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Overdose

Esse capítulo não vai focar muito no nosso casal em si. 

Ele mostrará a instabilidade do personagem Harry, eu estava em um dia obscuro e precisei tomar nota de como me sentia e metaforicamente, a história representou a explosão de sentimentos que eu estava vivendo. Espero que tenham uma boa leitura! 

E por favor, se você precisa de ajuda. Não esqueça: Você jamais estará sozinho, cuide de você e procure por ajuda <3 

___________ 

Harry

Era outono quando me demasiei nos pensamentos de acontecimentos passados, toda vez que fecho os olhos e lembro do nosso beijo. Abro meus olhos e descarrego meu "Eu" a uma realidade absoluta, aonde todas as coisas boas se desfazem.

Semanas atrás beijei um garoto incrível e depois disso, não consegui tirá-lo dos meus pensamentos, Louis estava em tudo o que eu fazia ou pensava, a medida que seu rosto fixava em um ponto específico do meu coração, parecia constantemente que ele estava ao meu lado. Não sei dizer se o que sinto por ele é amor, mas gosto de pensar que estamos em uma boa conexão.

E se me questiona sobre como anda nossa relação, afirmo que não posso dizer ao certo.

Depois de ficarmos juntos no hotel, me despedi de Louis na frente da sua casa e o beijei antes de vê-lo bater a porta. Fiquei imóvel, o vendo partir lentamente até a varanda e isso apertou meu coração, alguma coisa dentro de mim deu passos para trás sobre nossa aproximação, pois, o verdadeiro fato é: agora que nos beijamos, provável que ele não queira que demais pessoas saibam, Louis pode se manter ainda mais recluso na escola e posso perdê-lo para sempre. Não era isso que eu queria e muito menos, ele, eu acho. Minha cabeça passou a latejar e a visão de Louis sumia, senti o suor na minha palma e precisei apertar o pedal do acelerador para sair dali o quanto antes. E foi o que fiz, passei a noite dirigindo, não voltei para a casa e fugi como um verdadeiro covarde, dominado por uma paranoia somente minha e que poderia ser verdadeira.

Não era a primeira vez que eu me afastava das pessoas, pois, geralmente elas se afastam de mim pelo que sou. Odeio me apegar a elas e no final, estar sozinho na minha própria ilusão.

Qual estrago um beijo poderia causar na minha vida?

Bem, dependendo do grau dos meus sentimentos, seria árduo. Eu sei que é ridículo pensar pelo lado pior da coisa, contudo, ando precavido de não lidar com coisas piores por dentro, como: Se Louis quisesse levar um relacionamento comigo, mesmo eu ignorando a ideia de que ele não iria me abandonar? Se quebrarmos nossos corações? Se não aguentarmos toda a pressão que os alunos e a sociedade iria nos fazer?

Do jeito que me considero impulsivo, tenho certeza que iriamos brigar quase todo o tempo e isso iria desgastá-lo. Não, não e não. Louis não merecia isso, muito menos alguém como eu para piorar o seu estado de saúde.

Viajando em meus pensamentos, parei em um bar qualquer e não percebi quando virei vários goles de tequila e vodca. Que chorei como um filho da puta no lado vazio de um beco e vomitei depois pelo mal que me fez, nisso teria se passado dois dias sem voltar para a casa e ignorado suas ligações. A vontade que eu tinha era de sumir no mundo ou acabar com a minha própria vida desgarrada. Me sentia tão nojento por ser como sou e um medroso.

Por que eu não poderia ser normal? Não ter medos e saber lidar com todas aquelas coisas bastardas?

Foi na minha décima vodca, em uma quinta-feira a noite, que pensei sobre isso. Dentro do meu carro, com as pálpebras pesadas e mãos suadas, que me veio seu olhar suave e gentil. Tive pena dele, por notar que havia um brilho vindo deles para mim quando eu não merecia nenhum um pouco. Refleti que poderia estar o fazendo sofrer com o meu silêncio persistente e decidi que era melhor me punir por isso, chorar demasiadas lágrimas a medida que os cacos de vidro sangravam meus pulsos fodidos. Meia hora depois, passei a ver vultos correndo na minha frente e tudo começar a girar, em seguida luzes e pessoas mascaradas chamavam meu nome.

Como eles sabiam meu nome? Ah!

Apaguei por longos instantes e quando abrir meus olhos, Anne estava sentada em uma poltrona e segurava a minha mão. Minha cabeça latejava e não parava sequer um segundo, a movimento para o lado vendo as persianas fechadas e paredes brancas decorando o quarto em que estava. Tento me mover, mas estava fraco e escasso de energia, meus pulsos estavam enfaixados e uma agulha teria sido enfiada na minha veia do braço e me incomodava um pouco. Involuntariamente, solto um resmungo e percebo Anne despertar, seus olhos estavam inchados e vermelhos, ela chorava a medida que gritava para as enfermeiras chamarem o médico.

Foi quando descobri que estava no hospital e percebi que havia feito alguma besteira.

— Aonde você estava com a cabeça, meu filho? — sua voz chorosa, não estava irritada comigo, apenas demasiava de preocupação.

Não tive tempo para responder, pois, entrava no quarto um homem de barba curta e olhos vibrantes no castanho avelã, moreno e alto. Leio com esforço seu crachá e descubro que se chamava "Peter".

—Como ele está? — perguntou, avaliando a prancheta pendurada na cama. Mamãe apenas disse que eu teria acordado agora e soluçou na metade da sua fala, Peter balançou a cabeça sério e me encarou. — Como se sente Harry?

—Bem, eu acho. Um pouco dolorido e cansado. O que aconteceu?

—Três dias atrás, você foi encontrado no carro, espumando e com os pulsos cortados. Fizemos exames e descobrimos que teve uma overdose seguida de uma tentativa de suicídio. — Peter deu a volta na cama e pegou na minha testa, e eu apenas girava com aquelas informações. — Por sorte uma senhora acionou o hospital e conseguimos, com a ajuda de um tubo, retirar todas as suas toxinas e bombeamos seu sangue sem nenhuma droga para de volta do seu corpo. Você teve duas paradas cardíacas e quase não nos respondia. Mas, por alguma ajuda divina, você sobreviveu a tudo isso.

Olho para o lado, vendo pelo reflexo o curativo feito no meu pescoço.

— A sua sorte também é que não teria ingerido drogas fortes porque provavelmente estaria morto agora, rapazinho. Eu não sei o que estava pensando ou passando, mas afirmo que tentar tirar sua vida não é um modo saudável de lidar com seus problemas.

Abaixo a cabeça tentando lembrar de todos esses detalhes que estavam apagados na minha mente, tudo o que estava vivo em minha mente era como nada fez sentido em meus pensamentos e eu encontrei um lugar silencioso.

—Sei que é um choque para você, mas tenha a certeza que está tudo bem agora e que tem sido bem cuidado pela nossa equipe. Dona Styles, podemos conversar rapidamente?

O doutor Peter massageou meu ombro e mamãe o acompanhou desnorteada, apenas os observei ir e fiquei em choque sobre meus próprios atos. Refleti que quase morri por causa das minhas próprias fraquezas e em como isso me assustou. Olhei para meus pulsos, envergonhado por aquela situação que expus a minha mãe e a mim mesmo.

Sem saber como reagir, continuei encarando o vazio e respirei fundo. Mamãe surgiu sozinha e fechou a porta, fungando. A encarei com o olhar vazio e sinto seu toque no meu rosto.

— Meu filho... — ela soluçou. — Ainda bem que eu não perdi você. Provavelmente, se isso tivesse acontecido eu não teria motivo para viver...

Não deixei com que ela continuasse, apenas sussurrei para que ela me abraçasse e assim ela fez. Fechei meus olhos tentando digerir tudo o que aconteceu, tentando encontrar uma base no meio dessa confusão e falhei.

—Me desculpe por esse fardo...

— Harry, você não é um fardo. — Anne se afastou, limpando suas lágrimas. — A única pessoa que deveria pedir desculpas sou eu por te expor a tantas coisas que levaram meu garotinho a esse estado. Sou uma falha como mãe, a partir do momento que escolhi seu pai e não você.

— Mamãe...

— Me deixa terminar, Harry. Eu sou a maior errada nessa história e eu pago por isso todos os meus dias, meu filho, meu pequeno príncipe. — mamãe tocou na minha testa. —Te perder, ver que isso quase aconteceu hoje, me matou por dentro e me fez acordar que não posso mais continuar com essa vida. Você é o bem mais precioso que tenho e não quero, não posso te deixar ir.

Flexionei aquelas palavras ditas por ela e me senti indiferente. Meu coração passou a acelerador e o mundo ao meu redor foi ficando mais lento conforme a rapidez dos meus pensamentos retornavam. Meu peito apertou, minha respiração falhou e eu apenas a encarei em silêncio, algo dentro de mim gritou: "Aja, faça algo" e uma parte negativa me puxou de volta estabilidade. Apenas, segurei em sua mão e tentei passar alguma mensagem para Anne.

Eu estou cansado, em todos os sentidos e parece que quando a escuridão vem, todas essas coisas tem um significado coerente. Fecho os olhos lembrando do que senti antes dessa possível overdose.

Havia uma adrenalina nas minhas veias, começava nós meus braços e escorriam até meus pés, um homem passou por mim e seu rosto não estava nítido porque eu permanecia desnorteado pela consequência do álcool. Ele me deu algo e eu inalei, vazio e tristonho, ingeri mais da bebida quente na minha mão e misturei essas duas coisas como se elas se entendessem. Como se elas trabalhando em uníssono compreendesse toda a minha agonia por dentro, comecei a suar frio e um nebuloso caos embaralhou os sintomas dentro de mim, salivei como um cão raivoso e apaguei sozinho.

Abri os olhos, como se eu tivesse morrido e voltado a vida. E é estranho, pensar que teria sido por causa de um medo avassalador que no momento fazia sentido. Ninguém sabia disso e acho que, não estou aberto para que elas descubram a verdade.

Depois que ficamos juntos e ouvir a minha mãe, o doutor Peter entrou com um olhar sério e com papéis na mão. Ele perguntou se poderia falar comigo a sós e mamãe assentiu, logo ouvi de Anne algo referente a tomar uma boa dosagem de café. E lá, estava eu e o meu diagnóstico presunçoso.

— Você sabe por que está aqui? — perguntou o doutor, sem se mover e eu o observei.

— Imprudência da minha parte?

— Não era pra ser uma sugestão, rapaz. Imaginei que tivesse a convicção de uma resposta para a minha pergunta.

—Desculpe, doutor, mas eu não sabia que esperava isso de mim.

— Tudo bem, filho. — Peter me encarou sério e ficou alguns segundos assim. —O que tenho pra te dizer é importante e mesmo que seja menor de idade, queria te dar essa chance de poder se expressar. Certo?

Balancei a cabeça.

—Eu tenho aqui comigo os exames que fizemos e não sei se você está a parte dos conhecimentos científicos, mas hoje em dia coletamos algumas coisas através da extração do sangue e contudo não é nada confirmado. E através das supostas respostas do seu laudo, Harry... Você tem um diagnóstico novo.

— Qual seria?

— Precisaremos fazer alguns exames psicológicos para ter total certeza, mas está dizendo aqui que você pode ter Bipolaridade. Mas como eu disse, não é nada confirmado!

Fiquei analisando seu dizer, um pouco tonto por temer que possa ser real. Não era novidade para mim ter em mente que algum distúrbio emocional estava fervendo nas minhas veias, talvez até fizesse mais sentido os momentos em que não me considerava em total consenso comigo mesmo. A outra parte dentro de mim gritava por alguma solução, negava que eu tivesse aquilo e se entristecia por saber que estou carregando aquele fardo para sempre.

— Se isso for verdadeiro, Harry, muitas coisas poderiam ser evitadas com um tratamento adequado. Tenha certeza que nosso hospital tem todos os recursos para poder o ajudar em relação isso.

— Minha mãe já sabe sobre isso?

—Ela irá saber, mesmo que tente me convencer em não dizer, eu não poderei acatar o que me pede, afinal é menor de idade...

—E por que você quis que ela saísse? Por que disse que eu tenho uma modo de me expressar?

—Porque teve a chance de sobreviver a essas coisas, Harry, não vê? Por algum motivo era para que ficasse vivo e há outro maior pelo simples fato da sua recuperação está sendo boa. Pense ao menos na sua mãe, em si mesmo e nessa juventude que bate na sua porta. Expresse sua vontade de viver!

— Eu não sei se tenho tanta vontade assim, doutor. —sorri fraco.

—Nem mesmo alguém que o motive a fazer isso? Alguém que, além da sua mãe, precise tanto quanto de você...

E teria sido instantâneo a imagem de Louis na minha frente, ao mesmo tempo que tentei me matar por ele, sinto que uma parte insana em mim quer viver por esse mesmo motivo. Seria como a medicina sem bula e prescrição médica, a sua existência era perigosa e boa para o meu coração. Deve fazer quase uma semana que não nos vemos desde o beijo no hotel, talvez, se eu tivesse surtado ele me odiasse menos do que tenho a certeza que ele me odeia agora.

Mas será que valeria a pena me dá uma chance para viver?

Eu poderia acabar com aquilo tão rápido, então, por que sempre estou falhando nisso? Por que o destino não quer que eu falhe?

Vivo dentro das minhas questões mau resolvidas e acho que viverei com essa dúvida por um bom tempo. Encaro o médico na minha frente e engulo em seco.

— Posso ter a cura disso?

—Se você realmente sentir, afirmo que o tratamento te dará o equilíbrio que precisa, mas não a cura. E mesmo assim, é uma coisa boa você ir adiante nesse tratamento.

Mordo o canto da boca, percebendo que Anne estava se aproximando. Bufo, olhando para o chão. Uma voz consciente começou a gritar: "Por eles, aceite logo!".

—Aceito fazer o teste psicológico e se realmente for essa coisa, peço pelo suporte de um tratamento. —Estranhamente, minha decisão atraiu o sorriso contente de um homem desconhecido. —Eu não tenho escolhas de esconder dela, não é?

— Sinto muito em dizer que não.

Bufo, não vendo outra escolha, a não ser lidar com todas as minhas consequências. Todos os meus novos passos iriam começar e sem alguma razão, algo dentro de mim torcia para que funcionasse, afinal, era a minha última cartada para sobreviver a isso. 

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Só quero dizer obrigada por quem ainda me acompanha e por lerem Medicine ✨
A ideia sempre será passar uma mensagem positiva, então, certas coisas precisam acontecer no meio pra chegar lá! ❤️

Eu quero que fiquem bem e não se esqueçam, que Deus ama vocês! E que lembrem que vale a pena viver ❤️

All the love, A.

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