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Vinte e seis

Vocês já acordaram com o som dos passarinhos cantando?

Não sei a opinião de vocês sobre isso, mas para mim foi a oitava maravilha do mundo.

Tudo estava em paz. Eu estava em paz.

Um dos meus maiores receios era o de parar completamente minha vida em função de um sentimento. Não ter força suficiente para caminhar mais uma milha sozinha. Mas aqui estou eu, na cama de outro homem, com a carreira profissional dos sonhos e sem medo de ser feliz.

Eu assemelho o amor a um animal silvestre, lindo e inofensivo, que precisa ser alimentado pela pessoa a qual o despertou dentro de você. Caso contrário, o pequeno animal transforma-se em um monstro, que te come de dentro pra fora, até que a única coisa que reste é a sua carcaça infeliz.

Contudo, eu me neguei a isso. Me neguei a ter esse animal silvestre dentro de mim, por mais lindo que fosse. Neguei que alimentá-lo e permitir que ele me consumisse.

Acredito que o segredo é não parar, não se prostrar e, principalmente, não aceitar condicionar sua vida a outra pessoa. Vivi mais de setenta e oito meses sem o Michael, posso muito bem viver o resto da minha vida, correto?

Ao abrir os olhos, percebi que o quarto estava suavemente iluminado pelo sol. Me espreguicei e notei que o Tyler não estava ao meu lado.

Me sentei na cama e olhei ao redor do ambiente. Antes que eu pudesse levantar, a porta do elevador se abriu e me revelou um Tyler vestido casualmente com uma bandeja de café da manhã nas mãos.

- Já está acordada? Pensei que não levantaria antes das onze - ele se aproximou e depositou a bandeja na cama.

- Eu só acordei porque não te vi aqui... - passei as mãos no meu cabelo e o prendi em um coque frouxo.

- Eu dispensei os empregados hoje a noite, vamos jantar num restaurante em Nova York.

- Sério? - me servi de um morango - Acho que eu estou começando a te perdoar - disse divertida e recebi um sorriso aberto em resposta.

- Se você ainda não me perdoou, espere até ver o que eu reservei para depois do jantar - ele falou malicioso e piscou pra mim, ao passo que eu sorri sem graça.

Fiquei sem jeito porque já tinha em mente terminar com ele após o jantar. Entretanto, não se animem. Nem tudo saiu conforme o que eu planejei e vocês vão entender o motivo daqui pra frente.

Após o café da manhã, fui ao banheiro afim de tomar banho e fazer minhas demais higienes. Tudo o que martelava na minha mente era como terminar esse relacionamento.

Eu deveria abordar o tema antes ou depois da refeição? Bom, eu não fazia ideia de qual seria a reação do Tyler, então seria melhor fazer isso no chalé. Até porque, seria um término! Eu terei que juntar minha dignidade, pegar minhas malas e o deixar digerir a realidade.

E se ele chorar?

Eu não saberia lidar com choro masculino. Pelo menos, não quando vem do rei da autossuficiência.

Ao terminar, vesti um roupão e saí do banheiro. Percebi que o Tyler sussurrava na varanda e andei sorrateira até ele.

- ¡No! Ese no fue el caso despierta - (Não! Esse não foi o acordo) silêncio - ¿Cuántas cirurgias de riñon se pueden realizar? - (quantas cirurgias de rim podem ser realizadas?) - Necesitamos duplicar la cantidad de analgésicos - (precisamos dobrar a quantidade de analgésicos) - Ok - desligou o celular e se virou para a porta da varanda.

Ele ficou pálido instantaneamente ao me ver.

- Quem era? - ele engoliu seco e guardou o celular no bolso.

- Era do hospital.

- E por que você estava falando com eles como se estivesse trapaceando em algo? - engoliu seco de novo.

- Ok, você me pegou - assisti o seu semblante ficar pesado - Eu não me orgulho disso que estou prestes a te dizer... - ele respirou fundo - mas eu estou disputando cirurgia de transplante de órgão - franzi a testa sem entender - Eu sou um excelente traumatologista, mas eu sou péssimo com transplante de órgãos. Principalmente coração. Você sabe que cardiologia é a minha próxima área de atuação, então eu precisei usar minha influência no hospital para ser escalado para essas cirurgias - eu ainda mantinha meus olhos cerrados na sua direção.

- Mas você falou acerca de analgésicos... O que isso significa?

- Eu estou implantando novas técnicas de extração, onde há uma diminuição de drogas nocivas no corpo do paciente no pós operatório, que é substituído com analgésico - Hm. Quando percebeu minha expressão reflexiva, ele continuou - Eu vou transplantar um coração na segunda-feira, antes da festa dos funcionários, e posso te encaixar junto comigo...

- Você está falando sério? Nossa! Isso é algo muito importante, Tyler...

Mas não estou totalmente convencida. Na verdade, senti que fui manipulada.

- Eu sei! Mas por favor, não comenta com ninguém... é vergonhoso - ele coçou a nuca e eu assenti.

- Vou me trocar - sorri o mais convincente possível e me distanciei dele.

Entrei novamente dentro da casa, peguei o meu celular, uma troca de roupas e fui ao banheiro.

Ninguém no hospital fala em espanhol. É óbvio que ele não falou com Peter ou alguém de lá.

Eu sei que demoro para entender algumas situações, mas, pelo visto, o Tyler me achava uma pessoa estupidamente burra. Só assim pra ele acreditar que essa desculpa esfarrapada fosse crível.

Talvez, se o meu melhor amigo não fosse o filho primogênito do chefe do maior cartel de tráfico de drogas do país, eu não suspeitasse.

Talvez, se eu não tivesse a malícia da Candy, sua desculpa acentuaria como pena ao meu entendimento. Contudo, não é essa a minha realidade. Essa situação começou a cheirar a podridão, morte, destruição.

Cheirava a decomposição!

No meio tempo, titubeei em quem poderia me ajudar com isso.

Danny? Jamais me contaria algo que fosse maléfico a minha saúde mental.

Michael? Não pediria sua ajuda nem que fosse o último homem da face da terra.

Só um nome veio à minha mente: Ashley, mais conhecida como Joane.

Meus neurônios investigativos foram reativados na minha mente e estavam ansiosos, como se esperassem a muito por esse aval do meu cérebro.

Bom, estão livres para conspirar agora, neurônios. Me impressionem.

Tinha que haver um elo de ligação entre o Michael, o Danny e o Tyler, e eu precisava saber qual era!

Pode ser tudo coisa da minha cabeça? Pode! Mas até que se provasse o contrário, eu estava disposta a escavar tudo até sanar toda a minha paranóia.



Anne
Você pode fazer uma pesquisa pra mim? É sobre a minha investigação pessoal.


Após enviar, desliguei o aparelho e o coloquei no bolso do meu short. Não podia correr o risco do Tyler ver a resposta.

Assim que saí do banheiro, o Tyler me esperava mais descontraído. Saímos do quarto e exploramos a casa, que era absurdamente grande. Fomos até a parte de trás, que era um campo enorme com vista para o lago. O seu barco estava ancorado lá e foi onde almoçamos naquele dia.

- Sabe o Ryan? Filho da Clarice, que nos recepcionou de madrugada? - Tyler se serviu de salada.

- Sim, me lembro... - discretamente, religuei o aparelho por baixo da mesa e o deixei no meu colo.

- Eu descobri um câncer no estômago dele - arqueei as sobrancelhas em surpresa - Todos os médicos falavam que era uma simples dor de barriga e não pediam exames. Nem precisava ser uma tomografia! Uma simples endoscopia digestiva alta resolveria o caso - ele deu um gole no vinho antes de voltar a falar - o encaminhei à Boston e tivemos a confirmação. Estava no começo e conseguimos tirar sem prejudicar a qualidade de vida dele.

- Nossa, Tyler, isso foi incrível!

- E é assim que eu espero que você seja. Aguçada, investigadora, que não aceita o diagnóstico de outros médicos sem ter o seu próprio - não precisa falar duas vezes! Investigação será o meu sobrenome - Você já tem a teimosia ao seu lado, só falta usá-la da maneira correta... - e algo no seu tom me fez lembrar da história da Joyce, mas preferi me fazer de desentendida.

Olhei o visor do celular quando percebi que ele estava distraído em uma conversa com o chef gourmet.


Ashley
O que precisa?


"Consegue investigar um homem chamado Tyler Jones?" Não... apaga.

"Algum homem chamado Tyler Jones já esteve em algum dos esquemas?" Direto demais... melhor não... Apaga.

Precisava de algo objetivo, porém nem tanto. Algo que pudesse informar, sem entregar informações demais à Joane. Até porque, ela é desconhecida! Como eu iria confiar algo tão grande a alguém que mal conheço?

Se eu conseguisse o número de quem o Tyler conversou hoje cedo, já seria um grande avanço...


Anne
Eu vou pegar um número de celular. Consegue descobrir de quem é?

Ashley
Só mandar 🤓


O peso de pegar o celular do Tyler clandestinamente fez as minhas mãos suarem de nervosismo. Bom, podia ser agora, já que ele estava submerso demais em uma conversa com o Chef Gourmet para se dar conta na minha mão leve.

Estiquei minha mão em cima da mesa em direção ao aparelho. Meus olhos mantinham-se fixos no Tyler e um nervosismo exacerbado tomou conta de mim, ao ponto de sentir minha testa soar. Minhas mãos se esgueiraram e tocaram o celular, contudo, nesse mesmo momento, o chef se despediu e voltou para o interior do barco.

Rapidamente tirei minha mão e peguei minha bebida, afim de disfarçar. Tyler retornou o olhar pra mim, com um sorriso no rosto, totalmente alheio a minha ação. Sorri abertamente para ele em resposta.

Merda. Bom, só me restava executar o plano quando ele pegasse no sono de madrugada, o que fazia o meu plano de término ser adiado, mais uma vez.

Após essa eventualidade, agi naturalmente e o dia se passou maravilhosamente bem. Fomos à feira de medicina, nos divertimos e assistimos duas palestras de médicos renomados. Ao cair da noite voltamos ao chalé para nos arrumarmos. Como dito pelo Tyler, não havia nenhum funcionário.

Usei um vestido elegante, justamente por saber que o Tyler não poupa esforços, e nem dinheiro, para me impressionar. Ele trajou um terno elegantíssimo que combinou com o meu vestido. Tentei disfarçar a minha expressão de espanto quando paramos em frente ao Four Seasons Restaurant, um dos mais renomados de Nova York.

Não vou encher vocês aqui com a baboseira médica a qual compôs o nosso jantar, porém, em dado momento, percebi que os lábios do Tyler estavam mais volumosos que o normal.

- Tyler, sua boca... - o olhei espantada.

- Anne, eu estou tendo uma crise alérgica. Devem ter colocado nozes no acompanhamento... - ele era terrivelmente alérgico a nozes, ao ponto da sua garganta fechar completamente se não fosse medicado a tempo.

- Meu Deus! O que eu faço? - a essa altura, os lábios do Tyler triplicaram de tamanho e ele começou a afrouxar o nó em sua gravata.

- Vá até o carro! Tem um kit lá com antialérgico - sai desesperada em busca do carro do Tyler. Nesse dia eu corri como se não usasse um salto agulha.

Alcancei o carro.

Abri o porta luvas.

Achei o kit.

Voltei o mais rápido que pude ao restaurante.

Tyler já estava com a camisa social praticamente toda aberta e com vários funcionários ao seu redor, que lhe pediam milhões de desculpas. Rapidamente preparei a sua veia e injetei o antialérgico.

- Anne, mais um! - ele ordenou.

- Mas Tyler, um só é o...

- Não será o suficiente! Pode aplicar - mesmo hesitante, preparei outra dose e apliquei.

Que susto!

Após inúmeros pedidos de desculpa do gerente do restaurante e de ganharmos um voucher de refeição cortesia, voltamos pra casa.

Antialérgico por si só derruba qualquer um, agora imagina duas doses na veia! Parecia que o destino estava ao meu favor para mexer no celular do Tyler clandestinamente. Ele ficou sonolento, praticamente dopado. Foi necessário que eu levasse o carro de volta para o chalé. Ainda bem que existe GPS!

Ao chegarmos, com muito custo, o tirei do carro e o levei até o quarto.

- Me perdoa, Anne, eu planejei essa noite totalmente diferente... - suas palavras saíram emboladas, já quase vencido pelo sono.

- Fica tranquilo... Descansa! - ele sorriu e, mesmo deitado, desabotoou suas calças. O ajudei a tirá-la. Após, retirei a sua camisa social e o acomodei na cama.

Após deixá-lo confortável apenas de boxer, me dei conta de que era hora de executar o plano. Fui até o seu terno, que estava em uma cômoda, e peguei o celular em um dos bolsos. Olhei para trás de relance e ele estava apagado.

Eu nunca mexi no celular dele antes. Eu nem sabia a senha!

Droga.

Tirei os meus saltos e caminhei silenciosamente até ele. Delicadamente, peguei sua mão e coloquei o seu polegar no identificador do touch, que automaticamente desbloqueou o aparelho. Fui até o banheiro e me tranquei lá.

Ok... chamadas.

(1) Papa*
(1) Chefe Boyle
(3) Steinfeld ❤️
(1) Papa
(1) Urgência/Hospital
(1) Adm Hospital
...

Que merda! Não tem nenhum número que pareça ser suspeito.

Fui até as mensagens de SMS e os aplicativos de mensagens instantâneas e... nada.

Entrei no seu Instagram e, além de várias piranhas dando em cima dele, não tinha nada!!

Fiquei longos minutos estática, enquanto encarava o celular desbloqueado do Tyler entre os meus dedos, com uma sensação de decepção.

E aqui a minha consciência iniciou o seu monólogo, acerca do quanto era frustrante perceber que tudo não passava de uma teoria da conspiração da minha cabeça. A Amélia, mais uma vez, estava certa. Eu estava tirando o foco do que eu estou sentindo e realocando...


11:07


Esse foi o horário em que o Tyler entrou na ligação com o pai dele, intitulado no seu aparelho como Papa*. Mas havia outro número do pai dele, sem o asterisco.

O que...?

Peguei o meu celular e conferi o horário em que mandei mensagem à Ashley.

11:18

Meu queixo caiu ao passo que o meu coração acelerou desenfreadamente. Copiei o número do Papa* no meu celular e o enviei à minha amiga, que prontamente me respondeu...


Ashley
É o celular pessoal do Vincent Stoessel.


Celular

Pessoal

do Stoessel??


Então esse é o elo de ligação entre o Tyler, Danny e o Michael? O Stoessel??

O Traficante Vincent Stoessel??

Será que realmente era o pai dele?


Anne
Ele tem filhos?

Ashley
O filho dele morreu a muitos anos em uma troca de tiros entre gangues. Eu fui ao velório e foi horrível! O Stoessel orquestrou uma chacina uma semana depois 😥

Ashley
Agora só tem um sobrinho que mora em Los Angeles


Richard?


Então o Tyler colocou o número do Vincent Stoessel no celular como Papa* para não levantar suspeita!

Ele não estava falando com o seu pai coisa nenhuma!!! Muito menos com alguém do hospital!

Então o Tyler é... mafioso? Traficante? Cafetão?

Que merda!


Anne
Obrigada!

Ashley
To entrando no trabalho. Até mais tarde 😘


Eu estava totalmente desperta e a possibilidade de estar próxima de desvendar tudo isso me consumia.

Definitivamente não era só uma coisa da minha cabeça.

Oiii, vidas!!!

Dedico esse capítulo a dixbwf por ter acertado um spoiler que ninguém nem ao menos sabia que tinha! 😱♥️

Que saudade de vocês!!! Me deram uma folga de 4 dias!!! Não sei o que dizer, só sentir 🦋

Falta um capitulo para a nossa maratona! Não estou pronta para dizer adeus 🤧

Meta: ⭐️32 / ✍🏻 400

Com amor, mamãe Fox 🦊

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anne.stein Flores e NY 🗽♥️
dreamsbel Ja estou com saudade 🤧♥️
jonestyler 😍♥️
dannyjohnson Tô de olho.
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jonestyler New York 🗽♥️
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