estava distante. Era como se não estivesse mais ali. Sua alma estava em outro plano, apenas o corpo permanecia naquela inércia. Seus olhos seguiram todos os passos e gestos que Michael fez ao fazer suas malas e abandonar aquele quarto. Michael não ousou lhe dar um beijo de adeus e dessa forma abandou aquelas lembranças dolorosas.
***
– É apenas uma semana, Hannah. Quer ir para a casa de sua mãe? – Jonathan estava terminando de arrumar a suas malas.
– Se eu continuar a me sentir mal com esses enjoos irei. Por enquanto não vejo necessidade.
Hannah abraçou o marido apertado, toda vez que ele saia em uma missão era assim. Sempre soube dos riscos que ele corria então cada ida era uma forma de despedida.
– Cuide-se meu amor! Ainda mais agora sabendo que cresce dentro de você um pedacinho de mim. – Jonathan beijou Hannah euforicamente e desceu até a barriga ainda sem qualquer evidência, afinal Hannah nem tinha completado três meses de gestação. – Eu te amo!
– Tome muito cuidado meu amor! – Hannah segurava com carinho seu rosto.
– Tomarei! – de dentro do carro ele grita – Minha mãe virá aqui todos os dias ver como você está até eu voltar. – partiu.
– Era tudo que eu queria! – Hannah suspirou – Minha sogra aqui! Paciência! O pacote sempre vem completo não tem jeito – Hannah entrou murmurando e o enjoo a faz correr novamente para o banheiro.
Mas tarde naquele dia Mary veio ver como a nora passou o dia. As se davam bem, algo raro em uma relação em que o filho é único. Geralmente as mães têm as mulheres do filho como umas usurpadoras.
Com Hannah foi diferente. Mary viu a moça como a possibilidade de endireitar o filho. O que estava acontecendo e com o rapaz controlado a sua ascensão no futuro se daria mais fácil.
– Como vocês estão? – Mary acariciava a barriga de Hannah.
– Ele eu não sei. Eu estou mal! Não aguento mais vomitar. Isso nunca vai acabar?
– Acaba! – Mary sorri para nora – Acontece de uma hora para outra, mas você tem que se alimentar está ainda mais magra do que já é menina! Vou fazer algo para comer. – foi em direção à cozinha.
– Não quero comer! Eu vou vomitar.
– Se você tiver que fazer isso vai fazer com ou sem nada na barriga. Querida, você tem que se alimentar se não fizer vai acabar indo parar no hospital.
– Tudo bem. – Hannah deu de ombros, estava fraca para argumentar.
– Essa criança veio no melhor momento. Colocou juízo na sua cabeça.
– Por que disse isso? – Hannah não entendeu o a sogra lhe dizia.
– Por que finalmente você deixou de implicar com o Michael. – Mary olhava a jovem com o rabo de olho enquanto terminava de preparar a comida.
– Ainda não gosto dele, mas ele ser o motivo de minhas brigas com Jonny não dava.
– Michael anda relapso. Algo está acontecendo. E em contraponto Jonathan está crescendo, então não se preocupe em breve Jonathan será tão bom quanto ele e assim irá dividir a chefia com o irmão isso é apenas uma questão de tempo.
– Ele não daria poder ao Jonny, daria?
– Ambos se gostam. Jonathan o respeita o que gera ali confiança e você mesmo sendo assim arrisca com ele colocou meu filho nos trilhos e lhe agradeço, mas você tem que ser mais inteligente e menos mimada. – Hannah fica de feia – Não digo ceder a tudo, você é mulher aprenderá a lidar com as necessidades de um homem e quando souber fazer... – Mary faz um gesto apontando para palma de sua mão – Ele ficará aqui e nunca mais sairá.
– Emily sabe fazer isso muito bem, precisa ver como Michael é com ela.
– Eu acredito que ela já soube. Algo aconteceu. Ele não está mais tão preso ou cego por ela e eu também não confiaria nela. Lembra faz pouco tempo que ela está em nosso universo. Cuidado com o que diz a ela. Eu posso te ensinar, esqueceu que fui casada com o pai deles? – Mary olhava Hannah. Não deixaria que Emily a influenciasse.
– Engraço você dizer isso, afinal ele é seu filho.
– Sei disso e por isso quero o melhor para ele. E o que tem de melhor em uma mulher que o ama e ainda assim é ambiciosa. Apenas vejo vantagens.
– Da forma como insinua até parece que iremos tomar o lugar do Michael. – foi quando Hannah percebeu um brilho no olhar de Mary – Iremos?
– Nunca se sabe, Hannah! Nunca se sabe. – Mary entregou o prato a Hannah e sentou-se próximo - O melhor a se fazer até que tenhamos todas as ferramentas nas mãos é sermos cautelosas.
– Podemos morrer se alguém suspeitar.
– É um risco que teremos que correr e eu sei que está disposta. Imagina só você seria a Sra. Hoffman e não aquela mulher. – o brilho no olhar agora vinha de Hannah.
Mary sabia como conduzir as coisas e usa-las nas horas certas, sabia dos caprichos de Hannah e os usaria para poder ver seu filho no poder custe o que custar. Havia encontrado a aliada perfeita para atingir o seu objetivo.
Mary do seu mundinho disfarçado de uma dedicada dona de casa. Controlava os passos de todos. Michael não tinha a menor ideia de quão perigosa a gentil esposa do seu falecido pai podia ser. Para ver Jonathan no poder poderia voltar a matar.
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