Quinze
Quando eu era pequena, havia uma "maldição" entre as crianças, na qual uma coisa ruim nunca vinha sozinha, e sim acompanhada de mais duas.
Até aqui duas coisas ruins já haviam acontecido, faltava a terceira. O que eu não contava é que ela seria pior que as duas primeiras.
Saí do hospital em direção a minha casa. Eu estava emocionalmente fadigada e precisava fazer uma videoconferência com a Dra. Amélia para descarregar tudo de ruim que havia explodido nesse dia. Eu não parava de chorar e tudo o que havia acontecido ecoava na minha mente.
Eu sabia que haviam pessoas desonestas na medicina, só não sabia que elas estavam tão próximas a mim! Eu precisava ver minha mãe o mais rápido possível. Ela saberia como lidar com isso, mas enquanto eu não conseguia vê-la, marquei um horário via Skype com a minha terapeuta.
Normalmente eu não detalho à vocês as minhas sessões, mas essa foi a que me elucidou bastante.
- Eu estou cansada! Minha vida está uma verdadeira bagunça! - disse sem cerimônias, ainda aos prantos - Eu não consigo absorver o que eu estou sentindo, eu estou uma verdadeira tragédia! - me joguei no sofá a frente da mesa de centro, onde o meu notebook repousava com o rosto da doutora Amélia.
- Uau! - ela me lançou um sorriso compreensivo - O que houve?
- Eu não sei nem por onde começar! Foram muitas coisas ao mesmo tempo! Eu tô perdida...
- Primeiramente acalme-se. Inspira, expira... - observei ela se levantar e se dirigir até o aparador no canto da sua sala. Serviu chá em uma xícara e retornou à sua cadeira. Ficamos alguns minutos em silêncio, enquanto eu sentia o seu olhar em mim através da tela - Comece do início, Annelise.
- O Michael apareceu novamente na minha vida. - ela fez cara de surpresa e assentiu com a cabeça, após fez um sinal com a mão para continuar - Ele apareceu inconsciente no ambulatório por conta de um atropelamento. Desde esse dia tudo virou de cabeça para baixo.
- Como que uma simples aparição teve poder para ocasionar toda essa bagunça na sua vida?
- Eu não sei, tá bom? Eu estou aqui porque espero que você me diga a resposta dessa pergunta! - dei um gole no copo de água que havia pego antes de iniciar a sessão, enquanto ela me direcionou um olhar com a sua típica expressão de "você não me engana" - Talvez eu não tenha visto ele apenas uma vez.
- Ótimo! Estamos progredindo! Quantas vezes se viram?
- Cerca de... - Bom, foi uma vez no hospital, uma na social light, uma na festa do Danny, uma na casa do Danny - umas... - uma num pub faroeste, uma na balada do Danny, uma no apartamento do Danny de novo, uma no andar administrativo - Oito vezes.
- Uau! Oito vezes! Então não foi uma simples aparição, não é mesmo? E como foram esses encontros?
- Regados de muito desrespeito, xingamento e muita... - tensão sexual e desejo reprimido - briga.
- Ok... e o que te fez conectar a aparição do Michael a turbulência atual da sua vida?
- Bom, pra começar, o meu namoro não é mais o mesmo - a doutora Amélia assumiu uma postura analítica e semicerrou os olhos na minha direção - Tyler vem se mostrando ser uma pessoa totalmente oposta do que ele era até então. Estamos sempre nos desentendendo... - dei mais um gole na água e conclui - É como se não nos encaixássemos mais...
- O que o Tyler acha de você ter visto o Michael oito vezes? - encarei a tela e deixei um sorriso sem graça aflorar nos meus lábios ao passo que a Amélia arqueou as sobrancelhas - Deixe-me reformular a pergunta: por que você não contou ao Tyler que encontrou o Michael diversas vezes?
- Porque ele está cismado, sugerindo que algo entre nós ainda esteja vivo e... - deixei a minha fala no ar, ao passo que coloquei o copo ao lado do notebook.
- Tyler está errado de pensar assim? - engoli seco e ponderei a sua pergunta.
Abaixei a cabeça e levei o meu olhar às minhas mãos, que começaram a se mexer nervosamente no meu colo. Fui incapaz de respondê-la.
- Anne, você consegue entender que parte da sua confusão se da porque você não se preparou psicologicamente para o retorno do Michael? - ergui os olhos até a tela, mas mantive-me quieta - Olha, não quero soar rude, mas visto que você manteve contato com o Daniel, era questão de tempo até ele retornar à sua vida. Foi muita ingenuidade da sua parte não ter previsto isso antes.
- Podemos deixar esse assunto pra depois? Isso não é tudo - respondi amuada.
- Claro! Postergaremos um pouco esse assunto. O que mais está te incomodando?
- Como eu disse, o Tyler se mostrou uma pessoa totalmente diferente desde que o Michael voltou! Tanto como pessoa quanto como profissional.
- Você acha que isso pode ter a ver com uma possível insegurança da parte dele? - Tyler inseguro? Essa é nova - Pelo o que você me fala, ele é um homem muito presunçoso, sempre acostumado a ser o centro das atenções. Saber que disputa o seu coração com o Michael pode ter levado ele a comportar-se de maneira estranha.
- É, talvez... - bom, faz sentido.
Quando o Tyler passa pelos corredores do hospital, o público feminino nem respira. Tratam ele como se fosse um semideus.
- Quais tipos de comportamentos estranhos ele tem apresentado?
Encarei a tela à minha frente por longos segundos, enquanto ponderava o que eu diria a Amélia. De tudo o que havia acontecido entre mim e o Tyler, o que mais havia me perturbado foi o seu acesso de violência.
Não sou muito disso, mas vocês me permitem justificar a ação que eu estou prestes a tomar?
Hoje eu consigo identificar que poderia facilmente ter pedido ajuda e conseguido me libertar desse relacionamento que, a essa altura, já pode ser considerado abusivo. Contudo, eu convivia com um narcisista e não consegui identificá-lo.
Após anos de terapia para curar a minha mania de perseguição, por achar que todos queriam me ferir de alguma forma, eu fiquei alheia aos sinais que ele me deu.
Você, nesse exato momento, provavelmente acha que eu sou burra ou sádica por me manter atrelada a um relacionamento como esse. Permita-me te apresentar outros adjetivos: ingênua, vulnerável.
As duas características mais fortes do Tyler, como já deu pra perceber, é a sua persuasão e manipulação. Aos poucos, durante todo o tempo do nosso relacionamento, ele me colocou amarras e correntes emocionais que eu nem ao menos havia me dado conta. Portanto, como pediria ajuda e me libertária de uma coisa que eu não tinha consciência?
Não foi nada igual ao meu primeiro relacionamento no segundo ano do ensino médio. Naquela ocasião, Richard foi descarado. Agiu da forma mais petulante que existe.
Tyler não.
Tyler me viu como um jogo de quebra-cabeças e não sossegou até me desmontar inteira. Soube cada fraqueza, cada ponto fraco da minha alma e se esgueirou por dentro de maneira sorrateira ao ponto de me despertar medos que até então eu não tinha. Paranóias que eu não tinha. Contudo, ele me fazia feliz.
Então, ao passo em que sua jaula emocional se fechava em torno de mim, ele me ludibriava com a parte bondosa dele. A parte que sabe as palavras certas, que é romântico e amoroso.
Me agarrei a ele como se fosse a minha salvação por achar ser tão danificada por dentro, que nenhum outro homem iria aguentar ficar comigo, em um relacionamento amoroso, após enxergar o caos que me cerca.
Ele me fez crer assim.
Ele seria o auge.
Seria o único que aguentaria tudo sem recuar.
Sem me abandonar.
As palavras que o Michael me falou no dia do pub temático, em que eu o procurei para pedir perdão, só reafirmaram as minhas paranóias: eu estragava a vida de todos a minha volta e deveria me isolar da sociedade. Portanto, me apoiei inconscientemente no Tyler como forma de não me isolar novamente. Não permitir que a escuridão me engolisse.
Até então, também havia o fator do Michael ser uma incógnita. Uma hora me tratava bem e na outra me desprezava como se eu fosse um pedaço de lixo ambulante.
E foi por esse motivo que eu omiti o episódio agressivo do Tyler e respondi:
- Nada demais, só está mais irritado que o normal... - e rapidamente tratei de desviar o assunto para não vacilar - Também tem fato do Danny e do Michael, e as vezes até o Tyler, fazerem coisas pelas minhas costas. Eu sinto isso, sabe? Eles falam com uma entonação estranha, como se quisessem dizer algo a mais. E eu gostaria que o Danny fosse sincero comigo. Ele me viu no meu pior estado e eu esperava, no mínimo, um pouco de confiança da parte dele.
- E o que te impede de buscar as respostas que você tanto busca? - pisquei algumas vezes afim de digerir a sua pergunta - O que te impede de ir até a casa do Daniel ao terminar essa consulta e indagá-lo acerca disso tudo?
Nada! Nada me impedia, nada me prendia!
Ao terminar de desabafar horrores acerca do quanto a postura antiética do Tyler me incomodava, saí de casa decidida rumo ao apartamento do Danny. Na minha concepção, mesmo que ele não estivesse, eu não sairia de lá até ter todas as minhas dúvidas sanadas.
Em partes, eu não me arrependo de ter ido em busca de respostas, porque pelo menos ninguém me tratou como se eu fosse idiota. Porém, vendo agora o que tudo gerou na minha vida, seria melhor continuar sem saber de nada.
Quando adentrei o apartamento do Danny, ouvi vozes masculinas abafadas. Fechei a porta de entrada com cuidado e andei sorrateira em direção à conversa. Eles estavam na sala de reuniões do Danny. Essa sala possui isolamento acústico, porém a porta estava entreaberta, o que me permitia ouvir conforme eu me aproximava.
De tudo o que eu já havia passado até este momento, esse foi o pior acontecimento pelo simples fato de ter alterado completamente o curso da minha vida.
Foi aqui.
Nesse exato momento.
Que a minha vida desceu ladeira abaixo, tendo como final um abismo imensurável, incalculável a qualquer ser humano.
Foi nesse momento que aconteceu o...
STRIKE THREE:
- O meu cliente consegue a mesma mercadoria por um valor bem mais acessível - ouvi a voz do Michael dizer de forma grave e intimidadora.
Fiquei na diagonal da fresta da porta e tive uma pequena visão do que acontecia na sala. Danny e Michael estavam sentados em um sofá de frente a dois outros homens, que também estavam assentados no sofá. Havia uma mesa de centro onde tinha uma maleta, até então fechada. O cheiro de tabaco proveniente de charuto era insuportável.
- Mas vocês não conhecem a qualidade do meu produto - um dos homens desconhecidos disse, virou a maleta para si e a abriu. Esse homem era levemente moreno e tinha um sotaque latino - O que eu estou apresentando à vocês é algo de ponta, mais refinado e muito mais qualificado para a sua clientela - ele pegou um pacote fechado de algo que eu reconheceria a quilômetros de distância: ecstasy. O abriu e separou uma pílula em cima da mesa de centro - Tenho também coisas mais baratas, pra atender a todos os bolsos, mas isso aqui que eu estou apresentando a vocês... - ele dizia enquanto esmiuçava a pílula em cima de um papel cartão. Em poucos instantes, a pílula havia se tornado em pó - é o que vai diferenciar o seu estabelecimento do resto do mundo - ele estendeu o papel cartão cheio de pó de ecstasy ao Danny, que rapidamente o tirou da sua mão.
Danny umedeceu o seu dedo mindinho na sua língua, o cobriu do pó e o levou até a sua gengiva superior. Ele estava com uma expressão diferente da que eu conhecia. Parecia que ele era outra pessoa. Não havia alegria, humor, felicidade... apenas uma seriedade regada de sentimentos perversos.
Michael, que até então encarava de forma impassível os homens a sua frente, virou o rosto para observar o Danny e, como se me sentisse, olhou para a porta, onde encontrou o meu olhar. Sua expressão ainda era impassível, mas o seu olhar, mesmo breve, me implorou pra ir embora, pra me afastar dali.
E eu queria!
Queria ir embora!!
Queria vomitar!!!!!!
Também queria entrar naquela sala e perguntar ao Danny se ele tinha merda na cabeça por vender droga mesmo após vivenciar todo o meu processo de desintoxicação, mas eu estanquei no lugar. Eu só conseguia respirar, observar e ouvir o que acontecia naquela sala.
Danny parecia degustar de maneira moderada do que a pílula proporcionava a ele. Minha visão foi atraída novamente ao latino, que fez um sinal com uma mão e uma mulher seminua aproximou-se do Danny, de costas pra mim.
Ao contrário do que eu achei que ele reagiria, ele se aconchegou mais no sofá para amparar a mulher. A mediu de cima a baixo e, quando ela sentou no seu colo, a ponta dos seus dedos prontamente apertaram uma das polpas da sua bunda levemente exposta.
- Também garantimos a qualidade das nossas mulheres - o latino continuou e voltou a recostar-se no sofá - todas passam por um crivo muito crítico e só as melhores são agenciadas por mim - após falar, deu um trago no charuto que estava entre seus dedos - Temos regras também, obviamente. Todas são maiores de idade, estão legalmente no país e o mais importante: estão nisso porque querem e são livres para sair a hora que quiser - havia orgulho em cada palavra que aquele homem proferiu, tendo ele mesmo uma mulher sentada em sua coxa - nada melhor do que funcionárias motivadas, não é mesmo? - ele riu e deu um tapa estralado na bunda da mulher que estava no seu colo.
Então esse tempo todo, o Danny vendia drogas e prostituía mulheres?
Ele faz a social light desde que chegou em Boston! Pra mim, as mulheres da social light eram amigas depravadas dele, não prostitutas!!
Minha mente não conseguia conceber como ele escondeu isso tão bem de mim e como ele era capaz de tal!
Finalmente fui liberta do transe daquela reunião e consegui cambalear dois passos pra trás. Percebi que a minha respiração estava ofegante. Minhas mãos tremiam e suavam, meu coração parecia que queria sair pela minha boca e o apito incômodo do meu smartwatch não me deixava dúvida: eu estava tendo uma crise de ansiedade.
A aflição no meu peito era tamanha que eu me descuidei da discrição. Abri minha bolsa e comecei a procurar a minha cartela de ansiolítico que sempre carrego comigo. Virei de costas pra sala e ingeri uma pílula a seco, porém um ruído atrás de mim me fez voltar a olhar para a sala.
O homem que estava lado do latino estava em pé na minha frente. Ele havia escancarado a porta e os homens ali dentro me encaravam. Ficamos uns instantes em silêncio até que o Danny pigarreou.
- Anne! Chega mais! - ele esboçou um sorriso, mas a sua voz deixou nítido o quanto ele estava desconfortável.
Com muito custo andei lentamente até eles. Além das mulheres que estavam no colo do Danny e do outro homem, haviam outras cinco atrás do sofá, um pouco mais afastadas. Todas em pé, uma ao lado da outra, com roupas casualmente sensuais e um sorriso de modelo.
- Essa é a minha irmã Annelise. Annelise esses aqui são os meus amigos Benício e Vincent.
Benício era o homem que estava na porta. Ele me cumprimentou com um singelo aceno com a cabeça, enquanto o outro se levantou, após tirar a moça gentilmente do seu colo, e me estendeu a mão. Eu hesitei alguns instantes, mas retribui o cumprimento. Ele, por sua vez, puxou minha mão para si e deu um beijo lento.
- Muito bonita essa sua irmã - algo no seu semblante me indicava que ele tinha intenções muito depravadas comigo. Ele era do tipo de homem que não tem nada a perder e não mede esforços pra conseguir o que quer. Um medo incontrolável correu por toda a minha espinha - Vincent Stoessel, ao seu dispor.
STOESSEL???????
S
T
O
E
S
S
E
L
???!!!!!!!???!!?!?????
- Tá, já chega dessa ladainha, como eu disse ela é minha irmã - Danny já estava em pé ao nosso lado e tirou a minha mão da dele - Anne, você poderia ir para o seu quarto, por favor? Estou negociando umas particularidades da boate.
A realidade é que eu queria sumir. Vomitar. Não acreditava no que via.
Minha vontade era sair correndo dali, mas o meu consciente não me deixou, justamente porque eu não conseguiria dirigir nem um metro sem sofrer um acidente.
- Chefe, todos chegaram para a prestação de contas - ouvi uma voz masculina vir da porta da sala - Inclusive o seu pai.
Quando me virei encontrei Matthew, o irmão do Michael. Vi a feição do Danny se endurecer e ele trocar olhares com o Michael.
O Q U E E S T Á A C O N T E C E N D O ?
- Já estou descendo - Danny disse de uma forma dura na qual eu nunca havia visto. Então se dirigiu ao Vincent - Podemos marcar um almoço para acertarmos as porcentagens?
Enquanto eles se despediam, caminhei pesadamente no sentido da suíte verde. Quando estava no meio das escadas, o Danny me abordou novamente:
- Não vai embora! Eu preciso conversar com você - e se afastou novamente.
Eu custava horrores para processar tudo aquilo. Qual a porcentagem de ser tudo fruto da minha imaginação?
Todas as pessoas a minha volta tiraram o dia para me revelar que fazem coisas ilícitas da forma mais descarada possível!
Primeiramente o meu namorado, que era o homem que eu mais admirava, falsifica laudos e vai saber mais o que! E depois ele ainda terminou comigo indiretamente por eu não negociar o meu caráter.
Segundamente, o meu melhor amigo, no qual me V I U na clínica de reabilitação, estava negociando DROGAS e PROSTITUTAS para a sua boate. Juntamente com um STOESSEL.
Caso vocês não lembrem, Stoessel é o sobrenome do Richard. Bom, talvez nem se conheçam, né? Seria muita coincidência pra uma pessoa só. Peguei o meu celular afim de ver o horário e vi uma notificação de trinta minutos atrás:
(Desconhecido)
O Tyler não é quem você pensa. SE AFASTE!
Eu estava tão anestesiada, que nem me importei o quanto aquilo soava assustador e bizarro. Até porque, naquele momento, estava disposta a ficar o mais longe do Tyler o possível.
Eu deitei na cama em posição fetal e, por conta do ansiolítico, senti meu corpo ficar cada vez mais leve e me embalar em um sono cada vez mais gostoso.
Boa noite, para as minhas foxes!
Mais uma meta batida e mais um capítulo postado!!
Devo ressaltar que agora estamos mais perto do que nunca do nosso TÃO DESEJADO hot HAHAHAAH 👁👄👁🔥
Gostaria de dedicar esse capítulo as minhas leitoras Vih a_anonimu e ThaysMyrelly , que foram até pedir estrelinha prazamiga 😂 ♥️
Meta: ⭐️ 25 / ✍🏻 140
Com amor, mamãe Fox 🦊
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anne.stein Fugir 🌬
chris.walker Linda, minha vida ♥️
dreamsbel Começa com as suas graças que eu ligo pra sua mãe 😡
dannyjohnson Não 😢😢
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mikevans 👽
steph.adams O umbigo mais lindo do mundo ♥️😍😍
dannyjhonson O homem mais lindo do mundo ♥️😍😍
justmargot O abdômen mais lindo do mundo ♥️😍😍
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Curtido por ashley.brown e outras pessoas
dannyjhonson Oi! 🤓
mikevans Oi, meu amor ♥️
k.martinez Oi, meu lindo ♥️
monfret.rebecca Oi, MEU namorado ☺️♥️
mikevans @monfret.rebecca HAHAHAHA que iludidaaaaaaa
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matthevans 💎
mikevans Meh! Sou mais bonito ☺️
chris.walker @mikevans a disputa é acirrada, viu? 🤤
dannyjhonson Tenho nem cacife pra opinar 🥸
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