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CAPÍTULO 5

Há momentos na vida em que gostaríamos de parar o tempo e apreciar o que acontece ao nosso redor. São momentos bons, onde não há medo nem dúvidas, apenas a esperança de algo bom.

Acordei e me dei conta de que estava nos braços de Lion, nossos corpos estavam entrelaçados, de maneira que meu nariz encostava-se a seu peito e sua respiração resfolegava em meus cabelos. Não sabia bem o que fazer, estava em dúvida se me levantava eu permanecia ali em seus braços. O Vento ainda chicoteava do lado de fora e fazia muito frio.

Lion suspirou e me apertou ainda mais contra seu corpo. Para minha total desgraça, eu gostei. Gostei de estar em seus braços, de não saber como fugir, de ter que dividir a cama com ele e gostei ainda mais do que aconteceu logo em seguida. Apertando-me contra seu corpo, ele afundou o nariz no meu cabelo e deslizou uma das mãos pela minha cintura e eu suspirei mais alto do que deveria, ele se assustou e caiu da cama, levando consigo as cobertas que nos cobriam.

Não deu pra conter, mas eu explodi em riso e Lion levantou-se de maneira furiosa, jogando as cobertas em minha direção.

- Me desculpe por isso. – Disse ele enquanto caminhava em direção á sala.

Continuei com as gargalhadas, notei que não ria por algo engraçado, mas sim pelo nervoso que a presença de Lion me causava. Eu era capaz de esquecer completamente o motivo de eu estar com ele. Ele era um bandido que auxiliou no meu sequestro.

Eu tenho que fugir.

Depois que Lion me deixou no quarto, levantei-me e me enrolei no cobertor de lã amarela na tentativa de me mantar aquecida. Olhei pela janela do quarto e notei que mesmo com o frio absurdo que fazia dentro de casa, lá fora o sol brilhava e começava a derreter a fina camada de neve que se formara na noite anterior. Pude ver muitas árvores ao redor da cabana e eu não fazia a menor ideia de onde eu estava. Odiei-me por ter adormecido no caminho e não ter me atentado para onde Lion estava me levando.

Bolei um plano muito simples, tentaria arrancar alguma informação de Lion de onde estávamos e fugiria na primeira oportunidade que surgisse.

Ainda enrolada no cobertor, sentei-me em uma cadeira próxima ao fogão, onde Lion preparava algo com cheiro muito bom.

- Come omelete? – Ele perguntou, enquanto mexia os ovos na panela.

- Sim. – Respondi, puxando a coberta para mais perto.

Lion me passou um prato com os ovos e gesticulou para a janela com as cobertas.

- Terei que arrumar alguns tapumes para consertar a janela – Ele olhava para as cobertas que substituíam o vidro. Levantou-se da cadeira e foi até a porta, destrancou-a e saiu. Terminei de engolir a omelete e fui até a porta, tomando cuidado ao passar pelos cacos de vidro da janela que ainda estavam espalhados pela sala. Para minha surpresa, Lion não a trancou.

Do lado de fora pude notar que estávamos em um bosque, cercado por inúmeras árvores e ao longe se via o que parecia ser um estábulo. Lion estava lá, alisando a crina de um cavalo de pelos castanhos avermelhado. Ele fez sinal para que eu me aproximasse.

O Estábulo tinha o cheiro forte, de umidade de couro velho. Com inúmeros apetrechos pendurados, dentre eles, várias selas e outros objetos que não fazia a menor ideia do que era.

- Veja, Ruiva. Este é Gaara, o melhor animal de Diana. – O belo animal resfolegou como se estivesse entendendo o elogio. Estendi a mão e acariciei seu dorso.

- É lindo. – Sussurrei. Lion sorriu.

- Sabe montar, Sophia? –Lion olhou-me, aguardando por minha resposta.

- Não, nunca montei. – Apesar de sempre ter gostado de cavalos, nunca tive a oportunidade de montar em um.

- Quer montar comigo? Acho que tem madeira na cabana do outro lado do bosque, você poderia me ajudar com elas. Depois, podemos trocar as ataduras da sua ferida. – Ele arrumava a cela sobre o dorso do animal.

- Claro, eu adoraria. – Fingi interesse, mas na verdade aproveitaria para me situar quanto às possíveis rotas de fuga.

- Veja, primeiro você deve colocar o pé esquerdo no estribo e se segurar na sela, tome impulso e passe a perna direita por cima e alcance o outro estribo. Entendeu? Vou te ajudar na hora de impulsionar.

- Ok. – Respondi e fiz exatamente como ele havia falado. No momento do impulso, Lion segurou minha cintura e me empurrou para cima da sela. E, em seguida, fez o mesmo movimento e sentou-se às minhas costas.

- Me empresta a coberta, Ruiva? – Nem tinha me dado conta de que estava com a coberta enrolado no corpo, mas assenti. Tirei-a e a entreguei para ele, que a abriu e colocou sobre as costas de maneira que ela cobriu a nós dois. – Segure as pontas. – Me pediu e eu as segurei. Ele então pegou as rédeas e deu uma leve batidinha do dorso de Gaara que saiu cavalgando lentamente.

Cavalgamos por um vasto campo coberto por neve, havia árvores por todos os lados, todas elas praticamente sem folhas, à noite com certeza seria um lugar fantasmagórico típico de um filme de terror. Tentei prestar atenção a cada detalhe naquele do caminho, mas tudo parecia exatamente igual, apenas um único caminho em meio a árvores, nenhuma rota de fuga ou alguma outra casa para pedir socorro.

- Veja, logo ali na frente. – Disse Lion, apontando para um amontoado de madeiras empilhadas sob uma pequena tenta, que ficava ao lado de uma cabana abandonada – Vamos levar algumas para a cabana e cobrir o buraco da janela.

Lion separou algumas tábuas e enrolo-as em uma corda que havia levado dentro de seu casaco. Eram tábuas pequenas, mas que se pregadas juntas, teriam o tamanho suficiente para cobrir a janela. Montei novamente em Gaara e me senti confortável sobre o animal, tendo a certeza de que o usaria em minha fuga, que se tudo ocorresse bem, aconteceria naquela mesma noite. Esperaria Lion adormecer e partiria para qualquer lugar, na tentativa de pedir ajudar e voltar para casa.

- Lion, como você faz para que Gaara obedeça a seus comandos? – Indaguei, precisava entender como cavalgar sozinha, só assim minha fuga teria sucesso. – É que sempre tive curiosidade sobre isso.

- Hum, não tem segredo. Se você quer o animal vire, é só puxar de leve as rédeas na direção em que você deseja seguir, ou dar uma leve sacudida para que ele siga em frente. Se fizer com força, qualquer que seja o movimento, o animal se assusta e pode te fazer cair.

-Ah, interessante. Realmente, parece ser bem simples. – Pronto, agora estava tudo certo para a fuga.

Lion colocou as tábuas amarradas sobre o dorso de Gaara e eu as segurei contra o corpo. O retorno foi silenciosamente lento. Gaara parecia sentir o peso extra sobre o corpo.

Ao chegarmos à cabana, havia um carro estacionado ao lado do carro de Lion. Senti medo, poderia ser algum comparsa ou por algum milagre, poderia ser alguém que pudesse me salvar e levar para casa.

Para meu espanto, a porta do carro se abriu e de dentro dele saíram Martin e Daniel. Lion ao vê-los, praticamente me jogou de cima de Gaara, caí de maneira abrupta no chão, quase sendo atingida pelas madeiras que eu carregava.

- Argh!. – Bufei de susto e de dor. – Filho da mãe! – Gritei furiosa para Lion. Como era possível uma pessoa me tratar tão bem em um momento e depois me jogar no chão daquela maneira?

Daniel correu em minha direção e me ajudou a levantar. Naquele instante percebi que mesmo com toda aquela situação de sequestro, Daniel, por algum motivo me trazia sensação de conforto, era quase como não sentir medo.

– Você está bem, Sophia? – Questionou ao me ajudar a levantar, segurando em minha mão.

– Sim, apenas me assustei com o impacto no chão, mas estou bem. – Sorri para Daniel, na tentativa de fazê-lo acreditar que estava bem, quando na verdade, minha ferida latejava de dor.

– O que fazem aqui? – Lion perguntou à Martin, que nos olhava de maneira curiosa. Ele vestia a mesma roupa da noite passada, mas seu semblante era cansado.

– Vejo que tudo vai se repetir, não é Lion? – Martim balançou a cabeça como em sinal de desaprovação. – Bem, isso não é da minha conta. Viemos porque a situação não está nada boa em Halo. Elias mandou batedores para capturar todos os Nefilins que estão vivendo na terra, a ordem é para prender qualquer um que for encontrado, até mesmo os que vivem sem a graça.

Lion, que desmontava a sela de Gaara, parou por um instante, respirou fundo e jogou a sela no chão.

_ Merda! Eu disse que vocês fizeram besteira. Eu disse! - Lion estava furioso, era nítido que por mais absurda que fosse aquela situação. Daniel, Martin e Gouiva tinham feito alguma besteira. – Onde Gouiva está?

– Ela ficou para trás, está vigiando a protetora. Mesmo com as coisas dando errado, achamos melhor vigiá-la de perto. – O olhar de Martin não negava, ele estava desconfortável por Gouiva ter se ausentando.

– Ótimo, assim conseguiremos manter o controle sobre a situação. – Lion, guiou Gaara para o estábulo e Daniel fez sinal para que entrássemos.

Daniel sentou em uma cadeira próxima ao fogão, Martin deitou no sofá e eu fui limpar os cacos de vidro que estavam espalhados pela sala. O vidro tinha tons de azul e verde, e reluziam como minúsculos diamantes.

– Daniel. – Minha curiosidade estava me matando. – Como a Gouiva vai vigiar alguém? Vocês não acham perigoso, uma criança de 10 anos servir de espiã?

Martin e Daniel começaram a rir. Fiquei nervosa, minha pergunta não era nada engraçada para ser motivo de riso, eu estava preocupada com aquela garotinha trapaceira.

– Sophia, veja bem. Gouiva não é uma garotinha. Ela é muito mais forte do que você acredita. – Ambos voltaram a gargalhar.

– Vocês são loucos!

– Não exagere Sophia. Você ficará agradecida quando descobrir o que fizemos. – Daniel, levantou-se, caminhou em minha direção, colocou uma mão no meu ombro. – Você terá que confiar em nós. Sei que tudo isso parece loucura, mas no momento certo você saberá toda a verdade. Dessa vez as coisas vão dar certo, erramos nas outras vezes, mas agora é diferente. Lion vem estudando uma maneira de conseguir vencer dessa vez.

– Vencer o quê? – Perguntei, colocando os cacos de vidros sobre a mesa.

– Logo você saberá. – Me respondeu e se sentou na cadeira.

– Daniel tem razão, Sophia. Confie em nós e tudo dará certo. – Martin colocou os dedos sobre as têmporas. – Ah, eu estou tão cansado.

Todos eles me diziam palavras doces, em certos momentos eu até acreditava, mas logo eu voltava a sentir medo. Como poderia confiar nessas pessoas que se vestiam de maneira tão medonha e ficavam falando o tempo todo de um assunto que não fazia o menor sentido?

– A única certeza que tenho no momento, é que estou com fome. – Disse, precisava acabar com o clima estranho que preenchia a sala.

– Bem lembrado, trouxemos comida. – Daniel foi até o carro, pude vê-lo pela porta que estava aberta. Lion aproximou-se dele, ambos pareciam estar conversando, Daniel parecia concordar com o que Lion falava. Meu coração estremeceu quando Lion esboçou um largo sorriso, fez meu peito encher de alegria e de tristeza, gostaria de tê-lo encontrado em outro momento da vida, longe de toda aquela loucura.

O restante do dia passou de maneira rápida, Daniel e Martin auxiliaram Lion no concerto da janela, enquanto eu me limitei a ficar deitada, guardando minhas energias para a fuga. O fato de ter mais duas pessoas na cabana me deixava receosa, teria que ser muito cuidadosa para que nenhum dos três pudesse me pegar em flagrante. 

O tempo lá fora estava carregado e logo uma tempestade chegaria, assim como na noite anterior. O relógio marcava 22h30min quando Martin foi até o carro e trouxe dois sacos de dormir, um para ele e outro para Daniel. Lion iria dormir no sofá e eu na cama. Revirei os pertences de Diana a procura de roupas quentes e que pudessem em trazer calor naquela noite fria. Só o que encontrei foi uma calça de couro e uma camisa vermelha de manga longa e detalhes franzido nos punhos, o conjunto estava em um cabide junto com o que eu entendi ser um espartilho, que eu não me atrevi a usar, era medonho demais. No canto do quarto, havia uma bota velha de cano alto, peguei-a, ela ajudaria a manter minhas pernas e pés aquecidos. Eu só tinha que esperar eles dormirem e então, fugiria sem olhar pra trás.

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