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I don't wanna die, I don't wanna die
And I don't care if I song off key
I find myself in my Melodies
I sing for love, I sing for me
I shout it out like a bird set free

• Bird Set Free - Sia •
___________________________________

Frase do Capítulo:
-A dor mais insuportável é não te ter comigo.

Natasha Torres, 2025

💄💋⚽️
• 4 dias depois •

Autora Narrando
09:30h - no crematório

E foi aqui o momento mais doloroso de toda a vida. António havia morrido junto a Vitor enquanto seu corpo era cremado, era o que o moreno queria e tanto Natasha quanto Rebecca não suportariam tal dor em saber que ele estaria num caixão abaixo da terra.

Talvez mais tarde fizessem um funeral para que pudesse ser colocado seu nome, sua data de nascimento e morte junto a seu pai e sobrinho.

DOR!

Neste momento António só conseguia imaginar a dor que Natasha estava sentindo neste exato momento, a sua barreira estava frágil, era até notório que ela não havia dormido nestes últimos dias, mal tinha comido e muito menos saído do quarto. Não a julgou por isso e não era homem para a julgar de tal ato.

Estavam todos fora do local e já com as cinzas do moreno para as levar para casa. Lopez por sua vez estava irrequieto e andando de um lado para o outro falando com um dos seguranças......António nesse momento espera que ele tivesse boas notícias sobre as pessoas que fizeram mal a Vitor.

— Pessoal! Vão para casa, eu quero ficar um pouco sozinho com Natasha. — apareceu no vidro da Van.

— Está tudo bem sogro?

— Está.....está sim Pedri. Só façam o que vos mando por favor, daqui a poucas horas estaremos em casa.

— Claro!!! Bem até mais papai. Até já mamãe. Fiquem bem. — falou Ferran em alto e bom som. —Nós.....nós vamos indo então.

— Tudo bem! Obrigado.

Sentiu-se de certa forma mais confortável quando eles aceitaram sem nenhuma OBJEÇÃO.....todavia depois de tudo o que aconteceu é de certo modo compreensível. Eles sabiam que Natasha precisava de um tempo sem ninguém a falar perto dela.....ela precisava conectar-se com os seus pensamentos.

Voltou para perto da morena e logo a abraçou e sem negar o abraço foi devolvido. Beijou delicadamente sua cabeça e logo a acariciou como se não houvesse amanhã. Uma paz eles tinham que ter.

— Torres!

— Sim amorzinho?!

— Eles vão aparecer não vão? — seus olhos encontraram os do moreno. —Eles tem que aparecer...

— Eles vão ! Confia. Vá. Relaxa um pouquinho.

Relaxar?

Neste momento acho que essa palavra era até de certa forma um pouco longínqua do que realmente eles queriam. Era até inaceitável alguém dizer para relaxar quando o CORAÇÃO e a LEMBRANÇA a matava de certa forma por dentro.....toda a alma da morena havia-se feito em pedaços.

— Senhores!

— Sim Lopez. Então o que se passa? — António deu a mão a Natasha.

— Ryan e Franco os encontraram..... já estão na fábrica abandonada à nossa espera!

— Vamos.

— Vamos?! Vamos claro....

Neste momento Natasha queria a sua vingança e a teria e mais cedo ou mais tarde ela chegaria.....foi esse o momento, foi esse o derradeiro e determinante momento.

Entraram nos carros e o caminho era de certa forma longo constante tudo o que eles já tinham feito.....era a fábrica mais afastada da cidade, não havia nada em volta e com toda a certeza a que ninguém suspeitaria quando os levassem para lá.

— Eles estão presos já nas cadeiras senhor! — Lopez olhou pelo espelho.

— Ótimo. Aliás, onde os acharam?

— .......Em Vigo! Na cidade de Vigo senhor.

— Obrigado!

António retornou o seu olhar para Natasha e logo deu a sua mão á morena......neste momento a conexão era a parte fundamental de tudo, estava acima das palavras e até de olhares mútuos.

...

11:00h - na fábrica abandonada

Era um local rodeado de floresta, um local rural e acima de tudo a fábrica mais velha da cidade. As paredes estavam corroídas pelo ambiente e pelo tempo e as enormes janelas e lareiras eram de certa forma algo até impressionante.

Os carros foram estacionados. Todos os seguranças saíram e logo foi dada luz verde para que António e Natasha saíssem.....a morena queria entrar a todo o custo o mais depressa e acabar por sua vez com o enorme sofrimento que tinha. Lopez a segurou!

— Lopez!!!

— Não....temos que ir com calma se queremos entrar civilizados já que daqui a menos de cinco minutos não o seremos.

— Torres?! — ela o olhou incrédula.

— Ele tem razão amorzinho. A partir do momento em que entrarmos naquela porta já não somos mais o senhor e a senhora Torres, somos cidadãos. Somos pessoas comuns.

— Ele tem razão.

— Tá! Tá! O que fazemos então?

— Entrar atrás de mim.....podem fazer isso? — os questionou e logo acentiram com a cabeça.

Começaram a caminhar e logo a enorme porta é aberta.....existia duas cadeiras sobrando para que Natasha e António se sentassem. Franco e Ryan estavam perto de Igor e de Ortega com eles presos na cadeira. Eles já haviam sido machucados, talvez na tentativa de os trazer para cá.

— Olha quem chegou!! — Igor ri sarcasticamente.

Franco o acertou com um soco.

— Vão confessar ou teremos que ir para a segunda opção?

Lopez tirou o seu blazer, arregaçou as mangas, desapertou um pouco a gravata e logo se colocou em frente ao moreno.....em nenhuma circunstância ele não parava de rir, era como se de certa forma ele estivesse a gostar da ideia de que Natasha já não tinha mais seu irmão para a proteger.

— Vingarão a morte de Vitor? — Ortega desta vez.

— Quem são eles? — Natasha se senta após um longo tempo a pé. —Lopez?

— Este é Igor Hernandez Serrano, 30 anos....digamos que um idiota que não aprendeu a ter bons modos. — puxou seu enquanto enquanto falava.

Igor já tinha uma nódoa negra no olho, um lábio arrebentado e um corte de faca no braço.

— Se ele é um idiota eu sou o quê? — exclamou Ortega. —Um bom samaritano?!

E foi a vez de Ryan lhe acertar com um soco. Eles os provocavam para que eles mais tarde pudessem ter motivos para se certo modo os incriminar a todos por sequestro, agressão e tentativa de homicídio.

— Martín Ortega......26 anos primo em terceiro grau de Igor.

— Idiota também não?

— Chega Lopez!!!!

Eles riram.

— Estão informados quanto a nós....quanta honra sermos reconhecidos por vocês. Muito obrigado!!! 

— Vitor teve o que mereceu....ele nos desafiou e agora pagou pelos seus atos, é assim que pessoas como ele são tratadas. Também querias ter morrido como ele não era querida?! — Ortega a desafiou.

A morena não se conteve, se colocou em pé e foi até ele e lhe acertou com um estalo....ele riu.

— Particularmente eu não sou fã de estalos, mas os teus são maravilhosos.

Ryan lhe lhe puxou pelo cabelo.

— Vitor! Á soubemos que ele ia ser pai de três bebés.....ficamos contentes quando soubemos. Queríamos tê-lo parabenizado, pena que não deu não foi?

Eles a provocavam e era isso que na verdade eles queriam.....António se levantou e a puxou para a cadeira novamente. Existia vários sentimentos naquele momento, RAIVA, ANGÚSTIA, FÚRIA, AMARGURA e acima de tudo o pior a FRUSTRAÇÃO.

Bruno e Sanchez trouxeram em fim as armas. Era aqui que tudo começaria com um pouco de vingança e para que eles pudessem de certa forma mostrar-lhes medo. Era isso no qual eles precisavam.

— Vão repetir o que eu vou dizer à polícia estamos entedidos? — Lopez falou entre dentes. —Rapazes se afastem.

— Chefe.

— Já! Se correr os risco corro eu....agora se não se importam saiam todos daqui!

— Mas.....

— Vem amorzinho! Lopez sabe o que faz. Vá! — António a segurou. —Ei! Vai com eles. Eu ficarei bem.

— Tudo bem então.

Um minuto deu e todos exceto António já estavam fora da fábrica.....Lopez destravou a arma e riu para a cara de Igor. E foi a primeira vez que o moreno estava com medo, era a primeira vez em sua vida que lhe apontavam uma arma na cabeça. 

A TENSÃO estava no ar, o desespero estava instalado em seu corpo.....o coração que uma vez estava calmo estava agora disparado. Neste momento só se esperava que eles se arrependessem do que fizeram, tanto ele quando seu primo Ortega.

— Eu podia acabar com a tua vida num abrir e fechar de olhos......é eu podia, mas eu sou bastante benevolente!

— Vais.....vais....vais nos poupar? — falou desesperado.

Sua testa começava a suar a cada minuto.
A alteração estava presente.

— Melhor ainda!! — Lopez riu. — Irei fazer-vos sofrer.

Um disparo foi dado sobre a sua a perna de Igor, a mesma estava com um silenciador a todo o momento, ninguém podia ouvir nada.

— Gostaste? Qual a sensação de levar um tiro?

— ...

— Não o ouviste? — António falou furioso.  —IGOR!

A fúria estava estagnada e aquele era o ponto máximo que eles podiam gerar naquele instante, naquele momento.

— Agora tu! Me diz Ortega o que te deu na cabeça para fazeres isso com o teu primo? Hum? Me conta estou curioso.

— ...

— Ortega!!!! — falou entre dentes apontando uma arma para a sua cabeça. —Não vais falar? Que bom....

— Ok! Ok! Eu falo, mas por favor não me dês um tiro. 

— Cumprirei com a promessa!

— Sangue do meu sangue sempre tem que estar junto, foi assim que eu sempre fui ensinado.....mas na verdade eu entrei para lá porque também fui obrigado.

— Entraste para lá? Do que estás a falar? — António perguntou.

— A gangue do Mike Martinez.

Na mesma hora Lopez e António se olharam mutuamente e logo o moreno ordena a Lopez para que desse um tiro em Ortega. No braço desta vez.....estas dores equiparadas às de Vitor naquele dia foram de certa forma mínimas.

— Tu prometeste!

— Prometi! Ah sim....eu me esqueci. — riu. —Enrique! Franco!!!! A coloquem dentro do carro. —falou no rádio.

E foi nesse momento em que eles mais temeram pela vida, eles já estavam bastante machucados e não tinha mais nada com que Lopez pode-se fazer.

— Os deixa viver!

— Senhor?

— Faz a pergunta habitual.

António nunca gostou deste tipo de violências, porém quando passam do limite plausível e magoam quem ele ama não importa quem a pessoa seja....ele corre o mundo para os achar e os fazer sofrer.

— Bem...Igor correto? Foste tu que atiraste em Vitor não foi?

— ...

— ME RESPONDE!!!!

— Fui....fui.

— O que dizes-te quando ele alterou a voz para ti? — apontou a arma para a sua outra perna. —Me fala agora!!!

— Ah bom....

— O que aconteceu a seguir? Queres contar-me Ortega? Deves ter visto não foi?

— Ele.....meu primo, ele....ele....

— Estás gago agora? ME FALA PORRA!!

— Atirou para o ar e de seguida para as costas de Vitor sem errar a mira.

— Como te sentiste Igor? — António se dirigiu ao moreno. —Me responde seu babaca. — apertou seu maxilar.

— Ótimo! Na verdade ele mereceu. — riu.

— Lopez. Termina o serviço.

— Claro!! Com todo o prazer!

António pegou nas suas coisas e logo saiu da fábrica encontrando Natasha logo em seguida dentro do carro. A morena saiu e o abraçou forte, olhou para seus olhos e viu que ele estava aliviado....agora era apenas deixar Lopez resolver o resto com mais dois seguranças.

Eles tinham tudo preparado minimamente desde que resolveram fazer tal ação. Sem dúvida para eles neste momento era das mais importantes e árduas tarefas que eles realizaram. Vitor estava a ser vingando como ele merecia.

A ANGUSTIA e a PERDA de um membro da família sempre é algo bastante complicado....Natasha estava mais relaxada, porém neste momento o que a morena queria era descansar.

Virou para o carro, todavia logo em seguida retoma o olhar para a grande porta da fábrica.....Lopez e os seguranças estavam a sair.

— Morreram?

— ...

— Porque ninguém me responde? Ei! Estou falando com vocês.

— Amorzinho vem vamos para o carro!

— Me larga! — Natasha estava relutante.

Correu para a porta porém não por muito tempo....Lopez a tirou de lá. Ela não precisava ver o que tinha acontecido, ela não merecia ter que imaginar durante a noite sobre o que veria.

— Me larga!! — seu choro era de raiva. —Me deixa acabar..meu irmão....ele....ele merece isso! Me larga Lopez.

— Chega amorzinho, vem vamos embora.

— Porque não os mataram?! Porque não?!

— Para o lugar que irão desejaram estar mortos. — Luan respondeu. —Agora, vão para casa.

— Porquê?

— A polícia chegará daqui a pouco também amorzinho! — António a abraçou. —Nos sabemos o que estamos a fazer......confia nem nos vá.

Os olhou transtornada. Entrou no carro e logo colocou sua cabeça sobre a janela.....António entrou em seguida e logo arrumaram tudo e foram embora.

Nenhum deles quereria ficar ali quando a polícia chegasse, talvez pela simples razão de serem suspeitos de os maltratarem.

O caminho até casa foi um completo silêncio!

💄💋⚽️
• 1 dia depois •

Autora Narrando
11:45h - em casa á rua

Natasha já não dormia á mais de cinco dias, onze horas e quarenta e cinco minutos.

A sua dor estava impossível de ser suportada, a morena estava em seu limite da sua SANIDADE mental, a qualquer momento, a qualquer segundo algo poderia acontecer.

Mal comia e sempre vivia trancada no quarto, por vezes alguém vinha lá para lhe fazer companhia, não mudava em nenhum aspeto o estado da morena.

A dor mais profunda e aberta era sem dúvida de Natasha. Rebecca por sua vez estava se aguentando firme ainda mais por estar a carregar seus filhos em sua barriga. Todos tinham que ser fortes neste momento, porém era até algo impossível de se pedir a Natasha.

A morena estava neste momento a andar de um lado para o outro do quarto, tentando entender a sua razão para ainda estar no mundo quando todos que ela mais amava tinham partido. Era irreversível, uma dor que comparada com outras era DOLOROSA.

Ela apenas imagina os tempos JOVENS e SELVAGENS que ela teve com seu pai e seu irmão..........agora viraram apenas MEMÓRIAS.

Se dirigiu para a frente do espelho em frente á enorme cómoda que existia ao lado da penteadeira, fechou os seus olhos e tentou por algum motivo controlar a sua dor, ela tinha que o fazer.

— Bom dia!

Uma voz se fez presente, a morena abriu os olhos assustada, era seu irmão atrás dela. Talvez com tanto  que seu corpo estava a ter que aguentar sua mente lhe estava a fazer sentir outrora culpada por tudo o que havia acontecido pela morte de Vitor.

— Irmão? — a moram virou para trás. —Irmãozinho. — o moreno se afastou.

— Tu mataste-me. Tu deixas-te-me para morrer. Tu me fizeste sofrer, para quê? Para sempre te sentires superior?

— O quê? Não para, eu te amo, eu queria ter ido na tua vez....Vitor!!!

— Será mesmo? — riu.

A morena começou a entrar em pânico, seu coração começou a acelerar deliberadamente e logo correu para dentro da casa de banho do quarto, a trancou e logo se sentou.....o choro de frustração foi gerado.

— Não te livras de mim!

— O quê? Como assim?! Eu fechei a porta.

Ele riu.

— Sou uma criação da tua mente, sou a pior coisa que tu podias ter nesse momento. Tu deixaste-me! Tu estragaste tudo, não era para teres aparecido, não era. Não sei como me encontraste, mas com toda a certeza tu o fizeste de propósito.

A morena estava com o medo estampado no seu olhar quanto mais o seu irmão se aproximava, mais ela ficava tensa e desesperada.

— Queres sentir a dor que eu senti?

— O quê? Não! Para não és tu.....para....para.....para!!!!!! — ela gritou, seus gritos não conseguiam ser ouvidos por ninguém.

Era como se a morena estivesse num pequeno cubículo à prova de som....apenas a voz dela era notória dentro da casa de banho.

A máquina de barbear caiu ao chão fazendo pro sua vez com que ela se partisse e deixa-se uma das suas lâminas á mostra. O momento era ainda mais PESADO e o PESADELO era irreversível.

— Morre! Morre!! Morre!!!

Olhou para ele e logo pegou na lâmina, olhou para seus pulsos e seu olhar estava confuso. Vitor colocou suas mãos no braço da morena e outro na mão em que tinha a lâmina e a cada segundo que passava mais perto ela estava de...........

Emoções não expressadas jamais morrem...
Elas são enterrares vivas e voltarão mais tarde, mais feias. 

SIGMUND FREUD

...

Todos estavam no andar de baixo, todos estavam falando sobre como seria agora para que Natasha conseguisse de certa forma ultrapassar a pior fase de um luto, a morena teria que continuar a viver a sua vida. Era disso que eles precisavam.

— O que podemos fazer? — Ferran questionou. —Tivemos uma ideia de ir a Punta Cana, Vitor amava ir lá, era o seu lugar de sonho.

— Agora não!

— Sim pai, não agora, porém em algum momento teremos que o fazer.

— Todos não sabemos Torres! — Gavi falou.

— Vou ver como está a mamãe.....está muito silencioso lá em cima. Venho já. — S/n se levantou.

Era agora o derradeiro momento, era agora ou nunca, o momento em que a história mudaria ou até começassem a sofrer por mais um luto.

— Deve estar a dormir princesa!

— Não custa nada verificar.

Ele sorriu ligeiramente.

S/n subiu as escadas apressadamente até que sentiu uma enorme dor em seu peito....olhou para baixo e logo seguiu em frente. Abriu a porta do quarto gentilmente e olhou para todos os lados......sem sinal de sua mãe, verificou no closet e nada.

Bateu na porta do banheiro e nenhum som foi feito....bateu mais e mais uma vez até que seu tio apareceu no quarto talvez se perguntando de onde vinham os barulhos.

— O que foi?

— Mamãe, ela não responde! Ela pode ter caído.

— Afasta-te.

Uma!

Duas!!

Três!!!

A porta finalmente foi aberta, a morena se assustou, pegou em toalhas e logo cobriu os pulsos da morena......Natasha tinha cortado mais acima do que o habitual, talvez ela não estava com a REAL intenção de se suicidar. Ela queria acabar com o seu SOFRIMENTO aos poucos.

Jonas saiu do quarto e foi chamar todos que estavam no andar de baixo. Não demorou muito para todos chegarem.....o olhar de desespero da morena estava estampado na sua cara, Pedri a tirou de lá quando António foi ter com Natasha, Ryan e Franco já lá estavam também.

— Resiste! — António se desesperou.

Seu coração começou a acelerar e por nada neste mundo ele a queria deixar, quanto mais o tempo passava mais as coisas pioravam.....o sangue não estava a querer ser estancado por nada.

— Mamãe! Ah Deus. — Ferran colocou suas mãos na cabeça.

Todos estavam em pânico, todos estavam tentando esconder a verdadeira dor que existia em seus corpos, suas almas ficavam a cada momento mais frágeis.

— Vá! Amorzinho! Vá! Por favor....eu preciso de ti, todos precisávamos.......vá! Amorzinho.

Com autorização Franco a carregou até ao carro, António ia a trás com ela a todos os momentos. Seus desespero estava à flor da pele.....cada segundo era algo TERRÍVEL.

— Aguenta firme amorzinho! Vá....eu estou com medo, vá....Natasha não me faças isto. NATASHA. Acorda!!! — ele a remexeu. —Amorzinho!!

— Senhor não faça isso! Poderá fazer-lhe pior. — Franco o informou. —Tenha calma, estamos quase a chegar.

— Eu não posso mudar o que aconteceu. MERDA! Se tudo fosse diferente. Amorzinho.

Seu choro foi liberado, sua raiva e sua angústia estavam no topo.....sua mente estava vazia.....sua mente estava acabada.

— Eu não consigo viver sem o teu sorriso amor, vá! Amorzinho vive, eu preciso vê-lo brilhar novamente. Natasha.

E pela primeira vez António notou Franco e Ryan criaram lágrimas em seus olhos....o tempo passava e nada de chegar ao hospital. Cada segundo era desastroso.

— Eu tenho medo! Vá. Amorzinho.

...

12:29h - no hospital privado

O destino estava a pregar-lhes partidas....a morena estava a ficar gelada, seus lábios roxos e foi aqui que António se desesperou ainda mais.

O moreno não queria que ela virasse uma estrela como todas as outras pessoas que ele amou na vida, não agora é muito menos antes dele morrer......seria uma enorme angústia ter que ver partir a pessoa que mais o amou na vida, a mulher que lhe mostrou o significado da palavra amor.

— Chegamos!!!

António não parava de chorar.

Uma maca já estava á espera fora das urgências.....Glória estava já também à espera. Thomas e a morena haviam chegado hoje de Portugal, o moreno precisou de um momento a sós após a morte de Vitor.

— Salvem ela! Por favor.

Seu pai abraçou o moreno, seu corpo estava trémulo, sua mente imaginava demasiadas coisas neste momento, cada segundo que passava era uma enorme sensação de TRISTEZA e CULPA.

Ele queria ter estado perto dela. Ele a queria ter salvado dos seus pesadelos, não acabou por acontecer.

Todos entraram no hospital.

.

..

...

As horas iam passando, a esperança estava morrendo a cada segundo....S/n estava sendo amparada pelas meninas a todos os momentos. António não parava de um lado para o outro desde que Natasha entrou para a sala cirúrgica.

— Onde vais? — Ferran o questionou. —PAI!!!

— Acalmar-me.

Entrou na casa de banho, olhou ao espelho e logo o partiu com a força do seu soco.......arrebentou com o sabonete que estava preso na parede e logo seu pai entra o amparando.

TRAGÉDIA!
TRISTEZA!!
PESADO!!!
MÁGOA!!!!

— Ei! Ei! Ei! — e suas lágrimas finalmente foram liberadas. —Relaxa, ela ficará bem.

— Como? Como relaxar porra!! Ela podia ter morrido se minha filha......MINHA FILHA não chegasse a tempo. Imagina só, imagina só se fosse antigamente e ela tivesse oito anos, como ela se sentiria PAI.

— Pai! — a morena se fez presente. —Me abrace.

Seu corpo relaxou após sua filha o puxar para um abraço caloroso. Duarte saiu da beira e logo ambos saíram da casa de banho......os médicos estavam a agora a retornar para perto deles.

— Como ela está doutor? Como minha tia está? — Thomas exclamou. —Por favor!

— Irá ficar bem.....porém.....

— Porém?!

— Terá que ir para a ala psiquiátrica para ser vigiada 24horas por dia!

— Não! Não vou aceitar isso.

— Senhor? — o médico o olhou confuso.

— Não! Já falei, ela não vai para lá....ela está triste pelo irmão ter morrido, por favor. A coloque em um quarto normal.

— Tio!

— Que foi Thomas! Queres que a coloque num quarto fechado, num quarto sem nada.....para quê? Para que ela aí fique pior? — se exaltou. —Me desculpem.

— Posso falar com o senhor um pouco doutor? — Duarte esbravejou. —Thomas vem comigo!!

— Claro!

António finalmente se sentou.....juntou suas mãos perto da cabeça e logo seu corpo totalmente desabou em culpa. Tudo vinha na sua mente, todos os momentos, todos os instantes, todo o sangue, toda a cena......todo o sofrimento estavam agora ativados.

O DESESPERO que outrora ele tinha vivido à dias atrás estava presente novamente.

Duarte e Thomas vieram ter com eles novamente e logo tranquilizaram António dizendo que Natasha estaria em um quarto normal no andar em que Thomas estaria a trabalhar......seu medo de certa forma havia cessado.

Trinta minutos se passaram e logo estavam presentes na porta do quarto da morena, todos entraram.....António por sua vez estava RELUTANTE.....estava acabado, ele não sairia de perto dela, não sairia de perto até voltar para casa.

— Papai! Venha! — S/n falou, todos os olhares retornaram para ele.

Seu corpo estremeceu.

— Mamãe ficará melhor.

Andou lentamente e logo todos se afastaram, se sentou perto da morena e logo beijou sua testa.....e foi nesse momento que lágrimas desceram ainda mais pelos seus olhos. Seu medo estava novamente na ativa.

— Vai tudo correr bem sim? — tentou exaguar suas lágrimas. —Me perdoa.

Natasha acariciou sua cara, o moreno fechou seus olhos e uma calmaria depois de um tempo se fez sentir em seu corpo. — Me perdoem! — a morena estava acabada, seu olhar era de EXTREMO cansaço.

— Nos deixem a sós! — António se levantou. —Thomas fica.

— Tudo bem....estaremos lá fora tio. — Hannah em resposta. —Fecharemos a porta para estarem mais á vontade.

Thomas se sentou na ponta da cama e logo começou a acariciar a perna de Natasha, António tentava aliviar sua dor em seu coração com o seu pensamento.

— O que aconteceu?

— Vi.....vi meu irmão!

— O quê? — eles se olharam confusos. —Não é possível amorzinho, ele morreu.

— Ele me pediu, ele me pediu para morrer.

— Não! — acariciou a cabeça de Natasha.

— Á quantos dias não dorme tia?

— Desde que ele morreu...eu não consigo, eu simplesmente não consigo!

— Tio!

— Podes dar.

— Podes dar? O quê?! Não.....por favor não...

— Ei! Ei!! Ei!!! Tem calma vá. Respira, vais descansar por um pouquinho.

Os ombros da morena relaxaram e a cada segundo que passava seus olhos tinham mais e mais vontade de estarem fechados. Um, dois, três! A morena estava finalmente a ter o seu merecido descanso.

Se afastaram da cama e foram para perto da porta da porta....falaram mutuamente.

— E agora? O que irá acontecer?

— Terá que ficar em vigilância 24horas quer queriam quer não. Temos que a fazer esquecer disso, seu cérebro naquele momento entrou em colapso, não a julgo..........seu cérebro criou a pior coisa. Talvez ele recriou o que ela queria lá no fundo!

— Ela vai melhorar. Eu sei que sim! — olhou para ela.

— Tudo agora é consoante o tempo, pessoas demoram algum tempo a responder ao tratamento....Christian está ainda cá?

— Ele vive em Girona....queres que lhe telefonemos?

— Melhor, talvez ele trabalhando em conjunto com Vitória a façam ver que seu irmão não estava lá quando tudo aconteceu. — cruzou os braços.

— Tudo bem! Começarei a agora a tratar disso. Obrigada sobrinho. — em suma o abraçou.

Logo saíram do quarto, Thomas deixou a
porta encostada.

— Ela ficará bem? — Pedri perguntou discretamente.

— Vai....ela agora está a dormir.

— O que aconteceu?

— Ela não dormia, foi isso que causou o desespero em seu cérebro.

— ...

E foi a primeira vez que todos ficaram sem fala.

Foi a primeira vez que todos estavam tentando reformular algo e tentar tranquilizar sua mente depois de todos os incidentes....era a melhor opção e a melhor forma para que conseguissem de certa forma ajudar Natasha a ultrapassar a terrível tragédia.

— Vão para casa! Qualquer coisa avisaremos.

— Não!!! — S/n deu um passo à frente. 

— Como assim não?

— Não vou, não vou sair de perto dela......ela é minha mãe, Deus quis que eu fosse e cuidar dela é o que quero.

— Também não sairei daqui.

António e Glória se olharam mutuamente, eles entendiam-se com o olhar e num ato de compaixão os deixaram ficar pelo menos nas primeiras 48horas.........essas eram as essenciais. Sempre foi assim!

— Obrigada. Agora vocês....

— Tudo bem, estaremos com as crianças!! — Sira afirmou os abraçando. —Qualquer coisa...

— Nós avisamos fiquem tranquilos. — Ferran lhe deu um último beijo. —Fiquem bem.

[...]

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