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Treze 2



Balada, área VIP, banheiro, Michael, Tequila

Tudo estava turvo e passava rápido diante dos meus olhos, como se fossem flashes.

- Avisa ao Danny que eu vou levar ela embora - ouvi uma voz masculina que possuía um tom tão amigável que eu não identifiquei de início.

Levantei a cabeça e percebi que estava na porta dos fundos da boate. Olhei para o lado e vi a Rebecca.

- Rebecca, pede pra ele me por no chão! Esse cara tá me sequestrando Rebecca, me ajuda! - ela sorriu na minha direção e balançou a cabeça em negação.

- Garanta que ela tome banho e deite de barriga para baixo, senão vomita. Eu termino as pendências da noite. Você entende o que eu digo, né? - um breve silêncio se fez até a Rebecca voltar a falar - Juízo, Michael - ela concluiu e deu as costas.

- Michael? Michael Evans?? - indaguei, mas estava tudo turvo demais.

Senti alguém me colocar dentro de um carro, mas o sono me venceu.






Tudo apagou.






Balada, área VIP, banheiro, Michael, Tequila






Era o que ecoava na minha mente. A consciência tentava retornar a mim, o que me fez travar uma batalha árdua contra as minhas próprias pálpebras. Quando, com muito custo, abri os olhos pela primeira vez, me vi em um carro em movimento com o Michael como condutor.

Eu tentei proferir xingamentos e pedir para que ele me levasse de volta à balada, porém o que saiu da minha boca não passou de resmungos desconexos.






Tudo escureceu.







Balada, área VIP, banheiro, Michael, Tequila







Quando eu consegui abrir os olhos pela segunda vez, era como se eu tivesse acometida de um lapso de consciência. Olhei a situação caótica a qual estava e, num ato desesperado, soltei o meu cinto de segurança e abri a porta do carro, que estava em movimento.

- Você tá louca?? - vi o Michael ficar por cima de mim para fechar a minha porta, enquanto se equilibrava para não perder o controle do veículo. Pouco tempo depois, o carro parou.

- Eu estava me divertindo, Michael! Me leva de volta! - pedi chorosa.

- Eu devo ser um desgraçado mesmo pra precisar aturar você - ele dizia enquanto puxava o meu cinto de segurança.

- Eu deixei minhas amigas sozinhas com aquela garrafa cheia de tequila!!! Eu quero voltar! - comecei a me debater e a resmungar mais coisas prolixas na tentativa de impedi-lo, porém a minha tontura voltou com o dobro do desconforto e eu perdi as minhas forças.

Ouvi o cinto ser travado, senti o carro voltar a ficar em movimento, porém...






Tudo apagou.






De repente eu comecei a sonhar. E o sonho foi assim:

- Acorda!! Anne, caralho, acorda!! - senti algo gelado na minha cabeça, que escorria por todo o meu corpo - Anda, porra, acorda! - com muito custo consegui abrir minimamente os olhos. A claridade do lugar machucava minha visão.

- Para, vai embora, me deixa dormir - pedi de forma embolada e tentei sair debaixo do chuveiro.

- Caralho, eu deveria ter deixado você lá... - senti uma mão firme segurar meus ombros embaixo da água - A sua sorte é que me pediram pra te tirar de lá, porque se dependesse de mim você ia se foder hoje - abri um pouco mais os meus olhos e encontrei a carranca do Michael a minha frente.

- Nossa, como você é rancoroso Mike... - tentei deslizar pelo azulejo do banheiro, afim de sentar - Até no meu sonho você é chato. Sabia que os orgulhosos não reinarão o reino dos céus?

- Não, Anne, porra, levanta! - suas mãos firmes me sustentaram em pé.

- Me deixa em paz! - pedi quase num grito - Que ódio! Se eu quiser sentar eu vou sentar! O sonho é meu! - tentei me desvencilhar do seu aperto, porém tudo era em vão. A força dele era muito maior que a minha.

Após algum tempo, meus olhos se adaptaram a claridade e eu consegui mantê-los abertos. Suspirei e levei minhas mãos ao fecho do meu sutiã.

- Que porra é essa? - Michael perguntou assustado.

- Você me colocou no chuveiro e quer que eu faça o que? Asse uma carne? - o encarei debochada - Eu vou tomar banho - Michael me olhava incerto. Tentou me soltar, porém eu me desequilibrei - Para, assim eu vou cair. Me ajuda... - pedi manhosa.

Desabotoei o meu sutiã e o joguei no banheiro. Olhei para o Michael a minha frente, que permitiu que seus olhos viajassem brevemente pela parte recém exposta do meu corpo.

- Tira a minha saia. - ele cerrou os olhos e me analisou - Se eu abaixar eu vou cair. Eu seguro aqui na parede, vai...

Me aproximei da parede e sai de baixo da água gelada, afim de me apoiar. Ele suspirou fundo e abaixou-se na minha frente. Quando terminava de abaixar a minha saia, eu completei:

- A calcinha também.

- Porra, não! - ele tirou apenas a saia de mim e se levantou em seguida - Nem fodendo.

- Mike, minha calcinha está molhada! - o encarei indignada - Fica tranquilo que eu não vou contar pra Stephanie que você tirou minha roupa no meu sonho - ele respirou fundo, mas dessa vez impaciente. Titubeou alguns instantes antes de se abaixar novamente na minha frente e tirar minha calcinha - Viu só? O que acontece no sonho da Anne, fica no sonho da Anne - ele voltou a se colocar de pé, me segurou pelos ombros e me colocou embaixo da água novamente.

- Ah, é? E o que pode acontecer no sonho da Anne? - seu tom de voz soou mais amigável. Eu já havia pegado o sabonete líquido e fazia uma camada relativamente exagerada de espuma nas minhas mãos.

- Tudo, né? Posso fazer qualquer coisa, confessar qualquer coisa... - eu brincava com a espuma que havia se formado entre os meus dedos.

- Ah, é? E o que você pode confessar?

- O que você quer saber? - levantei os meus olhos para para encara-lo e fui automaticamente acometida do transe que a sua beleza me faz. Ele hesitou alguns instantes e, quando falou, sua voz expressava um pouco de insegurança.

- Você sente a minha falta?

- Eu sentia, sabe? Você fez muito bem pra mim - levei a ponta dos meus dedos da mão direita até o seu pescoço, onde depositei a espuma que estava na minha mão - Sentia falta da sua companhia. Te amar era simples, não me causava medo. E sabe o que mais? - ele balançou a cabeça que não - Mas isso é segredo, tá? - sussurrei e coloquei o indicador em cima dos seus lábios - Sentia tanta falta de você me fodendo. Até hoje não achei ninguém que bate na minha bunda como você. Não que eu tenha procurado muito... - alisei o seu lábio inferior - Mas enfim, é óbvio que tudo isso foi antes de descobrir que você virou um babaca - sorri e finalmente me libertei da hipnose que a beleza do seu rosto havia me acometido.

Voltei a me concentrar no meu banho e fiz outra camada de espuma na minha mão, a qual passei no meu pescoço, seios, barriga...

- Você consegue ficar sozinha? - ele perguntou depois de um tempo.

- Não, Mike!

- Porra, aí é foda. - o olhei de relance e percebi que ele me segurava, porém encarava o teto.

- Se você está no meu sonho é porque você tem que ficar ao meu lado! - me enxaguei e desliguei o chuveiro em seguida - Pega a toalha pra mim? - me abracei de modo que cobria os meus seios.

- Você não vai cair, né? - fiz que não com a cabeça - Você parece uma criança quando fica bêbada. - Mike se afastou e pegou uma toalha no armário abaixo da pia.

Quando se aproximou, me cobriu com a toalha pelos ombros e me tirou de dentro do box do banheiro. Eu me abraçava e sentia muito frio.

Michael passou a toalha em mim delicadamente, começando pelo meu rosto, pescoço e as minhas costas. Desfiz o abraço em mim mesma.

- Se começou, termina. - Ele me encarou alguns segundos antes de secar delicadamente os meus seios, barriga e braços. Por fim, sentou na tampa fechada da privada e secou as minhas pernas.

- Porra, você é foda. - ele resmungou ao terminar de me secar e apertar a toalha na ponta do meu cabelo, afim de fazê-lo parar de pingar.

- Faço das suas palavras as minhas. Se eu soubesse que você é tão babaca, eu não teria gasto minhas forças com saudade de você. - Ele entrelaçou os dedos nos meus e me levou para o quarto.

- Tá bom, Anne, e você virou a florzinha do campo, né? Super meiga... - ele procurava algo no guarda roupas.

- Pelo menos eu não fumo mais, então ao que tudo indica, eu estou em uma crescente maior do que você! - Ele revirou os olhos, se aproximou de mim e me vestiu uma camiseta dele.

- Como se eu fumasse porque eu gosto. Você que me viciou nessa porra... - ele se abaixou e vestiu uma boxer em mim.

- Se cair um meteoro agora a culpa vai ser minha também? - ele terminou de me vestir e ficou em pé na minha frente - Você precisa de terapia, Michael. Agora sai do meu sonho que eu quero descansar. A não ser que...

Bom, se era um sonho e ele ainda não havia ido embora, é porque tem alguma coisa faltando, correto?

- Que...? - Me aproximei do seu corpo e pousei minhas mãos na base do seu pescoço - Anne... - o seu tom era de alerta.

E como se previsse a minha atitude, ele segurou os meus pulsos, totalmente receoso. Fiquei na ponta dos pés e levei os meus lábios de encontro aos seus, porém ele ergueu sua cabeça e não permitiu que se encostassem.

- Que porra você pensa que tá fazendo? - sua expressão era de indignação, porém o seu olhar se revezava entre os meus lábios e os meus olhos.

- Se você ainda não foi embora... - voltei a apoiar o pé totalmente no chão, porém minhas mãos mantinham-se no seu pescoço e o meu corpo rente ao seu - É porque falta alguma coisa...

- E você acha que tem que me beijar pra eu ir embora? - ele arqueou as sobrancelhas.

- Sim, vem cá! - em um movimento rápido, me ergui novamente na ponta dos pés e encostei nossos lábios.

Seus lábios eram mais macios do que eu me lembrava. Senti que suas mãos nos meus pulsos tentavam me afastar, mas eu o segurava com firmeza pelo maxilar.

Senti, por longos segundos, os seus lábios nos meus. A respiração que saía do seu nariz acariciava na minha bochecha e o calor do seu corpo me aquecia do frio que eu ainda sentia do banho gelado.

Senti cada sensação, por menor que fosse, da nossa aproximação. Até que ele ergueu novamente a cabeça e cortou o contato. A insegurança assumiu o controle da minha feição, ao passo que ele me encarava tão de perto, mas de uma forma indecifrável.

Nos olhamos por longos minutos, enquanto eu sentia um desconforto grotesco crescer no meu peito por conta da sua negativa. Voltei a apoiar meus pés completamente no chão, sem saber ao certo o que deveria fazer.

Meus pensamentos e sentimentos começaram a ser despejados de forma desordenada na minha mente. De repente, senti que não havia mais filtro entre o que era pra ficar na minha consciência e o que era para ser dito.

- É porque não sou igual a ela? - ele franziu a testa, sem entender a minha linha de raciocínio - Eu não sou tão bonita quanto a Stephanie... - tirei as minhas mãos do seu maxilar.

- Isso não tem nada a ver com a Stephanie! - ele mantinha um semblante confuso.

- Então tem a ver com o que? É por que eu sou ruiva? Agora você se incomoda com as minhas sardas? - ele revirou os olhos e soltou um riso nasalado - Se não é pela Stephanie, qual é o motivo?

- Eu não vou ter essa conversa com você. - ele se afastou e foi em direção ao banheiro, porém o interceptei de novo e me posicionei na sua frente. Ele passou a mão nervosamente pelo cabelo - Porra, você é foda!

- Você se apaixonou pelo Christian? - cruzei os braços como forma inconsciente de autoproteção. Ele me encarou durante alguns segundos e quanto finalmente assimilou o que eu havia indagado, começou a rir - O que? Essa é uma pergunta séria! - ainda aos risos ele respondeu:

- Vai por mim, seria bem mais fácil estar apaixonado pelo Christian do que sentir o que eu sinto.

Tentei me reaproximar dele por intermédio de um toque no seu braço, porém ele se esquivou como se eu tivesse alguma doença transmissível.

Eu estava louca, irracional, completamente desajuizada. Acometida de uma falta de lucidez que me levou a atitudes extremas. Como, por exemplo, levar as minhas mãos até a barra da camiseta e a tirar do meu corpo. Ele congelou.

- Me fala... - pedi com a voz mansa - O que tem de errado comigo, quarterback? - ele prendeu brevemente a respiração.

No primeiro segundo ele se manteve fixo nos meus olhos.

No segundo seguinte, ele se permitiu observar o meu corpo exposto com uma expressão que até então não tinha usado: luxúria.

No terceiro segundo ele revezou o olhar entre o meu corpo e os meus olhos. Entre a razão e a tentação. Se manter firme ou se render.

Uma corrente fria do ar condicionado bateu contra a minha pele nua e eu encolhi meus ombros como reação, ao passo que sentia toda a pele do meu corpo se eriçar. Inclusive o meus mamilos.

Obviamente isso não passou desapercebido por ele, que engoliu seco e travou o seu maxilar. Isso se prolongou por alguns instantes, até que eu dei mais um passo curto em sua direção. Eu jurei que ele iria perder o controle, mas quando eu diminui a nossa proximidade, ele voltou a me encarar com o seu rosto indecifrável.

- Porra! Você só pode estar sob influência de uma possessão demoníaca. Não tem outra explicação! - balançou a cabeça em negação e me deu as costas.

Na fração de segundos que eu o observei cruzar o quarto rumo à porta de saída, me lembrei que só havia um motivo pra ele não me ver mais como antes. Apenas um.

Um motivo grande e plausível pra ele ter asco de mim ao ponto de, mesmo (quase) nua, me negar.

- Foi porque eu matei ele, né? - soltei em um fio de voz quando ele alcançou a maçaneta - Foi porque eu matei o nosso bebê... - o ouvi suspirar derrotado e se virar novamente para mim.

- Anne, eu só não...

- Tem que ter um motivo, Mike! Me fala qual é! - minha voz ja saía embargada e eu custava muito pra manter as minhas lágrimas nos meus olhos. O vi caminhar a passos lentos até mim com uma expressão de pesar - Foi por causa das drogas, não foi?

- Anne... Você está bêbada e... - o vi tensionar o maxilar - Eu só... Não quero... - o tom esverdeado dos seus olhos me informou o tamanho da tempestade que ocorria no seu interior - Não quero mais ficar com você.

O seu semblante expressava tristeza.

Sua voz não tinha a firmeza que eu esperei que teria.

A impressão que eu tive foi de que ele tentava se convencer do que saía da sua boca.

Contudo, fiquei com receio de me apegar a sinais e ser desprezada novamente. Ele pegou a camiseta que eu havia jogado no chão e me entregou.

- Se veste.

- É só assumir que você tem nojo de mim. Não vai doer - pedi chorosa enquanto passava a camiseta pela minha cabeça - Pelo menos não em você. - ouvi um longo suspiro sair do seu peito quando terminei de me vestir.

- Não tenho nojo de você, Anne, e não te culpo pela morte do nosso... - ele não foi capaz de concluir.

- Não? - insegura era apelido para o meu estado. Ele fez que não com a cabeça - Então fica comigo até eu dormir? - ele semicerrou os olhos na minha direção.

- Você não vai tentar nada, vai? - neguei com a cabeça.

Ele me encarou alguns instantes e depois permitiu que o seu olhar vagasse pelo quarto, como se ponderasse algo. Por fim, ele suspirou e foi em direção a cama com uma mão percorrendo a raiz do seu cabelo, em um nítido sinal de desconforto.

- Eu juro que se você tentar alguma coisa eu te largo aqui sozinha... - o observei sentar-se na beira da cama e tirar o tênis.

- Eu não vou.

O assisti tirar a roupa úmida do seu corpo e vestir uma calça de moletom e uma camiseta limpa. Em seguida, foi até sua cama, tirou o lençol e o edredom do seu estado de perfeição e se deitou em baixo. Quando já estava acomodado, fez sinal para eu me aproximar.

Deitei na cama e o senti me puxar delicadamente para mais próximo dele. A experiência de tê-lo ao me lado me acalmou, me embalou. Ele passou um braço ao redor do meu corpo, enquanto eu acomodei a minha cabeça no seu peito coberto.

Meus ouvidos foram acometidos pela harmonia que eram as batidas do seu coração. Minha mão direita permitiu que a ponta dos meus dedos caminhassem pelo seu peitoral e se esgueirassem até a pele do seu pescoço.

- Última chance pra você confessar alguma coisa no sonho da Anne... - disse divertida após um tempo. O sono já se acomodava dentro de mim.

- Só se você confessar primeiro. - O senti pegar a minha mão que o acariciava. Levei minha mão esquerda até o seu peito e apoiei o meu queixo em cima afim de ver seu rosto.

- Já que tudo o que acontece no sonho da Anne, fica no sonho da Anne... - dei uma pausa. Algo dentro de mim quis ponderar a minha resposta, mas eu ainda estava anestesiada de qualquer alerta da minha consciência - Bom... você... me deixa confusa. Eu tinha certeza dos meus sentimentos pelo Tyler, mas desde que você voltou, sinto como se ainda te pertencesse... como se meu coração fosse destinado a te amar pra sempre. E esse é um sentimento tão grande que as vezes até dói lutar contra ele.

Sua expressão era de quem absorvia a minha declaração, contudo ele não direcionou os olhos até mim. Percebi que ele observava atentamente o meu pulso e, após sentir seu polegar contornar as cicatrizes, me dei conta de que, na verdade, ele contemplava o pior de mim.

O meu pior dia.

A minha pior fase.

Tudo estava exposto à ele em forma de cicatrizes de alto relevo que nem o melhor tratamento estético teve a capacidade de ocultar.

Ele ficou longos segundos inerte naquela visão e nas minhas palavras, enquanto me acariciava. Infelizmente, mesmo depois de tantos anos, a pele do local ainda é acometida por uma dormência, o que me impossibilitou de sentir a totalidade do seu toque.

- O que você quer que eu confesse? - sua pergunta me atingiu após um tempo submergida em silêncio.

- Me fala algo que eu não sei... - o ouvi soltar um riso nasalado.

- Eu amo brócolis - ri como se aquela frase fosse a mais engraçada do universo.

- Isso eu já sabia... - falei ainda aos risos.

- Já sabia, é? - ele arqueou as sobrancelhas.

- Ama brócolis e odeia carne de frango. Como eu esqueceria o gosto mais contraditório do universo? - vi um sorriso de lado aparecer nos seus lábios, o que fez os meus se abrirem um sorriso satisfeito.

- Eu não sei o que você quer que eu fale. - percebi que o seu semblante voltou a ficar sério, ao passo que franziu a testa.

- Como foi quando eu sumi?

- Você vai me achar um fodido. - dessa vez, um sorriso de escárnio surgiu nos seus lábios.

- Eu nunca vou pensar isso de você.

Ele desviou o olhar do meu pulso para os meus olhos, como se fossem facas afiadas prontas para me cortar caso achassem mentira na minha íris. Nos encaramos um tempo, até que ele retomou a sua atenção para as minhas cicatrizes.

- Eu fiz questão de apagar a data da minha mente, mas eu me lembro que foi em uma quinta-feira... - ouvi um longo suspiro sair do seu peito - Eu deixei a minha mãe em casa depois de buscá-la no aeroporto e subi pra te encontrar. Eu custei muito a acreditar que toda aquela confusão estava saindo da sua casa. Haviam duas ambulâncias, muitos carros de polícia... Eu ouvia gritos e choros... Estava um verdadeiro caos.

Ele deu uma pausa e eu assisti o seu pomo de Adão subir e descer no seu pescoço. Após limpar a garganta, continuou:

- Não me deixaram falar com a Sylver* porque ainda avaliavam uma possível tentativa de homicídio... - percebi que a sua voz estava falhada - Eu vi quando te colocaram dentro da ambulância. Havia uma mulher em cima de você fazendo massagem cardíaca sem parar. Porra, você tava morta...

Michael disse baixo contra a minha pele do pulso. Parecia aflito em meio aos seus pensamentos.

- Eu tentei te ver no hospital, mas não me deixaram entrar. Em seguida, você sumiu... Porra, eu fique tão perdido sem você...

Senti que perdia a batalha contra as minhas pálpebras, mas não sem antes observá-lo depositar breves beijos nas cicatrizes do meu pulso.

- Tudo se transformou em um verdadeiro pesadelo. Foi foda. Parecia que malditos dementadores haviam extraído toda a minha felicidade e estavam apenas aguardando para me dar o beijo final que sugaria definitivamente a minha alma. - ele deu uma breve pausa - Porra, isso deve ter soado muito nerd e sentimental... ah, foda-se. Você sabe que eu amo Harry Potter.

Eu já estava mais tempo com os olhos fechados do que abertos, quase vencida pelo sono.

- Eu te procurei um ano inteiro. Se você soubesse quantas fodas eu perdi... Porra, você me assombrava! - ouvi um riso irônico sair do seu peito - Eu fechava os olhos e você estava lá... sorrindo pra mim da forma tão inocentemente depravada que você fazia... - sua voz se distanciava cada vez mais - Foi um inferno do caralho seguir minha vida sem você... - percebi que ele depositou a minha mão na sua bochecha e a acariciou - E... desde que você se foi eu não consigo parar de fumar. De certa forma, o cigarro me aproximava de você. - Me rendi ao cansaço, encostei meus ouvidos novamente no seu peito e senti tudo a minha volta girar - Eu ainda te amo pra caralho, mas você já está perdida demais no seu sono para poder saber disso. - falou num sussurro praticamente inaudível, seguido de um suspiro - Enfim, boa noite - o senti se mexer e os seus lábios macios tocaram o topo da minha cabeça.


Perdi a consciência novamente.

*Sylver: Eu alterei o nome da Sônia, a secretaria do lar da casa do pai da Anne, para Sylver!

Oiiii, meus corações que batem fora do meu peito!!!! 🤧♥️♥️♥️

Como ter um coração derretido por Michael Evans: cheeeck!

Finalmente esse tonto abaixou a guarda!! Será que agora vai? 🤡

Vidas, para facilitar a minha vida, a partir desse capítulo só terá foto no feed o personagem que aparecer no capítulo, ok?

A meta é: ⭐️ 25 // ✍🏻 140

Com amor, mamãe Fox 🦊

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Curtido por jonestyler e outras pessoas
anne.stein I just wanted to protect you, but now I'll never get to.
dannyjohnson Hm.
dreamsbel Hm
chris.walker Hmm
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Curtido por steph.adams e outras pessoas
mikevans Let you rescue me the day I met you...
dannyjhonson Já posso parabenizar a volta do melhor casal?
steph.adams @dannyjhonson Han??????!??!!
justmargot @dannyjhonson QUE??!!?! 🤬🤯
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Curtido por k.martinez e outras pessoas
dannyjhonson Leve a vida sem limites 🌀
mikevans "Vô cair carai"
anne.stein HAHAAHAH não vou cuidar da fratura exposta de ninguém!!!!
dannyjhonson @anne.stein Só cuida da fratura do Mi, né? 🌚
k.martinez 👀👀👀👀👀
monfret.rebecca @steph.adams
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Curtido por annatomps e outras pessoas
monfret.rebecca 🍭♥️
steph.adams ME ATENDD!!!!!
dannyjhonson 😏😏🍭🍭🍭🍭🍭
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