First acts
Boa leitura!
Obrigada pelos quase 4K de carinho ❥
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LOUIS
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Não sei como conseguimos ir tão longe, por um momento as coisas estavam mais frias entre nós dois e de repente, tudo se tornou árduo. A chuva grotesca havia cessado pelos arredores, não havia um estrondo que nos amedrontasse, as luzes dos raios permaneciam celestiais e meus pelos do corpo se arrepiavam ao sentir o ar quente saindo dos seus lábios e ralando em minha pele. Não vejo seu rosto com nitidez, mas tenho a certeza que seus olhos estavam cravados nos meus e saber disso poderia estar mexendo com meu coração.
— Você não pode jogar em cima de uma pessoa, que gostaria de beijá-la e esperar por isso tão tranquilo. Ainda mais por ser óbvio o sentimentos dela por você. — Harry sussurrou depois de muito me analisar.
Meu coração acelerou ao ouvir que dele, saia um tom malicioso. Mal ele sabia, que um animal feroz estava emergindo dentro de mim e queria aproveitar ao máximo dessa situação. Eu estava o prendendo e ainda estou, para que algo muito além de palavras não aconteça.
— Por que eu não poderia? Na verdade, o que tem de errado nisso? — lanço a ele uma pergunta inocente.
— Ora, como se você não soubesse...
— E o que eu não sei? Desculpe, mas eu não entendo.
Harry resmungou e o animal dentro de mim sorriu por ver isso como uma boa provocação.
— Lou, se eu fizer isso, o que garante que estaremos a salvo de tamanhos desejos? E você quer mesmo que eu te beije?
A pergunta não era tão dura e difícil, minha cabeça disse “sim” e colidiu com as certeza do meu coração. Mordi as bochechas e me arrastei um pouco mais para perto dele.
— Harry, eu já fiz tantas coisas que poderia dizer que eu iria me arrepender e te garanto que não foi isso que aconteceu.
— Me diga uma delas.
— Quando me disseram para ficar longe de você, eu não fiz. Pode ter certeza que não me arrependo de fazer o contrário.
Começo a sentir alguns calafrios percorrerem meu corpo e engulo em seco, Harry estava quieto demais e isso me perturbava. Pensamentos longos, concluem quem ele não desejava me beijar tanto quanto eu queria. Decido soltar um suspiro melancólico e feito isso, apenas digo que se ele não quisesse, não ficaria chateado. O que de fato não era verdade.
— Você não sabe de nada mesmo, não é? — Harry riu, e eu o encaro em soslaio.
— Bem, você me deixa confuso. A culpa é sua!
Foi um lapso de esperança, meu coração estava bombardeando jardas de sangue e esquentando-me por inteiro. A minha frequência cardíaca oscilou a partir do momento que sinto sua mão em meu rosto e sua respiração contra a ponta do meu nariz. A ansiedade me dominava e minha pele estava arrepiada, Harry estava por perto e extremamente excitado, transportando pra mim, através da sua respiração, o cheiro da nicotina. Fecho os olhos ansioso pelo momento e sinto que ele me estudou por um longo período de tempo até juntar nossas bocas. Foi quando tudo explodiu dentro de mim e alguma coisa cresceu em meu peito. A emoção dilapidou as paredes inseguras que habitam dentro da minha alma e se expandiram por todos os cantos.
Quando ele começou a mover sua boca, senti o gélido do seu piercing roçando nos meus lábios. Era como um toque insano, suave e gentil. Casávamos em nossa própria sincronia, até iniciarmos os movimentos e jogando um contra o outro, chamas e doces atos através de um beijo intenso. Aprecio o piercing de Harry e tomo cuidado para não o morder, afinal, aumentamos a frequência a medida que nos permitimos viver o momento.
Abro os olhos, alienado para saber se era ele mesmo e confirmo, quando detalho seus cachos cobrindo os olhos dele, não tinha uma imagem nítida pela escuridão, mas sabia que era o suficiente para eu jamais esquecer. Suas mãos descem graciosas até a minha cintura, enquanto embolo meus dedos em seus cachos, quero explorar mais dele e não sei qual seria o próximo passo correto para fazer isso.
Harry resmungou ofegante contra a minha boca e sem fôlego, encaixo nossas pernas, acabando por sentir a pressão do seu pau contra a minha perna. Ele gemeu e puta merda, ele tem o melhor som sensual de todos. Harry desperta o sentimento obsceno dentro do meu coração e endurece meu pau. Sinto minha sanidade mudar para a veracidade do prazer que ele me fez sentir através de um primeiro beijo. Me pergunto se ele sente o mesmo que eu.
Pela curiosidade e pelo tempo que estamos com nossas bocas juntas, me afasto dele respirando profundamente e nesse meio tempo, a luz retorna e nos revela a bagunça que estamos. Meus olhos vão diretamente ao encontro dos lábios vermelhos dele e fico com os meus entreabertos. Estavam lindos, nitidamente mais sexy e fico mais duro com esse pensamento. Lentamente faço contato visual com os seus olhos verdes e prendo o ar. Harry está me devorando com os olhos, parecia selvagem e menos agressivo, sou como uma presa que ele deseja ter o controle e confesso, queria que ele tomasse às rédeas.
Gravo suas mãos pressionadas contra a minha cintura e meus dedos brincando com os seus cachos rebeldes. Abaixo meu olhar, tentando pensar no que dizer a ele sem parecer um estúpido e quase esquecendo que ele foi o primeiro homem cujo me deu o prazer de conhecer o beijo.
— Você está arrependido. — Harry sussurrou.
Era absolutamente sexy ouvir a sua voz rouca e forte. Estava ela, penetrando na minha cabeça. O encaro abobado, enquanto ele me analisa preocupado. Eu sei que devo reagir, mas preciso de alguns segundos para apreciar o modo como ele era sexy.
— Você está.
— Não, eu não estou. Só fiquei analisando toda essa situação e em como foi bom beijar você, quer dizer, você foi o primeiro homem que me beijou verdadeiramente.
— Eu fui o primeiro? — Harry se mexeu, desfazendo nossas posições e eu resmunguei pela sua distância.
— Bem, digamos que selinhos não são considerados por mim, como o beijo dos sonhos. E não é tão ruim quanto pensava, tenho uma certeza maior de que você tornou saborosa a ideia de que beijar homens é uma ótima opção para mim.
Eu sei, pareço um idiota. Mas não mentia quando dizia sobre gostar do seu beijo e ele ser o primeiro a fazer isso.
— Você pensa em beijar outros homens? — sua pupila dilatou e ele parecia enciumado.
Harry com ciúmes de mim, era uma coisa estranha e nova. Engulo em seco, pois, ele voltou a me devorar com o olhar e minhas pernas ficaram bambas por conta disso.
— Não que tenha outros pra eu beijar, mas me referi a ideia de que seu beijo me fez ter a certeza de que realmente gosto de caras. Gosto de ser gay e aí meu Deus, eu não sei o que estou dizendo!
Com Harry me devorando daquele jeito, eu não conseguia agir normal.
— Você pode ficar tranquilo, Harry Styles, que seus lábios foram o nocaute da minha noite. — me sento desajeitado e puxo a toalha para não cair.
Sua expressão suavizou e ele acaba passando a língua no piercing da sua boca. Em seguida, Harry se aproxima de mim com as ondinhas na testa, demonstrando preocupação. De uma hora para a outra, a fera estava mais dócil.
— Nunca foi beijado antes, como isso é possível?
— Eu não sei, nunca fui tão atraente e ninguém foi digno a isso. — sorrio sem jeito, abaixo a cabeça sentindo as minhas bochechas esquentarem. — Ah, acho que você pode debochar desse virgem de boca idiota.
— Quer dizer, não mais virgem de boca. — Harry tocou nos meus lábios e ergueu minha cabeça. — Você sabe que eu não iria debochar porque eu não sou assim. Perguntei porque estou impressionado e feliz, por saber que eu fiz isso acontecer. Você tem o melhor beijo, de fato, nem pareceu ser a sua primeira vez.
Oh Harry, você está brincando com a minha insanidade. Involuntário, acabo mordendo os lábios e deixo com que ele visualize isso.
— Sem essa, está sendo gentil!
— Longe de mim, sou o senhor mal humorado, esqueceu?
— Há, há, então eu deveria pensar que está sendo pretensioso.
—E se eu dissesse que gostaria de beijá-lo mais?
Me calei, sorrindo sem jeito e encarando seus lábios. Desenhando em detalhes eles e deixo com Harry se aproxime, nos beijamos pela segunda vez aquele dia e não passamos disso, assim seguimos para outros e outros, por estarmos viciados nesse “lance de bocas coladas”.
...
Sabe aquele frio na barriga?
Aquele que mexe até com o ponto fixo da nossa mente, que transfigura imagens do real para justamente uma única pessoa que virou tudo de cabeça pra baixo e que te faz sentir alguém sortudo somente por tê-la por perto?!
Toda vez que viro para o lado na madrugada, fico o encarando dormir e admiro suas feições motivadas, acredito eu, pelo seu sonho. Sorrio como um tolo ao lembrar que passamos metade da noite nos beijando, pois, era inevitável perder esse contato. Estou fissurado nesse garoto coberto por defeitos e imperfeições, tem alguma coisa nele que me faz querer abrigar o lado mais sensível que habita meu coração.
A chuva do outro lado já não era nosso maior problema, mas a necessidade de não perder cada segundo que estamos vivendo parecendo ser a última vez. Por isso, foi complicado um de nós pegar no sono primeiro. Conversamos profundamente sobre o que nos atormenta, Harry se abriu um pouco sobre seus conflitos familiares e eu o ouvi solene. Contei a ele sobre a falta que meus pais faziam e nisso levei algumas insegurança. Desse modo, nosso diálogo acabou cruzando nossos lábios e após o enlace de beijos e carícias, revelamos um ao outro nossa cor predileta, descobri que Harry gosta de experimentar todo o tipo de culinária e tenta fazer alguns pratos – mesmo que seja uma catástrofe nisso. Eu tinha as minhas favoritas, entretanto, avisei que fazia um tempo que não as provava e não tinha uma vontade até então. Harry, sendo gentil, elogiou meu corpo e fez um discurso sobre comidas e eu, até que não tocamos mais no assunto quando o beijei. Não gosto muito da ideia de engordar e como sou motivo o bastante de piadas alheias, essa é uma coisa que está fora de questão e para não magoá-lo, preferi cortar o assunto.
Depois de longas conversas, percebendo sua exaustão nas palavras soporosas, ele adormeceu com as mãos em volta da minha cintura e cá estamos nós dois.
Assim que Harry pegou no sono profundo, me desvencilhei rapidamente para usar o banheiro e liberar as calorias que ingeri, tentei fazer isso de modo mais silencioso possível. E deu certo até o momento em que a bílis ficou visível e não consegui tirar mais nada. Eu sei é doentio de se ver , mas me sinto insuficiente comigo, nada mais importa, vivo e sinto que algo dentro do meu Eu está morto. Faleço todos os dias quando lido com a realidade da vida e não me importo de retirar o que não é bom no meu corpo e juro que se pudesse faria mais.
Limpei minha boca, zonzo pela fraqueza que veio em seguida e faço bochecha com o pouco de pasta de dente que o motel deixava e ao voltar para a cama, Harry estava virado para o outro lado e resmungava alguma coisa assustadora, depois de me deitar, ele se acalmou. Refleti nesse tempo que conhecê-lo foi algo surpreendente, foi um pouco de vida que ganhei e espero que não possamos quebrar esse contato que criamos até aqui. Estranhamente, consigo não me sentir completamente ruim ao seu lado. Não afirmo que seja um sentimento de “amor” ou até mesmo paixão, talvez venha ser felicidade.
Harry era lindo dormindo, apesar de se mexer quase todo o tempo e choramingar quando agitava as pernas, deslizo minha mão para segurar na sua e percebo que ele a apertou. O suor começou a escorrer pela sua testa e as carretas começaram a se tornarem insistentes. Foi aí, que ele gemeu tristonho e soluçou mais alto.
“Pare de me bater, pare com isso!”
“Me deixa em paz! Droga, saia!”
“Monstro!”
Ele gritou, balançando a cabeça para os lados e estava perturbado com o que via, me vi na obrigação de interromper seu sono e balancei seus ombros chamando seu nome, Harry abriu os olhos em seus, com os cabelos grudados na testa e perdido em suas ações. Fiquei preocupado com ele, mas não sabia como agir.
— Tudo bem?
— Eu... O que você ouviu? — Harry passou as mãos na testa e jogou seus cachos para trás.
— Não muito, apenas murmúrios e gemidos melancólicos da sua parte. — arrasto meu corpo até o seu e paro. — Ouvi você chamar alguém de monstro, estava tendo pesadelo?
Harry abaixou a cabeça, carregando um sorriso irônico nos lábios e um olhar irado.
— Pesadelo... Acho que esse não é o termo correto.
— Não quer falar sobre isso? — ele permaneceu em silêncio e um pouco mais frio. —Desculpa, não deveria ter falado nada.
Virei para o lado, me sentindo um evasivo ridículo ou talvez não fosse meu dever acordá-lo.
— Não, Louis. Você fez bem ao me acordar, eu só estou com vergonha de fazer isso na sua frente. — sinto seus dedos nos meus ombros e o encaro. — Desculpa o meu mal humor. Você não tem culpa, eu quem fiquei sob o efeito do meu sonho estúpido.
— Tem certeza que não quer falar sobre ele? — ele afirma e eu suspiro. — Acho que você pode voltar a dormir, dessa vez eu vou ficar quietinho como estava antes.
— Você não dormiu? — neguei. — Hum, e estava fazendo o quê acordado?
Corei, ao lembrar dos meus momentos apreciando seu rosto e envergonhado por esconder o que fiz no banheiro.
— Estava apenas pensando.
— Hum, seria inconveniente perguntar o que pensava?
Sorri, um pouco mais absorto no seu carinho repentino. Enrolo meus dedos nos seus cachos e digo que não diria, Harry fez uma cara tristonha e consegui rir.
— Bem, quero te perguntar uma coisa...
— Pode falar.
— Depois de hoje, as coisas não vão ficar estranhas entre nós dois, vão? — pergunto, com medo de acordar e vê-lo agir diferente e nunca mais olhar na minha cara.
Geralmente isso acontece, pois, é óbvio que ninguém quer ficar íntimo depois de um beijo ou mais de um.
— Certo, eu quem deveria pensar que você não gostaria de falar sobre o assunto. Já que eu sou aquele que tem um passado sombrio da escola.
Balancei a cabeça e mordi os lábios.
— Gosto de caras sombrios, meio que não me torna único. — coisa estúpida de dizer, mas é isso que veio. Harry reagiu positivo, rindo e me beijando rapidamente.
Como aquilo era incrível e bom, as pessoas não sabem o quanto ele era especial e diferente de tudo o que elas pensam. Não consigo imaginar como podem odiá-lo.
— Lou, obrigado por estar aqui e por ter comido. Foi importante pra mim.
Ao contrário da positividade que ele emanou na frase, senti a vergonha bater na minha cara e me lembrar do que eu fiz depois. Não acredito que sou tão podre assim.
— Não precisa agradecer. — Dei um sorriso forçado. — Eu quem agradeço.
— E por que você está tão cabisbaixo com o meu comentário?
— Ah, o sono bateu. — menti e Harry riu. — É sério Harry.
— Tudo bem, acredito em você. — E ele me beijou, já não consigo contar quantas vezes ele fez isso. — Vamos dormir, amanhã é um novo dia!
Sorri e observei que seus olhos estavam ganhando vida a medida que ele me encarava, aposto que em menos de segundos meu estômago vai reagir com os seus olhares. Na verdade, estava começando a dar os sinais estranhos de borboletas esvoaçantes.
Ah, Harry Styles!
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Primeiro beijo...
Mantenham em mente que de forma alguma devem praticar o que o Louis prática. Não é bom e peço que se cuidem! ⚠️
Me digam, o que acharam desde capítulo?
Obrigada por lerem Medicine
All the love, A.
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