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[...]

António Torres
21:40h - em casa

Já estava a esperar imenso por eles. Natasha telefonou para S/n e a mesma disse que ainda estava presa no trânsito. Uma coisa ela tinha acertado.....hoje havia trânsito ainda mais pelo jogo do Espanyol e do Real Madrid aqui pela cidade.

Todos já estavam demasiados tensos. As crianças estavam com Jonnas, meu pai e Rebecca na brinquedoteca. Era melhor para eles!

— Daqui a pouco peço um helicóptero!

— Podias! — Ferran falou ironicamente.

Olhei para o mesmo com reprovação. Ele amava demais ser sarcástico e até a um limite que até mesmo eu desconhecia que ele podia ser. Já havia comido e agora estávamos á espera.

— Desculpem o atraso! Queria falar connosco...

— Acho que com nós todos princesa. — Pedri a alertou. —Melhor nos sentarmos.

— Matheus? Onde ele está?

— Com meus pais Natasha! Ele ficará bem hoje.

Minha cara estava furiosa, meus olhos os miravam a todos e logo Ferran colocou o seu telemóvel na mesa de centro. Meu corpo estava tenso em todos os instantes, eu queria falar com todos eles....não queria ninguém a atrapalhar isto e era de certa forma algo terrível se isso acontecesse.

Todos estavam prontos para ouvir o sermão do século e digamos que eles de certa forma mereciam isso, eles agiram com imprudência em pensar que faziam bem em fazer aquilo........não o fizeram.

— O que vocês fizeram com o teste de ADN?

Todos olharam uns para os outros enquanto as meninas estavam na mesa de jantar a falar com Glória. Ninguém queria admitir o que tinham feito, mas mal eles sabiam que eu saberia na mesma hora quem tinha feito isso.

— Nada por quê? Passou algo?!

— Para de ser cínico Ferran! — me irritei.

— Torres calma vá.

— Que calma eles erraram e agora outras pessoas estão a sofrer!

— Que pessoas? Olha só, nós só fizemos um favor já que tu não queres ver isso. Agora para com isso e admite, ficaste até contente por ele não ser teu filho!

Ferran se colocou em pé na minha frente me desafiando, ele amava isso e era até inevitável falar com ele neste estado.

— Cala a boca e senta agora Ferran! — Thomas o puxou. —Agora!!!!

— Vão admitir? Quem teve a ideia.

— Fui eu! — Levi se pronunciou através da chamada. —Fui eu, foi na brincadeira, mas eu não pensei que isso fosse levado a diante. Me desculpa titio.

— Não te aflijas pequeno. Eles deviam ter cabeça para pensar e não para fazer o que bem entendem!

— Porque está tão tenso? — Eric me perguntou.

— Aliás pai, nós fizemos um enorme favor.

— Favor o cacete Ferran! Favor o cacete!!! Ernesto descobriu e não gostou nada, ele estava comigo e aliás encontrou a mãe do Sebastian.

— Ele está a sofrer? — Pedri exclamou.

— Nós não queríamos isso. — Gavi continuou.

— Pedimos desculpas por errar tio. Não irá mais acontecer. — Thomas tranquilizava Ferran enquanto falava.

O moreno se levantou revoltado e foi para o quintal ficando de vez lá fora. Eu não sabia de onde ele tinha tirado este terrível feitio, porém de mim isso não o foi. Ferran ainda tinha muito o que aprender ele era jovem e errava, mas agindo assim era muito mal.

Sira foi atrás dele junto a Natasha. S/n por outro lado se sentou no sofá na vez do seu irmão.....isso também servia para ela já que eu também teria que ter uma boa conversa com ela a respeito de hoje mais cedo.

— E agora o que iremos fazer? — Marc soltou delicadamente. —Iremos dizer quando?

— Irão nada! Quem irá falar sou eu e o Ernesto estamos entendidos e digamos quando isto tudo acalmar de vez. Meu pai amanhã falará com Ernesto.

— Pai!

— Sim S/n para o escritório agora!

Ela já sabia e digamos que ela me dizia tudo quando encontrava alguém que não queria na rua, quando Lopez me falou sem falar o nome do sujeito eu pensei um monte de pessoas acima de tudo Neymar ou até as pessoas que a queriam matar. Eles ainda não tinham sido encontrados.

Eu tentava-me tranquilizar porém era a coisa mais complicada e difícil de se fazer neste momento. Era algo que visivelmente me abalava já que se passava com um amigo próximo a mim.

A deixei entrar e logo fechei porta, se sentou no sofá perto da lareira e logo me sentei na mesa de centro perto dela. Me deu suas mãos e notoriamente ela estava tremendo em me contar, eu sabia que estes assuntos nunca ninguém era preparado para isso.

— Me desculpa pai! Eu sei, eu tinha que contar mas eu simplesmente não queria mais problemas para ti!

— Está tudo bem. — liberei um sorriso ligeiro. —Agora me conta tudo o que aconteceu vai. Vou tomar providências.

— Não quero colocar eles em risco pai.

— Ryan e Nuno sabem o que fazem me fala vai.

— Como sabe eu e Hannah decidimos sair juntas hoje pela tarde e foi até bastante divertido o resto do dia tirando a parte de ver Paulo no mesmo restaurante que eu......ele tinha milhões pela cidade e escolheu precisamente o que eu e Hannah estávamos.

— O que aconteceu? Podes contar princesa tudo bem!!

— Ele não parava de olhar e eu estava desconfortável por isso pedi para que Ryan puxasse a mesa em que ele e o restante estava para a nossa frente tapando assim a visão dele. Não resultou, ele arranjou maneira de estar sempre a olhar e quando fomos à Zara ele me encontrou e falamos.

— Sobre as entrevistas que tens feito sobre ele aposto? — especulei e estava certo. —Ele vai aprender tudo bem!

— Não lhe faças mal por favor. Eu já o avisei para estar longe!

— E tu pensas que o aviso de uma mulher basta para ele? Sabes muito bem do que ele é capaz amorzinho.

Lágrimas vieram as seus olhos.........mesmo que ela não gostasse das pessoas ela não queria nada de mal com elas, ainda mais com quem ela se envolveu no passado já que isso viraria contra ela mais tarde. Ela estava CORRETA quanto a isso.

Me contou tudo o que se passou a seguir e logo a abracei......uma batida na porta foi liberada e meu pai entrou. Ela sai após receber um beijo meu em sua testa e logo me sentei novamente. Eu tinha tanto na minha mente que era até complicado de certo modo lidar com tanta PRESSÃO.

— Tudo está bem? O que se passa com ela?

— Dybala! Ele a encontrou. E digamos que falaram muito mal.

— Queres que resolva isso? Já tens imensa coisa na cabeça.

— Se puderes sim pai! Obrigado. — bebi um pouco de água.

A esta hora era até impossível beber vinho já que o tinha bebido á uma hora atrás. Eu parava de beber a partir das 21horaw da noite e digamos que fazia até bem.....era raro eu beber ainda mais com tantos olhos virados para mim quando a questão era a minha saúde novamente.

Ferran Torres
00:10h - na casa do pai

Sira já tinha ido para dentro após Sophia a chamar para dormir. A maioria já tinha ido para casa inclusive elas, eu era o único ainda cá e digamos que minha mãe não saía nem um minuto perto de mim. Ela acariciava as minha costas tensas.....minhas mãos tremiam e ela sabia o que estava a acontecer agora, eu estava a entrar em ANSIEDADE novamente.

— Vai tudo ficar bem vais ver!

— Já disseste isso á uma hora atrás mãe...... — olhei para ela. —Contínuo na mesma.

— Para com isso. Faz o que o teu primo te ensinou para te tranquilizar vai.

— Não consigo! Eu não consigo.

Comecei a ficar com falta de ar. Eu estava ansioso demais para pensar em fazer outra coisa, estava frio, mas isso não me importava nem um pouco neste momento......tudo o que eu queria agora era sair daqui.

— Olha para o céu Ferran! Faz o que eu te digo vai.

— Eu preciso me desculpar com ele.

— Teu pai precisa processar tudo, vocês os dois sempre embatem um contra o outro quando não estão de acordo não em admira que sejam pai e filho.

— Aham! Que engraçada mãe.

— Vês estás a tranquilizar-te vai. Relaxa vai!!!

— Isto é difícil. Só apenas a senhora e Thomas sabem.....eu queria sumir daqui. Eu agi errado com ele eu simplesmente não consigo me controlar quando estou sob pressão.

— Eu compreendo querido. — me abraçou. —Agora....vamos para dentro está frio. Vamos ver um filme que tal? Direi à Sira que passarás cá a noite.

Enxaguei minhas lágrimas e logo me levantei e entrei em casa junto a ela.....Emma veio correndo na minha direção e logo a segurei antes de cair. Meu pai e meu avô esgotavam na sala, abri a porta do cinema e entrei na mesma hora.

— Maninho te ama princesa.

— Brinca! Quero brinca!!!

— Vamos ver um filme que tal?

— Sim.

— Fofa. — beijei sua bochecha.

Ela era uma doçura de menina, Emma era a minha irmã mais nova favorita....bem só tinha uma já que Sophia já estava com quatro anos e estava a tornar-se uma mulherzinha.

— Vou buscar pipocas e bebidas. Emma vem comigo vem!!!

Vi meu pai na mesma hora aparecendo na porta. Peguei no comando do projetor e logo procurei a aplicação que mais amava. Tinha várias.....bom.....eu era um enorme amante de filmes.

Se sentou perto de mim, eu estava irredutível. Encolhi minhas pernas contra o meu peito e logo coloquei meu braço apoiado nelas. Cada segundo era um dor diferente, eu queria dizer realmente o que estava acontecendo comigo, mas eu simplesmente não o podia magoar mais.

— O que tens?

— Nada!

— Ferran sou teu pai não me escondes nada, me diz o que tens. Talvez eu possa ajudar-te!!

— Não podes. Não podes e nunca vais puder!!

Me levantei e logo me agarrou no braço. Ele ainda me doía por isso tirei com a maior força que consegui e sai da sala de cinema subindo assim para meu quarto. Eu não queria falar com ele sobre o que estava a sentir, não queria ter que colocar os meus problemas na mão de outra pessoa que também tinha os dele.

Fui no banheiro, tomei um banho quente e logo vesti meu pijama. Ajeitei a roupa da cama e desliguei todas as luzes deixando apenas as do abajur acesas. Eu amava dormir com elas acesas, desde pequeno foi assim e este VÍCIO era sem dúvida pior do que qualquer um mais.

Duas batidas na porta foram liberadas. Olhei para o relógio e eram quase uma hora da manhã, logo minha mãe apareceu com um chávena de chá para eu beber. Eu não queria eu apenas queria PAZ neste enorme estresse em que me encontrava.  

— Porque falaste assim com o teu pai? — me falou se sentando na cama.

Me virei para o lado contrário.

— Ferran, vai por favor.

— O que queres que eu diga? — comecei a chorar e a falar ofegante. —Que eu tento por tudo resolver os problemas e meu pai nem uma parabenização dá por fazer o correto e ainda discute connosco?! Eu não pedi isso.....eu apenas quero paz!!!

— Oh querido. — se acercou da minha cabeça. A acariciou levemente. —Não penses assim, por favor teu pai tem muitas coisas na cabeça.....ele apenas agiu sem pensar sim, mas eu lá no fundo sei que ele amou a iniciativa que tiveram.

— Não sei se isso é verdade.

— Ferran! Ei, olha para mim.....vamos lá querido!!!!

Retornei meu olhar vazio e triste para ela novamente, meus olhos estavam inchados e minha face totalmente quente de chorar. Eu não sabia que chegaria neste ponto.....o pequeno Ferran deve estar em dúvida do que virá pela frente.

O pequeno Ferran era obediente, amava brincar com seu pai, o acarinhava quando ele estava triste e dava risadas sinceras quando seu pai se divertia com ele. Eu não era mais assim, o tempo mudou drasticamente para mim.....ainda mais quando Sebastian apareceu novamente.

— O que eu faço. Não quero fazer novamente todos sofrerem.....eu não quero morrer mamãe. — a abracei com as minhas forças restantes. —Eu......não.........quero! Eu não quero mais ter ansiedade. Por favor.

— Ah Ferran. Vamos descansar hoje e amanhã falaremos sobre isso tudo bem? Amanhã marcarei com o teu primo de nos encontrarmos no hospital que tal?

— Ninguém vai saber?

— Não........eu te prometo isso. Prometes que vais melhorar daqui para diante? Vá querido, tu mesmo dizes-te á um tempo atrás que não sabias o que a Sophia e a Safira fariam sem ti. Pois é...elas precisam do teu amor, Sira precisa de ti! Todos não precisamos.

— Eu.......eu.......eu tentarei.

— Que bom.

Limpou minhas lágrimas e logo fechei meus olhos enquanto ela acariciava levemente minha face quente. Respirava fundo a cada instante e meu coração estava finamente a acalmar-se aos poucos. Meu interior estava enfim a relaxar.

— Eu volto já tudo bem? Alguém acordou no quarto ali do lado. Já venho ver como estás tudo bem? Vá querido, tenta relaxar vai.

— Tudo bem.

Beijou minha testa e logo a vi deixando o quarto.....finalmente me deitei com toda a força para a cama e logo mirei o teto acima de mim. Mina mente estava atordoada e meu painel de Minha mental começou a ficar num enorme misto de lembranças e memórias sem final à vista.

Eu precisava de ser acordado por dentro. Eu precisava ser SALVO. Eu necessitava colocar novamente o meu sangue a correr normalmente nas minha veias.

Eu precisava estar bem mentalmente.

Me virei para um lado, me virei para o outro e nada do meu sono chegar. Finalmente virei de barriga para baixo e acabei por adormecer.......era a posição na qual eu mais amava. Era a única posição que me SALVAVA.

Dentro de mim havia um enorme poder obscuro.

💄💋⚽️

Natasha Torres
07:10h - de casa ao hospital

Eu amava acordar cedo ainda mais no inverno.....era aquele tempo que eu amava, frio e mais frio era algo bastante animador para mim, bom....tirando a chuva. Eu detestava.

Estava na mesa de jantar preparando o meu pequeno almoço com Emma quando António e Duarte se sentaram na mesa também. Todos haviam madrugado.....Ferran por sua vez ainda continuava a dormir quando passei para ir ver a sua irmã no quarto. Ele havia dormido bastante mal devo ressaltar.

— Meu neto ainda não acordou? — Duarte me questionou. —Ele passou bem a noite? Ouvi vozes durante a noite.

— Ele acordou algumas vezes sim, mas nada de anormal.

— Não ouvi nada! O que aconteceu?

António sempre foi assim. Ele sempre dormiu como uma pedra devo admitir, ele nunca acordou durante a noite....bem apenas quando tinha dores ou até mesmo quando a sua cabeça estava cheia de problemas a ser resolvidos.

— Nada demais.

— Hum! Tudo bem então. — pegou em seu pão.

Olhei para trás e logo vi Ferran descendo as escadas com o telemóvel pela mão. O moreno talvez estivesse a tranquilizar a pequena Sophia pela razão de ele não estar lá com ela.

Neste momento ele precisava de um pouco de tempo sozinho para se conectar com o mundo e com tantas coisas acontecendo neste ano era até natural que ela se sentisse triste por ele não estar lá.

— Bom dia!

Se acercou de mim e beijou a testa da pequena. Ela sorriu para ela com o DIAMANTE da TEMPORADA. Como o DIAMANTE mais caro do mundo.

— Onde vão hoje?

— Passear! — falei apressadamente.

António olhou para mim estranho. Ele não descansaria até saber o que realmente se passava com seu filho. Ele era assim e arcaria com todos os meios disponíveis para saber o que realmente estava a acontecer.

— Pai! Preciso que o senhor autorize a minha falta de presença nos treinos desta semana e no jogo de domingo se possível! Tem como?

Ele falou mais tranquilo com ele....algo que de noite não havia acontecido.

— Tudo bem! Tentarei colocar Vitor Roque na tua vez para te substituir quando Flick fizer a substituição do Lewandowski!

— Obrigada. Vou buscar o bolo de cenoura na cozinha. Alguém mais quer?

— Não obrigada querido!

...

— Ferran tem ansiedade não tem? — António olhou para mim.

— António!!! Isso são perguntas para a mesa?

— Me desculpem. Só queria saber.

— Não ele não tem. Ele apenas está com muitas coisas na cabeça, ele ficará bem!!!

Eu tive que MENTIR. Eu detestava fazer isso, eu realmente detestava ocultar algo ao moreno.....mas neste caso era extremamente necessário isso. Não queria Ferran chateado comigo e muito menos pensando um milhão de coisas a mais que tinha na sua cabeça.

— Voltei! Pega Emma teu suminho de laranja, vi que o teu já acabou pequena.

— Como se diz princesa? — António a questionou.

— Obrigada!

— De nada minha princesa.

Se sentou novamente e passou o resto do comer sem falar para ninguém...trocamos algumas palavras entre nós enquanto o moreno respondi a mensagens em seu telemóvel. Ele merecia de distrair até à uma altura que o vi olhando para o quadro de todos que estava em cima da comida em frente á grande mesa.

Seu olhar estava fixado em sua avó......era sempre ela que conseguia fazer todos estarem bem. Eu estava tentando seguir seus caminhos. Era uma enorme alegria para mim conseguir colocar Ferran no me ente feliz para com a vida.

Terminou de comer e logo me avisou que esperaria no carro por mim, o afastamento social era terrível e bastante intenso para com ele. António passava o tempo inteiro a desconfiar, isso era terrível.

Enfim terminei e peguei nas minhas coisas e as levei na cozinha. Limpei tudo e logo peguei em Emma. A pequena já estava pesada e amava correr para todo quanto é lugar, tinha medo que ela fizesse até um novo galo como no mês retrasado.
Ela não parava um minuto quieta!

— Meu pai e eu temos que viajar hoje para Sevilha durante o dia. Voltaremos pela noite! Ficam bem sem nós?

— Claro! Tomarei conta de tudo. — o beijei. —Fiquem bem.

Entraram no carro e logo vesti o casaco da pequena já no carro. Ferran estava novamente dormindo encostado ao vidro e em nenhum momento se limitou a olhar para nós, seu corpo estava EXAUSTO. Seu corpo pedia urgentemente CALMA.

— Pega pequena o teu livro. Relaxa um pouquinho vai.

Rebecca ainda dormia. Apenas agora se levantou....havíamos deixado um espaço com as coisas que ela comia. A gravidez já começava a exercer muito dela. A maior parte do tempo ela o passava no quarto descansando.

Entrei no carro e cutuquei o moreno. Me certifiquei que ele estava realmente bem, se remexeu e logo abri o portão da garagem novamente. Esperei Enrique e Franco entrarem no carro atrás e logo segui caminho para o hospital privado de Barcelona.

Thomas se encontrava lá nos esperando. Hoje era o único dia que ele não tinha consultas pela manhã.....isso era relaxante até para ele.

Coloquei uma música calma e em menos de dez minutos para a chegada ao hospital Ferran acorda. Sorriu para mim e logo olhou pela janela novamente, Emma não parava de falar um só instante eu acho que ela entendia que seu irmão precisava do seu pequeno amor para ser ajudado. Ela era um amor.

— Vamos na praia a seguir!

— Quero ir para casa. Quero estar com elas.

— Ferran! Querido.

— Por favor mamãe. — seu olhar encontrou o meu.

— Tudo bem então.......como desejares.

Neste momento era essencial acarinhá-lo e perceber onde ele iria a todos os instantes. O mundo era CRUEL, o mundo não era JUSTO para ninguém e qualquer passo em falso tudo iria por água abaixo.

Thomas sorriu quando não viu. Ela estava nos esperando na garagem.....ele era bastante assíduo com as horas devo confessar. Ele era um excelente profissional.

— Bom dia! Tudo bem por aqui? — abri o vidro de Ferran e logo Thomas falou. —Pronto?

— Fazer o quê!!!

— Querido então...prometeste.

— Claro.

Saiu do carro, ele estava relutante, ele estava tenso demais. Quem visse seu semblante de longe sabia o quão pesado seu corpo estava neste momento por suportar tantas coisas ruins na sua mente.

Nunca ninguém é nascido para saber como lidar com os problemas, ninguém aqui aprendeu a saber lidar com eles juntos.

— Emma espera pequena.

A pequena saiu correndo.

— Um dia fará outro hematoma na cabeça. Melhor levá-la no colo!

— Se a queres ver a chorar por favor. Carrega-a tu Thomas......terei todo o gosto. — ri para ele.

Entramos no elevador e logo já nos encontrávamos no piso do consultório de Thomas. O moreno estava contente e eu não sabia a razão disso, mas algo contava com uma ajuda extra já que ele não podia cuidar dos familiares dele quando assuntos destes eram gerados.

Entramos na sala e logo vimos Christian na cadeira em frente da secretária do moreno. Demos bom dia e logo Thomas pediu ao primo para que se sentasse na cadeira enquanto eu ficava na maca com Emma a entretendo a todos os instantes. Seria uma vitória se eu a conseguisse acalmar.....bem........ele estava com sono.

— Chamei o Christian cá porque ele é o melhor no tratamento que ele irá te proporcionar.

— O que eu vou fazer?

— Em primeiro lugar Ferran..... — Christian pegou no seu bloco de notas. —Me conta o que sentes.

— Sinto palpitações no meu peito, respiração rápida, pressão no peito, visão turva por vezes........

— Continua vai. Tu consegues querido.

— Sinto calores quando tudo corre mal e frio quando menos eu quero. Sinto tensão nos músculos e fraqueza.

— Bem.....como eu suspeitava.

— É! Ansiedade é por vezes depressão. Ele Depressão já passou não foi primo?

— Sim....

Ferran estava desconfortável, a todos os momentos fazia movimento repetitivo com os dedos perto da sua barriga. Não era para menos, nunca ninguém quer contar o que realmente sente. Era complicado.

— Aqui no hospital tem um programa terapêutico que leva oito semanas......estás disposto a começá-lo?

— Estou......eu.....eu estou sim!

— Ótimo! Era isso que queríamos ouvir.

— Como está o teu estado emocional? — Christian se ajeitou na cadeira.

— Triste, inútil....

— Bem, amanhã passarei cá e deixarei os cadernos que de alguma forma te ajudaram.....iremos fazer sessões semanais consoante o teu trabalho no clube, terapias de aceitação de compromisso e meditação diárias personalizadas. Com isto terás mais chances de te ajudar e conhecer quem és realmente.

— Ele sabe quem é....só precisa se abrir com ele não é querido?

— É! Claro.

— Bem logo passarei na tua casa para falar melhor tudo bem primo? — Thomas se levantou. —Bem, não iremos mais empatar o vosso tempo! Fiquem bem.

— Sempre! Obrigada! Muito obrigada mesmo.

Nos despedimos e logo Ferran pegou em Emma ainda dormindo, ele estava com sede, era natural....o estado ofegante que ele gerava em si era catastrófico.

Ele PRECISAVA de PAZ, ele a teria quando tudo isto acabasse ele já não precisaria mais CHORAR e iria confrontar o mundo. Sua mente estava numa tempestade sem fim, sua visão ainda estava confusa com tudo o que acontecida no dia à dia. 

Peguei uma garrafa da máquina e logo entramos no carro e me admirou com a primeira frase que ele disse. —Conta à Sira! Já que ela precisará me ajudar.....apenas a ela. — eu amei o incentivo dele e digamos que a meu ver fazia-lhe bem se abrir também com outras pessoas.

...

09:57h - na casa de Ferran

Emma havia acordado novamente, ela dormia pouco durante o dia e era até interessante que ela acordava com uma energia absurda novamente. Sophia estava na escolinha e Sira o abraçou quando o viu a entrar na cozinha. Ela o amava e estava disposta a tudo para o ajudar, era disso que ele precisava......todo o amor do mundo.

Entrei e logo vi S/n com a pequena Safira ao colo. Bem.....teria que contar a mais uma pessoa, Ferran retornou o olhar para mim e me acenou com a cabeça. Bem era a única solução já que a morena não sairia daqui até saber o que de facto se passava com seu querido irmão.

— Vou brincar com elas! Matheus está? — Ferran abraçou a irmã.

— Na sala......o deixei no chiqueiro. Ele quis ficar, ele tornou-se independente!

Todos rimos.

Bem me sentei na bancada e em menos de trinta segundos ambas se sentaram uma de cada lado do meu corpo. Este assunto era difícil de explicado, até para mim como mãe era difícil dizer que um filho tinha um problema.

— Ferran está bem não está? Ele nunca foi assim com o papai!

— Ferran tem ansiedade.

Ambas se olharam. Levantei a cabeça e os meus olhos se dirigiram para o pequeno quadro que estava na frente da pia. Um quadro de palavras de o que a família representava.

— Ele teve os dois juntos numa época. Agora só ansiedade.....hoje fomos ao hospital e ele começará o seu plano de tratamento o mais breve possível.

— Nos vamos estar com ele! Mas ele tem que contar.

— Ele não quer que mais ninguém saiba! Até agora quem o sabia era eu e o Thomas.

— Meu pai não vai descansar até descobrir sabes disso.

— Se ocultarmos ele não precisará de saber!

— Exato, além do mais ele pediu a ele que o deixasse folgar esta semana de treinos e no jogo de domingo.

S/n se levantou e se dirigiu para a sala e apressadamente eu e Sira nos dirigimos para ela e a vimos abraçada a seu irmão. Neste momento ela devia estar a pensar em diversas coisas, ela não queria que mais ninguém desaparecesse e muito menos ter que sofrer mais uma vez.

Ninguém neste momento queria isso e digamos que era a pior coisa que podíamos imaginar em acontecer.

— Tudo ficará bem! — o moreno a tranquilizou acariciando as suas costas. —Ei! Vou ficar bem.

Ela o abraçou mais uma vez e mais forte.

Este era momento perfeito para uma nova vida e uma nova visão sobre tudo. Eles pareciam como não filmes, eles eram como não filmes.....e isso fazia-me lembrar como antigamente. Quando eles eram crianças e brincavam juntos quando podiam estar juntos.

Existiu uma época que eu tinha o medo estampado na minha cara 24horas por dia quando Ferran me falou pela primeira vez o que tinha. Minha mente estava 100% nele e a cada desaparecimento que eu ouvia o telemóvel dele tocava.....tinha que de alguma forma naquela época me certificar que não era ela. Ele sempre atendeu a todas!

Quem me dera voltar no tempo e remediar absolutamente tudo isto.

— Vosso pai e vosso pai ficaram o dia todo em Sevilha! Que tal irmos lá para casa o dia todo.....Rebecca está sozinha com o Arthur, talvez precisando de nós.

— Vamos sim. Vem irmãozinho.

Ela não largava a mão dele um só segundo. Ela estava preocupada.

— Por favor..... — ele parou a meio do caminho. —Nao lhe contem e muito menos aos outros! Por favor.

— Tudo bem! — ambas beijaram as suas bochechas e ele sorriu.

A primeira vez que o vi sorrir depois de tanto tempo. Eu sorriso era lindo, tudo o que ele fazia era maravilhoso......não iríamos mais deixar o seu brilho desaparecer.

A vida complica! A única solução é procurar ajuda.

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