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I got that summertime,
summertime sadness
Think I'll miss you forever
Like the stars miss the sun
in the morning sky
Later's better than never
Even if you're gone,
I'm gonna drive

• Summertime Sadness - Lana Del Rey •
________________________________

Frase do Capítulo:
-Quantas vezes preciso errar para ser uma pessoa melhor?

António Torres, 2024

💄💋⚽️

António Torres
10:05h - no CT do Barcelona

Eu sempre dizia que tudo iria ficar bem! Sempre dizia que tudo isto era passageiro, mas acho que isso foi a pior coisa que eu já devia ter dito ao meu coração. Nunca quis ser assim, mas parece que isso não iria mudar nunca....o que foi feito, feito estava e agora não mais conseguia voltar a trás nem que eu quisesse.

Ter que lidar com o estresse do dia á dia e saber que quantos mais dias passavam mais a minha partida do clube estava feita era a pior sensação do mundo. O clube era o meu amor, sempre o foi e desde que me considero como pessoa o Barcelona foi o maior e único clube que me fez acreditar no amor.

Por vezes era até difícil para mim processar a imensidão e o bem que eu fiz para este clube. Só quem está diariamente comigo percebe o quão eu todos os anos me dediquei e continuarei a dedicar.

Atendi o telemóvel e disseram que Samuel já aqui estava, perguntei se Dean não viria e me informaram que chegaria um pouco mais tarde. Deixei passar Sam. Ele era o melhor advogado. Um companheiro e um amigo fiel.

— Posso senhor?

— Claro entra.

— O que queria falar comigo? Não entrou em detalhes!

— Sobre o clube.

Eu estava desesperado. Eu não queria que mais ninguém fosse o presidente do clube pois eu sabia que se assim acontecesse o clube jamais seria o mesmo.

— Posso? — Dean bateu na porta. —Desculpem o atraso.

— Nada! Ainda estávamos a começar.

— Mas o que tem o clube senhor!

— Querem me destituir do cargo, se que talvez eu mereça e tudo mais, mas saber que ele ficará em péssimas mãos me mata por dentro. Eu queria que algo fosse feito.

— Como por exemplo? — exclamou Dean se ajeitando.

— Ambos devem conhecer o Taylor Jonnes o vice-presidente do clube......bom ele quer ser o novo!

— O quê? O que fará ele querer isso quando foi ele sempre que o apoiou a candidatar-se de quatro em quatro anos?

— Boa pergunta Samuel! Excelente!

— Eu quero que de alguma forma tentei procurar algo que ele tenha para ele não ser o novo presidente. Sei que o que estou a pedir é demasiado, porém é a minha melhor arma no momento.

— Deixe connosco.

Me surpreendi com a aceitação deles em fazer esta terrível investigação, sei que isto ia contra todas as normas e condutas do trabalho deles, todavia eles também sabiam que podiam contar comigo caso precisassem.

— Nós fazemos!

— Nunca pensei que fossem aceitar isto.

— O senhor nos ajudou e agora é a nossa vez de retribuir. Daqui a poucos dias diremos algo.

— Ótimo! Muito obrigada aos dois, muito obrigada mesmo.

— Nada! Bem nós vamos indo.

— Trabalho tem que ser feito. — Dean completou a fala de Samuel. —Ate mais Presidente.

— Deixem disso. Até mais senhores.

Algo me dizia que esta investigação ia dar em algo, bom, apenas o meu coração queria saber disso já meu cérebro estava com um pé atrás e outro na frente pois se nada fosse encontrado sobre ele seria simplesmente auto destrutivo para mim.

— Bom dia! — era Taylor. —Vi quem saiu, eu conheço perfeitamente as pessoas e se pensas que irás encontrar algo sobre mim estás bastante enganado eu tenho a folha mais limpa que tu devo ressaltar.

Começar a me irritar logo de manhã era pedir para criar confusão. Nunca ninguém tinha testado essa proeza, mas o moreno fazia para fazer me irritando até ao último fio de cabelo. Eu estava destruído, eu estava acabado com a tamanha prepotência dele.

— Agora não posso resolver assuntos sérios já que tu nem sabes o que é isso.

— Estás a chamar-me de incompetente porquê?

Fez frente bem em frente da secretária.

— Eu? De forma algo. — fui sarcástico ao limite. —Além do mais se vens aqui para me encher a cabeça a porta é ali atrás de ti.

— Vamos! Vamos lá dizer-lhes, eles acabaram de chegar para treinar. Estão agora a trocar-se.

— Esse não é o meu trabalho por agora.

— Queres que diga a todos ou dizes tu? Pensa bem nisso, falta pouco e os dias passam voando ouve o que eu te digo António.

Limites totalmente ultrapassados. Taylor era aquele tipo de pessoa que nem sequer se importava em fazer o bem e pensando bem se ele fosse o presidente meu coração morreria pois eu sabia que já não podia mais aparecer nos jogos, ele iria proibir a minha entrada a todo o custo.

— Tudo bem! Tudo bem! Vamos lá então.

Hoje era um dia importante para eles eu sabia que antes de eles irem de viajem para as suas respetivas seleções hoje era o último treino antes de começar uma Pré-Temporada com o clube. Pedri ainda estava de férias, por isso acho que deixaria alguém ligar-lhe.

Ele tinha que saber como todos os outros.

Entrar no balneário e ver todos contentes era maravilhoso, mas saber que daqui a poucos minutos isso já não mais iria acontecer era DOLOROSO.

Quem me dera ter lavado a minha boca com sabão naquele tribunal. Droga! Minhas consequências fizerem eu perder tudo.

— Alguém sabe se o Pedri está acordado a esta hora?

— Deve estar? Precisa dele também para conversar connosco Presidente? — era Gavi.

— Sim! Por favor o assunto que venho falar é urgente.

Taylor e todo o concelho estava atrás de mim segundos depois de entrar. A equipa técnica estava toda reunida no balneário e até os jogadores, todos estavam aqui para me ouvir e eu sem saber ao certo como iria dizer a coisa mais dolorosa da minha vida.

— Pronto aqui está o Pedri.

— Fala António.

Todos estranharam o apressamento de Taylor.

— Bom! Como todos já sabem tem notícias rolando a meu respeito pelo mundo. É o seguinte...

— Está tudo bem mesmo? — Marc falou. —Presidente?!

Todos estavam tensos com a minha falta de palavras, eu estava a começar a entrar em estresse e sinceramente formular palavras para dizer que iria sair do clube no final da Pré-Temporada era destruidor.

— O que ele tem a falar é o seguinte!

— Chega Taylor. Eu falo. — fiquei furioso.

— Por este andar ficaremos até amanhã. — era George desta vez. —Vais começar ou teremos que dizer por ti?!

— Eu falo!

— Então!!!!

— Sei que devem estar a entranhar a razão pela qual ainda não estão a treinar, mas eu junto com o concelho do clube.... — comecei a chorar. —Bem....eu e o concelho decidimos que após os amistosos eu já não mais farei parte do clube depois de todas as notícias envolvendo o meu nome e isso não faz parte para a imagem do clube que comandei por 22 anos! — todos estavam completamente tristes.

Suas caras mudaram drasticamente de um segundo para o outro, eu sabia o quanto eu gostava de estar na presidência do clube e cada palavra que saia foi como um corte profundo no coração.

— É mentira né?

— Diga que é! O clube não vai ser mais o mesmo sem o senhor.

— Eu sinto muito rapazes, mas é a verdade.

— Não nós não vamos aceitar nenhum outro presidente sem ser o senhor! Por favor. — Eric esbravejou. —Isto não é justo.

— Não fiquem assim, o clube sempre será como era antes, com vocês as coisas continuam a ser felizes.

— Se o senhor sair nós começamos o campeonato a não jogar. — Frenkie desta vez. —Iremos fazer greve, o novo presidente que nos desconte no salário e façam o que quiserem, mas se o senhor não for o presidente nós não iremos jogar.

— Não façam isso. Por favor. Tem muito tempo ainda, vão treinar e depois falamos quando voltarem do Europeu.

— Mas.... — Ferran veio ter comigo. —Pai! Porquê isto? Porquê o senhor.

Ferran estava completamente triste, ele sempre soube o quanto o Barcelona me fez feliz e sempre fará. Pegou nas suas coisas e saiu disparado para o estacionamento, ele tinha perdido a cabeça e eu tinha medo que ele fizesse algo que não deve-se.

— Ferran! Ei. — o segurei pelo braço. —Onde pensas que vais?

— Resolver um assunto! Um assunto que já devia ter sido resolvido faz muito tempo. Me desculpa pai.

— Ferran, não! Espera. — ele entrou no carro e saiu daqui extremamente rápido. —Merda!

...

11:35h - em Barcelona

O único problema do meu filho era descuidar-se nas palavras e saber que ele iria direito para onde Sebastian e Veronika moravam me partiu o coração. No fundo ele pensava que eles tinham culpa de eu estar a passar por isso, bom....não nego, mas resolver as situações assim não resultaria em nada.

Sai do carro e fui ao encontro dele novamente, o moreno depois que teve o acidente e fez a cirurgia parece que ficou mais rápido ou apenas era impressão minha por os anos já estarem a bater na minha porta.

Subiu de elevador e nem por mim esperou e meu único meio foi subir as escadas. Meu filho também sabia testar a minha paciência ao limite e era exatamente isso que ele estava a fazer neste momento.

Finalmente o apanhei!

— Vamos embora Ferran! Chega para de fazer barraco, já não basta os problemas do dia á dia? Não quero me meter em mais.

— Me perdoa, mas daqui eu não saiu até ter uma boa conversa com ele! Ele não pensa que pode chegar na nossa vida e a destruir como bem pode.

— Desculpem o incomodo! — era o vizinho do lado. —Vi que estão á espera que alguém abra, isso não será impossível, eles acabaram de sair com bastantes malas, talvez vão viajar.

— Aquele filho da mãe me paga!!! — Ferran desceu as escadas furioso, novamente.

— Obrigada! Sabe se ainda estão por cá? — falei com o senhor enquanto Miguel foi atrás de Ferran.

— Sim! Eu me lembro deles dizerem que o voo sairia ao meio dia para Portugal.

— Obrigada mais uma vez.

Tínhamos pouco tempo devo ressaltar e o problema maior era que o aeroporto ficava bastante longe daqui. Droga! Não iríamos chegar a tempo, mas sabendo da proeza de Ferran o moreno iria andar a 150Km por hora com a raiva que ele estava.

Talvez eu tivesse um pouco exagerado. Chegamos e faltava 10 minutos para o embarque, sai apressado do carro e fui a correr atrás de Ferran. Meu filho sempre foi bom a correr e encontrar pessoas em lugares enormes também sempre foi uma das suas maiores qualidades.

— Espera Ferran por favor.

— Ele está ali pai me deixa ir caramba. Me solta!!! — alteia a voz fazendo todos olharem inclusivo Sebastian.

— Não! Por favor vem vamos embora.

— Desculpa!

Se solta e vai até ele causando assim o maior alarido dentro do aeroporto, nunca me passou pela cabeça que algum dia isto estaria a acontecer comigo ainda mais dentro de um aeroporto era talvez das piores coisas que eu podia imaginar.

— Agora vais fugir filho da mãe? Depois da merda que fizeste esculachando o nome do meu pai! O sobrenome da família, vais fugir? Isso não é de pessoa, isso não é de ser humano.

— Tenho eu resolver coisas em Portugal, agora vais proibir-me também de entrar num avião. Irmão!

A palavra irmão magoava bastante devo admitir, eu estava de coração partido. Em todos os instantes tentava travar Ferran, todavia o moreno não queria saber de nada disso.

— Eu não sou teu irmão! Nunca o fui e não é agora que o serei, fizeste com que meu pai perdesse a chance de reivindicar o que era dele novamente.

— Eu? Olha só eu tenho os meus problemas, e não sou eu que causo problemas no nosso pai! Não sou mesmo.

Um soco!

— Mas tu és maluco?

— Posso até ser bem pior!!! — Ferran tinha raiva nos olhos.

Fiz sinal para os seguranças de Ferran o tirarem dali e o levarem para fora do aeroporto, o moreno queria por tudo soltar-se e resolver mais os assuntos com confusão. Na minha vida eu já estava cheio deles, não precisava de mais nenhum para ter que lidar.

— Vês o que o teu filho fez ao nosso! Vê se colocas juízo na cabeça dele.

— Sebastian não é meu filho! Gosto em ver.

Me tranquilizei, eu tinha que o fazer.

Sai do aeroporto e fui ter com Ferran. O moreno estava trancado no meu carro e digamos que talvez ele merecesse tal castigo pelo barraco que causou á pouco. Talvez daqui a poucos minutos as notícias saíssem em todos os jornais.

Destravei o carro novamente e Ferran abriu a janela. O moreno tinha que perceber que os problemas e os assuntos não se resolviam na violência, antigamente eu pensava assim, mas quanto mais o tempo passa isso muda totalmente.

— Estás bem?

— Como é que tu achas? Depois da barbaridade que ele fez na família ele merecia até pior que um soco.

— Olha para essa mão! Vamos para casa colocar um gelo vem.

— Eu estou bem! Isto passa.

— Ferran, nunca deste um soco em ninguém e eu sei muito bem que o primeiro soco dói e dói muito!!

— Tudo.....tudo bem.

— Prometes controlar-te desta vez?

— Tentar. — virou a cabeça para o volante. —Podemos ir agora?

— Claro. Com tudo o que está a acontecer e se conheço muito bem a tua irmã ela já deve estar a vir par cá e deixar o resto das férias de lado.

— Não duvido.

💄💋⚽️

Natasha Torres
12:20h - na casa de Lopez

Ava a filha mais velha de Lopez e de Patrícia havia-me ligado á cerca de uma hora dizendo que de forma alguma a sua mãe saía do quarto, não sabia o motivo em si, mas pensando bem eu já desconfia que o assunto tinha a ver com o de ontem quando a pequena Sophia disse que Lopez iria ensinar autodefesa a Ella.

A morena não gostou nem um pouco quando ouviu aquilo.

Sai do carro e entrei no prédio com autorização da morena, a preocupação que os filhos deles tinham com os pais era maravilhoso, tive que deixar meu irmão, Rebecca e Emma na empresa. Amigos sempre estavam aqui uns para os outros e eu apenas queria retribuir o que Patrícia fez comigo no ano em que nos conhecemos.

Toquei á campainha e logo a morena abriu a porta para mim, agradeci a preocupação e logo me indicou onde Patrícia estava. A morena não se limitava a sair do quarto? Algo estava mal, ela nunca foi assim, nunca agiu desta forma.

— O que aconteceu Ava?

— Vamos dizer que meu pai e minha mãe discutiram ontem, algo que nunca aconteceu. Desde que eu nasci!!

— Ok! Obrigada. Vou falar com ela.

Bati na porta a primeira, a segunda, a terceira e logo ela foi aberta. A morena não havia dormido, a cama em seu lado estava imaculada, seus olhos estavam inchados e sua cara vermelha. Seu corpo tremia de estresse acumulado e logo se limitou a deitar-se novamente.

— O que se passou?

— Lopez já não me ama mais é isso.

— O quê? — dei um breve sorriso. —Não Patrícia ele te ama não sejas assim contigo mesma.

— Ser assim? Eu ontem perguntei-lhe a razão para ele dar aulas particulares á Ella, ele não soube responder. Ele gosta de pessoas mais novas, eu sei disso! Eu já estou a ficar velha.

Cada parvoíce que eu estava a ouvir me fazia rir mais e mais por dentro. Patrícia apenas queria saber dos seus sentimentos, mas eu também sabia que Lopez não era esse tipo de homem e desde que o conheci sempre se viu o quão importante a família era para eles.

— Não sejas assim. Sabes que Lopez é dos melhores homens que António tem na sua disposição e sabe muito bem como lidar com isso e foi António mesmo que ele quis que fosse ele.

Tive que inventar a desculpa de ter sido António a propor-lhe. A morena não iria aceitar a resposta de ter sido de facto Lopez a ser ele mesmo a treinar a Ella.

— Ella é mais bonita! Lopez vai gostar dela com o passar do tempo.

— Patrícia! — virei a sua cara para mim. —Ouve, Lopez te ama, ele te ama foi ele mesmo que mudou para estar contigo! Foi ele que fez de tudo para ter a tua confiança novamente não foi?

— Sim!

— Então? Amiga por favor, ele apenas está a ser gentil. Agora vem vamos te arrumar e vamos sair vem.

— Mas!!

— Amiga! Vem. Vamos ao parque um pouco, Ava pode ir connosco.

— Não quero. Se Lopez me vir vai achar estranho.

— Ele vai achar estranho e tu ficares enfiada neste quarto a noite toda e a maior parte da manhã também. Agora vem, eu espero por ti na sala junto da Ava.

— Tudo bem.

Ter que lidar com os problemas dos outros já fazia parte da minha valiosa rotina. Talvez esse fosse de facto o meu trabalho, nunca fui psicóloga, mas acho que em algum momento concelhos que meu pai me deu davam para o gasto.

Algum tempo depois Patrícia sai do quarto, ela já estava melhor, os olhos mantinham-se inchados, porém com o tempo isso passaria eu tenho a certeza. Já estive na mesma situação que ela está agora, por isso de eu ter que ser tão paciente com ela.

Pegamos nas nossas bolsas e logo entramos nos carros em direção ao parque. A natureza fazia-me muito bem devo admitir, era algo que me revitalizava e trazia uma esperança a mais quando estava triste. Isso sempre acontecia.

...

13:10h - no parque

— Enfim chegamos! — Patrícia fala ao sair do carro. —Temos mesmo de ir no parque?

— Mãe!!!

— Tua filha tem razão Patrícia, vai fazer-te bem agora vem vamos.

Ela estava tensa devo admitir, porém se ela continuasse assim as pessoas estranhariam e com toda a certeza nós parariam e nós questionariam se tudo estava bem, não queria ter que inventar mais desculpas com quem não tem nada haver com o assunto.

Vamos sentar-nos ali e respirar bem fundo para não tranquilizarmos.

— Eu estou calma! Perfeitamente calma além do mais neste meio tempo que viemos para cá eu pensei que devíamos ter ficado em casa.

— Casa mãe? A senhora sempre gostou de passear.

— Agora não! Só de pensar que ele possa me estar a trair quando ele está aqui em Barcelona isso me dá vontade de chorar.

— Para! — coloquei minha mão sobre sua perna. —Não digas isso, Lopez te ama é contigo que ele quer ficar e tu sabes muito bem que isso é real agora por favor para de ser assim.  Ella tem noivo que daqui a pouco se tornará marido e vai ter uma filha.

— Isso não é desculpa para traição e tu sabes muito bem disso.

— Sei que até agora só estás a tentar desculpas ao teu coração para tal coisa. Caramba Patrícia para e pensa um pouco.

— Natasha tem razão mãe, a senhora e o papai se amam por favor.

— Tentar é difícil! Por vezes era melhor até morrer.

— Patrícia!!!! — gritamos eu e Ava ao mesmo tempo. —Para com isso chega.

— Mãe por favor não faça isso. Papai vai ficar triste se a perder....

— António? Ferran? — falei surpresa. —Lopez! — dei um leve sorriso no moreno e logo Patrícia saiu dali.

Lopez foi atrás dela.

As coisas estavam a ficar cada vez melhores, não sei se é pelo destino, mas sempre pedia para que não encontrasse António todos os dias ainda mais com as notícias que andam a rolar pela internet.

Acho que nem mesmo o destino queria saber de tal coisa, apenas nos queria colocar aos dois juntos novamente, mas convenhamos, as coisas não funcionam dessa forma e nunca funcionaram, pelo menos não para mim.

— Vou ali comprar um gelado! Até. — Ava com um sorriso no rosto saiu de perto de mim.

Me levantei e abracei Ferran.

Notei que sua mão estava enfaixada, não sabia o real motivo, todavia algo me dizia que ele andou em uma confusão, é, ele andou e eu não sabia a razão para tanta descarga de energia pela parte dele o moreno nunca foi assim.

— Que ótimo agora temos que nos encontrará todos os dias? — António falou.

— É não é? Que ódio.

Ferran não estava entendendo nada.

Depois da discussão que ele e eu tivemos ontem no angar era normal estarmos neste estado. Admiti-o, talvez fui uma idiota, mas ele tinha que saber e aprender de um jeito ou de outro.

— S/n deve estar a vir para Portugal. Já contei á equipa e Pedri também soube e talvez falou para ela.

— Conhecendo-a bem S/n vem mesmo!!!

Mais confusão Ferran ficava.

— Ok, ok, ok! Vamos parando por aqui, o que se está a passar que eu não fiquei sabendo?

— Nada! — respondemos em uníssono.

— Estamos falando normalmente. — respondi mais uma vez. —Além do mais falar com António tornou-se agora uma enorme perda de tempo!!!

— Exatamente, não tem o porquê de eu e ela sermos o que éramos antigamente. Agora o que nos une é a Emma! Nada além disso.

— Vocês? Vocês estão malucos é? Só pode, vocês nunca foram assim mesmo quando se zangavam!

Ferran estava mais perdido do que eu nesta e história toda devo ressaltar. Talvez ele até tentasse procurar justificativas no mundo para eu e seu pai estarmos agindo assim e se ele não me procurasse nas próximas 24horas não era dele mesmo.

Eu ia morder a minha língua em algum momento a partir deste momento e se não fosse hoje seria daqui a um, dois, três meses. Droga! António deixa-me maluca.

Me despedi de ambos e logo fui ao encontro de Ava e de Patrícia que já estavam juntas. Alguém que me compreendesse era a morena, eu não sabia a razão, mas com toda a certeza eu começo a achar que os homens são complicados ainda mais que as mulheres.

— Como foi?

— Lopez me reconfortou nada além disso.

— Ficaram melhor as coisas neste momento?

— É! Bom nem eu sei. Porque é que os homens tem que ser tão complicados?

Tirou as palavras da minha boca. Sinceramente acho que esta regra em específico se aplicava a António e a Lopez. Eles tão complicados que só vive com eles todos os dias para os compreender.

— Que tal irmos para a empresa? Meu irmão já deve estar a ganhar cabelos brancos por eu não estar lá!!

— Vou finalmente conhecer a empresa? — Ava se emocionou. —Que máximo ainda mais vou conhecer a Emma. Que honra!

— Desde que soube que estamos grávida sempre quis ter um tempo para ir visitar com os irmãos, todavia não foi possível. Agora cá estamos nós.

— E eu fico feliz que tenham tido tempo para velhas amigas!!! — sorri. —Agora vamos antes que meu irmão coloque a polícia e o FBI atrás de mim.

— Verdade! Ai Vitor, sendo Vitor apenas Vitor.

— Nem digo nada.

...

14:00h - na empresa 

Chegar a um lugar arejado e fresco era a melhor coisa que podia acontecer confesso, o calor que já se fazia sentir em Barcelona era de alguma forma assustador. Com tantas coisas que tenho tido nem tive tempo de ir visitar Gabriela, Ansu e os gémeos mais uma vez ao hospital. Droga! Eu tinha que fazer isso.

— Enfim chegaram!!

— Não disse. — ri junto delas.

— Não fizeste o quê hermanita? Tudo bem?!

— Tudo porque não estaria.

— Posso ir ver a Emma? — Ava exclamou.

— Claro! Estão na sala do fundo á direita.

— Vou contigo filha, vamos deixar eles falarem. Vem!

Patrícia compreendia-me tão bem que até era assustador pensar que ela estava de facto triste com o seu marido e eu com o meu. Não sei qual a razão, mas quanto mais o tempo passava mais começava a achar que o último amor que António tinha por mim acabou por morrer ontem.

Damn it!

Eu não o queria deixar ir, eu de alguma forma queria abdicar do último amor que me resta com ele e jogá-lo no abismo. Isso seria doloroso não só para mim, porém para todos há nossa volta.

— Viste António não viste? — meu irmão supôs e estava certo. —Tua cara não me engana não hermanita!

— Como as coisas estão nem sei se voltaremos a ficar juntos, acho que o último pedaço de amor que ele tinha por mim morreu ontem.

— Não digas isso, ele te ama, ele apenas esta a a processar tudo o que está acontecendo ao seu redor.

— Se fosse a ti não acreditaria muito nisso, á pouco encontrei-o no parque e ele disse que não tem o porquê de eu e ele sermos o que éramos antigamente, o que nos une agora é apenas a Emma.

— Vocês os dois ainda vão morder a língua por falarem assim. Ouve o que eu te digo.

Uma batida na porta foi liberada, era Ferran. O moreno não descansaria até saber a verdadeira razão pela qual eu e seu pai estarmos assim e convenhamos ele e sua irmão não descansariam até eu e ele voltarmos a ser como éramos.

— Entra!!!

— Me explica mãe, por favor.

— Teu pai faz as coisas por impulso e depois as pessoas que sofram com as consequências. — tentei dar a resposta mais convincente. —Ontem fui tirar satisfações pela qual ele tinha batido na tua irmã, disse que foi um pico de energia, mas eu avisei que se ele continuar assim era eu desta vez que pediria o divórcio!!!

O moreno se surpreendeu. Ele não queria de forma alguma passar pela mesma coisa que aconteceu em 2010, não novamente e saber que eu lhe tinha feito tão bem a ele e á sua irmã matava-me profundamente de coração.

— Não digas isso, vocês se amam eu sei que sim! Mãe por favor não faças isso.

— Eu sinto muito Ferran, mas se ele continuar e não mudar podes ter a certeza que é exatamente isso que farei e não importa o que eu perca, eu irei até ao fim do mundo para a guarda de Emma ficar comigo. 

— Mãe!

— Ferran.

— Minha irmã tem razão Ferran, teu pai não viu o estranho que causou na vida dela quando decidiu levar a Emma, quando pediu o divórcio a ela e a culpou acima de tudo pela filha estar doente! Ele não se preocupou em preocupar-se em culpar-se a ele também.

Ferran olhou para Vitor, no fundo ele sabia que o que meu irmão disse estava certo. Ele sabia que seu pai tinha agido de forma imprudente e quanto mais o tempo passava mais isso estava sendo mais e mais realista.

— Entendes agora a minha parte?

— Então, mas, mas, por favor pensa bem.

— Eu penso! Eu pensei e continuarei pensando.

— Eu te amo mamãe.

— Eu também te amo meu querido.

Cada vez que ele me chamava de mãe curava mais um pedaço do meu ferido coração. Ferran e S/n salvaram-me quando eu mais precisei e agora de alguma forma eu tinha que fazer o mesmo por eles.

— Podem passar a noite lá na minha casa? Eu preciso!

— Ferran, tens as meninas lá. Elas precisam de ti.

— Se eu não estiver bem, eu não as consigo fazer sentirem-se bem. Por favor mamãe.

— Tudo bem! — sorri. —Vamos falar com a Rebecca daqui a pouco e depois dizemos algo.

— Ok. Bem....vou indo ter com o Gavi ele está muito sentimental sem a S/n e o Matheus.

— Vai! Divirtam-se.

— Tentar. Obrigada pelo esclarecimento mamãe.

— Sempre querido. Sempre!

Ferran era uma excelente pessoa! Sempre o foi e não vai deixar de o ser porque eu não vou deixar isso acontecer nunca.

— Ferran está bem mesmo?

— Depressão e Ansiedade não são brincadeira, ele agora apenas precisa do nosso amor.

— É! Ele precisa ele sempre foi uma excelente pessoa. — se levantou. —Alias, já me ia esquecendo quando saíste Becca me avisou que amanhã a Emma tem consulta dos nove meses.

— Posso ter a cabeça cheia, mas quando se trata da saúde dela aí eu já não esqueço nunca mais.

— Vou contigo, quem sabe talvez o Ferran não venha connosco.

— Ele iria gostar. E conhecendo a Becca ela também vai gostar de estar com a Sophia hoje.

— Ela vai mesmo.

Meu irmão tirava sem dúvida as palavras da minha boca e mais ainda fazer Ferran feliz também era das suas prioridades e mesmo tendo apenas alguns anos de diferença eles tratavam-se como irmãos....os dois percebiam-se muito bem.

[...]

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