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Onze


Você sabia que, na mitologia grega, a personificação da morte é um ser chamado Thanatos? Ele andava em concordância com o Hades, que por sua vez reinava sobre os mortos.

Acho curioso como o sentido da morte se altera de uma cultura para a outra.

Por mais que eu já tenha passado muito perto dela por conta da minha tentativa de suicídio, eu não esperava que teria que lidar tão cedo com isso na minha profissão.

Eu fiquei destruída após ver a paciente morrer na minha frente. Naquele dia, após me acalmar, me dirigi até o vestiário dos funcionários, tomei banho e me troquei, porém não consegui ir embora.

Voltei até a UTI Neonatal e dessa vez pedi às enfermeiras para poder pegar a neném. As enfermeiras me disseram que o pai dela se recuperava do acidente alguns andares abaixo e ainda não havia tido a oportunidade de conhecê-la. Porém, ali estava eu, aninhando ela em meus braços.

- Hey, Jude, don't make it bad... - Eu cantarolava a ela, enquanto observava a sua mão tão pequena envolver o meu dedo indicador.

O barulho no vidro da UTI neonatal me tirou dos meus devaneios. Era o Tyler e o Peter, que faziam sinal para eu sair de lá. Com muito custo, devolvi a neném a incubadora e sai da sala.

- Bom dia, Annelise. Vejo que a neném está se recuperando bem - o médico chefe me disse assim que me aproximei.

- Espero que sim, chefe - olhei a bebê de longe, através do vidro.

- Bom, infelizmente você participou de uma fatalidade e agora precisamos que você seja forte - voltei os meus olhos para o Peter, que me encarava sério - Ficou nítido o quanto a incompetência dos dois médicos acarretaram no óbito da paciente, portanto haverá uma auditoria por esses dias. Preciso que você relate tudo, desde o momento que você viu a paciente até o momento que você saiu da sala de cirurgia - eu continuava quieta e sustentava o seu olhar - eu imagino que reviver tudo isso seja doloroso, principalmente por essa ter sido a sua primeira perca como médica, mas é necessário que você relate tudo aos nossos advogados. Você consegue entender isso? - fiz que sim com a cabeça - Ótimo. Tire o dia de folga e amanhã você retorna ao trabalho. Bom descanso, Steinfeld - ele acenou com a cabeça e saiu de perto. Tyler manteve-se a minha frente.

- Você está melhor? - assenti com a cabeça - Mas parece cansada. Por que não vai dormir um pouco? Passo na sua casa mais tarde.

- Acho que eu vou para o Danny...

- Perfeito! Estou na UTI hoje, então não consigo te dar a atenção que você merece - ele acariciou a minha bochecha.

- Tem o Drake do 401... você pode dar uma atenção ao caso dele? A primeira endoscopia digestiva alta não deu um resultado muito bom...

- Fica tranquila, vou cuidar pessoalmente do caso - ele me deu mais um abraço forte - Me avise quando sair da casa do Dwane que eu vou pra sua casa - depositou um beijo no topo da minha cabeça e se afastou em seguida.

Já que eu tinha acesso livre no condomínio, nem me dei ao trabalho de avisar o Danny que iria para lá. O pior que poderia acontecer é a presença da Rebecca, mas, honestamente? Eu estava tão arrasada que nem me importaria.

Até então, eu e o Danny não havíamos conversado acerca do "apê dois", porém tudo isso podia esperar.

Assim que cheguei no seu andar, me dirigi a passos lentos ao seu apartamento. A sensação era a de que eu pesava duzentos quilos. Danny estava em pé na sala, enquanto falava ao celular. O seu semblante rapidamente tornou-se feliz, porém receoso, ao me reconhecer. Dei um sorriso pesaroso e fiz o trajeto lentamente até ele. Larguei minha bolsa em um lugar qualquer.

- Sim, eu entendo, mas você também precisa entender que você é o meu fornecedor. Como o meu fornecedor fala que não tem... - pausa - coisas para me fornecer? - eu estava tão perplexa que nem me dei conta de que ele escolhia as palavras ao telefone. Envolvi sua cintura com os meus braços e deixei meu ouvido encostado em seu peito. Senti o seu braço desocupado me envolver - Você vai me desculpar, mas se em vinte minutos você não tiver uma resposta diferente, estarei contratando outro fornecedor - desligou o celular e me abraçou mais forte junto a ele - Ei, o que houve? - eu já chorava de novo - Foi aquele babaca do Tyler, não foi? - Eu ri brevemente da forma fraterna que ele me tratava.

- Não, eu perdi uma paciente hoje - respondi com a voz embargada e percebi que ele me abraçou ainda mais apertado.

- Nossa, Anne, eu sinto muito - senti quando ele encostou o queixo no topo da minha cabeça - vem, me conta como foi. Eu tenho sorvete de chocolate - ele me conduziu pelo apartamento.

Sentei no banco alto da cozinha e observei o Danny se distanciar. Ele estava sem camisa, então quando se virou de costas para pegar o sorvete no freezer da geladeira, vi que ele estava cheio de hematomas.

- Danny, meu Deus! Suas costas! - ele pegou o sorvete e se virou pra mim, com um sorriso sem graça nos lábios - O que houve?

- Eu cai - ele se dirigiu até a gaveta e pegou colheres.

- Como assim caiu? Tá mais pra um espancamento!

- Eu sofri um acidente de moto. Não foi nada... - ele serviu sorvete em duas taças e o seu semblante não escondia que ele estava desconfortável - Vamos falar de você... - um sorriso pesaroso apareceu em seus lábios e um olhar suplicante me indicava que ele não abaixaria a guarda.

Me dei por vencida e não tentei forçar mais nada. No fundo, eu sabia que quando se sentisse confortável, ele iria me procurar para desabafar. Contei tudo acerca do ocorrido, enquanto ele me ouvia atentamente.

- Então a culpa não foi sua? Ainda bem! Não que eu não te daria cobertura caso você tivesse matado alguém, mas né...

Danny é uma pessoa muito espontânea. Acho que é por isso que a nossa amizade deu certo. Ele pegou uma garrafa de cerveja na geladeira e começou a bebericar.

- Não! - ri brevemente - mas não muda o fato dela ter morrido. Ela morreu na minha frente, sabe? E eu tinha alertado os médicos... nossa, foi horrível - dei mais mais uma colherada no sorvete. Ficamos alguns instantes em silêncio até que...

- E você e o Mike? - ele perguntou receoso.

- Como assim eu e o Mike? - devolvi a pergunta com um semblante duvidoso.

- Bom, ele me disse que vocês conversaram... - Danny voltou a escolher as palavras - Vocês se resolveram? - ele deu mais um gole na sua garrafa de cerveja sem cortar o contato visual comigo.

- Se "se resolver" significa ele me desrespeitar em diferentes graus, sim nos resolvemos - revirei os olhos - ele virou um imbecil, Danny. Acredita que ele me chamou de narcisista? Ele nem sabe de nada que eu enfrentei - Danny ficou mudo - Eu sei que ele vai mudar pra Boston, ok? Não precisa me olhar assim - peguei mais uma colherada do sorvete.

- E você está bem com isso?

- Não! Eu acho que ele deveria voltar para o buraco de onde saiu - respondi com a boca cheia de sorvete - Mas eu não sou criança. Então, por favor, se ele estiver em algum evento seu, me avise para que eu possa me preparar psicologicamente.

- Bom, primeiramente eu acho que você precisa de um banho - ele faz uma careta - eu preciso resolver algumas coisas da balada e você pode vir comigo, o que acha? Pra esquecer um pouco o assunto do hospital? Depois assistimos um filme, pedimos alguma coisa pra comer...

- Pode ser! - sorri e me esforcei para soar animada - Afinal, temos que conversar acerca de uma certa social light - Danny sorriu sem graça e desviou o assunto. Na verdade, se fez de desentendido.

- A suíte verde do segundo andar tá limpa, vai lá que eu te espero aqui - ele me estendeu uma garrafa de vinho e uma taça.

Particularmente, com excessão da suíte master, aquela era a mais bonita. Não por eu ter um apreço pela cor verde, mas porque a vista era maravilhosa. Dava uma visão ampla da cidade e tinha uma hidromassagem divina. Me permiti tomar um banho mais demorado, enquanto degustava o delicioso vinho que o Danny havia me dado.

Refleti acerca do quão conturbada a minha vida estava ficando. Tudo estava perfeitamente bem e de uns meses pra cá tudo se resumia a turbulência atrás de turbulência. Eu não tinha mais certeza de nada e, vez ou outra, aquele olhar agressivo do Tyler me assombrava.

A sensação de não compreender uma informação importante também não me dava trégua. Parecia que eu estava alheia a alguma situação, de uma forma que me incomodava muito.

Quando terminei o meu banho, fui até o guarda roupas da suíte, onde deixei algumas peças minhas. Coloquei uma roupa básica, fiz uma maquiagem leve e deixei meu cabelo secar ao natural. Ouvi o toque de mensagem sair do meu celular.


(Desconhecido)
Se afaste. Estou falando sério.


Ok, isso começou a ficar estranho. Eu havia até me esquecido dessas mensagens. Decidi responder.

Anne
Quem é?

(Desconhecido)
Alguém que conhece o Tyler de uma forma que você não conhece.

Anne
Em qual sentido?

(Desconhecido)
Em todos.



Ah, ótimo. Estava demorando mesmo para alguma fã dos dotes sexuais do Tyler começar a me ameaçar. Por conta do meu esgotamento emocional advindo do meu dia conturbado no hospital, decidi resolver isso depois.

Quando abri a porta, ouvi vozes no primeiro andar. Desci as escadas sorrateiramente até conseguir ouvir o que falavam:

- Foda-se, Danny - parecia a voz do... Mike?

- Não é foda-se, Evans. Eu não quero confusão - eu já tinha alcançado a sala e conseguia ver os dois. Contudo, mantive-me em um lugar com pouca iluminação afim de não ser vista. Um cheiro forte de nicotina me inundou e fez o meu nariz ficar irritado.

- Desde quando você se importa assim?

- Desde sempre! - Aí que vontade de espirrar!!!

- Desde sempre? - Observei o Danny assentir com a cabeça. Mike deu uma pausa enquanto tragava o seu cigarro - Vocês voltaram a se falar tem o que? Um ano? Ela já sabe? - Sabe? Sabe do que?!

- Eu ainda não conversei sobre isso com ela! E na verdade ela nunca sumiu. Não pra mim - Consegui controlar um espirro. Michael endureceu o seu semblante enquanto dava mais um trago no seu cigarro.

- Vou dizer o que eu já disse: eu estou pouco me fodendo - respondeu com sua voz sem emoção.

- Não é o que parece - Michael revirou os olhos.

- Já pensou em como vai fazer a divisão entre a social e a Kabbalah? - Danny soltou um suspiro e fez que não com a cabeça - Acho que vamos precisar de reforço com a quantidade de...

ATCHIM!

E foi assim que o meu disfarce foi estragado. Com a MERDA de um espirro.

Os dois viraram na minha direção e me encararam. Michael estava sentado relaxadamente em uma poltrona, de frente pra mim, enquanto Danny, que antes estava de costas, se virou na minha direção.

- Já se arrumou, Anne? - sorriu na tentativa de disfarçar o seu desconforto. Acenei que sim com a cabeça e andei até eles.

- Vão ter uma tarde das garotas? - Michael encarou o Danny e deu mais um trago no seu cigarro - Vão combinar de me trair pelas minhas costas mais uma vez?

- Evans, não começa - Danny respondeu entediado. Pegou a chave do seu carro e a sua carteira em cima do aparador. É impressão minha ou ele está cheirando a maconha?

- O que foi? Estou sendo amigável, não estou? - ele arqueou as sobrancelhas - Quem vai sumir dessa vez? Você, Danny? - revirei os olhos e estava próxima da minha bolsa quando ouvi... - Se você tem algo pra falar, fala Annelise. Não precisa revirar os olhos como uma criança de cinco anos.

- Anne, faz o seguinte, me espera na garagem - me virei na direção do Michael e ponderei alguns instantes entre xingá-lo e deixar pra lá. Optei por...

- Você é patético - Ele soltou um riso debochado.

- Você é muito dissimulada - ele balançou a cabeça em negação com o seu ar de prepotência que eu tanto odeio.

- Eu não vou perder meu tempo com alguém como você.

- Gente, vamos parar com isso... - Danny tentava falar, mas foi totalmente ignorado por nós dois.

Tarde demais, Danny. Tarde demais para esvair de maneira simples todo o ódio que o Michael fez se consolidar em mim.

Michael se levantou e deu um passo na minha direção.

- Alguém como eu? - ele deu mais uma trago no seu cigarro e cerrou os olhos na minha direção - Pra mim vai ser uma honra ouvir você explicar o que significa alguém como eu.

E foi aqui que o seu semblante debochado, sua áurea arrogante e suas palavras sarcásticas me fizeram perder o controle. Quando percebi, a enxurrada de palavras já havia saído da minha boca.

- Honra eu vou ter quando você sair da minha vida de novo! - senti um sorriso debochado aflorar em meus lábios - Você é um prepotente, arrogantemente, desrespeitoso que não consegue superar o passado! - ele mantinha os seus intimidadores olhos fixos em mim - Se tornou uma pessoa deprimente, desprezível, que eu particularmente teria desgosto de me relacionar...

Ele balançou lentamente a cabeça. Cada palavra que saía da minha boca estava em análise em sua mente. Michael ainda sustentava o seu ar de superioridade, mas eu sabia como atingi-lo. Sabia exatamente o que dizer pra furar todas as barreiras que ele havia construído.

- Você é totalmente apelativo! Falava tão mal do seu pai que se tornou mil vezes pior do que ele! - e foi aqui que os seus olhos se tornaram frios como um vidro e sua expressão ficou totalmente impassível - Eu costumava ter birra da Stephanie, mas hoje eu tenho dó! Tenho pena dela! Porque ela não consegue ver a areia movediça composta de estrume na qual está presa! - eu já estava a centímetros do seu corpo e falava da forma mais audaciosa possível - Eu não acredito que eu tentei me suicidar por alguém como você. Você me dá nojo.

Michael levou o cigarro mais uma vez até a boca, tragou lentamente e soltou a fumaça pelo nariz. Após alguns instantes em total silêncio, ele me mediu de cima a baixo, com um olhar de desprezo. Se afastou, pegou o blaser do seu paletó, que estava em cima do sofá, e saiu da sala.

Nesse momento eu consegui, finalmente, colocar o Michael Evans no seu devido lugar. Assumo à vocês que no momento em que as palavras saiam da minha boca, eu sentia como se fossem doces. Porém, ao vê-lo se distanciar, tudo ficou amargo.

Por algum motivo, o meu coração ficou pesado após destilar todas aquelas ofensas contra ele.

Por algum motivo, eu fiquei mais triste do que feliz após ter jogado tudo aquilo na cara daquele arrogante.

Por algum motivo, eu queria correr até o seu quarto e pedir desculpas por tudo, mas o dano já estava feito e precisaria bem mais que o meu arrependimento para repara-lo.


Olá, melhores leitoras do mundo!! ♥️
Esse e o próximo capítulo, ao meu ver, são os mais tensos com relação ao nosso casal.
Mas confiem em mim que no final tudo dá certo!!!! 🌝🙈

Se quiserem mais um capítulo antes de sábado, já sabem! 25 estrelinhas e 135 comentários!!

Com amor, mamãe Fox 🦊

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Curtido por dreamsbel e outras pessoas
anne.stein Momentos de realeza 🙈🍷
dannyjohnson Vejo peitos 😡🔪
jonestyler @dannyjohnson O que é bonito é pra ser visto 😉
dannyjohnson @jonestyler Ao contrário de você, eu protejo ela.
jonestyler @dannyjohnson Isso não é proteção, é chatisse. O corpo é dela. Fica tranquilo aí.
anne.stein 🙄🙄🙄🙄🙄🙄
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Curtido por justmargot e outras pessoas
mikevans ☀️✌🏻
dannyjhonson Gato!
anne.stein @dannyjhonson Ué? Não vai falar da exposição do corpo dele?
dannyjhonson @anne.stein A probabilidade dele ser estuprado é menor.
anne.stein @dannyjhonson Ah, tá. Atende o celular e me explica essa história direito 🙂
steph.adams 👀
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Curtido por k.martinez e outras pessoas
dannyjhonson Run! 🏃🏽 #NikeRunClub
anne.stein Vejo peitos. Ah! Você é homem, né? Você pode. Se for comigo, eu tô pedindo pra ser estuprada.
monfret.rebecca Gente? O que está acontecendo?
dannyjhonson @anne.stein Puta que pariu!!!!! Eu NUNCA falei isso!!!!!!!
mikevans Se enrolou, ein Danny? 🤣
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Curtido por iamjolie e outras pessoas
jonestyler You are my sunshine, my only sunshine. You make me happy when skies are grey. ♥️
anne.stein 🥰♥️
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