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Este capítulo é recomendável para +16 anos porque contém cenas de sexo e linguagem forte.
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Please stay
I want you, I need you, oh God Don't take
These beautiful things that I've got
Please stay
I want you, I need you, oh God Don't take
These beautiful things that I've got
Oh-oh-oh-oh, ooh
• Beautiful Things - Benson Boone •
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Frase do Capítulo:
-Os dias sem ti costumavam ser auto-destrutivos!
António Torres, 2017
💄💋⚽️
António Torres
08:10h - sábado
Já fazia semanas que Natasha tinha voltado para a quinta. Tudo estava voltando ao normal, era algo que eu gostava, a minha rotina já não era mais monótona mas sim com um propósito. Acordei, virei minha cabeça para o lado e encontrei o amor da minha vida dormir bem do meu lado, bem como eu sempre quis e bem como era antes da discussão.
Deitado na cama, olho para o teto tentando encontrar meus pensamento positivos de volta a mim. A morena ainda não tinha acordado por isso tentei ser o mais gentil possível, ainda mais quando ela teve que ir apresentar a sua Tese ontem. Sim no meio das férias ela teve que a fazer, fiquei com pena dela....ela se esforçou demais para acabar isso a tempo e só no dia anterior ela havia acabado.
— Bom dia Torres! — se virá para o meu lado. —Tudo bem?!
Ouvir a voz de Natasha novamente era uma benção por completo. A morena sabia o seu lugar na minha vida e digamos que era bastante agradável tê-la perto de mim, ontem ela me havia informado que iria ver alguns vestidos pela parte da tarde com minha mãe, S/n, minha irmã e sobrinha e Emma e Ella. Bem, só mulheres que eram bastante importantes na vida dela.
—Bom dia amorzinho! — roubo-lhe um beijo. —O que vais fazer hoje hem?
Esperava que a resposta fosse boa.
—Ainda não sei! E tu?
—Não sei? - desconfio de algo. —Passa-se alguma coisa que eu deva saber?!
— Não! Que eu saiba não.
Ela tinha algo! E eu tinha que o descobrir.
— Tens mesmo a certeza amorzinho? Acordaste diferente hoje.
— Não tenho nada demais confia em mim Torres, estou perfeitamente bem além do mais tenho que ir ver os vestidos!
— Vestidos?
— Sim! De casamento, vou logo de tarde a tua mãe marcou na loja mais logo por isso mais um caminho andado para ficar em casa mais um pouco.
Deixa de ser assim António, se ela disse que está tudo bem não é razão alguma para desconfiares dela além do mais o dia está bonito e os pássaros cantam lá fora. Nada, nem ninguém poderia estragar hoje o meu belo dia e as belas coisas que tinha.
Natasha se levantou da cama e foi em direção á casa de banho, eu fiquei observando cada movimento dela e logo jogo a minha travesseira em cima da minha cara numa espécie de tentar abafar todos os meus pensamentos ruins que estava a ter naquele momento.
Tinha medo que Natasha me deixasse, nós ainda parecíamos dois desconhecidos dormindo no mesmo quarto e era ruim acordar todos os dias e ver que as nossas falas ainda não se encaixavam minimamente. Não estava sabendo lidar com aquilo ainda, ainda mais depois de tudo o que aconteceu e eu me culpo por não ter percebido os sinais que a morena me dava.
Fui um estúpido que não conseguiu aguentar a espera e soube da pior maneira possível. Minha vida, mudou completamente depois da notícia, porém isso não em faria menos homem e muito menos menos pai, filho e noivo. Todos eles precisavam de mim e eu deles, tudo na vida tem um propósito e eu ainda estava tentando descobrir o meu.
— Tens mesmo a certeza que está tudo bem amorzinho? — bato na porta.
— Sim! Tudo bem, daqui a pouco vou sair para me encontrar com Emma e com a Ella! Lembrei agora disso.
— Tudo bem.
Bom diga-se de passagem que eu já havia escolhido o meu fato de casamento, porém amanhã também acompanharia o irmão e o pai de Natasha a visitar lojas para comprar os fatos. Bem....eles nunca tiveram grandes posses para comprar fatos tão caros e como eles fariam parte da família daqui a alguns meses eu queria dar-lhe esse presente e pagar eu mesmo.
Estava no closet tentando escolher alguma roupa para a morena, todavia sem cabeça para isso. Era tanta roupa linda que até eu estava confuso em decidir qual roupa eu ia escolher para ela. Ouço uma porta a abrir e logo vejo que a Natasha havia saído da casa de banho.
— Estás linda! — a beijo. —Estava tentando encontrar algo para ti.
— Hum! Tens bom gosto Torres.
Bom gosto?
— Tenho?
— Sim! Paraste na sessão dos vestidos e além do mais hoje faz muito calor. Vou com este!!
— É! - coço a cabeça sorrindo ligeiramente. —Era esse mesmo que eu ia escolher.
— Bobinho! Vem em ajuda a apartar o zíper dele anda.
— Podíamos fazer outras coisas!!! - a agarro pela cintura e logo ficamos cara a cara.
Eu amava ela! Ela era a mulher com quem eu sentia uma paz interior imensa, era ela que eu queria para o resto da minha vida. Eu e ela fomos destinados a ficar juntos e mesmo tanta coisa já acontecendo na minha vida anteriormente eu sabia que Deus havia reservado alguém maravilhoso para curar minhas feridas.
A coloquei em cima da cadeira do closet e começamos a nos beijar. A sua boca era a mais suave que alguma vez havia beijado, eu não sabia porque razão ela me deixava tão excitado e saber que ela continuou o beijo sem reclamação me fez mais querer que tudo estava bem entre nós, ou pelo menos caminhando para ficar bem.
Minha alegria era ela.
— Papai! Papai! Papai!! — S/n nos interrompe a poucos metros. —Eca, bem. Estou a chamar-vos para ir lá para baixo.
— O que foi princesa? — riu junto com a morena.
— O senhor Rui e a senhora Lara estão aqui!!
Minha filha continuava na mesma mania absurda de não tratar os pais de Natasha por avós e nunca os tratou e digamos que sei com quem ela aprendeu isso. Eles tinham um feitio bastante complicado com isso, todavia eu também não a culpa por tratá-los como desconhecidos. Rui e Lara não eram muito bem vindo por parte dela e de Ferran.
— Quem são eles?
— Pais da Núria, nunca quiseram saber dos netos e agora lembraram-se por livre e espontânea vontade que tem!.
— Venham! Vem mamãe, meu papai ainda te amassa toda vem. — a puxa. —Porque não vens?
— Não posso ir descalça princesa. Me ajuda no quarto e esperamos pelo papai tomar banho ok?
— Tudo bem mamãe.
— Logo continuamos! — sussurro em seu ouvido. —Não escapas tão cedo de uma reconciliação completa.
— Vou pensar. — me beija e logo sai rindo.
Natasha me fazia um homem completamente louco por ela.
S/n afirmou que seus avós, pais de Núria estavam aqui. Nunca tive uma boa relação com eles, admito, mas não podia agradar todas as pessoas mesmo eu tentando mostrar para eles que eu podia fazer a sua filha feliz, mas pelos vistos foi ela que não me mereceu.
Minha mãe também não gostava nem um pouco da presença deles, meu pai não se importava, mas se começassem a provocar talvez ele os expulsasse da quinta. Confesso que era isso que eu queria e não me estava importando para como eles iriam reagir.
Vesti uma roupa confortável e logo as vi fazendo a cama, bem, nunca pensei que conseguiria tomar banho tão rápido como o fiz, todavia eu não podia deixar os convidados esperarem demais lá em baixo e digamos que eles não gostavam de esperar tanto tempo.
— Podemos ir donzelas.
— Finalmente né papai! — fala sorrindo e saindo da porta correndo. —Venham logo! — acrescentou falando um pouco alto.
— S/n ainda te mata de vergonha Torres.
— Não me importo desde que seja pessoas que amo a fazerem isso não estou nem aí.
— Então quer dizer que eu posso envergonhar-te? Bem na brincadeira claro.
— Aham Aham!!! Podias envergonhar-me mil vezes que eu não me chatearia contigo.
— Não pensemos nisso.
Descemos as escadas e peguei na mão de Natasha, eu queria mostrar a eles que estava feliz e de facto eu estava. Eles nunca gostaram do facto de eu ter uma pessoa de cor presente na vida dos seus netos, mas eu não me importava nem um pouco com isso e muito menos as crianças.
— Bom dia senhor Rui e senhora Lara! Não os esperava aqui hoje.
— Viemos porque soubemos de último hora pela nossa filha que o senhor se irá casar com essa....bem.....com essa senhora aí.
— MAIS RESPEITO NA MINHA CASA. — grita meu pai em forma furiosa. —Natasha é uma mulher extraordinária, já a sua filha.
— Não ouse falar da minha filha senhor Torres!!
— E o senhor não ouse falar da minha futura mulher dessa forma senhor Fonseca.
— E o que quer que o meu marido diga? É a mais pura verdade nós não a queremos perto dos nossos netos.
— Nunca se importou connosco vovó é muito menos o senhor vovô! Nunca nos vieram visitar um só dia e agora vem aqui a poucos meses do casamento e dizem isso? — Ferran se levantou furioso e pegou na mão de Natasha. —Esta bela mulher aqui é mais uma mãe para mim e para a minha irmã do que a nossa verdadeira mãe.
— Meu irmão tem razão. Nós a amamos e não vamos deixar de o fazer para se sentirem bem com vocês mesmo!!
— Olha só.
— Nem ouse tocar nela. — me prontifico puxando a pequena para trás. — Olhe Rui, se veio nos perturbar neste dia maravilhoso pode dar meia volta e sair da quinta o quanto antes.
— Minha jovem! Pegue este envelope e desapareça do mapa o mais rápido possível.
Eu estava indignado! Eu não acredito que a minha ex-sogra havia dado para Natasha um envelope com um chefe com uma absurda quantia de dinheiro para ela desaparecer. Eu estava simplesmente sem entender o ponto a que ia chegar, Natasha riu e minha reação foi de simplesmente uma confusão mental absurda.
— Está rindo porquê?
— Não vou aceitar isto, António é o homem que eu amo, seus filhos são as pessoas mais angelicais que alguma vez vi e seus pais.....bem, seus pais são as pessoas que sempre me ajudaram nas minhas dificuldades mesmo sem querer nada em troca.
— Eu sei que apenas queres te casar para depois engravidares e sumires com o dinheiro dele. — um estalo Natasha dá a Lara.
Bom! Desta eu não esperava.
— A senhora está maluca.
— Até pode ser muito bem pior! — S/n assentou se colocando na frente. —Nem pense em colocar um dedo nela.
— Saiam daqui! Vocês aqui só estão fazendo o maior escândalo e se vocês os dois pensam que eu vou desistir de casar com a mulher que amo estão muito enganados.
— Ouça a voz da experiência! Minha filha pode até ter errado mas se redimiu e o ama, ela sim faria tudo para o ter, não esta aqui.
— NÃO FALE ASSIM COM ELA JÁ FALEI!!! Sai antes que os expulse eu mesmo daqui.
— Me conte uma coisa senhor Rui! - é minha mãe. —Sua esposa já o traiu?
— Já! Mas eu a perdoei.
— Que eu saiba quem ama não trai e digamos que a senhora só está com ele por dinheiro devo apostar quanto? — meu pai desta vez. —Me fale?!
— Vem querido! Vamos embora.
— Não! Agora não vamos até me dizeres se me amas ou já me trais-te mais vezes.
— Eu te amo Rui que brincadeira de mal gosto vem a ser esta agora, vem vamos embora.
— JÁ ME TRAÍSTE MAIS VEZES???
Bem e de um momento para o outro toda esta história tinha virado um autêntico campo minado de revelação já bastantes interessantes devo admitir e se eu não fosse adulto eu mesmo pegaria nas pipocas e assistiria em primeiro plano tudo isto.
— Já.....já! Mas eu te amo aquilo foi muito antes de termos os gémeos por favor não faças isso.
— Sai! Bem...minha senhora pense bem na oferta e netos maravilhosos vovós vem vos visitar mais vezes.
— Não queremos. — em uníssono S/n e Ferran se fazem presentes.
Foram embora e até eu fiquei admirado com a tamanha qualidade de Lara dizer isto na frente do seu marido. Nunca na vida tive a oportunidade de os conhecer direito, mas neste meio tempo em que aqui estiverem notou-se precisamente as pessoas persuasivas que eram e fariam de tudo para ter o que realmente queriam até ao final.
Parti para a cozinha e lá comecei a preparar o meu café da manhã, meus pais e meus filhos já haviam comido por isso apenas faltava eu e a morena que ainda havia ficado com S/n na sala.
— António! — se pronuncia após fechar a porta do frigorífico me assustando. —Desculpa não queria te assustar!
— Não faz mal. Diz amorzinho passou-se alguma coisa.
— Na sala......quando ela me apresentou o envelope com aquela quantia de dinheiro. Tu imaginaste ou te veio á cabeça que eu aceitaria?
— Quê? Lógico que não amorzinho, se tu quisesses mesmo o dinheiro já tinhas usado o cartão ilimitado que te dei! Mas....em todos estes anos nunca quiseste tocar nele.
— Eu te amo!
— Porra Natasha, eu também te amo. — pego em sua cintura e a beijo. —Não fales assim gata, me motivas ainda mais a levar-te para o quarto e nos trancar os dois lá!
— Logo quem sabe não é Torres?
— Logo?
— Talvez! — solta um leve sorriso e abre o frigorífico. — Nem começas agora não, teus filhos podem aparecer. — a beijo levemente no pescoço.
— Deixa aparecer amorzinho.
— Torres! Torres!! Não sejas criança tenho que estar apresentável!
— Já és bonita com ou sem maquilhagem, não fazia um pouco de diferença se pareceres lá com alguns fios de cabelo fora do lugar.
— Bobinho.
— Aham Aham. Amorzinho eu sou todo teu.
— E eu toda tua.
💄💋⚽️
Natasha Costa
15:00h - na cidade á quinta
Estava aqui dentro do carro há uns 20 minutos e não sei mais quanto tempo teria que ficar aqui trancada. Aurora não me havia informado de onde era a loja no centro do Algarve e pelo que sei a quinta ainda fica um pouco longe de tudo. Estava começando a entrar em desespero se não saísse o mais depressa daqui de dentro.
S/n estava ao meu lado e Aurora hoje havia decidido dirigir tal não acontecia á dois meses consecutivos, fiquei admirado pois eu quase não a via pegando no carro ela mesma para tal coisa. Glória também vinha de propósito aqui a Portugal para esta grande escolha e trazia Emma e Ella. Eu tinha saudades de todas devo admitir, nunca me senti tão bem por ter elas na minha vida.
— Está tudo bem mamãe! Vai tudo correr bem.
— Ah pequena! Claro que vai, com vocês nada tem que correr mal não é mesmo?
— S/n tem razão querida!! Passa-se algo que devemos saber? Em questão ao pagamento do vestido todas nós iremos dar um pouco o nosso contributo.
— Contributo o quê?
— É quando todas nós juntamos em cooperação para pagar algo a outra pessoa!! — digo em resposta. —Já tens uma nova palavra chique para o teu precioso vocabulário. — acrescentei fazendo cafuné em sua cabeça.
— É! Verdade, tenho que apontar isso.
De qualquer modo, eu gostava imenso desta interação que havia entre nós. Aurora logo estacionou o carro e me vi no centro da cidade, ao longe via Glória, Emma e Ella e claro S/n correu para a amiga. Ella e S/n eram grandes amigas devo admitir, elas faziam tudo em conjunto quando aqui estavam.
Depois que me tornei noiva de António, as pessoas me olhavam com outros olhos. Seus olhares me davam um pouco de medo ás vezes e muitas das vezes eram olhares julgadores a todo esse ponto me deixa bastante estressada.
— Cunhadinha querida! Como vai a vida hem? — Glória me recebeu de braços abertos. —Soube que se reconciliaram.
— Como.....como soubeste? António e eu temos isso em segredo, todos sabem que ainda estamos no meio da adaptação depois de tudo.
— Meu irmão me contou, ele nada esconde de mim e digamos que eu tirei essa informação dele, contra uma mulher que ama ele baixa logo a guarda.
— Bem digamos que S/n nos viu beijando hoje de manhã.
— Foi um beijão mamãe!!!! Isso sim. — alteia a voz no meio da rua. —Papai e mamãe estavam felizes.
— S/n, querida. — é Aurora.
— Então amiga! Como está o pequeno príncipe, Levi está bem?!
— Bastante, eu estou bem! Ella está bem!! O Diego foi para uma missão, mas tudo está a ir bem. Depois de bastante tempo meu pai me veio ver.
— Eu amo a tua energia amiga. Espero que vivas por bastante mais anos e os vejas crescer.
— Ela vai querida! Bom....chegamos.
— Aurora!!! — digo arregalando os olhos. —Essa é a loja mais cara.
— Que nada mamãe! Vem logo antes que te puxe para dentro.
Eu estava feliz com tudo isto, mas pagar rios de dinheiro por um simplesmente vestido que apenas usaria por um dia era demais. Eu não queria abusar nem nada, porém eu também não queria ser mal educada e desistir da boa vontade que Aurora e Glória tiveram em me trazer aqui.
Me sentei num canto e observei S/n e Ella brincando com meus dedos e Emma se sentou perto de mim acariciando a barriga e Aurora e Glória esperaram serem atendidas. Nunca pensei em chegar a este momento do casamento tão cedo na minha vida ainda mais com um homem bastante mais velho, porém quando António apareceu eu comecei a gostar de alguém mais velho. ELE!
— Esta bela senhorita aqui é que é a noiva maravilhosa que todos falam? — a funcionária veio ter comigo. —Prazer, meu nome é Rafaella! Que tipo de vestido tem em mente?
— Meu....meu nome é....
— Menina, minha mamãe é um pouco nova nestas coisas e digamos que eu também, mas eu tenho a certeza que ela libertar-se-á daqui a pouco vai ver. Seu nome é Natasha, ela vai casar com o meu papai.
S/n e a sua boca grande. A pequena sempre tinha uma resposta para tudo, mas por vezes falava coisas assim sem nem pensar poderia causar-lhe problemas como muitas vezes veio a acontecer, nada demais, porém sempre eu ou Aurora tínhamos que intervir para seu pai não acabar descobrindo.
— Olhos não mentem! Natasha está apaixonada e eu tenho dois vestidos ideais para ela experimentar.
— Experimentar? Aqui?!
— Tem algum problema?
— Tudo bem querida, eu aperto caso precisar...vai tudo correr bem! — Aurora me acompanha. —Venham! Vem Glória já casaste agora é a vez da Natasha.
— Sempre fico emocionada mamãe.
— Bom....temos estes dois, um com uma racha nas pernas e com decote belíssimo que lhe ficará perfeitamente maravilhoso ou este simples mas bastante elegante!
— Posso provar os dois e depois decidimos? — pergunto indiscretamente.
— Claro. Os provadores são para aquele lado.
— Obrigada.
Os vestidos eram simplesmente perfeitos, um mais lindo que o outro, todavia o segundo me havia deixado de boca caída. Era simples, mas elegante e eu gostava imenso disso....mostrei o segundo vestido para todas e ninguém disse uma só palavra. Fiquei com medo de reprovarem a escolha pois eu simplesmente havia amado ele.
— Então! Não irão dizer nada? — bati levemente com minhas mãos sobre as pernas.
— Uau!
— Mamãe, papai vai babar.
— Cunhada maravilhosa.
— Ai amiga, parecia eu á seis anos atrás escolhendo o meu.
— Titia está bonita.
— Gente parem estão me deixando envergonhada com isso.
— De facto senhora! Está maravilhosa e digamos que o vestido lhe acentou perfeitamente, precisamos apenas apertar um pontos para ficar mais junto na cintura, mas de resto está ótimo.
— Sério?
— Natasha! Meu filho se não cair quando te vir eu mesmo o atiro ao chão. — ri Aurora e me libera um sorriso nostálgico. —Digamos que ele te ama demasiado.
A menina foi bastante gentil, chamou a sua colega e a ajudou a fazer as marcas certas. Olhei para a zona da porta e vi que Enrique e Ryan estavam perto um do outro bem encostados na porta olhando para cá. Bem....não sei porque razão eles vieram para dentro da loja, porém não me queria incomodar com nada disso agora.
Fui novamente para dentro me trocar e logo lhe entreguei o vestido para os retoques finais. Eu estava radiante e digamos que quem estava mais do que eu era S/n, a pequena não parava de sorrir para mim e depois de hoje descobrir que eu e seu pai não beijamos a deixou ainda mais alegre.
Fomos ver outros vestidos para elas na loja e eu fiquei mexendo no telemóvel tentando encontrar um meio de fuga para os olhares brilhosos da pequena e num momento para o outro ela e Ella foram para outra sessão, a delas, encontrar um vestido que lhes ficasse bem. Bom....todos ficariam devo admitir, mas ver que elas estavam mais animadas do que eu nesta loja me desesperava um pouco.
— Que tal este rosa mamãe? Vou ser a menina das alianças com a Ella e a Hannah né? Né? — me abraça e olha para mim.
— Ainda estamos a pensar princesa, mas quando planearmos isso serás a primeira a saber!
— Mesmo?
— Claro! Que sim. E tu, Ella?! Que tal já escolheste algum?
— Sim. Este, gostei bastante é parecido com o teu amiga.
— Que lindo onde o arranjaste?
— Ali vem vamos ver.
— Cuidado meninas. — falei um pouco alto, mas não me ouviram.
A loja tinha imensos vestidos, nem sei como conseguiam manter um negócio assim, porém tinha que existir um ainda mais porque vestidos de casamentos não se vendem ao virar da esquina e baratos. Quem me dera que isso fosse verdade e nascesse numa família com posses, porém eu sei que Deus sempre tinha algo reservado para mim e eu nunca me arrependi de vir de onde vim.
Minhas origens eram fundamentais para a pessoa que eu era hoje e digamos que aprendi muito acima disso tudo. Sempre aprendi a ser gentil com todas as pessoas e era isso eu estava fazendo e tentando tornar do mundo um lugar melhor.
— Senhora! — Enrique interveio. —Venha, vamos para ali.
— Está tudo bem?
— Rafael, está perto desta zona e da loja. Agora venha vamos mais para o centro.
— Tudo.....tudo bem.
— Aurora! Podemos ir embora? Outro dia.....outro dia.
— Querida! Ei, o que se passa?
— Rafael senhora! Ela está por perto, se já escolherem os seus vestidos recomendo a pagar o mão rápido possível e voltar para casa.
— Tudo bem! Eu, Glória e Emma já escolhemos vou ver como está a minha neta e Ella com esse assunto.
— Ótimo. — se afasta e vai para perto da porta.
Quando Enrique havia dito aquele nome me apavorou demasiado em tantos anos não havia sequer ouvido falar dele e agora que António e eu estávamos preparados para casar tinha que vir ele e James para nos atormentar novamente, porém tínhamos uma pessoa extra que deixava António com os cabelos em pé, Nikolas.
As meninas se apresaram, pagamos tudo e logo fomos diretas para a quinta. Tentei ao máximo não olhar para a minha frente e sempre estava ficada no que Ella e S/n faziam. Olhar para a cara de Rafael me trazia muitas memórias e o ignorar era a melhor coisa que eu podia fazer.
— Mamãe! Onde vais? — S/n se sentou no sofá.
— Vou buscar uma coisa! Tenho que sair princesa.
— Não queres companhia querida? Sei o quanto saber que ele te estava vigiando te abalou.
— Quem a estava vigiando? Quem vos estava vigiando? — António se pronuncia atrás de mim me agarrando pela cintura.
— Vou deixar-vos a sós! Fiquem bem.
— Rafael, amor! Os seguranças avisaram Enrique que ele estava por perto, talvez para tentar algo.
— Oh amorzinho! Vem aqui vem.
— Tenho medo Torres.
— Não tenhas, agora vem vou levar-te a um lugar que conhecerás as nuvens. — pega na chave do carro. —Nós já vimos família, talvez só chegaremos de noite!!
— Tudo bem irmãozinho! Demorem o tempo que for viu.
— Quando paras de ser irritante Glória?
— Tu me amas.
Saímos e António deixou sua irmã falando sozinha, eu não gostava que ele fizesse isso, mas tanto passou pela minha cabeça hoje que eu nem iria tirar satisfações acerca disso. Me levando para o seu lugar especial novamente agora sem seguranças nenhuns o moreno sabia exatamente que eu precisava respirar um ar puro como este.
Eu precisava ser dele!
— Tu és minha amorzinho.
Começando a nos beijar contra o carro o moreno começa a acariciar o meu pescoço com sua língua, tirando a sua camisola sem aviso prévio o moreno retira todas as minhas roupas em vingança disso. Eu gostava destes momentos e de facto eu precisa de algo deste tipo, eu estava tensa demais.
Terminei o seu lance com um puxão de braços para mais longe do carro, nos deitamos na relva e começamos a acariciar o corpo um do outro e fazendo movimentos de vai e vem em cima de mim o moreno selava o nosso momento com mãos dadas, mãos essas que faziam maravilhas um num outro.
Trocando de posições eu mesmo começo a beijar seu pescoço e a fazer movimentos vai e vem. Me sento em seu colo e as emoções estavam á flor da pela, aquele era o momento que nunca morria e digamos que eu não conseguia lutar com este sentimento amoroso por sua parte.
António foi sempre bastante carinhoso em relações íntimas, algo que meu ex-namorado não conseguia ser. Eu tinha uma vida muito boa ao lado de António e ele era o homem mais maravilhoso da face da terra.
Eu agora o tinha aqui comigo.
— Estás melhor amorzinho?
— Agora sim! E tu?
— Nunca estive melhor do que hoje, sem dúvida alguma sentia falta destes nossos momentos.
— Não digas isso, tudo na vida tem um propósito e digamos que Deus escreve direito por linhas tortas.
— Sim! Vês, o céu! Ele está lindo. As cores.
— Eu amo esta tonalidade no céu, me faz esquecer das más coisas que passei.
— E eu também! — ri retornando o olhar para mim e começa a acariciar o meu cabelo.
—E se....
— E se isso acontecer vamos os dois enfrentar isso juntos como sempre fizemos com um milhão de coisas tudo bem?
— Ok! Mas e se eu....
— É sempre um e se...amorzinho! Serás uma excelente mãe vais ver. Se ficares eu não me preocupo em ficar os nove meses contigo fechado no nosso quarto para que nada te aconteça.
— Também não é bem assim Torres, tens a tua vida!
— Nada é mais importante do que a família. Uma vez me dizes-te isso.
— É! Disse. — o beijo e logo me sento.
— Amor, este amor. Eu nunca deixarei morrer o nosso amor e nunca ser tocado por ninguém. — acaricia suavemente minhas costas. —Tu és a razão para a qual eu acredito no paraíso.
— Não me provoques Torres.
— Eu? Nunca. Nunca da vida. — ri e logo me joga para perto dele. —S/n está muito feliz para o meu gosto.
— Para! - riu ligeiramente e logo o beijo. —É! Depois que nos viu a beijar também não é para menos António.
— Á para amorzinho, eu sei que gostaste e digamos que podíamos continuar o nosso serviço.
É, eu gostei, porém a minha vida não se resumia apenas a ficar fechada dentro de um quarto com ele. Bem que eu queria que isso se tornasse possível, todavia eu tinha que cativar o mundo com a minha boa vontade como eles sempre me disseram.
— S/n me perguntou se pode ser a menina das alianças com a Ella e a Hannah! A pequena está mais ansiosa para o casamento do que nós os dois.
— Claro que pode. Eu ia referir isso mesmo hoje no jantar daqui a pouco. — se joga para cima de mim. —E digamos que ela quer que tu te tornes oficialmente uma Torres como ela.
— Pode considerar isso uma promessa em outubro, ela ainda vai desmaiar quando isso acontecer. A conhecendo bem, não me admira que fará isso mesmo.
— E eu junto dela quando te vir entrando por aquela igreja maravilhosa. Se não desmaiar minha mãe me joga e conhecendo ela perfeitamente ela fará isso mesmo.
— Não queria dizer nada, mas ela me disse isso mesmo!
— Eu disse! — sorri para mim e logo o beijo.
Eu estava tão grata por tudo.
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