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Capítulo XXIV- A verdade dói



Megan leu a carta, linha por linha, deixando muitas lágrimas escorrerem por seu rosto. Steve continuava na porta do banheiro, estático, dando tempo para ela ler tudo e absorver as informações.

Megan era filha de Howard Stark.

Depois que terminou de ler a carta, Megan ficou imóvel, fitando o nada até sua mente organizar os pensamentos que a bombardeavam. Ela se lembrou do dia em que viu uma foto de Howard pendurada no primeiro escritório da SHIELD, da dor de cabeça que a tomou, de seu desmaio... Aquele era o motivo. Havia muitas memórias tentando inundar sua cabeça, mas elas ainda estavam presas. Precisavam de um empurrão, e o empurrão acabou de ser dado.

Ela pôde se lembrar de suas visitas à SHIELD com Peggy, de como Howard era afetuoso e atencioso... Lembrou-se das grandes Feiras Stark, quando sua mãe a levava para o backstage para ver todas as invenções e de como ficava maravilhada com o que a mente daquele homem era capaz de fazer... Ela não sabia que Howard era seu pai, mas o afeto que ele demonstrava para com ela dava grandes indícios. Foi por isso que Tony teve um chilique um dia ao ver seu pai, que lhe era sempre insensível e indiferente, sendo a pessoa mais carinhosa do mundo com uma criança desconhecida. Foi assim que Maria, mais uma vez, conseguiu encontrar Suzanne e voltou a desconfiar de Megan ser uma Stark.

Maria tinha razão em sentir ódio, afinal Suzanne roubou o coração e o afeto de seu homem. Mas ela acabou destruindo a vida de uma criança. Megan.

O marido de Suzanne, padrasto de Megan, era um vizinho de Peggy que sempre fora apaixonado por ela.  Logo que Maria começou a suspeitar sobre a traição de Howard, a mãe de Megan começou a planejar um casamento falso com ele para encobrir o que tinha com seu verdadeiro amor. Tudo deu errado, e ela acabou tendo que realmente ficar com o homem para proteger Megan, fingindo que a criança era filha dele. O que Maria fez foi contar para o homem que o verdadeiro pai da criança era Howard. Ele enlouqueceu. Começaram as agressões domésticas, espancamentos, assédios, alcoolismo, vícios...

Um ano depois, o incidente. Megan encontra um revólver e acaba com todo o sofrimento que era ter aquele homem em sua vida, mas assistiu sua mãe morrer em seus braços.

A menina ficou fora dos eixos.

Peggy a encontrou jogada na cozinha, ensanguentada, mirando o cano da arma em sua própria cabeça.

Em um movimento rápido, a agente nível 10 salvou sua própria neta do suicídio.

Aquilo era pura e simplesmente o famoso estresse pós-traumático. Depressão. Um surto psicótico.

A solução? Apagar a memória da garota, reiniciar sua mente que funcionava como a de sua progenitora. O protocolo Umbra era quase igual ao Soldado Invernal: as palavras certas, um choque mediano, pronto. Uma nova pessoa.

Porém, com o tempo, o subconsciente de Megan foi se recordando de seu trauma.

Aí entra Nick Fury. Quando foi recrutado para a SHIELD, era um dos agentes-babás, o designado para Megan. Devido ao seu grande trabalho e zelo para com a garota, ele foi promovido. Porém, mesmo sendo o diretor da SHIELD, Nick ainda cuidava dela. Mandava-a para a psiquiatra da SHIELD, sua amiga, que dava remédios designados por ele para continuar o processo de enfraquecimento de suas habilidades Umbra e fragilizando suas memórias. Claro que, depois que Nick sumiu, Megan voltou a ter suas habilidades. Por isso toda sua força ultimamente, por isso ela sobreviveu ao ataque de Loki, por isso ela ainda estava ali... Na verdade das verdades, o soro do supersoldado não fez nem cócegas nela. O que realmente a deixara viva foi deixar aflorar sua natureza primitiva: ela é uma Umbra.

Megan se sentia... Uma mistura de diversas emoções. Feliz, por ter tido pais que a amavam. Triste, por ter perdido sua mãe dessa maneira trágica. Monstruosa, por ter assassinado um homem. Chateada, por ter sua família desfeita como algodão doce. Furiosa, por Maria Stark ter sido a causadora de tudo isso.

E, finalmente, liberta, por saber sua verdadeira origem e natureza.

Quando recuperou seus sensos e saiu da imersão em sua mente, pôde novamente lembrar-se da existência de Steve naquela sala. Agora, mais uma emoção a perseguia: decepção. Ela confiava nele como nunca confiara em ninguém. Ela o amava. E ele escondeu tudo isso, deixou Megan viver no escuro por sabe-se lá quanto tempo. Ele sabia.

Mais lágrimas começaram a escapar dos olhos de Megan enquanto ela encarava Steve e pensava no quanto ele a havia machucado.

-Maggie, eu...

-Não, Steve. Não há explicações. Acabou. –a moça encarava o fundo dos olhos dele, também marejados, mostrando o quanto tinha certeza de sua decisão. Ela apenas saiu do quarto, sem um rumo certo, vagando pelos corredores da Torre com a caixa em suas mãos.

Steve sabia que não havia como argumentar, principalmente naquele momento. Ela estava frágil, exposta, e ele guardou algo que não o pertencia, escondendo a verdade que ela sempre quis saber. Ele não tinha esse direito.

Fury havia encontrado a caixa na sala de Pierce, não sabendo como aquilo foi parar ali. Ele entregou aquilo para Steve quando o visitou no hospital, sabendo que ele era a pessoa que Megan mais tinha confiança para guardar sua história. O combinado seria entrega-la assim que possível, mas ele sabia que aquilo traria à tona muitas coisas em Megan, talvez coisas ruins. Aliás, ela era tipo uma mutante, não? E se ela se afastasse? E se ela recuperasse memórias nada boas e isso a fizesse mais mal do que bem? Foi com esse tipo de pensamento que Steve resolveu esperar pelo "melhor momento". Mas, no fim das contas, apenas se esqueceu da existência daquilo. Estava tudo bem até cometer a burrada de fazê-la encontrar a tal caixa.


+    +   +


Megan não aguentava mais sentir as lágrimas escorrendo por seu rosto. Ela não pode mudar sua história, os fatos, os acontecimentos. A única coisa que resta, então, é abraçar quem ela é de verdade. É entender que, finalmente, ela pode dizer quem é e mostrar ao mundo sua importância.

Megan se dirigiu para a sua sala na Torre dos Vingadores, carregando o pen-drive em suas mãos. Sentou-se na sua cadeira de couro preta, ligou seu computador de mesa e inseriu a peça na entrada USB.



"Pen-drive XZ-412

        /Megan S Carter

               /Arquivos

                     /Experiência 412

Sujeito da experiência: Megan S Carter

Data: 06/12/2001

Descrição científica: Lavagem cerebral

Circunstâncias: Procedimento requerido por Peggy Carter, guardiã legal da criança, devido a estresse pós-traumático.

Relatos das testemunhas

/Testemunha número 1: Peggy Carter (nível 10): "Megan é minha neta. Ela tem genes mutantes por conta de sua mãe, uma sobrehumana. Suas habilidades se manifestaram durante uma briga familiar e a criança em questão assassinou o padrasto para defender a própria mãe."

/Testemunha número 2: Howard Stark (nível 8): "A criança, minha filha, precisa de procedimentos de manipulação de memórias para evitar possíveis danos traumáticos irreparáveis. Reinicialização pelo protocolo Umbra, seguindo a herança genética de Suzanne Carter."

/Testemunha número 3: Nicholas Fury (nível 7): "Protocolo Umbra sendo realizado por mim, Nicholas J. Fury, agente responsável por Megan S. Carter. Apagando memórias relacionadas à suas habilidades Umbra e à possíveis ligações com Howard Stark, zelando pela segurança da própria criança."




Ela estava se recuperando e se aceitando até que mais revelações bombardearam sua cabeça: sua mente fora reiniciada como a do Sargento Barnes no dia que o deixou na prisão. Entretanto, ela ainda se lembrava do metal frio em sua mão, do barulho que a bala fez quando saiu do revólver, do impulso que torceu seu pulso quando disparou a arma, da sua mãe no chão... Ela se lembrava de tudo. A SHIELD não fez o melhor dos trabalhos em sua mente.

-Maggie, você está bem? –Tony estava encostado na porta do escritório, encarando seu rosto pálido, inchado e surpreso com a presença dele ali. –Droga, peguei a mania de usar esse apelido meloso igual ao Rogers.

Tudo voltou na cabeça dela em um baque. Tony Stark é seu meio irmão. A mãe dele é a grande responsável pela perda de sua mãe, da assassina que ela se tornou e por ela nunca ter tido uma família. Porém, a mãe de Megan era a responsável pela destruição do casamento dos pais de Tony, o motivo de Howard ser tão indiferente para com eles e ainda se afundar em alcoolismo após a morte de Suzanne. Ela não sabia como olhar para ele, não sabia o que dizer... Será que Tony a odiaria? Ela não tinha tirado tempo para pensar nisso.

Tony é seu irmão.

-S-sim, Tony. Por que? –seu tom de voz estava extremamente trêmulo e baixo.

-Steve acabou de sair e não parecia nada bem... Não quero pagar de psicólogo ou fuxiqueiro, mas vocês brigaram? –o homem se aproximou, ficando em pé ao lado da mesa de Megan. Ela tirou o pen-drive apressadamente, colocando-o no bolso de seu jeans, e desligando o monitor do computador. Tony observou seu comportamento estranho, franzindo o cenho, mas logo voltou a se concentrar no rosto dela. Viu a vermelhidão ao redor dos olhos da garota, sentindo pesar.

-Acabou, Tony. Ele mentiu para mim.

-Você quer desabafar?

Megan não conseguiu segurar algumas lágrimas olhando para ele, pensando que eles poderiam ser uma família de verdade. Quando Tony a viu daquele jeito, não pode evitar puxá-la em um abraço.

-Tony... Promete que não vai me abandonar? Não importa o que aconteça?–Megan encarava os olhos do homem que a olhava confuso.

-Que história é essa?

-Eu... Não quero perder mais ninguém, Tony. Eu não aguento mais perder as pessoas! –agora Megan soluçava.

-Você é minha família, Maggie. Por que eu te deixaria?

Aquele era o momento perfeito para contar que sim, eles são mais família do que imaginavam.

Contar que eles eram irmãos, que compartilhavam do mesmo sangue. Do mesmo nome.

Porém, as imagens de Tony gritando, renegando Megan e dizendo que ela destruiu sua família assolaram sua mente. Ela não conseguiria contar pensando em tudo que tem a perder.

Talvez nem fosse necessário.

Tony desceu sua mão das costas de Megan enquanto a abraçava, chegando ao bolso da calça dela que abrigava o pen-drive que ela escondeu apressadamente quando o viu.

Ele retirou a peça prateada delicadamente, sem ela perceber, e o colocou em seu próprio bolso enquanto a garota soluçava em seus braços.







N/A: AAAAAAAA!

Gostaria que vocês reparassem em como Tony é diferente com ela desde o início. <3  Aliás, sempre deixei VÁRIAS referências à verdadeira história de Megan ao longo dos capítulos. Mas como será que nosso Stark vai reagir quando souber da nossa Stark???????? 


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