At this point in my life
[Alerta de capítulo sensível ]
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Alguns dias depois...
Pensar na faculdade é algo que me assusta, afinal começamos a desenvolver algumas redações para as universidades publicas do país e fora dele. A pergunta mais instigante que me ronda é sobre as condições e se a minha mãe terá condições de me ajudar, mas enquanto a resposta não vem e não vou atrás dela, prefiro pensar nas possibilidades que a vida vai me abrir. Mordo a ponta do lápis e arrasto a cadeira para frente da janela, observo os vizinhos passeando na frente e encaro as paredes do meu quarto recém- reformado.
Louis estava certo quanto a cor azul escura e a única parede preta destacando a posição da minha cama, o que conciliava com a estante de livros e meu guarda-roupa. Alguns posters de banda, filmes e livros carregavam a vibe que combina comigo. E as fotos da minha mãe, comigo e Louis no pequeno varal que ele me obrigou a deixar ali. Sorrio, lembrando com detalhes disso:
"— Você vai deixar essa merda aí! — Louis está agarrado com o barbante e alguns Portrait nas mãos.
— Se é uma merda, então não devemos deixá-la aí, não acha? — Indago irônico e isso o deixa furioso.
A pequena pimenta começa a me encarar como se fosse me fatiar em pedaços se eu continuasse abrindo a minha boca. Mas a verdade é que eu achava aquilo detalhe demais para um quarto sombrio, imaginado mentalmente por mim, é claro. Algo que Louis estava tentando quebrar naquele momento.
— Olha, não tem espaço! — Aponto para o cômodo ao nosso redor. — A não ser que você consiga me fazer mudar de ideia.
Meu comentário atraio seu sorriso desafiador e meu namorado avança alguns passos sorrateiros na minha direção. Suas bochechas antes coradas, passam o tom levemente vermelho para seus lábios assim que ele os morde.
— Eu vou.
Levanto as mãos para o alto e deixo com que ele faça o bom trabalho. Louis vistoria o quarto e sorri, ao encontrar o espaço vazio perto do computador. A parede azul estava sem vida e alguns pregos estavam dando bobeira, o que foi o ponto perfeito para ele ligar o barbante e grudar as fotos com os minis pregadores. Assim que ele se afasta, noto que o exagero estava na minha cabeça e ele estava certo quanto as fotos.
— E então?
Balanço a cabeço, sentindo as minhas covinhas afundarem. Levanto admitindo que estava errado e ele havia vencido somente aquela pequena guerra. Mas Louis era pequeno, então eu ganhava vantagem naquilo por conseguir intimidá-lo.
— Como devo pagá-lo com a minha teimosia? — Sussurro contra seus lábios.
— Hum... — Louis arfa e morde os lábios. — Você sabe... — Ele fica na ponta dos pés, desliza seus dedos pelos meus braços e continua: — Como foi um menino malcriado, deverá ficar alguns dias sem me beijar.
— O quê?
Louis se afasta gargalhando.
— Você ouviu bem. — Ele pisca se afastando."
Mas não durou muito, horas mais tarde estávamos dando uns amassos na minha cama, partindo para um momento perfeito para fazermos amor. Desde a primeira vez na casa de Liam, nós começamos a trazer esse calor para o nosso namoro. E como estamos tomando remédio para o tratamento, ele acaba cortando a nossa libido. Louis ficou com medo de como me portaria, já que ele se entregou pela primeira vez para mim e para deixá-lo mais tranquilo, apenas demonstrei mais amor e carinho pelo que tivemos.
Outra coisa importante que estamos trabalhando no nosso relacionamento, são quando nossos sentimentos estão transbordando. Não queremos afetar um ao outro e ainda mais quando meus episódios de manias começam a dar as caras, e como eu aprendi no tratamento, preciso aprender a entendê-los e respeitá-los. Afinal, viver lado a lado com a bipolaridade, não é somente mudar de humor e isso eu tenho aprendido na terapia, as manias são quase sempre quando estou carregado por uma energia criativa que me faz querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo, o abuso nos gastos — que se eu não me controlar, posso acabar passando dos limites —, a necessidade de estar sendo preenchido pelo amor e medo de perdê-lo também vem à tona, isso e um pouco mais passa pela minha cabeça.
Equilíbrio é necessário e me abraço nele quando tudo não parece nada bem. Assim as coisas se tornam mais suportáveis quando penso em perder o controle. E depois de ter ido com o Dr. Michael, meu psiquiatra, descobri que vou entrar em um intervalo de meses sem o remédio e voltar novamente. Ficarei somente na terapia e isso vai ser interessante.
Volto meu olhar para o computador e a folha vazia do word esperando que eu comece a minha carta para a faculdade, mas eu ainda não sabia como começar. Respiro fundo tentando não me desesperar por justamente não começar a fazer aquilo.
— Com licença! — Escuto a voz da minha mãe após duas batidas na porta. — Espero que não esteja pelado, estou entrando.
Solto uma risada e afirmo que as minhas roupas ainda estavam no meu corpo.
— Como você está? — Anne, diante as outras versões com meu pai, aparentava estar cada vez melhor, saudável e feliz.
— Bem, eu estou tentando escrever alguma coisa que valha a pena para entrar em uma boa universidade... — Aponto para a tela do computador. —, mas parece que o vazio ainda consegue ser mais persistente do que eu.
— Não vai sair nada se você continuar esperando a ideia fluir seja lá de onde. — Faço um olhar indignado e ela apenas rir. — Eu sei que alguma universidade boa vai gostar da sua redação, Harry, na verdade, não se limite em pensar que não é capaz porque você é!
Abro um sorriso sem mostrar os dentes.
— Eu queria ter dinheiro para ajudá-lo, mas nem isso...
— Ei... — Toco na sua mão e a trago para perto. — A senhora já faz o suficiente para mim, mãe... Eu sei que faria mais se pudesse, então não se preocupa com isso agora. — Odeio vê-la triste e resolvo mudar de assunto. — O que veio me dizer na verdade?
Anne muda a expressão e começa a massagear meus cachos, fecho os olhos lembrando que era uma das coisas que mais amava quando criança.
— Eu vi seu pai, ele estava solitário em um bar. Não me aproximei, mas notei que a melhor coisa que fiz, foi tirá-lo da nossa vida. — Abro os olhos e fixo a minha atenção nas suas palavras. — Sempre vou me arrepender de ter deixado você exposto a tantas coisas, meu filho, está tudo aqui dentro de mim.
— Não seja cruel consigo mesma! Vamos ficar bem, já estamos, na verdade.
— Você é o melhor filho que Deus poderia ter me dado. — Anne beija minha testa. — Eu te amo!
— Eu amo você!
Quase sempre ela faz isso, vem verificar se estou bem e se arrepende, me pedindo perdão e entendo que seja o tamanho da sua culpa. Embora eu considerasse Anne como a minha melhor amiga, sei que suas escolhas afetaram o meu presente e mesmo assim, não foi motivo para odiá-la. O amor costuma ser tão intenso que é capaz de cegar os defeitos doentios de um parceiro, portanto, ela não teve culpa de o caráter do meu pai ter mudado depois de casados.
E quem sabe um dia ela pare e pense nisso.
Fico no meu quarto estudando por algumas horas e mando mensagem para Louis, avisando que o buscaria para irmos ao asilo visitar o Sherman. Após o castigo encerrar, não deixamos de ir visitá-lo, pois fizemos um grande amigo por lá. Minutos depois, Louis me responde com um emoji de coração e após sua mensagem, recebo uma foto de um número desconhecido.
Puxo a barra de notificação e vejo que era uma foto minha, naquele exato momento mexendo no meu celular. Levanto até a janela e não vejo ninguém por perto. Mas que porra era aquela?
— O quê?
Mais uma notificação chega no meu celular, observo que se tratava de uma frase:
"Ficarei de olho em você até que seja meu < 3"
Penso em respondê-lo, mas vejo como uma perda de tempo. Eu não sabia com quem poderia estar me metendo e para ele mandar aquela mensagem, com toda certeza teria uma carta na manga. Ajo, denunciando e bloqueando o número. Vou até a janela e fecho a cortina para fechá-la.
Essas mensagens anônimas têm me deixado perturbado, desconfio do aluno da biblioteca, mas mesmo que fosse ele, não fazia sentido a tentativa de perseguição. Logo eu, prejudicado e julgado por todos da escola por anos, nunca imaginei que pudesse ter alguém interessado por mim. Parece bizarro demais.
Me arrumo e ignoro o que aconteceu, desço para buscar Louis, pois estava ansioso para encontrá-lo. Ao chegar na sua casa, sou recepcionado por Jane e ela como todas as vezes está carregada de um humor contagiante, Louis surge logo depois e se despede antes da sua tia fazer um comentário imoral sobre nós dois. No caminho, trocamos alguns olhares apaixonados e percebo a melhora que ele vem tendo, o tratamento e os remédios, depois de longos meses e negações, tem garantido uma melhora na sua alimentação e Louis tem sido acompanhado por uma nutricionista, ajudando ainda mais na sua ideia de estar fora do normal.
Mas sempre lembro a ele que normalidade mesmo é estarmos bem. Como da primeira vez que fiz ele comer alguma coisa comigo.
— Vocês parecem mais felizes do que a última vez. — Observa Sherman, caminhando lentamente conosco pelo jardim.
O dia estava um pouco mais agradável naquela tarde de verão, o céu mais azul e algumas nuvens deixavam o ar limpo. Pisávamos na grama verde do jardim, descalço porque Sherman disse que queria senti-la como da primeira vez que fez com Billie. Apesar de estar bem, seu olhar parecia distante.
— Deve ser porque estamos nos permitindo viver. — Louis me encarou sorrindo e eu apenas pisquei para ele. — Lembra quando o senhor nos tratou mal da primeira vez que o conhecemos?
— Como me esquecer! — Sherman riu. — Nunca pensei que gostaria de estar sendo acompanhado por jovens gays.
— E eu por um velho rabugento gay. — Louis o rebate. — Eu citei esse dia porque jamais pensei que poderia criar uma conexão com alguém que eu não conheço. A vida é cheia de surpresas...
Puxei meus lábios para o lado e observei nosso velho amigo sem expressão.
— Acho que aqui está bom. — Ele para de frente para as tulipas amarelas e laranjas.
Percebo uma mudança de humor de Sherman, da qual Louis ainda não notou, sinto que ele está prestes a dar uma notícia ruim e não sei como meu namorado reagirá a isso. Após nos sentarmos, encaramos a pequena paisagem a nossa frente e apreciamos a brisa refrescante daquela tarde. Mantenho meus olhos em Sherman e ele me encara cabisbaixo.
— Você está bem? — Pergunto preocupado. — Andamos demais?
Ele nega.
— Não posso mentir mais para vocês, não é justo e dizer a verdade é necessário. — Seus olhos estão ficando vermelhos, contudo, ele os desvia para que não notemos isso. — Como vocês sabem, a velhice chega para todos e com ela as enfermidades, comigo não tem sido diferente e acho que não teremos tanto tempo assim. Até porque mesmo que tivéssemos, não demorará muito para que entrem na universidade.
— Sherman, o que quer dizer?
— Só fique calmo, filho. — Ele toca na mão de Louis. — Eu vou ficar bem e para ser sincero não vejo a hora de me encontrar com Billie.
Sinto um vazio no peito ao escutá-lo.
— Quero que saibam que as visitas me ajudaram a sobreviver a muitos sentimentos obscuros que eu estava sentindo por causa do abandono da minha família. Ter vocês dois aqui foi como estar ao lado dos meus netos. — Sherman sorri fraco. — Eu nunca vou me esquecer.
— O que você tem? — Volto a perguntar, notando que Louis estava chorando.
— Meus pulmões andam meio calejados e é um esforço para eu respirar. Ainda mais quando estou dormindo, o meu médico avisou que minhas vias respiratórias estão fracas devido a pneumonia que tive alguns meses atrás. E pode ser que ela esteja voltando com mais força e eu não posso aguentar.
— Você é a pessoa mais forte que eu já consegui, isso não vai acabar com a sua vida! — Louis limpa as lágrimas e para lhe dar conforto, massageio seus ombros.
Embora por dentro eu estivesse sofrendo e preocupado com Sherman, a ideia de que podemos perdê-lo é assustadora. Nosso amigo apenas balança a cabeça e olha para o céu.
— A vida é um limite, mas quando estamos olhando para o céu essa perspectiva muda, não acham? — Louis não está encarando o céu, ele está tremendo enquanto a escuta falar. — Quero que aprendam a viver sabendo que depois dele existe algo muito maior, temos que viver. Vocês são jovens e estão muito perto de lidarem com diversos desafios da vida adulta, não deixem que isso os desanimem. Apenas vivam!
— Quer parar de falar como se estivesse se despedindo, seu grande velho! — Louis reclamou. — Por favor!
Sua voz estava trêmula quando ele se ajoelhou e envolveu Sherman em um abraço, limpo embaixo dos meus olhos sentindo o vazio aumentar no meu peito e me junto aos dois. Começamos a chorar e embargar as vozes, até o momento que nosso amigo sussurra a melodia de alguma canção da Tracy Chapman¹:
"A essa altura da minha vida fiz tantas coisas erradas
Que não sei se posso acertar
Se você confiar em mim, espero não te decepcionar
Se você me der uma chance, eu tentarei."
Então ele começa a cantar enquanto as duas crianças continuam chorando abraçadas com ele, nunca me apaguei a alguém de modo tão fraterno como com Sherman, acho que a pior parte de saber isso é que quando chegar a hora eu vou sofrer. E eu não quero que ele vá, parece ser egoísmo, mas ainda quero que ele fique por muito tempo conosco. É como minha mãe sempre me disse, pessoas boas são passageiras e por isso temos que aproveitar o máximo ao lado delas.
"Não importa quem o consiga, veja, quando toquei o céu,
A gravidade me trouxe de volta à Terra"
Nocauteados com a notícia do Sherman, ficamos mais do que o necessário no asilo. Foi por tanto tempo que acabamos o vendo adormecer pela tarde e Louis não conseguiu sair do seu lado, fingimos que estava tudo bem para a dor ser mais suportável do que a ansiedade de imaginar o pior. Eu também não queria sair dali, mas Layla apareceu avisando que precisávamos ir.
— Vai pro inferno! — Louis disse a ela.
— Ei! — Chamo a sua atenção. — Louis, é sério! Vamos.
Layla não diz nada, acho que a essa altura ela sabe que Sherman nos deu a notícia. Dou uma última encarada em Sherman e ele continuava ali, vivo. Louis se recusa por alguns instantes e depois se levanta nervoso, passando por Layla como um furacão. A notícia deve ter o abalado e me pegou de surpresa o seu modo de agir.
— Desculpa por isso, ele não estava lidando bem com a situação. — Encaro Layla e o quarto. — Nos mantenha informado caso... — Não consigo dizer a palavra.
— Tudo bem. Fiquem bem e diga ao Louis que eu não estou brava! — Ela toca no meu ombro e apenas balanço a cabeça.
Saio de encontro com Louis no estacionamento e o vejo com os braços cruzados, me aproximo com calmo e noto que suas unhas apertavam sua pele, começando a fazer uma ferida.
— Louis! Pare com isso! — Retiro-as antes que ele piore mais, — Olha pra mim! — Relutando, ele faz. — Sherman ficará bem.
— Ele vai morrer, Harry! Como os meus pais morreram e eu não sei como vou lidar com essa merda de novo! — Louis está gritando e não posso pará-lo agora. — Eu não consigo lidar com a morte!
— Eu também não. Eu, eu sinto muito pelos seus pais! Mas vamos lidar com isso juntos! Ok? — Toco no seu ombro e consigo ter sua atenção. — Só tenta ficar calmo agora, ele ainda está vivo! — Repito as últimas palavras tentando convencer a minha fragilidade quanto a perda de Sherman. — Ele ainda está vivo.
Aperto Louis contra o meu peito e deixo com que nossos sentimentos saiam e não se acumulem.
Dirijo até Classic Playground, um dos parques dos Estados Unidos para que possamos respirar e digerir todas aquelas coisas. No começo ele recusou, mas depois consegui convencê-lo de que valeria a pena. A costa do Oceano Atlântico estava banhada pelo tom laranja e amarelado do pôr do sol. Alguns ciclistas passavam perto de nós, assim como casais e crianças, nos sentamos em um dos bancos de maneira e ficamos em silêncio por longos minutos, até que começo a falar:
— Se olhar bastante tempo para o fim da linha do mar, você entende que aquele é limite.
— O quê?
— Veja! — Aponto para o lençol aquático a nossa frente. Em seguida a linha detalha por conta do excesso de luz laranjada. — Parece que o limite está ali?
— Sim, Harry, mas o que isso tem a ver? — Louis indaga com a voz fanhosa.
Suspiro antes de continuar.
— O limite não existe. — Afirmo. — Porque se irmos até a linha, veremos que o horizonte e muito maior do que está diante dos nossos olhos. Isso significa que o Sherman disse que ele viveu além dos limites e que devemos seguir o seu exemplo se quisermos ser felizes.
Louis parece não entender e sorrio:
— Daqui a dois anos ou mais vamos começar a envelhecer, nossas preocupações vão ser absurdas e sentiremos falta do tempo que enxergamos nossas vidas sem limites. Sherman disse que devemos manter esse olhar, cruzar as fronteiras e amar da mesma forma como ele amou. A vida lhe foi cruel quando o abandonaram no asilo, mas foi perfeita quando dois jovens problemáticos entraram na sua vida. — Estico a minha mão para limpar a lágrima que escorreu no rosto de Louis. — Isso significa que tornamos as coisas melhores para ele e o fizemos viver além dos próprios limites. E isso é bom, mesmo que signifique que ele vá partir.
— Que droga! — Louis exclama, limpando as lágrimas e sorrindo. — Sherman disse isso tudo? — Assenti com a cabeça. — Vou sentir falta dele! — Ele me abraça.
— Eu também. — Beijo o topo da cabeça de Louis.
A nossa frente, o céu começava a se despedir e dava entrada ao tom azul escuro, dando boas-vindas a noite. Começo a cantarolar a música de Sherman enquanto ficávamos vagos naquele momento de pré-luto.
...
— Posso dormir na sua casa hoje? — Louis enrola seus dedos nos meus cachos.
Sorrio ao gostar da ideia de ter sua companhia.
— Sua tia vai deixar?
— Com toda certeza, às vezes acho que ela procura um modo de se livrar de mim.
Gargalho, mantendo as mãos no volante.
— Ok, a minha mãe vai gostar de vê-lo por lá!
— Só ela? — Louis observa malicioso.
— Você já sabe a resposta. — Paro no sinal e toco no seu rosto. — Eu te amo!
— Eu te amo! — Louis me beija.
Sinto uma vibração no bolso da calça e retiro meu celular, vendo três possíveis mensagens de um desconhecido:
"Você merece alguém melhor do que ele!"
"Não adianta fugir de mim!"
"Em breve nos encontraremos!"
Escuto as buzinas do carro atrás de nós e encaro Louis preocupado. Não bastasse meus problemas pessoais agora precisava descobrir quem era o dono das mensagens anônimas.
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¹ A música da Tracy citada no capítulo:
https://youtu.be/kwEphYkovtk
É um capítulo sensível, espero que vocês tenham entendido a mensagem que quis passar < 3
Fiquem bem e nos vemos em breve!
All the love, A.
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