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So I don't lose sight of what I want
And I've moved further than I thought I could
But I missed you more than I thought I would
And I'll use you as a warning sign
That it you talk enough sense
then you'll lose your mind

• I Found - Amber Run •
________________________________

Frase do Capítulo:
- Eu estarei esperando!

Natasha Torres, 2024

💄💋⚽️

António Torres
12:10h - do tribunal ao CT do Barça

Eu estava um pouco perdido em meus pensamentos. Nunca havia ficado assim antes, mas sempre me disseram que á sempre uma primeira vez para tudo.

É de facto tem e esta era uma delas. Estávamos já todos á espera para entrar na sala de audiências e eu tinha telefonado hoje pela manhã à Natasha para ela estar presente, eu queria ela me fazia sentir mais seguro e assim lutar pela verdade.

Veronika é Sebastian estavam com seu advogado e mais uma moça ruiva, devia ser a namorado do moreno. Droga! Eu estava acabado, mal tinha dormido de noite pensando nisto....minha vida estava um caco.

— Calma papai! A mamãe vai vir tem calma, ainda bem que a pequena Sophia foi para a escolinha hoje.

— É ainda bem. — respondi a Ferran.

Natasha se apresentava na entrada, vindo em nossa direção meu coração disparou a mil por hora. Era complicado de como uma pessoa conseguia mudar a tua vida completamente....Natasha conseguiu essa oportunidade.

— Ainda bem que vieste.

Fui ter com ela e agarrei em sua mão. Suspirei fundo e logo tirei um peso enorme de cima dos meus ombros, a ver, tocá-la era algo mágico. Sempre o foi.

— Não iria perder por nada, mas no intervalo terei que voltar para a empresa, eu deixei metade das coisas pro fazer e ainda por cima uma reunião que era para ser agora para estar contigo.

— Eu sei! Me desculpa sério.

— Mamãe depois vamos comer umas wafles no final.

— Não poderei S/n tenho que voltar para a empresa no intervalo do julgamento. — acariciou a sua cara. —Mas divirtam-se vocês a comer as wafles.

— Tudo bem. — beija sua cabeça. —Venha! Vamos ali para perto do pessoal.

Natasha se libertou de minha mão após ser puxada por S/n e logo ficou com o pessoal. Este momentos era perfeito, era daqueles momentos em que eu tentava perceber onde tudo isto iria dar, talvez desse certo.

É! Talvez desse.

Samuel veio para perto de mim e logo começamos a falar. Ele era um excelente advogado, era um dos melhores do mundo e nós o tínhamos.

— Está preparado senhor?

— Nem um pouco e se eu dizer que sim estarei a mentir Sam.

— Eu compreendo! Nós temos as provas e eles também tem, vamos jogar as cartas que temos em cima da mesa e o juiz decidirá a decisão final.

— Tenho medo! Minha mãe fazia falta aqui.

— É senhor, ela faz imensa, mas não fique assim nós vamos sair desta.

Continuem falando com Samuel até que todos olham para trás de nós e ficam falando todos entre si. Retornei meu corpo para olhar quem era e a última pessoa que eu mesmo queria apareceu bem no julgamento. Merda! Núria iria estragar tudo.

— Bom dia! — sorriu ironicamente para mim e logo se retirou.

Ela conseguia fazer tudo para me irritar, era um dos milhares de dotes dela e eu até tinha medo que que ela podia ás vezes fazer para prejudicar as pessoas.

Não demorou muito e logo fomos chamados para entrar na sala de audiências. Eu estava nervoso devo admitir, meu maior pesadelo tinha vindo há tona 21 anos depois, eu jamais devia ter feito a asneira que fiz.

Eu me culpei tanto depois daquele dia que nem mesmo eu sabia que isso podia acontecer. Deus me lembrava das coisas ruins que eu havia feito, metade delas eu já as tinha melhorado....porem esta era horrível de ser reparada.

Eu estava com medo.

O julgamento começou logo cinco minutos depois e o juiz deixou que ambas as partes falassem. Eu estava nervoso e isso era notório, o magistrado não gostou nem um pouco disso.

Samuel tentava-me acalmar de todas as provas possíveis, mas isso era irreversível. Eu tinha temor de que este caso fosse a favor deles, Natasha nunca mais olharia para a minha cara e muito menos meus filhos.

— A audiência está suspensa até segunda ordem pois sem provas concretas não conseguiremos resolver o caso. — o juiz falou.

— Suspensa? Isto ainda não acabou?! — coloco minhas mãos na cabeça.

— Ei! Ei! Senhor ficando assim não vai ajudar em nada por favor tenha controlo aqui dentro.

— Tentarei! Obrigada.

Saímos todos da sala e Natasha se despediu de todos nós. Eu não queria me despedir dela desta forma, mas eu também sabia que ela já estava bastante atrasada para a empresa.....o juntamente havia demorado mais do que o esperado.

Era agora 15:09h da tarde!

— Amorzinho. — fui atrás dela. —Obrigada! Obrigada por teres vindo.

— É mais que a minha obrigação acompanhar o meu marido nestas decisões.

— Eu te amo.

— Ei também te amor Torres, mas agora, até mais.

— Até!

A assisti indo para longe de mim. Isso era desolador. Logo todos vieram ao meu encontro e fomos diretos para o CT do Barcelona, eu tinha pedido antes do julgamento começar que Mia com o restante do pessoal fizessem um almoço bem caprichado.

Todos aqui presentes aceitaram em almoçar junto comigo. Eu amava estar perto deles, jovens eram sem dúvida uma dor de cabeça para a minha cabeça, porém eu também sabia que a energia que eles carregavam dentro de si era algo bastante diferente.

— Papai! Vou comprar um presente para o senhor e a mamãe. — S/n me abraçou enquanto saímos do tribunal. —Vai gostar eu sei que sim.

— Presentes? S/n por favor neste momento não.

— Que foi sogrão?! Não gosta que sua filha o presenteie?

— Gosto, mas neste momento estou virado para outro assunto.

— Assunto papai? — insinua Ferran rindo entrando dentro da Van. —Não nos engana. — fala através da janela.

— Eu sei que não.

Entrei logo no carro e o caminho até ao Ct do Barça foi bastante tranquilo para ser sincero. O tempo havia melhorado e o sol fazia-se sentir em Barcelona, existia um pouco de frio, mas nada que mudasse o meu temperamento hoje.

Logo chegamos, mas parece que tinha sido o primeiro a chegar. Talvez eles tivessem ido buscar a pequena Sophia na escola, como hoje foi o seu primeiro dia ela por um motivo celestial quis ficar pouco tempo para se entormar melhor com as crianças e as pessoas.

— Papai António! — fala a pequena enquanto eu entrava dentro do CT. —Sabe que o meu amigo o Hugo ele é da mesma sala que eu? Entrou em setembro.

— Que lindo pequena, agora vem vamos comer um pouquinho.

— Fiz vários desenhos e brinquei bastante.

— E ralaste os joelhos de novo não foi?

— Sim. — sorriu para mim.

Todos iam entrando consoante podiam. A pequena Sophia corria mais do que tudo pelo enorme corredor, com tanta energia assim iria ser difícil a acalmar, ela iria com toda a certeza ficar triste se a parássemos.

— O comer favorito da baby Sophia! Ah que máximo. — Hannah esbraveja. —O cheiro é sempre maravilhoso.

— Meu comer favorito. Ebaa! Vês titio Gavi fazem primeiro o meu do que o seu que está aqui á anos.

Colocou todos a rir.

Sophia era um anjo em pessoa, a melhor crianças desta geração....bem, claro a seguir ao Levi.

— Vamos logo comer estou com fome e Matheus daqui a pouco também fica.

— Vamos lá comer.

— Sim! Aleluia nunca mais acabava agora eu vou encher a barriga os gémeos estão com fome. Adeus!!!

— Também pessoal! Safira aqui tem fome adeus.

— Igual, aqui a grávida está com fome se desviem. — era Ella.

— Depois que elas ficaram grávida nem podemos sequer falar em comida perto delas.

— Ah filha também já foste assim nem tentes disfarçar.

Escolhemos a porção que queríamos e logo nos sentamos numa mesa grande que haviam organizado para todos nós. Os seguranças também poderiam fazer uma pausa e comer, eles também precisavam disso.

A comida preferida de Sophia era maravilhosa, a pequena tinha mesmo um bom gosto. Isso digamos que é de família devo ressaltar.

— Já sabem o que iram fazer no verão depois do campeonato acabar e antes do Europeu?

— Talvez viaje em o Pedri e o Matheus com a Mavie e o Cyrius! Merecemos isso.

— Vais me abandonar maninha? Ah que maldade isso que fazes comigo, vou fazer queixa á mamãe para te puxar as orelhas. — Ferran colocou todos a rir. —Isso não é justo. Pedri fala algo.

— Nada tenho a declarar adeus seus grudentos.

— Ai que essa doeu aqui Pedri. Ainda bem que o Gavira foi no banheiro e não ouviu isso.

Gavi e S/n eram enormes amigos, desde pequenos o foram. Com três anos eles conhecerem nos relvados do CampNou quando eles entraram com os jogadores para um jogo contra o Real Madrid. Eles tinham inúmeras memórias ainda mais agora.

— A bebé da Ella não pode ficar sem o Matheus! Não faças isso maninha.

— Pequena ainda nem sabemos o sexo do bebé da Ella!

— Eu tenho um presentimento.

— Cada dia uma palavras nova pequena, estou admirado. — era eu sorrindo. —Depois no final do mais tens que não falar quantas foram.

Gavi chegou! Que começasse agora a birra.

— Pablo S/n vai nos abandonar. — fala Ansu indignado olhando para a cara de Gavi.

— Como assim? Não estou entendo não.

— Nada não deixa para lá.

— Sabes Vavi minha irmã aqui vai de férias com os meninos dela e a Mavie e o Cyrius e não nos leva.

— Quê????????

Sabia! Foram muitos anos e sempre deram bastantes anos convivendo com Gavi. Eu já decorava todas as suas expressões fácies, era inevitável de como tão bem ele ficava nestas situações.

— Mentira Gavi! Eles apenas precisam de um momento de papais, família entendes?! — o tentei acalmar perto de mim. —Va senta-te aqui.

— Socorro gente que eu vou ter um treco. S/n Torres
não fales comigo mais até hoje!

— Que palavreado difícil é esse hem Gavira? — questionou Ella.

— Me saiu agora Ella! S/n me paga. 

O tempo ia passando e logo acabamos de comer, ele estava delicioso devo admitir. Saindo para realizar as nossas tarefas, os meninos ficaram aqui pois mais tarde teria o treino já as meninas foram todas para casa até a hora do treino.

Entrei na minha sala, me sentei na cadeira me inclinei para trás, fechei os olhos e respirei fundo contando até dez. Estava tentando explicar ao meu corpo tudo o que eu havia perdido em Natasha.

Caramba! Ela sem dúvida fazia-me um homem diferente era irredutível.

Depois de tudo e mais um pouco que vem acontecendo eu ainda a amo, continuarei amando-a e não importem as circunstâncias e a distância ela sempre será minha! Ela me pertence. Aquela mulher me devolveu há vida e eu devo-lhe imenso isso.

— António! — Veronika apareceu no meu escritório após bater. —Podemos falar?

Fiquei surpreendido e até um pouco assustado, eu havia negado a entrada dela, porém me havia esquecido que hoje era a folga do Martin e George fazia a fez dele.

— Não tenho nada o que falar, sai daqui por favor tenho que trabalhar.

— Não podemos andar mais nisto, além do mais temos que falar do nosso filho.

— Nosso filho o cacete! Sebastian não é e nunca foi meu filho.

— Para!

— Paro nada, aprende de uma vez por todas aquela noite, aquela bebedeira foi um erro que me arrependo amargamente.....agora sai da minha vista.

— Um filho não se faz sozinho! Não fui só eu que tive a culpa. Quando descobri que estava grávida do Sebastian eu ia contar-te, mas eu te vi tão feliz com o teu filho e a tua ex-mulher que não quis estragar isso. Não era justo ainda mais com ela grávida!!

— Agora dizes isso? Agora falas como se fosses a inocente! Sai daqui Veronika!

— Nós ainda não terminamos.

— Terminamos sim e se não sais daqui eu mesmo saiu.

Sai mas era irreversível, ela insistiu em vir atrás de mim. Para todo o lugar que eu ela vinha atrás, era doloroso e bastante sádica numa hora destas. Ela não me deixa em paz.

— Lopez, Miguel!

— Sim senhor.

— A retirem daqui, certifiquem-se que ela fica fora do recinto.

— Certo!

Fui ao ginásio ver os meninos e lá estavam eles se entretendo jogando o jogo das argolas. Eles tinham uma criatividade imensa, eles gostavam imenso de ficar aqui no CT, era até bonito da parte deles.

— Quem ganha?

— Eu pai né? O melhor.

— Que mentira! O verde nem é o teu.

— É Ferran para de ser mentiroso.

— Ei chega meninos sem brigas divirtam-se vá. Não quero discussões!

— Claro. Gavira vai marcar muitos golos no treino né?

— Quem sabe né. — rir a cara de Ansu. —Quem sabe não dediques um golo á Hannah.

— Vocês são todos uns chatos, adeus!

— Gavi. Ei!

Os meninos a todos os instante e horas irritavam Gavi, todavia o que eles não tinham em conta é que tanto Hannah como o moreno estavam um tanto ou quanto chateados um com o outro.

Vida de casais não é fácil eu sei disso, mas chatearem-se quando estavam noivos era até complicado para eles. Ele os dois mereciam-se imenso.

💄💋⚽️

Natasha Torres
18:55h - em Barcelona

Empresa para comandar não era brincadeira nenhuma, e todos os empresários tinham isso em mente. Nós meus primeiros meses aqui foram só mais complicados mas com ajuda.....mas com a ajuda da minha falecida sogra tudo deu certo.

Eu tenho tanto a agradecer-lhe que nem está escrito. Ela foi alguém na minha vida que a tinha mudado completamente. Aurora foi mais que uma sogra uma mãe e não me cansava de dizer isso. Ela foi perfeita e sempre o será para todo o sempre.

Reuniões atrás de reuniões hoje pela tarde me faziam chegar a casa totalmente exausta. Esta era a última, pelo menos uma notícia boa pois eu sempre soube que reuniões com todos os chefes de cada setor da empresa era cansativo.

Meu irmão sempre estava presente em todas, ele não se cansava nem um pouquinho disso.

— Hermanita! — Vitor me tocou pela terceira vez. —Tudo bem?

— Sim! Onde íamos ao certo?

— Estávamos falando sobre os lucros e as despesas da empresa. Podíamos ter outras fontes de despesas já que o investidor principal da empresa já não faz mais parte! O senhor Nunez estou certa?

— Correto! Não faz e numa mais o fará, com tempo irei procurar outro fiquei descansados.

— As despesas aumentaram demasiado, os lucros quase não estão cobrindo isso.

— Aqui o gráfico. — Mónica mostra na televisão o quão crítico a empresa havia ficado após o anúncio da saída de Nunez.

Droga! Estávamos a perder imenso dinheiro e se eu não pensasse tão cedo numa situação para resolver tudo isto a empresa iria á falência ainda este ano.

Nunez foi um dos principais investidores e um empresária que dava bastante dinheiro para todo o que envolvia novas peças de roupa e calçado e novos acessórios. Após a despedida dele tudo mudou, as pessoas não sabiam o real motivo, nem mesmo meu irmão. Não queria preocupar Vitor com o que aconteceu.

— O que iremos fazer? Temos que ter uma resposta o quanto antes, pois daqui a menos de seis meses a empresa poderá ir á falência.

— Seis meses? — me assustei. —Não!

— Hermanita podemos abaixar os preços que tal?

— Não é bem assim que funciona Vitor. — Flávio respondeu-lhe. —Se baixarmos os preços significa que teremos que baixar os preços e nós não temos dinheiro para comprar os novos materiais para as roupas.

— Até temos.

— Temos?

A última coisa que eu queria agora era pedir a António para investir um pouco de seu dinheiro na minha empresa, mas eu não tinha escolhas.

Eu havia ficado simplesmente entre a espada e a parede, eu via tudo desmoronando ao meu redor, porém eu sabia que sempre existia uma luz no fim do túnel. António era essa luz.

Nunca lhe pedi dinheiro algum, nunca fui essa mulher, mas neste momento era o que eu mais precisava. Eu não queria começar a despedir pessoas, pessoas essas que não tinham culpa de absolutamente nada.

— Mais situações temos algo pendente?

Quis mudar de assunto urgentemente.

— Não! Tudo já foi resolvido, daqui a três meses conversamos novamente.

— Ótimo, ótimo. Obrigada a todos.

— Nada!

Saímos da sala e logo fui buscar um café para me manter mais energética e um pouco mais feliz. Eu precisava esquecer os problemas, mas mais e mais vinham á tona. Isso era irreversível.

Meu irmão se encontrava na porta da sala dos funcionários. Ele sabia que eu não queria ser incomodada, porém eu também sabia que ele se importava comigo. O cumprimentei e logo regressei à minha sala, Vitor veio atrás de mim e logo se sentou na secretária perto do computador.

Seu olhar era de dor pois ele sempre soube o quão lutei para que este sonho se tornasse realidade e agora estava simplesmente a cair tudo por água abaixo. Droga! Eu havia estragado tudo.

— O que se passa de facto?

— Nada!

— Nada não, passa-se algo! Me fala caramba sou teu irmão.

— Não precisas de saber os meus problemas com o Nunez isso ficou no passado.

— Hermanita. — veio ter comigo.

Pegou na minha mão e logo a acariciou após se encostar novamente na secretária. Ele era um amor.

— Quando fui na Argentina a casa de Nunez falar sobre a empresa ele começou a insinuar algumas coisas após metade do nosso tempo falando sobre a empresa. Ele tentou.....ele tentou me violar Vitor.

— Á hermanita! Vem aqui vem.

Me abraçou e lágrimas caíram sob meu rosto e cada lágrimas que caía era um peso tirado de cima de mim, mas isso não me conformava nem um pouco.

Eu havia falhado quanto pessoa em ter entrado naquela mansão sozinha, António sempre me disse para não o fazer. Eu fui uma completa decepção para todos.

— Ele vai pagar e se ele não é mais o investidor nós iremos encontrar um bem rápido.

— É! Terá que ser. — colocou um sorriso no meu rosto. —Ei te amo tento irmãozinho.

— Eu também te amo muito hermanita. — passou o dedo indicador sobre o meu nariz.

Ele era perfeito.

— Mamãe!! — Ella bate na porta. —Podemos?!

Tinha momentos em que Ella me chamava de mãe e outros de tia Natasha. Eu sempre gostei mais da primeira opção, porém eu também sabia que eu de facto não era a sua mãe biológica.

— Temos uma surpresa para si e para o tio António lá em casa dele venha logo.

— Uma surpresa?  Não tenho cabeça para isso.

— Vai ser legal mamãe. Vai gostar eu sei, iremos passar para trazer o Kero e a Emma da babá.

— Oh Dios mio! Ustedes dos.

— Sim titio Vitô, não somos um máximo. Agora venham se despachem logo.

— Calma, calma Levi!

Arrumei as minhas coisas e logo entramos no carro para ir buscar Emma e Kero a casa. Eu tinha saudades da pequena, poucos minutos antes da reunião começar a babá dela tinha vindo buscá-la. Rebecca era a melhor!

...

— Obrigada Rebecca pela sua disponibilidade hoje. Ela portou-se bem?

— Sim muito, nos divertimos imenso.

Que bom ouvir isso Rebecca e Emma né pequena?? — Vitor sorriu para a babá.

Meu irmão era complicado em relação ao amor, mas eu até fiquei admirada quando ele escolheu Rebecca para tomar conta de Emma e de Kero, isto tinha coisa aqui. Eu tinha que descobrir isso.

...

Já estávamos finalmente a casa, bom....á mia já antiga casa com António. Tinha imensos carros na garagem, parece que o pessoal planejou tudo isto no mínimo detalhe. Fico até admirada, eu sempre descubro tudo antes mesmo de contarem.

Desta vez eles haviam-se superado.

— Mamãe finamente chegaste! S/n não via a hora. — Ferran me abraçou. —Agora venha sente-se no sofá junto ao papai.

— O que vocês estão a tramar?

— Não sei! Ninguém me avisou de nada.

— Aham sei.

Dei boa noite a todos e logo me sentei em frente á entorne televisão da sala de estar. Todos estavam em frente a ela, Kero estava no colo de Ella e Thor aqui não estava, algo me dizia que tinha alguma coisa relacionada com o meu garoto favorito.

— Podes aparecer Thor e Pingo! 

— Pingo? — dizemos eu e António em uníssono.

Viramos para trás e logo vimos um cão bem pequeno e da mesma raça que Thor. Não acredito que eles tinham mesmo feito o que eles tinham dito enquanto António estava no hospital após levar os tiros.

António nunca gostou da ideia de cruzar Thor, mas sem ele saber eles o fizeram. Alguém aqui iria ter as orelhas puxadas.

— Quem é este?

— O vosso novo cãozinho papai.

— Filho do Thor com a Estella! — terminou Ferran.

— Vocês estão malucos? Fizeram isso nas minhas costas porque razão?

— Não ias aceitar e aquele tempo foi uma oportunidade para isso. — complementou Thomas. —Além do mais mais uma companhia irá fazer-lhe bem. Recomendações médicas também.

— Vocês são terríveis.

Ele era perfeito, era da mesma cor que o pai é exatamente igual a ele, o feitio de Pingo era idêntico ao de Thor. Por ser um cão filhote ainda tinha o instinto de correr para lá e para cá, pôr-me ao longo dos anos isso mudaria. Eu sei.

Pingo subiu para mim e começou a lamber toda a minha cara enquanto eu o acariciava, acho que a Kero havia ficado com ciúmes disso já Thor estava nem aí e estava deitado no chão talvez numa forma de protesto. 

Acho que ele não gostou nem um pouco da ideia de ter um filho para cuidar. É Thor eles dão trabalho.

— Solta o Kero de vez Ella, vamos ver como ele se sairá como a nova babá do Pingo.

— Essa eu quero ver. — fala Sira comendo pipocas. —Vai ser lindo, mas sem arranhadelas para aqui.

— Isso mesmo Sira. — ri dela. —Tadinho do Kero ele está tentando fugir do Pingo pela casa toda.

Eu estava divertir-me imenso, nunca havida ficado assim em tão pouco tempo e depois de tudo e mais um pouco acontecendo em minha vida isto sem dúvida me completou o dia.

Me levantei para ir buscar uma água, mas alguém me seguia. Era António, o moreno não perdia uma única chance de falar comigo. Era irreversível isso!

Eu não queria falar agora e muito menos ter que me chatear com ele. Ele podia até estar a sentir dor, eu sentia por deixar tudo isto não afetar.

— Amorzinho! Vitor me falou.

— Falou o quê?

— Que a tua empresa está a passar por dificuldades depois da saída do Nunez.

— Não quero colocar-te com problemas.

Droga Natasha acorda. Isto não podia estará a ser real, primeiro eu cogitei em pedir-lhe ajuda e agora que ele estava frente e frente comigo eu não conseguia fazer isso. 

— Os teus problemas são os meus. Vá amorzinho me fala, precisas de dinheiro para continuar não é?

— Torres, não para.

— Eu ajudo! Eu consigo além do mais posso ser anónimo, ninguém de facto precisa saber que sou eu.

— Posso pensar?

PENSAR?

Natasha não, aceita mulher. Porque isto estava a ser mais difícil do que eu imaginava. Meu coração e minha mente estavam numa guerra sem fim. Era terrível.

Misto parecia um filme. Minha mente me lembrava apenas de uma éramos jovens. 

— Dois meses tudo bem para ti? Sei que neste tipo de casos tem até seis meses uma empresa pra ir na falência.

— É! Verdade falamos isso hoje na reunião. Os seis meses! Que seis meses terríveis que serão!!!

— Não digas isso. Vai dar certo. Eu espero por uma resposta.

— Tudo bem. Bom...Emma me chama viu indo.

Caramba! Que coisa mais difícil.

Retornei para a sala novamente e logo peguei em Emma que estava no carrinho. A pequena havia acabado de acordar e talvez quisesse trocar a fralda, fui ao andar de cima e de facto sim, era exatamente isso. Instintos de mãe nunca falham.

— Mamãe Natasha! — Levi bateu na porta. —Posso?

— Claro pequeno o que desejas?

— Posso treinar?!

— Claro vem, apoia-te aqui no banco.

Levi era carinhoso, gentil, educado, amoroso, conversador e muito mais. Ele sempre teve uma ótima educação, eu sempre prestei para isso mais que tudo nesta vida ainda mais depois dela mãe deles falecerem.

— Viu meu sonho se concretizou! Ui passar de barco quando fui ao México em dezembro. Mason presenteou a mim e á minha maninha com isso.

— Que bom pequeno. Vês, sonhos realizam-se.

— É! E a minha irmã engravidar do meu papai Mason também foi um sonho. Eu sempre quis ser titio.

— Já és á bastante tempo pequeno, tens muitos bebés com quem brincar.

— É claro. — ajeitou a roupa de Emma. —Vou ser especial para quem vier da barriga da minha irmã.

— Natasha! — Mason apareceu. —Levi incomoda? Estava procurando ele por toda a casa.

— Não além do mais eu e ele estávamos batendo apenas um papo sobre bebés não é Levi?

— Sim! Papai falei com a Natasha que quando meu sobrinho ou sobrinha nascer serei um ótimo titio.

— É pequeno tu o serás.

Levi e Mason eram especiais um para o outro. Desde que o pequeno se entende como gente no mundo ele declarou alto e bom som que Mason era uma pai maravilhoso e mesmo não sendo de sangue ele o amava.

Eles tinham um amor infinito.

Retornamos para a sala e lá estavam todos esperando por nós para comer. Todos tinham feito de propósito para que eu me sentasse perto de António, eles me pagariam. Bom no sentido literário.

— S/n vai nos abandonar tia Natasha! — Gavi falou após beber sumo. —Me abandonar né sua chata!

— Abandonar? — eu sabia o que ela e Pedir iriam fazer nas férias.

Fui a primeira a sabe para ser sincera.

— Sim! Vai de férias com os meninos dela e com a Mavie e o Cyrius e irá nos abandonar aqui até dia 11, um dia após o seu aniversário. Isso não se faz.

— Ah Pablo para de ser dramático eu hem. — Hannah fechou a cara.

Ups! Hannah e Gavi ainda estavam chateados.

— Eu não sou chato eu apenas sou....

— Chato! — todas as meninas falaram.

— Eu hem! Não está cá mais quem falou. Vou comer que me fará bem. Xau!!!

— Isso Pablo. Come que logo passa.

— Tentarei.

Todos amavam irritar Gavi, mas sempre chegava uma certa hora que até eu tinha pena dele. Pablo era irritante com todos e eles apenas davam o troco na mesma moeda. Nunca gostei disso para resolver as coisas, mas com eles falar não adiantava nada.

— Vão para onde mesmo querida?

— Talvez para a Acapulco no Mexico ou para a Barbados, um país do Caribe. — é S/n sorrindo.

— Ainda não decidimos onde.

— Qualquer um é lindo, já vi imagens bonitas de ambos os lugares.

— Vão para a Austrália quem sabe um canguru não vos aparece e vos manda de volta para cá.

— Gavira!

— Eu não falo mais hoje. Vou fazer greve.....começando agora.

— Oh bebzinho vem aqui vem. A tua melhor amiga te ama e aliás logo logo estaremos de volta.

— Vou morrer sem ver os Matheus pessoalmente todos os dias. Deus socorro.

— O jogo do silêncio foi quebrado amorzinho. —S/n fez cafuné em sua cabeça. —Vais te divertir na mesma eu confio que sim.

Eles eram uns amores! Todos tinham uma energia imensa.

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