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CAPÍTULO 7


Já passa das 8 da manhã quando eu finalmente resolvo me levantar da cama. Helena provavelmente está dormindo, claro que está. Somente eu sou louca pra acordar cedo em um domingo. Espreguiço-me na porta do banheiro e sinto a minhas pernas tremerem ao me lembrar do sonho da noite anterior. Uma estranha sensação invade o meu corpo, instantaneamente, ergo a blusa do pijama e analiso a lateral da minha cintura, na tentativa de encontrar a ferida, mas não há nada, nem um único sinal de que eu fui perfurada por uma faca.

Tomo um banho quente e rápido, escovo os dentes e vou até a cozinha, onde me sento à mesa, abrindo um pote de biscoitos e dando uma mordida generosa. A explosão de sabores em minha boca me traz uma sensação de nostalgia, como se aquela mordida no biscoito já estivesse acontecido, o sabor familiar desce pela minha garganta.

Goiva!

A criança do meu sonho havia me vendido uma caixa de biscoitos igual a caixa que seguro em minhas mãos. Pergunto-me, como é possível um sonho ser tão real ao ponto de me fazer lembrar do mesmo sabor do biscoito.

– Acordou com as galinhas? – Helena diz, vindo em minha direção e se sentando ao meu lado. – Depois de ontem, pensei que dormiria até o fim da tarde.

Ela me dá uma piscadinha e joga o cabelo para trás. Noto o roxo em seu pescoço, e Deus me livre de imaginar o que ela e Marcos andaram fazendo na noite anterior. Mas, o que realmente quero saber, é o que eu fiz na noite passada.

– O que você quis dizer com "depois de ontem" – Enfatizo, fazendo aspas com os dedos.

Helena dá um riso meio assustador e morde o biscoito que está em sua mão.

– O showzinho que você deu lá no bar, Sophia. – Diz, com a boca cheia, e com migalhas saindo pelas laterais. – Você não se lembra?

Sinto o minhas mãos tremerem, busco nas memórias, qualquer resquício de lembranças da noite anterior. Mas, tudo o que consigo me lembrar, é de sair do pub e caminhar em direção ao ponto de ônibus.

Flashes do meu sonho se misturam com memórias que já não tenho certeza se de fato existiram ou não.

– Você realmente não lembra? – Ela coloca a mão no meu ombro e respira fundo. – Ruiva, você bebeu muito. Misturou vodca com cerveja. Depois começou a dançar com o Lucas.

– Quem é Lucas? – Eu realmente não me lembro de nada. – E desde quando você me chama de Ruiva?

Helena continua rindo do meu desespero. Me levanto e vou até a pia da cozinha, abro a torneira e jogo um pouco de agua gelada no meu rosto. Mesmo com o frio que faz lá fora, sinto o ar ficando abafado e começo a suar.

– Desculpe pelo Ruiva. – Diz ela. – Mas se você não consegue se lembrar de nada do que aconteceu na noite passada, então, já consegue imaginar que você bebeu muito, ao ponto de sua mente ter apagado as lembranças.

Ela se levanta e caminha em direção ao quarto, de onde é possível ouvir o ronco baixo e nojento de Marcos, me deixando sozinha na cozinha.

Fico por um tempo olhando pela janela, o tempo lá fora está cinza e sombrio. As folhas do carvalho da vizinha estão caídas no chão. Elas reluzem em tons de âmbar e vermelho terra. Elas me fazem lembrar dos olhos de alguém. Lion!

Fecho os meus olhos e me abraço, deixando os meus pensamentos voltarem ao meu sonho da noite anterior.

"Corre, corre o máximo que você puder."

A voz de Lion ainda ecoa na minha mente. Tão viva... Tão real. Como se ele não fosse apenas um sonho, ou qualquer personagem criado pela minha mente.

Faço uma promessa mental, nunca mais vou beber mais do que o normal. Alias, nunca mais vou beber nada. Sem álcool, sem devaneio, sem Lucas – Quem é mesmo esse tal de Lucas?

Calço o meu tênis e saio para caminhar pela vizinhança, preciso clarear a minha mente. Talvez, o ar gelado possa me fazer bem. Mas, depois de andar meio quarteirão, percebo que há algo de errado. As ruas estão vazias, não tem uma única alma viva andando pela mesma rua que eu. Ouço os ruídos vindos das casas por onde passo, mas não vejo movimentação pelas janelas. Está frio, mas o ar continua parado, carregado de algo que não sei decifrar.

Olho ao meu redor e tudo começa a ficar opaco. Pisco algumas vezes, tentando fazer a minha visão voltar ao normal, mas minha cabeça parece estar sendo sacolejado de um lado para o outro. Minha cintura, onde fui esfaqueada no sonho, começa a doer. Automaticamente, levo a mão até o local onde dói. Tudo começa girar, minhas pernas fraquejam e aos poucos tudo vai se apagando.

– Eu falei que era uma má ideia. – Alguém fala distante.

– Você, por acaso, tinha uma ideia melhor? – Uma segunda voz questiona a primeira. – Lembre-se, tudo isso é culpa sua.

– Você sabe que não vai conseguir impedir o coração dela de se quebrar. – A primeira voz ecoa como um sussurro. – O sangue precisa ser gravado na terra, não há nada que possamos fazer pra impedir. Já tentamos tantos outras vezes.

– Cale a boca! – A segunda voz ordena. – Eu juro pelo Celestial, que vou enfrentar o próprio diabo dessa vez. Vou orar em mil línguas se for possível, mas vou libertar a todos nós, isso não é por ela.

Há uma pequena pausa no dialogo. Permaneço de olhos fechados e em silêncio. Percebo que estou sentada e com o peito apoiado em algo quente e macio. Entre minhas pernas, algo se remexe de forma constante. O cheiro é inegável, percebo que estou montada em um cavalo que galopa freneticamente, fazendo meus cabelos balançarem. O pânico começa a percorrer o meu corpo, mas o diálogo recomeça eu permaneço quieta.

– E o amor? A profecia é muito clara quando a isso. – Uma terceira voz surge na conversa. – Esse é o mundo em que vivemos. As escolhas já foram feitas, bem antes da nossa existência.

– Posso lidar com isso também. ­– Reconheço a segunda voz, é de Lion. – Abre os olhos, Ruiva, já sei que está acordada.

Ergo o meu peito de cima do dorso do cavalo e sinto os braços de alguém me segurarem com firmeza. Abro os meus olhos de forma lenta, me acostumando com a claridade. Sinto uma rajada de ar quente e poeira atingirem o meu rosto.

– Bem vinda a Medeia, Sophia. – Diz, Daniel, me fazendo perceber que era dele a primeira voz do diálogo. Martin galopa a nossa frente e Lion é quem me segura sobre o cavalo que reconheço ser Gaara.

Primeiro vem o choque, depois a incompreensão. Estou novamente eu um sonho? Mas o que me deixou impactada de fato, foi o cenário ao meu redor. Um campo sem fim, com o terreno pedregoso, com rochas que pareciam atingir o céu. Não havia um único sinal de vegetação ao meu redor.

– Estou sonhando? – Meu pensamento saiu mais alto do que o esperado. – Lion gargalha.

– Você estava. – Diz ele. – Deveria ter continuado sob o efeito do encantamento de Daniel, mas ele está fraco demais.

– Que encantamento? – Pergunto meio perdida. – Vocês me drogaram? – Começo a entrar em pânico.

– Isso é uma ofensa à minha dignidade. – Daniel se defende, colocando uma mão no peito.

Antes que possamos prosseguir com a nossa conversa, Martin para bruscamente, se vira para trás e faz sinal para que fiquemos em silêncio. Lion acaricia o lateral do dorso de Gaara e o cavalo começa a trotar devagar.

– Eles estão aqui. – Diz Martin, olhando ao redor. As pedras mais altas fazem sombra sobre nossas cabeças, o sol está no ponto central do céu, me fazendo acreditar que talvez seja o meio dia.

– O que falaremos para Magnus? – Daniel questiona. Seu cabelo está desgrenhado, uma gora de suor escorre pela lateral do seu pescoço.

– Falaremos a verdade. – Martin responde, sem tirar os olhos das pedras ao nosso redor.

– Se falarmos a verdade, eles levarão Sophia para as masmorras. – Daniel interfere.

O corpo de Lion fica tenso ao meu redor, ele respira fundo e balança a cabeça.

– É melhor que ele a leva pra lá. – Diz Lion, mas sua voz sai trêmula. – É mais seguro do que deixá-la entre os Clérigos.

– Mas, Lion... – Daniel tenta retrucar, porém Martin o interrompe.

– Dan, se a deixarmos com os Clérigos, eles vão apressar as coisas. – Martin explica. – E tudo o que precisamos no momento, é que a graça seja encontrada. Depois veremos o que será feito pelos Clérigos.

Olhos verdes capturaram os meus. Não tive tempo de recuar. Minha pele arde como se estivesse em brasa. Um grito escapa da minha garganta. Encolho-me sobre o dorso de Gaara, enquanto Lion grita palavras que eu não entendo.

– Como ousa trazê-la até aqui, Lion? – O moreno de olhos verdes grita, enquanto desmonta o seu cavalo de pelagem vermelha. Ele se veste como Daniel, Martin e Lion, com peças de couro curtido e um sobretudo de veludo. No rosto há uma cicatriz que transpassa a as duas partes do olho esquerdo.

– Magnus, eu posso explicar. – Lion intervém. Ele me segura forte, enquanto eu me debato sobre Gaara. O calor parece estar queimando os meus pulmões. – Por favor, tire ela do encantamento.

– Que garantia tenho de que ela não vai destruir tudo? – O tal Magnus pergunta. Seu olhar é de raiva. – Você não percebe que esta nos colocando em risco, Lion?

A dor continua a percorrer o meu corpo, minha cabeça parece estar a ponto de explodir.

– Sem a graça, ela é apenas uma humana. – Daniel se aproxima de Magnus. – E como você pode ver, ela é fraca e sem treinamento. Solte-a, por favor.

A dor, que antes me queimava de dentro pra fora, sessa como se nem estivesse lá há alguns segundo atrás.

– Foi nossa única opção, Magnus. – Lion se empertiga sob o cavalo, que parece agitado. – Elias está vindo atrás de nós. Acredito que aqui seja o melhor lugar para escondê-la.

Magnus me olha com curiosidade. Ergue uma sobrancelha em direção a Daniel e acena com a cabeça.

– Outra vez? – Daniel pergunta para Lion, que está irritado com a situação. Sinto-o bufando atrás de mim. – Eu não sei se vou dar conta.

– O que fizer, já vai estar de bom tamanho. – Lion responde, enquanto Daniel se aproxima de mim.

– Me desculpe Sophia. – Diz ele, pegando a minha mão.

– O que vai fazer Daniel? – Questiono, puxando a minha mão de volta. – Ah não, por favor, não faz isso. – Suplico, ao notar que ele vai me fazer dormir outra vez.

Mas é tarde demais. Vejo o mundo rodar e tudo mudar ao meu redor. Novamente, estou na rua da minha casa, exatamente no lugar onde eu estava a algumas horas, caminhando pela vizinhança. Em um mudo paralelo, já não sei o que é sonho e o que é real.


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Sei que estou demorando para atualizar, mas a faculdade toma muito o meu tempe e a OAB já está batendo em minha porta. Não prometo capítulo toda semana, mas vou me esforçar para postar com mais frequência.

Um beijo e boa leitura!!

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