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Come on, be my baby, come on
Come on, be my baby, come on
Come on, be my baby, come on
Come on, be my baby, come on
Come on, be my baby, come on
• Shape of you - Ed Sheeran •
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Frase do Capítulo:
-Será que eu fui um erro na tua vida?
Natasha Torres, 2019
💄💋⚽️
Natasha Torres
12:20h - do parque, Inglaterra a casa, Barcelona
Após vários dias chuvosos em Manchester um dia de sol veio, o último dia tinha chegada com tudo e o sol apertado ainda mais. Eu sempre gostei de sol e digamos que verão era a minha época favorita do ano, nunca me cansei de dizer isso.
Estava passeando pelo parque com Enrique e eu já tinha convencido António para o tirar como seu segurança. Fiquei mais tranquila quando ele aprovou, ele está a mudar, aos poucos ele está mudando. Amava o seu esforço e a paciência que ele tinha estes últimos dias.
Me sentei num banco e logo pedi a Enrique para se sentar comigo, eles estavam sempre a pé que até me sentia mal de os fazer sentir cansados todas as vezes. Franco como foi ontem o seu dia de folga não se importou de ficar a pé a vigiar o perímetro.
— Já pensaste alguma vez em encontrar um amor? — o surpreendi com minha pergunta. —Desculpa!
Bem, ele nunca tinha-se relacionado com ninguém e já com quase os seus 36 anos ele nunca tinha gostado de nenhuma mulher, pelo menos que eu soubesse disso.
— Já, porém ultimamente tenho em concentrado no meu trabalho, não estou com muita vontade de viver um amor. Tenho os meus sobrinhos para mimar e isso é o que é importante!!
— Sabes que a vida nem sempre é trabalho.
— É, eu sei disso senhora, todavia ainda não encontrei a pessoa certa! — seus olhos brilharam enquanto olhava para os meus. —Sei que devo um pedido de desculpas á senhora e ao seu marido por demonstrar coisas que não são.
— Coisas?
Não entendia!
— Sim, posso ter-me expressado mal quando demonstrei proteção a mais e a olhar constantemente, todavia neste mundo tudo é possível ainda mais para uma mulher.
— É eu sei. Agora vem vamos caminhar um pouco, já aqueci as minhas pernas.
Enrique era uma ótima pessoa devo admitir isso, o moreno não estava bem um dia só sem me ligar e perguntar se eu estava bem. Confesso que com tanta proteção mais segura eu estava e depois de tudo o que aconteceu ano passado ele ficou ainda mais protetor comigo.
Caminhamos mais um pouco e logo paramos em frente ao lago dos cisnes. Era algo lindo, animais para mim sempre me cativavam era uma experiência incrível sempre que via um ainda mais agora Kero e Thor que não desgrudavam um do outro.
— O dia está lindo.
— É ele está. — Enrique me tira uma folha do cabelo.
Bem era era atencioso até demais quando queria.
— Thor? Meu garoto favorito. — saltou para cima de mim. —Oi garotão, meu fofinho.
— Amorzinho. — António nos abordou com cara de poucos amigos. —Podemos falar?
— Vai Thor, vai explorar o parque com Enrique e o Franco vai rapaz.
— Torres! — furiosa intervi. —O que vem a ser isto agora? — acrescentei cruzando os braços.
Ela não aprendei ele tinha-me confirmado que ia melhor, todavia esta atitude do moreno provou exatamente o contrário. Sem dúvida algumas eu não queria discutir com ele, mas parece que o teria que fazer.
— Nada! Além do mais não sei porquê vocês estão tão juntos, se foi para isto que o quiseste de volta podes considerar agora o trabalho contigo de vez encerrado.
— Não vais fazer isso.
— Vou como já o fiz! Lopez vai despedir ele, se não.....
— Se não o quê? Olha estás a ser uma completa criança com tudo isto. Estou farta das tuas atitudes, decidiste mudar, mas nem isso sabes fazer. Dói demais pensar que não confias em mim com outros homens! Olha faz da tua vida o que quiseres para mim já deu isto tudo. — ia retirar o anel todavia ele me trava no mesmo instante.
Tentar tirar o anel foi apenas um teste para ver se de facto ele me amava ou estava apenas a ser uma criança mostrando ser assim com suas atitudes.
— Nem penses mexer um dedo sequer Natasha!
— Como é que te tornaste uma pessoa tão amarga? Depois de tudo o que passamos ainda me julgas pelas atitudes que eu tenho. Devia ser melhor, tudo bem, mas não me faças mudar o pensamento quando na verdade tu apaixonaste-te por ele!
— Vamos, seja meu bebé, vamos lá.
Engoli a seco para não me estressar e logo coloco minhas mãos em meus bolsos tentando controlar os meus pensamentos para que eles não saíssem feito um furacão dentro de mim. Era INEVITÁVEL que estivéssemos assim.
— Se continuas assim considera-me fora da tua vida para sempre. Nunca mais me verás e nunca mais faremos parte um do outro!
— Não tinhas contagem de fazer isso, eu conheço-te amorzinho.
— Conheces ou apenas estás comigo para encher o teu prazer carnal e o teu ego?
— Oh meu Deus. — ri sarcasticamente. —Só podes estar a brincar comigo, eu te amei nos teus piores momentos, te amei quando amei precisaste e te salvei milhares de vezes porque é isso que pessoas que amam fazem. Tu pertences a mim.
— Eu sinceramente, Torres para mim deu isto tudo.
Me agarra e me beija intensamente, sabia que ele o queria e meu coração também, porém minha mente dizia exatamente o contrário. Eu nunca presenciei alguém lutar tanto por mim como ele fez por mim e além de mudar minhas ideias ele conseguia colocar um peso para fora só com um simples beijo.
— Não podes simplesmente aparecer e me roubar como bem entendes! Não podes simplesmente chegar e mudar a minha vida para sempre António. Para mim já deu.
Me abraça e consegue tirar todo o peso de cima de mim. Eu estava chateada, mas saber que ele ainda me amava era uma vitória para mim e ainda mais depois de o tanto fazer sofrer.
— Tu tens-me na mão Natasha! Eu vivo por ti, eu olho por ti eu vejo meu futuro em ti. — me beija novamente. —Eu sempre te escolheria.
Wow! Desta eu não esperava, ele podia ser com um temperamento demasiado forte, todavia era o homem que eu amava e eu sabia que ele tinha um enorme coração.
— Eu te amo Torres.
— Eu também te amo amorzinho!!
Nunca devemos desistir de quem amamos, será a pior coisa se o fizermos.
— Senhora, seu voo está pronto! Vitor e as crianças estão no angar.
— Obrigada Enrique. — falei em forma constante. —Agora Torres pede-lhe desculpas.
— Eu? Mas eu....
— Torres!
— Tudo bem.
O chamei perto de nós, limpei minhas lágrimas e segurando a mão de António fiz-lhe carinho para ele ficar mais relaxado. Ele merecia relaxar depois de tudo.
— Vai ser difícil para mim Enrique! Bem.....desculpa por tudo o que causei.
— Não tem que pedir senhor, eu é que tenho que me remediar com o senhor por demonstrar o que não era quando estava com a sua mulher. Peço perdão mais uma vez.
— Tudo bem meu jovem!
— Até parece que és velho Torres. — sorriu para ele. —Va tenho que ir, até mais. Até mais Thor, iremos nos ver em breve.
— Até amorzinho.
António era aquele tipo de homem bastante bipolar quando queria, sempre se sentiu meio angustiado de homens se interessarem por mim, todavia eu nunca tinha dado dúvidas para ele duvidar de mim, mas mesmo que eu já lhe tivesse avisado inúmeras vezes o moreno não se interessava nem um pouco.
Encontrei-me com meu irmão e as crianças e Kero no angar e logo subimos para o jato para voar para casa. Desde que me casei António decidiu comprar mais dois jatos, além dos dois que o moreno já tinha. Não sei por que razão isso, mas nem o quis incomodar com nada disse.
Todos tinham o nome da mãe dele, Aurora I, Aurora II e por aí ia. Ele tinha um amor incondicional por ela que era impossível de explicar. O moreno sempre fez questão de mostrar ao mundo o quão importante ela era para ele e digamos que eu me emocionava por vezes quando ele agia dessa forma com ela.
— Hermanita querida! Levi está sempre a dizer que quer um barco.
Todos rimos.
— É! É verdade, o pequeno não se cansa de dizer isso, desde que ele acorda são todos os instantes que ele fala isso. Impossível não se emocionar e sentir mais amor por ele!
— De facto mamãe, meu irmão tem um problema sério quando fala em coisas caras como um barco. Quem sabe pequeno quando fores maior não compres um teu.
— Eu quelo! Eu quelo um baco.
— Quando fores maior pequenino. Mamãe não tem dinheiro para te dar um barco pequeno.
— Eu quelo! Eu quelo! Eu quelo!!! — fazendo birra sou obrigada a pegar nele e acalmá-lo. —Eu quelo! — se esperneia.
Eu me sentia muito mal por não lhe dar a Ella e a ele tudo o que queriam na hora que queriam. A partir do momento que comecei a cuidar deles eu me tornei mãe deles, meu coração sempre doía quando isso acontecia.
— Quem está fazendo birra aqui? — António entrou no jato.
— Nós já não tínhamos que ter decolado?
— Senhora, estávamos esperando por ele. — Beatrize se pronunciou dando-me um pouco de água. —Esta vermelho senhora, vá para a porta um pouquinho para apanhar ar.
— Sabe cunhado, meu querido Levi quer um barco e não não temos dinheiro para lhe dar.
— Barcos são baratos.
— Se for os de brinquedo sim, já os de verdade como iates não. Ele quer esses. — o respondi. —Levi tem que aprender que não pode ter tudo na hora que quer.
— Quem sabe quando fores maior pequeno, além do mais podes ir num passeio com o meu iate em Barcelona. Seria tudo né pequeno!
— Baco, Baco, Baco! Quelo um Baco.
— É!
— Não se educa crianças assim Torres.
— Ah amorzinho, meu jeitinho. Onde achas que Ferran e S/n aprenderam a ser assim? Hem?! Comigo claro! O mais charmoso de todos.
— Convencido! — eu e Vitor falamos e todos riem.
— Sou mesmo.
— Sincero cunhado.
— Claro.
António me tirava totalmente do sério, era impossível para mim saber se qualquer coisa que ele falava era a certa e cada vez mais me apaixonava com ele, este homem sempre foi o certo para mim. Desde o dia em que nascemos Deus estava pronto para nos juntar.
Estava mais tranquilizada com tudo e no meio de tanto berreiro Levi acabou por dormir com o vento batendo na sua cara, o pequeno tinha uma facilidade de dormir extraordinária....queria ter a vontade de adormecer tão cedo como ele.
Ella estava desenhando e Vitor lia o seu livro enquanto eu comia um pouco, havia saído de casa sem comer e com tanto estresse podia até passar mal, já António estava mais descontraído com os braços cruzados e suas pernas noutra poltrona. O moreno gostava mesmo de exagerar nas coisas que fazia.
Pouco tempo depois levantamos voo e o tempo começou a ficar melhor após sairmos de Inglaterra em direção a Barcelona, cidade maravilhosa, a nossa cidade natal e digamos que a cidade que mexia com nossos corações todas as vezes.
— Já pensaram em fazer uma festa?
— Festa?
Meu irmão falava da boca para fora e tinha ideias absurdas.
— Sim! Festa!! Qual o problema tirar o peso todo de cima, além do mais hermanita estás a precisar de umas férias antes de começares a construir a tua empresa com a ajuda do investimento do Nunez.
— Vitor aqui não.
— Ajuda do Nunez? — António se enervou. —Afinal assinaste contrato com ele!
— Não vais começar Torres por favor.
— Hum! — engoliu seco e olhou pela janela já chateado.
Me levantei e fui ter com meu irmão, peguei em seu livro e o fechei na página que ele estava lendo, coloquei o mesmo sobre a mesma e observei com meu olhar todos os movimentos que meu irmão fazia. Eu sim, o estava julgando pelo que ele tinha dito, além do mais a melhor qualidade do meu irmão era chatear-me.
— Que raio tens tu na cabeça Vitor? Areia ou cérebro!
— Sou inteligente hermanita! Fui o mais inteligente da sala. Além do mais pensei que tinhas falado com ele. — sussurrou para mim.
— Sua boca grande! Ás vezes a melhor solução é estar calado.
— Sim senhora da próxima vez não direi nada fique descansada.
— Acho bom mesmo, vou pintar com a Ella! Até.
— Agora que tiraste da página que eu lia vou mas é dormir. Melhor coisa que faço.
— Ahhhhh! — virei meu olhar para ele. —Uma coisa correta que fizeste hoje. Parabéns maninho.
Meu irmão era tudo para mim, porém por vezes ele me deixava meio na dúvida a quem tinha saído de facto.
Relaxar era a melhor solução e digamos que não demorou muito para chegarmos á cidade de Barcelona, com tantos desenhos que já tinha feito e feito Levi adormecer outra vez nem vi o tempo passar.
António não falava comigo desde o momento em que meu irmão e sua boca grande falaram, eu me senti um pouco culpada também por não lhe haver falado algo como isto para ele.
— Vitor podes levar as crianças para o carro? Tenho que arrumar aqui esta bagunça.
— Ahh entendi a bagunça. Claro que sim hermanita.
Debochado ainda por cima.
— Desculpa. — Me sentei na mesa em sua frente. —Torres olha pra mim.
Ele esteve chorando.
— ...
— Torres por favor, não me faças isso.
— Pensei que te tivesse avisado, pensei que tivesse-te dito que eu podia ser o teu investidor mas não me deste ouvidos e quiseste ficar com um qualquer.
— Para! Para com isso vai, estás a ser infantil.
— Infantil é pensar que talvez já não me ames mais.
Num relance se levanta, todavia o puxo em direção a mim e o abraço. Eu o amava, eu amava este homem num nível astronómico. Meu amado sempre será ele.
— Não causes isto em mim amorzinho! Não causes esta angústia em mim, por favor.
— Tudo bem! Tudo bem. Me perdoa vai.
— Como não perdoar. — seus lábios juntam-se aos meus. —Caralho Natasha o que fazes comigo! — acrescentou.
— Te amar.
💄💋⚽️
António Torres
16:20h - em Barcelona
Digamos que voltar era necessário e maravilhoso. Barcelona sempre foi umas das minhas opções para viver e desde que nasci aqui na Espanha e vivi quase todo o meu tempo aqui me divertia imenso, a não ser a época que me mudei para Portugal. Isso foi um caso perdido!
Não tinha mais medo de nada, Natasha estava contente com Levi brincando. A morena tinha um jeitinho indescritível com as crianças maravilhoso, sempre fazia a questão de demonstrar o seu amor para ele e para Ella, mas também para os meus filhos.
Uma mulher batalhadora.
Natasha queria porque queria ficar na casa do irmão, ainda mais quando Ella ficaria com esta casa futuramente, ela disse sempre que era para ela se ir adotando a tudo.
Não demorou muito para chegar e logo tiramos todas as malas do carro enquanto Ella e Levi foram para dentro descansar um pouco, depois de uma viagem longa era preciso.
O pequeno só dormia!
Impressionante o seu jeitinho de dizer que estava com sono e quando ficava num lugar acabava por adormecer facilmente. Quem me dera ser como ele.
— Aquela ali não é a vossa mãe? — me pronunciou após tirar uma mala do carro.
— Ela mesmo, vamos levar esta para dentro venham.
— Ei me esperem! Preciso falar com vocês.
Falar com eles ou pedir dinheiro? Todos os anos nas épocas comemorativas, ou até podia dizer quase todos os meses do ano a mãe deles sempre pedia uma enorme quantidade de dinheiro.
Além de não trabalhar e viver á custa de amigos que a ajudavam a morena não se sujeitava nem ao menos tentar reformular a sua vida.
Depois que Arthur morreu, tudo mudou, após ela saber que seus filhos herdaram uma pequena quantia da casa onde viviam antigamente a morena não os deixou em paz por dois meses. Era inegável a qualidade que Sasha tinha para irritar Natasha e Vitor.
— Não vão abrir? Ela está a acordar o Levi?!
— Vem pequena eu vou colocar vocês no quarto. Venham. — Vitor se pronunciou.
— Posso abrir?
— Sim! — Natasha em resposta se encosta no sofá. —O que queres agora?
— Filha isso são modos de falar com a tua mãe?
— Nunca foste uma mãe para nós.........e nunca serás! — Vitor apareceu se colocando do lado de Natasha. —Além do mais se vieste aqui para pedir dinheiro podes dar meia volta.
— O vosso pai vos ensinou tão mal.
— Tão mal? Papai nos ensinou a sobreviver enquanto tu ficavas bebada, fui sempre eu que o ajudei em tudo, eu cuidava da casa enquanto saías o dia todo gastando o teu dinheiro.
— Vá embora Sasha! Por favor.
— Aqui o senhor não manda! Mais respeito comigo.
— Ei! Não me obrigues a expulsa-te á força só porque não sabes manter a tua boca calada.
— Sou tua mãe Natasha!
— Mãe?! — Vitor riu debochadamente. —Que bela mãe.
— Chega! Já deu, eu estou passando dificuldades, não tenho dimensões filhos me ajudem.
— Sai!
— Sério isso?
— Não ouviu? Vá embora.
Natasha estava a ferver por dentro, seu coração batia mais que tudo neste momento e de ver que sua mãe nunca tinha mudado foi a gota de água para ela, já Vitor estava mais calmo e tentado esconder que de facto também estava com raiva, o moreno sabia fazer isso extremamente bem.
— Eu vou processar-te!
— Ui que medo! Vai com calma querida, entra na fila pois o que eu mais tenho aqui é processo.
— Vai embora Sasha!
— Sasha não, tua mãe. Ou não te lembras que fui eu que te dei á luz! Sinceramente eu nunca devia ter engravidado do vosso pai.
Um estalo foi tudo que a morena lhe pode dar, além de estar a ser desrespeitosa na casa de Vitor ela não conseguia medir o estrago que sua boca causava na mente de Natasha.
— Vai embora! — Vitor a segurou pelo braço enquanto a tentava tirar.
— Rafael devia ter-te feito pior do que te fez, ele devia ter sido mais violento quando pôde! Nunca aprendeste a manter a tua boca calada.
Até eu já estava furioso, a morena não estava a calcular o estrago que estava cansando neste ambiente. Minhas veias ficaram tensas demais.
— Queres brincar é isso? Hum! Então vamos a isso, se usaste o meu passado numa discussão nunca mais terás o meu respeito!
— Nunca o quis. — responde ironicamente. —Me larga Vitor!
Vitor a tirou dali na maior fúria possível, para ele não o importava se ele era mais filho dela e digamos que depois do que ela falou tinha baixo na minha consideração num nível tremendo. Suas palavras cortaram a morena mais do que mil facadas!
Ela sentia-se tão mal consigo mesma que se fechou no quarto e não quis mais saber de ninguém.
— Amorzinho! Ei, vamos falar. Por favor abre a porta. Amorzinho!
— Deixa-me um pouco em paz Torre, por favor, faz isso por mim. Cuida deles por mim!
— Natasha.
— Por favor.
— Tudo bem, estaremos no quintal a apanhar fresquinha tudo bem?
— Tudo.
Ver ela totalmente acabada ainda mais com uma discussão com a mãe dela e ouvir da pessoa que a gerou nove meses em seu ventre era desastroso para ela, nunca me admirou tanto como agora de ó porquê de ela não querer ter tido filhos tão cedo.
Ela tinha medo de ser como ela. Nunca seria, Natasha era uma mulher diferente, os dias provavam exatamente isso.
De facto Natasha sempre demonstrou ser forte mesmo quando não era preciso, ela precisou amadurecer cedo demais, tratar da casa e dos que mais se importavam com ela. Eu nunca mais a iria abandonar.
— Levi está num avião com o titio Vitor!
— Xim titio. Um avião! Um avião.
— Que lindo fofinho.
Bem, fui novamente á cozinha e peguei no sumo que existia no frigorífico. Sumo de laranja que a morena fazia era sem dúvida dos deuses.
Estando a colocar sumo nos copos sinto um abraço por trás de mim, olho e logo vejo Natasha. A morena sentia-se segura comigo e eu com ela, ela tinha que ficar tranquila, eu não iria julgar-lhe pelo seu comportamento á pouco.
— Torres! Me desculpa. Eu não queria que tivesses ouvido isto ainda mais uma discussão com a minha mãe.
— Ah amorzinho, não peças desculpa. Tua família minha família, pessoas que não gostas eu também não gosto, pessoas que te querem morreram!
— O quê? — rimos pelo que disse. —És maluco, não mates ninguém por ninguém!
— Hum hum.
— Deixa disso zangadinho.
— Não me provoques amorzinho.
— Eu? Vem vamos levar isso.
— Ai Natasha que má.
— Má posso ser logo à noite na nossa casa agora vem.
— Ui que ela está uma fera.
— Para! — beijo seu pescoço.
Natasha me atiçava de um jeito inexplicável, num momento estava a pensar em tudo de mal e agora estava a pensar de como eu a haveria de impressionar cada vez mais. A morena era uma deusa, ela me tinha aos seus pés, tudo o que ela fazia me deixava ainda mais curioso.
Logo nos sentamos e em nenhum momento o pequeno deixava Vitor em paz, nem mesmo para beber um pouco e recuperar o fôlego. Levi tinha uma energia e uma alma impressionante, era raro quando ele dizia que estava cansado.
Ele seria uma excelente pessoa, eu sabia que sim. Levi sempre será amado por todos enquanto eu aqui estiver, ele será imbatível.
— Quem é este menino aqui? Só o vi no avião?
— Kero titio. Levi escolheu o nome dele.
— Que fofinho. Ele gostou de mim. Oi Kero, tudo bem rapaz?!
— Sabes quem me deu de presente?
Presente?
Que eu saiba só eu lhe havia dado presentes absurdos e escandalosos até hoje e quem tivesse dado podia se dar ao luxo de o ter de volta, ou não, eu gostei do Kero.
— Ferran! Quando estávamos zangados e ele veio cá a casa ficar alguns dias.
— Hum! Não sabia disso, ele não me tinha informado disso.
— Não precisa. — Levi se cansou. —Kero nunca me alanhou.
— Finalmente. — Vitor se deita na relva. —Obrigada.
Todos rimos quando vimos o pequeno a correr em direção dele novamente.
— Outra vez? Levi! — sente o pequeno saltando para cima de si. —Chega!!
— Irmão, não assim não.
— Mamãe! Titio Vitô não me ama. Mamãe.
Um choro forçado se fez presente nele, o pequeno definitivamente devia ser ator. Seria excelente nisso, além de muito crítico com o olhar ele era uma peça quando queria. Seus pedidos absurdos de querer coisas caras e de dormir com manias absurdas faziam-no ainda mais ser ele mesmo.
— Vitor então.
— Ah! Oh pequeno, titio está cansado. Me desculpa não queria falar assim.
— Mamãe! Titô não me ama.
— Ama sim.
Um belo final de tarde foi passado no quintal. Já tinha saído á 30 minutos e deixado Natasha se preparando enquanto eu organizava tudo em casa. Seria uma noite maravilhosa, seria uma noite para esquecer tudo o que aconteceu até aqui.
Existia apenas uma comida que Natasha gostava e felizmente havia todos os ingredientes para o realizar. Arregacei as mangas e comecei a minha tarefa, seria uma noite longa, seria um ato de verdadeiro heroísmo fazer um comer sem estragar nada na cozinha.
Cada minuto que passava era valioso, todo o momento ficava bastante ansioso, Natasha podia vir a qualquer momento e isso era muito estressante em pensar.
— Senhor quer que fique vendo o comer quando se arruma?
Lopez lia os meus pensamentos, eu precisava que alguém ficasse aqui ainda mais nesta comida.
— Claro Lopez! Demorarei pouco, fica tranquilo.
— Vá se arrume.
Subi as escadas, mas mesmo estando cansado não me deixa triste. Hoje a noite seria uma criança, era a melhor coisa do mundo. Eu amava isto.
Entrei no banheiro fiz minha higienes e logo dez minutos depois me arrumo, coloco o meu perfume que Natasha mais gosta e logo saiu novamente do quarto. Lopez já havia desligado o fogão. O comer estava 100% pronto, maravilhoso.
— Lopez Natasha está a vir?
— Enrique avisou que ela está a sair de casa agora.
— Ótimo! Obrigada.
Organizei a mesa, coloquei tudo e mais um pouco de uma cor clara e velas aromáticas e um ramo de flores no cimo me fazia lembrar da primeira vez que levei a morena a um encontro, a nossa mesa no restaurante estava simplesmente assim.
Tirei o comer do forno e coloquei no cimo da mesa, eu queria mostrar para ela que eu me tornei um homem mudado, eu queria que ela entendesse que de mim ela teria tudo. Sua lealdade era única.
Era ela, ouvir l som da campainha neste momento era como ouvir o som dos pássaros numa bela manhã de sol, meu raio de sol reluzente todos os dias da minha vida.
— Amorzinho! Vem tapa os olhos.
— Tapar os olhos. Vem eu mesmo te ajuda para não caíres!
— Fofinho.
— Ei sei que sim! — trinco o lóbulo da sua orelha. —Senhores.
Caminhei Natasha até á entrada da sala de estar e digamos que tinha feito pouco comer, a morena não gostava muito de comer durante a noite por isso foi meio caminho andado para que da próxima vez fizesse o seu comer favorito.
— Um, dois, três. Surpresa!!!
— Ah, meu comer favorito. Lembraste-te.
— Tudo por ti amorzinho, agora vem vamos comer.
Sem dúvida um dos meus mejores momentos que eu tinha com ela, Natasha era aquele tipo de mulher cativante e que gostava de tudo e mais um pouco que fazíamos em conjunto e nem um só segundo parou de comer.
Ela tinha saudades deste comer já á um mês, a última vez que ela o fez. Hoje a noite era para aproveitar, não demorou muito para acabar o comer e a sobremesa e logo nos dirigimos para a cozinha para lavar a louça, outra das nossas tarefas favoritas.
— Está sujo aqui!
— Ei! Isso é batota.
— Batota é teres feito o meu comer favorito.
— Aham revanche agora é? Não em testes amorzinho.
— Digamos que sim senhor Torres!
— Senhor Torres? Me chamando de velho?! Á querida não medes o perigo pois não?
— Eu sempre mexi com o perigo, desde que nos encontramos sempre estamos no perigo. Quem nunca gosta de uma vi ação.
A coloquei em cima da bancada e nossas bocas se tornaram uma só, o paraíso o na terra estava aqui bem na minha frente, sua boca era algo mágico. Nosso momento era extraordinário, aperto sua cintura e quando beijo seu pescoço e a morena agarra o meu cabelo, cada sensação era extraordinária.
— Torres. — fala ofegante. —A noite é apenas uma criança, vem vamos acabar de limpar esta bagunça e depois ver uma filme!
— Bagunça ? Mais bagunçada esta a minha cabeça com uma pessoa como tu na minha mente.
— Sou irresistível Torres.
— Uff uff!
— Para.
— Irritadinha!
— Ciumento.
— Maravilhosa.
— Encrenqueiro.
— Ahhh chega não venço nunca!
— Eu sei disso. — sorri para mim.
E que tal reescrevermos as estrelas?
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