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Keep your eyes on mine
And if you want I'll tell you lies
Tell you I'm yours for life
And no one ever knows
She's on my mind when I'm on yours, oh

• Renegade - Aaryan Shah •
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Frase do Capítulo:
-Tu és uma das mulheres mais sincera que eu alguma vez amei!

António Torres, 2012

💄💋⚽️

António Torres
19, dezembro de 2012 // 16:00H

Já estava á bastante tempo longe da minha família e da mulher que amava. Eu gostava tanto da companhia deles que tinha que vir dois dias antes da da primeira ronda de jogos do Barcelona acabar. Eu amava demais estar com a equipa, todavia se eu não estivesse com a minha família comigo tudo era complicado e bastante difícil.

Por mais que eu quisesse ficar sentada no jato, meus pensamentos irrequietos não me deixavam estar quieto, andei de um lado para o outro pensando na hora que visse meus pais, meus filhos e Natasha. Ai, ai Natasha, minha bela futura mulher, todas as pessoas do planeta acho que já estavam a par que havia algo entre nós, porém a morena fazia-se de complicada.

Minutos depois o jato aterriza e lá vou eu descendo as escadas e lá estavam eles, mas Natasha não a via por isso perguntei ao Lopez o porquê de Enrique não a ter trazido. Nem uma resposta recebi pela sua parte e comecei a ficar preocupado pois ela podia estar em perigo e eu tinha que saber urgentemente.

Fico surpreso ao ver que de longe estava Núria, não era ela a mulher que eu esperava e tão pouco nestas horas, mas eu acho que tinha um dedo nela para que Natasha não tivesse vindo. Meus filhos me abraçaram e logo caminhei para a beira dos meus pais, eu estava com medo que eles me dissessem o que eu não queria ouvir.

— Que saudades filho! Como foi em Barcelona? — aborda meu pai após um abraço longo. — Está tudo bem?

— A equipa está a ir muito bem, mas a minha questão é outra.

— E o que seria filho? — fala minha mãe me ajudando com as malas. —Se for com a Natasha ela está a fazer o último exame antes das férias!

— Exame? Mas ela já não devia estar em férias?

— Papai, a mamãe Natasha sente saudades suas por isso ela ficou doente a semana passada e não pôde fazer o exame.

— E agora ela está a fazê-lo!! — acrescenta Ferran com um sorriso no rosto. —Mamãe Natasha sente saudades suas.

— Filhos!!! — Núria com um olhar de raiva a pega pela mão. —Vem, vamos para casa.

— Larga a S/n agora Núria!

— Ela é minha filha também.

— Até pode ser mas ela está sobre a minha responsabilidade e eu a educo como bem entender.

— Parece que não estás a educar da melhor forma!

— Pai, mãe tenham calma por favor!!!! — diz Ferran nos empurrando um para cada lado.

— Filho tem calma, tem muitas pessoas a ver.

Núria realmente conseguia me irritar profundamente, fazendo questão de envolver nossos filhos em nossos problemas. Eu conhecia perfeitamente seus planos, mas mesmo que ela quisesse satisfazê-los a qualquer custo, ela não os iria concretizar, eu não deixaria.

Eu me arrependo amargamente de ter me envolvido com Núria, já que nem como mãe ela conseguia se sair bem.

Um longo tempo se passou e eu já me tinha divertido imenso com as crianças por isso foi a hora de eu partir para outros rumos. Buscar a Natasha na universidade era a minha meta agora, eu queria lhe fazer uma surpresa e digamos que ninguém lhe havia mandado mensagem a dizer que eu aterrizei de avião.

A morena me esperava daqui a dois dias, todavia a minha felicidade era a maior de todo o mundo. Eu estava com tantas saudades da sua companhia que não mais pude esperar, ela era a mulher dos sonhos de qualquer homem e mesmo ela sendo quase a metade da minha idade isso não me impedia em amá-la corretamente.

Algo nela me excitava, algo nela me fazia querer reviver cada momento, cada minuto, cada hora e cada dia com ela. Natasha sem dúvida foi destinada por Deus e eu sabia que foi ele mesmo que a colocou no meu caminho para eu encontrar encontrar novamente a felicidade. Eu estava realizado.

Estava dirigindo o carro até á faculdade e não via a hora de ela sair e me ver esperando por ela. Minha mãe me disse que ela sairia daqui a 10 minutos por isso tinha que conduzir um pouquinho mais do que o normal, nada me pararia por ela exceto problemas familiares que um dia também seriam dela.

— Senhor! Natasha está quase a sair, Enrique a viu a arrumar o seu material.

-Temos que chegar o quanto antes Lopez, diz para Enrique a empatar por favor!! — digo falando pelo telemóvel e logo desligo. —Ai meu amor, finalmente te irei ver. — acrescentei em meus pensamentos.

Nem um minuto deu e já estávamos na faculdade, saí do carro e logo me coloquei encostado á porta do passageiro e Lopez me afirmou que Enrique a entreteve por um pouco até a liberar agora. Minha ansiedade estava a mil, minha doce e bela Natasha estava prestes a aparecer por aquela porta.

Abrindo a grande porta a vejo em seu belo semblante e sem acreditar em me ver esperando por ela a morena largou tudo e me abraçou com todas as forças. Aquilo era a coisa mais mágica que eu alguma vez recebi de uma mulher que tinha afeto romântico por mim.

Chorei! Ao ponto onde eu cheguei.

— Não te esperava aqui Torres! — disse rindo. —Porque choras?!

— Me abraçaste! Ninguém tinha feito isto comigo até hoje.

— Ella não te amou da melhor forma, mas eu....

— Melhor companhia era impossível amorzinho, vem tenho uma surpresa para ti antes de ir para casa!

— Surpresa? Nem é meu aniversário.

— E precisa ser para te presentiar? Depois disto eu podia passar os 365 dias do ano te presenteiam com os mais caros presentes alguma vez visto.

— Ainda ias falir comigo.

— Que nada amorzinho. Vem, entra no carro eu mesmo dirigo! — murmuro em seu ouvido e logo roubo-lhe um beijo.

Aquilo não era fruto da minha imaginação, eu tinha bastante a certeza disso. A minha única missão hoje era fazê-la feliz, feliz como ela nunca foi e depois de tudo o que ela passou ela precisava descontrair por isso a levei para um sítio bastante especial para mim. Um lugar que minha mãe tinha descoberto e digamos que eu amei a primeira vez que lá fui quando tinha 10 anos com ela.

Eu queria que Natasha soubesse o quão feliz eu estou com ela e só pessoas especiais sabiam daquele lugar e mais uma saberia para onde vir quando tudo apertasse e eu iria a procurar lá. Era lindo o amor que sentíamos um pelo outro, minha paixão por ela só aumentava a cada segundo.

Saímos do carro e eu avisei aos seguranças para ficarem na entrada do local, eles sabiam que este lugar não tinha mal nenhum em eu ficar sozinho por isso nem discordaram em nos deixar sozinhos. Fui á mala, peguei na cesta da comida e numa toalha e logo a guiei pela mão pois seus olhos estavam vendados.

— Não vais me atirar de um penhasco pois não? Sou muito nova para morrer.

— Que dramática amorzinho, eu não faria isso nunca. Vá não tenhas medo, cuidado é com as cobras. - falo rindo e logo ela me para. -Que foi, não tenhas medo não á aqui cobras estava só a brincar.

— Pensei, iria voltar para onde não deveria ter saído! Dentro do carro.

— Podíamos fazer lá, mas depois tinha que sair e não dava!

— Hum hum! Já posso tirar a venda?

— Un momentito!!

Era por do sol e aquilo estava bonito, hoje não fazia frio por isso fiquei mais relaxado perante todas as circunstâncias ainda mais pela morena ter pegado gripe a semana passada. Estendi a toalha e logo coloquei a cesta numa das pontas da mesma, tirei a venda e logo ela se impressionou com a imensidão da paisagem em seu redor.

Até eu ficava maravilhado em como nada disto mudou em tanto tempo. Minha mãe tinha mesmo razão em escolher este lugar "—As coisas bonitas sempre estão em nossa memória, não deixes elas desaparecerem!" frase dela e não qual eu concordo até hoje em todas essas palavras.

— Que vamos fazer?

— Aproveitar a vida o que achas? Ainda somos novos amorzinho!!

Logo ela me beija e no mesmo instante o meu único reflexo foi nos deitar na toalha, aquilo era intenso ainda mais do que na primeira vez do que fizemos. Aquelas sensações estavam ecoando por todos os lados, nossos corações sincronizados e nossas respirações ofegantes alertavam para o clima harmonioso entre nós.

Trocando de lugares logo a vejo em seu todo o esplendor, passando minha mão sobre sua barriga me fez arrepiar por completo. Ela me fazia o homem mais realizado naquele momento, era algo perfeito. Deve-se ressaltar que nenhum de nós tinha limites perante aquela situação e aquilo estava ficando cada vez melhor.

— Parece que temos que deixar para outro dia o mini jantar. — fala ela rindo após ouvir meu telemóvel tocar.

— Minha mãe! Ela só me telefona em casos urgentes, vou ver o que aconteceu.

Interrompidos por um toque de telemóvel, sempre tinha que haver algo para interromper momentos tão mágicos e prazerosos como um telemóvel. Atendi e era a minha mãe do outro lado da linha, dizendo que tinha que vir para casa o mais rápido possível. Estava lá em casa Ethan, eu já lhe havia dito que não queria falar com ela mas parece que ele não entendeu essa palavra.

Tinha que resolver por mim próprio este assunto.

— Sobre a Natasha? — gritando alto a pego de surpresa. —Desculpa amorzinho. Mãe, diz a ele para deixar para amanhã por favor.

— António? O que foi? — me encarou com a sua mão em meu peito.

Ethan estava a ser um insuportável estes dias, não parava de me ligar e provavelmente ele tinha descoberto que eu tinha chegado a Portugal e viu esta ocasião para me irritar ainda mais. A última vez que vi o moreno foi no evento do mês retrasado, eu e ele não tínhamos uma amizade muito ligada mas éramos bons amigos.

—Ethan está lá em casa, parece que minha mãe não o conseguiu expulsar de casa.

— Ethan? - surpresa com meu diálogo a morena se fechou em seus pensamentos.

— Ei, ei, ei! Está tudo bem?

— Es....está sim!

— Não não está, o que foi podes me contar Natasha.

— Ethan, ele me viu no parque a andar dois dias antes do evento e ele....

— Ele? O QUE ELE TE FEZ??? — incrédulo me rendo apenas a apertar meu punho sobre a relva. —O que ele te fez Natasha. — acrescentei já irritado e ela olha para mim.

— Ele disse que como é que uma mulher pode ser tão popular e depois também disse há já sei, indo para a cama com outros homens! Eu me irritei e dei-lhe um estalo. Me desculpa não não queria que soubesses assim.

— Nata....

— Me perdoa! Me perdoa!! Me perdoa!!! - fala me abraçando e começando a chorar.

— Está tudo bem amorzinho, estou orgulho de ti. Agora vamos mas é resolver este problema!

Nos levantamos e logo Natasha dobrou a toalha e logo seguimos para o carro. Disse aos seguranças para dirigirem o mais depressa, mas mesmo irritado eu sempre tinha um sorriso para a morena que já abalada e irredutível em seus pensamentos encostada na janela.

Eu ficava triste que ela ainda vivesse situações deste tipo com homens que não sabem manter a sua boca fechada. Ethan era com este temperamento, o moreno gostava bastante de provocar todo o mundo e até eu algumas vezes me chateava com ele por causa desse seu temperamento e estilo de falar.

Abri os portões da quinta e logo adentrarão os 4 carros que estavam connosco incluindo o nosso, as portas da garagem sempre ficavam abertas até ás 21horas por isso ainda faltava muito tempo para esse acontecimento e podia relaxar nesse espeto.

Minha paciência foi perdida quando ao entrar na porta me deparo com ele falando alto com minha mãe.

Quem ele pensa que é para falar assim com ela?

Minha raiva subia a cada instante!

— Sai daqui Ethan! — digo virando-o para mim. — Ei sei exatamente o que tu vieste aqui fazer Ethan, me provocar.

— Hum, Natasha já te contou estou a ver! Digamos que ela é durona.

— Filho! Para chega.

— Não mãe, ele tem que aprender que não pode ser assim. Prejudicas o psicológico das pessoas para te sentires superior, insinuas coisas que não fazem sentido e ainda as provocas a dar-te um estalo que digamos tu o mereceste.

—Natasha, é boa. — maliciosamente o mesmo se ri passando o seu polegar sobre os lábios. —Ela.....é....boa!!!!

Um soco e mais um soco, o moreno me fez perder totalmente o limite ninguém me podia parar naquela situação.

— Retira o que dizes-te da tua boca imunda agora seu filha da mãe!

— Não retiro pois é a verdade. — fala e logo eu o empurro para o sofá e lá ficamos eu agarrado pela sua camisola e ele rindo para mim e olhando de novo para o morena. —Além do mais sua mãe foi muito educada quando aqui estive.

— António chega! Teus filhos estão a chegar.

— Ouve ela António, mulheres tem sempre razão.

Ele estava perder totalmente a noção do perigo que corria, o moreno não via o estrago que estava fazendo vindo a minha casa fazendo o maior escândalo, me provocando e ainda mais irritando todas as pessoas em meu redor.

Ele se levanta e ia em direção á morena mas logo eu o afasto e sem querer acerto com o meu cotovelo na no pescoço da morena, sua única reação foi sair de lá e logo minha mãe correu atrás dela. Aquilo tinha passado seriamente de todos os limites plausíveis e acreditáveis.

— Antonio! Vá ver como ela está, nós o colocamos fora da propriedade. Fique descansado.

— Obrigado rapazes.

Eu estava triste por a ter magoado, eu não queira a magoar ainda mais depois de tudo o que ela passou no passado com o seu ex-namorado e James. Eles a magoaram bastante e eu fui mais um desses homens eu sabia que era assim só meus pais não queriam ver isso.

Me apresentei na porta da cozinha e logo minha mãe se retirou pois sabia exatamente que eu e Natasha precisávamos falar sobre o que aconteceu mesmo isso sendo duro demais para eu o fazer.

— Me desculpa..........eu não queria te magoar.

— Eu é que me desculpo por tudo o que te causei!

— Não digas isso, eu te amo e eu não mudaria nada da nossa história a não ser as coisas terríveis. — digo e logo ela me abraça. —Vá eu te ajudo a disfarçar isso vem cá!

— Não precisas eu sei me cuidar.

— Eu quero, eu tenho esse direito. Fui eu que te magoei.

— Tudo bem então. — fala rindo e logo nos beijamos.

— Querem algo para beber? — minha mãe se pronunciou entrando de novo na cozinha. —Ups!

Natasha era a mulher dos meus sonhos e eu não a queria perder por nada neste mundo.

💄💋⚽️

Natasha Costa
10:30h — 1 semana depois

Já havia se passado o Natal e Antônio desejava que eu passasse com ele e sua família, mas fazia tantos anos que não passava com meu pai e meu irmão que tive de passar com eles. Era algo que eu já queria ter feito ano passado e, como já havia prometido a eles no Ano Novo, este ano não poderia ser diferente.

Ao contar tudo o que aconteceu comigo este ano, minha vida se transformaria em um filme completo. Todo esse caos me fez perceber quem realmente se importa comigo, as pessoas que tenho um afeto imenso e que me ajudaram a crescer perante a sociedade. Agradeço do fundo do coração a todos por essas experiências e vivências diárias.

Estava eu no meu quarto me arrumando para sair quando meu irmão bate á porta, ele era um amor de pessoa. Seu jeitinho carinhoso de falar e de tratar as pessoas era simplesmente lindo, tenho orgulho da pessoa que ele se tornou de facto eu e meu pai nos saímos bem na sua educação, já que a nossa mãe não conseguiu nem fazer isso direito.

— Maninha, António está lá em baixo para te ver. Queres que o deixe subir? — murmurou o pequeno após me colocar um copo de água na mesa.

— António? Claro diz para ele subir amorzinho!

— Ok até já maninha, te amo.

— Também te amo pequeno.

Antes de passar aqui o Natal com a minha família, o moreno me havia dado um cartão preto. Eu sabia o que aquele cartão significava mas eu não queria gastar nenhum dinheiro que fosse dele, eu não tinha sido criada daquela maneira gastando dinheiro que nem fui eu que o consegui.

— Posso amorzinho? — questiona o mesmo batendo na porta.

— Claro entra.

Pairando meus olhos sobre ele o moreno puxou um banco e se sentou perto de mim. Eu não sabia o que ele queria com tudo aquilo e eu tinha medo que ele ficasse chateado.

— Eu não quero! — digo lhe apresentando o cartão. —Não quero gastar dinheiro que não seja meu, não me faças isso António.

— Esse dinheiro é nosso, além do mais eu mal toco nesse cartão!

— Porque me fazes isso? Me colocas sempre numa posição complicada.

— Eu não quis fazer-te isso, além do mais eu vim aqui porque vi que não compraste nada para ti ou para a tua família!

— Já disse que não António, eu comprei com o meu dinheiro.

— Amorzinho! Tudo bem...mas já não trabalhas e agora dedicaste 100% do teu dia á faculdade. Precisas de uma renda extra!

— António......por fav....

Interrompida por um beijo.

— Eu te amo e podes gastar este dinheiro que nem metade ias conseguir em um ano.

— Quanto dinheiro tens na conta? — surpresa com a sua frase me fez rir.

— O suficiente para sobreviverem durante toda uma vida. Podias ter comprado três jatos, sete carros de luxo, vários terrenos, comprado as ações das lojas que amas e por aí tem muitas coisas!!

— Não te incomoda isso?

— O quê? Ter esse dinheiro todo para isso? Nem um pouco...como te disse eu quase não uso esse cartão, o dinheiro que para aí vai são 80% dos lucros que recebo eu só fico com 20% no cartão que uso durante o dia.

— És rico isso sim! Já eu....

— Um dia serás.

Abraçando-me por trás o moreno me beija várias vezes no pescoço, colocar o casaco naquele momento estava difícil ainda mais quando tinhas um António Torres no teu quarto que parecia simplesmente de menininha mimada com o tom de rosa que aqui existia.

Parece que nada mais existia quando estava perto dele, era como se o moreno parasse o tempo e só ficássemos nós e os nossos pensamentos naquele local. Era simplesmente perfeito tudo isto, eu tinha um privilégio imenso em tê-lo conhecido e este ano digamos que foi por parte bonito e harmonioso.

Interrompidos pelos enormes gritos do meu irmão subindo as escadas o moreno se rendeu em acalma-lo quando chegou na porta do quarto.

— Papai! Ele...papai ele, ele caiu inanimado do chão acho que ele teve um AVC!!

— Um quê?

Meus olhos se encheram automaticamente de lágrimas, António me segurou e logo descemos correndo para o andar de baixo e lá estava ele na porta de entrada com os seguranças a tentar remediar toda a situação. Havia sangue por toda a porta, definitivamente aquilo estava a ser pior do que eu imaginava.

Só de o imaginar perder era doloroso demais para mim. Não demorou muito e a ambulância e o INEM chegaram ao local e eu acabada só ajoelhada no chão pensando o pior, ele não merecia isto...ele foi um excelente pessoa durante a vida e morrer não estava nos meus planos tão cedo. Eu queria que ele visse os seus netos tanto meus como de Vitor.

Pedi para ir na ambulância e meu irmão não se importou em ser levado por António no carro do moreno. Eu estava abalada demais, ele estava saudável quando acordei e nós nos falamos e agora estava ele ali a receber apoio de máquinas para tentar respirar. Como é que o mundo pode ser tão injusto para as pessoas mais generosas.

Entrámos no hospital e eu já sabia que podia contar com o pior cenário possível, já Vitor era um pouco complicado tudo isto. Eu queria simplesmente desaparecer, logo apareceram Duarte, Aurora, Ferran e S/n para me dar forças mesmo eu nem tendo grandes falas.

— Mamãe vai tudo ficar bem ok! Ele é forte, ele é forte por vocês eu tenho a certeza disso. — fala a pequena subindo no meu colo e logo me abraça.

O moreno estava abalado de me ver neste estado, eu não queria que António me visse num momento frágil como este. Era irredutível pensar em pelo menos dar um sorriso neste tempo, como disse, desaparecer era o que eu queria neste preciso momento.

Horas se passaram e sem nenhum sinal de notícias de meu pai, Vitor estava agarrado á foto que o nosso pai estava agarrado na hora da queda. Aquela foto era a única coisa boa que tinha sobrado da nossa família quando as coisas estavam saudáveis, eu queria a nossa família reunida, porém nossa mãe não facilitava em nada nesse meio termo.

— Família de Arthur Costa? — ouço uma voz masculina atrás de mim. — Então! Ele sofreu um AVC bastante grave mas nós conseguimos aliviar a pressão do sangue no cérebro e agora ele está na UTI a recuperar do que lhe aconteceu.

— Eu e o meu irmão podemos ir vê-lo?

— Ele está com dores, mas a primeira coisa que ele perguntou quando acordou foi por António. receio que neste momento o seu pedido deve ser atendido.

— Eu? Mas eu.... — me olhou rápido e logo o médico o conduziu ao quarto.

— Papai vai nos ver não vai maninha?

— Claro que vai pequeno, ele deve querer falar algo importante com ele primeiro! Fica descansado, papai não irá embora sem se despedir.

— Ele vai morrer mamãe? — questiona-me Ferran e logo Autora interveio.

— Claro que não pequeno tudo vai sair bem tem calma.

(...)

António

— Arthur! Me chamou? — digo na porta e logo ele me manda entrar. —Seus filhos estão preocupados.

—Eu quero falar antes contigo pode ser? — em dificuldade o moreno me pega na mão. — Ouça.....eu sei que é demasiado pedir isto mas cuide bem da minha filha quando eu partir e não a faça sofrer mais do que ela sofreu. A ame corretamente e eu lhe tratarei como um filho!!

— Eu prometo, ela e o seu irmão estarão seguros eu lhe prometo. Além do mais eu a amo e não lhe faria mal em nenhum circunstâncias.

— Assim eu espero!

— Papai! — ouço a voz do pequeno na porta e logo peço permissão para sair.

(...)

Entrei com meu irmão no quarto e eu não conseguia parar de chorar em ver que meu querido pai estava naquele estado. Era demais para mim ver que ele estava agora dependente de uma cama do hospital sabe-se lá até quando, eu o queria saudável e comigo o resto de toda a minha vida. Eu iria cuidar dele não importassem as circunstâncias.

Ver que Vitor queria porque queria ficar no quarto com ele era demasiado para mim. Ele ainda era pequeno demais para entender este tipo e coisas por isso lhe dei o tempo necessário para ficar com o pai e ficar com ele mas logo ele tinha que ir embora pois só podia ficar uma só pessoa no quarto durante a noite.

— Nós tomamos conta dele Natasha, ele ficará bem! Amanhã o trazemos aqui novamente. — me abraça Aurora e logo Duarte. —Ele vai recuperar vai ver.

— Será mesmo que ele vai?

— Todos nós iremos rezar por ele mamãe está descansada! Fica bem durante a noite e qualquer coisa chama o nosso papai viu. — murmura a pequena em piscando para nós. —Pega, um terço que eu sempre trago no bolso para me proteger. Coloca ele no pulso do seu pai.

— Deus o irá proteger. — completa a frase Ferran após me abraçar com sua irmã.

Se despediram e António ainda ficou um pouco comigo no corredor do quarto para pelo menos me acalmar um pouco. O que era difícil, tudo desabava ao meu redor, era difícil tudo o que dei ao meu pai de uma menina gentil a uma mulher forte foi tudo por água abaixo.

Nos despedimos com um beijo intenso e logo entrei no quarto e fiz o que exatamente S/n me havia dito, colocar o terço em seu pulso. Minhas lágrimas não paravam um só segundo e quantas vezes mais tinha que sofrer para aprender que a vida nem sempre é como nós queremos?

— Tem alguma coisa em ti!

Meu pai se pronunciou após eu puxar a poltrona para perto da cama me assustando com sua frase.

— Sê a mulher que eu sempre quis que te tornasses e te estás a tornar aos poucos, não deixes que os outros te digam o que fazer ou não. Só tu podes mudar o rumo da tua vida para melhor ou para pior.

— Pai por favor! Não digas isso parece uma despedida. Eu ainda te amarei por muitos anos e quero te amar para todo o sempre.

— Eu....eu tenho que te contar uma coisa.

— Que coisa? Pai por favor.

— Não és minha filha amorzinho, me perdoa.

— Quê? Que disparate é esse claro que és meu pai não digas isso.

— Eu sinto muito. Eu sei que não queres acreditar mas é verdade!

— Tu sempre serás meu pai e isso não mudará nada os papéis que vir, foste tu que sempre te importaste comigo e me seguraste quando eu precisei.

— Oh amorzinho, vai tudo ficar bem. Não digas isso! Diz aos médicos para fazerem um teste de ADN.

— Eu não vou fazer isso! Eu não vou pai, tu és meu pai e estás cansado não dizes coisa com coisa. Vá descansa.

Eu não me importa com o que ele me estava a dizer naquele momento. Tudo era diferente quando as pessoas estavam neste estado e tudo para ele estava abalado que nem mais pensava as coisas corretamente.

— Casa-te com ele Natasha.

— O quê?

— Casa-te com António, ele é o homem indicado para ti. Eu sei disso!

— Pai por favor este não é o momento para falar disso.

— É sim, eu já não tenho muito tempo e eu quero que saibas que eu quero presenciar o teu casamento com ele demore o tempo que demorar pois eu não morrerei sem ver a minha filha casada.

— Para! Pai não digas isso, eu não conseguirei viver sim ti. Me deixe pegar em sua mão, eu irei consertar tudo de uma vez por todas. Juro por minha vida te amar para todo o sempre.

— Se um de nós morrer, eu espero morrer primeiro pois eu não quero viver sem ti pequena. Papai te ama muito, é inegável o amor que sinto por ti mesmo não sendo tu minha filha de sangue.

— Para com isso, não é justo. Não digas isso para me matas com essas palavras! Vá descansa vou ali no banheiro. Descansa um pouco.

Sai de perto dele para não chorar perto dele, por isso me ausentei do quarto e entrei no banheiro. Era difícil imaginar toda esta situação, as lágrimas me escorriam pelo rosto sem dó nem piedade. Minutos depois alguém bate na porta, era António.

Ele já devia estar a caminho de casa, mas parece que iria ficar aqui comigo mesmo ele estando super cansado. Eu só queria desaparecer naquele momento, me abraçando eu desabo a chorar ainda mais fazendo com que ele chorasse junto comigo.

Nossas lágrimas se interligaram num abrir e fechar de olhos.

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