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Cinco


Do que são feitos os sonhos? O que te motiva a ter algo? O que te faz lutar, se negar e mudar totalmente a sua vida em prol dele?

De onde surgiram os sonhos? Por que sonhamos em ser médicos, advogados, dentistas...? De onde sai essa força e essa resistência para perseverarmos numa ideia cegamente?

A resposta para essas perguntas eu não sei, mas o que eu sei é que se eu não tivesse passado pelo próprio inferno e aprendido a resistir a algumas situações, posso dizer que eu teria desistido da medicina no meu primeiro dia de emprego.

Ao contrário do que aconteceu no meu antigo relacionamento, eu não vi o Tyler depois do dia do iate. Ele começou a trabalhar e eu iniciei a procura por uma vaga de residente, então nossos horários não bateram. Apenas conversamos por mensagens.

Eu me candidatei ao Massachusetts General Hospital por intermédio de um currículo online, que foi respondido quarenta e oito horas depois, que solicitava uma entrevista pessoal no andar administrativo. Antes de ser entrevistada, eu tive que escrever uma redação acerca de mim mesma, o que não foi difícil.

Difícil mesmo foi ter que explicar todo o meu processo depredativo dos meus dois últimos anos do ensino médio, enquanto olhava nos olhos de um senhor intimidador chamado Peter Boyle, que no caso era o médico chefe do hospital. Infelizmente, ser uma ex viciada era algo que eu não podia omitir na minha ficha de admissão.

Ele me analisou interessado e decidiu me contratar por ter admirado a minha força de vontade e acreditar em recomeços. Me passou todo o cronograma de trabalho, me deu uns papéis para assinar e voilà!

C O N T R A T A D A

Meu primeiro dia de residência foi em uma segunda-feira. Eu estava tão ansiosa que cheguei meia hora antes do meu plantão, só pra garantir que nenhum contratempo iria estragar esse dia.

Assim que todos os residentes novos chegaram, fomos agrupados em uma sala de reuniões no andar administrativo e informados acerca das normas do hospital, que basicamente eram resumidos em:

Nada de atrasos

Nada de tentar resolver os casos sozinhos

Nada de entubar pacientes sem ter sido previamente treinado por um médico responsável

Nada de encaminhar o paciente para o centro cirúrgico sem fazer os exames básicos

Nada de tornar pessoal os casos dos pacientes

Nada de se relacionar com funcionários

Nada de se relacionar com funcionários no horário de trabalho

E mais uma série infinita de "nadas", mas os que eu me lembro de cabeça são esses, me perdoem. Após duas horas de introdução às normas do hospital e de fazer um tour geral em todas as instalações, finalmente fomos liberados para irmos ao vestiário dos funcionários e nos vestirmos como se fôssemos verdadeiros médicos.

Antes de atendermos os casos no ambulatório, fomos direcionados para um treinamento, que duraria os dois dias do primeiro plantão, de casos pré selecionados pelo médico responsável para aprendermos de modo supervisionado o que iríamos encarar daqui para a frente. O que eu não contava era que o médico responsável por nós seria o Dr. Jones, mais conhecido como Tyler.

O meu puzzle Tyler.

Fomos levados para um dos quartos de internação, onde havia um caso de acidente doméstico em que o paciente estava inconsciente e precisava de entubação.

Assim que entrei no quarto, eu senti um calafrio na barriga ao reconhecer o Tyler. Ele igualmente me reconheceu, porém tratou de desviar rapidamente o olhar do meu, como se não me conhecesse.

Ok. "Nada de se relacionar com funcionários", né?

- Bom dia a todos - Tyler começou com a voz confiante - Me chamo Tyler, mas daqui pra frente podem me chamar de doutor Jones - não sei se é o sotaque, mas aos meus ouvidos isso soou absurdamente arrogante - Não me interessa se vocês fizeram Harvard ou se falsificaram documentos para estarem aqui. Não quero saber quantas notas máximas vocês tiraram em anatomia ou o motivo para vocês terem escolhido medicina - ele olhava para cada um dos residentes, menos para mim - A única coisa que eu quero de vocês é que não matem ninguém com suas incompetências. Para isso, infelizmente, eu vou deixar a minha área de excelência que é Traumatologia para ensinar vocês - ele estendeu um prontuário para um dos rapazes que estava próximo dele - Você sabe ler prontuário, novato?

Eu olhei brevemente e percebi que as meninas que entraram comigo no programa de residência olhavam o Tyler com admiração. Eu sinceramente estava enojada com a forma que ele havia conduzido aquela apresentação. O "novato" leu o prontuário e quando eu menos esperava...

- Steinfeld - ele me olhou pela primeira vez e era como se eu fosse um pedaço de estrume - Entubação - apontou com a cabeça para a bandeja ao seu lado e se afastou um pouco do corpo do paciente.

Engoli seco e me dirigi até lá. Vesti a luva cirúrgica nas minhas mãos e observei o homem a minha frente. Ele já era de meia idade, então optei por pegar um instrumento um pouco menor.

- Você quer entubar um adulto com um instrumento infantil? - ele debochou de mim.

- Ele é mais velho, pensei que...

- Você está aqui pra aprender ou ensinar? - ele me cortou ríspido.

Respirei fundo e selecionei o instrumento maior. Deitei a cama do paciente totalmente na horizontal e tirei o travesseiro da cabeça dele. Abri sua boca e...

- É com essa postura que você pretende entubar o paciente? - *respirei fundo* e deixei minha coluna alinhada.

Comecei a descer o instrumento pela faringe do paciente, contudo ele travou quando alcançou o meio do percurso. Minha expressão não mentiu o quanto aquilo me assustou.

- O instrumento travou - eu disse com a voz falhada.

- E o que te faz pensar que isso é problema meu? - Comecei a sentir um nó se formar na minha garganta - Francamente, muito me admira você ter sido liberada para a residência - Todos me observavam atentamente e eu não conseguia ignorar a sensação de ser humilhada em público - Você deve ter entrado por ter algum familiar médico, porque não tem lógica tanta burrice pra uma pessoa só.

Respirei F U N D O pela milésima vez e me concentrei no paciente.

- Pelo seu silêncio, deve ser seu pai. Ele não te ensinou o básico da medicina hospitalar? - Ele continuou. Errou, babaca, é a minha mãe e sim, ela me ensinou muito.

Nesse exato momento, o meu botão do "ignorar" foi ligado na minha mente. Se o instrumento estava travado, provavelmente ele estava com alguma inflamação, o que deixava o canal respiratório inchado. O que me leva ao início: um instrumento menor seria o mais apropriado.

- Steinfeld, se afaste do paciente. Deixe alguém com competência fazer isso - retirei aquele instrumento da faringe do paciente e peguei o instrumento infantil novamente - Steinfeld, se afaste - ele disse incisivo, porém a única coisa que eu conseguia fazer era descer o instrumento lentamente por toda a traqueia do paciente - Além de burra, a ruiva é surda - ouvi alguns residentes rirem baixo, contudo quando eu posicionei o balão no topo do instrumento de intubação e apertei, o peito do paciente subiu e desceu, o que indica que a entubação está no local correto.

Retirei a parte de cima do instrumento e o conectei a máquina de oxigênio por intermédio de um tubo maleável. Com o meu estetoscópio ouvi a respiração do paciente e confirmei mais uma vez ele estava corretamente entubado. Respirei fundo mais uma vez, mas agora em sinal de alívio, e olhei o Tyler nos olhos, que me encarava de volta nitidamente afetado.

Talvez ele contava que eu falhasse, que eu não conseguisse. O meu sucesso naquela prova sádica de resistência nitidamente não era algo que ele havia programado no seu plano de tortura aos residentes.

- Precisa de algo mais, doutor Jones? - sorri irônica. Ele balançou a cabeça lentamente, por fim arqueou as sobrancelhas.

- Preciso que você aprenda a entubar um paciente sem parecer uma primata - sorriu debochado - Mas teremos tempo pra isso daqui pra frente. Podem se direcionar a sala de anatomia no segundo andar - concluiu e se retirou da sala.

Quando o Tyler finalmente saiu, um suspiro audível de alívio saiu do meu lábio.

- Se saiu bem. Eu não teria conseguido - ouvi o rapaz que leu o prontuário me falar depois de um tempo e se retirou da sala em seguida.

O resto do dia correu como se eu não existisse para o Tyler, porém sua pressão psicológica em cima de nós não deu trégua. Uma das meninas até saiu da sala de anatomia aos prantos.

Por fim, tivemos a pausa do almoço. Antes de me dirigir ao refeitório, precisei ir à sala de funcionários trocar meu jaleco por tê-lo sujado com formol. O cheiro estava insuportável. Ouvi quando a porta do vestiário abriu e fechou.

- Você se saiu muito bem sob pressão, Anne - a voz grossa com sotaque inglês do Tyler soou pela sala. Me mantive quieta - Eu sei que você não entendeu nada, mas...

- Mas o que? - bati a porta do meu armário e me virei para encara-lo - Você tinha que fazer esse papel ridículo de arrogante que se diverte humilhando as pessoas publicamente?

- Eu tenho que me impor, Annelise! - ele se aproximou de mim - Se eu não pegar pesado com vocês agora, vocês não suportarão a pressão do mundo real - soltei um riso irônico.

- Então é isso que você fala à si mesmo para conseguir dormir? Arranja outra desculpa pra ser babaca, porque essa não cola - tentei sair da sala, mas fui impedida por ele, que se colocou na minha frente.

- Eu te escolhi por dois motivos - soltei um suspiro longo de impaciência e mantive meu olhar fixo na parede a frente - O primeiro é pra você saber que eu não admito erros, independente do que vivemos na nossa vida pessoal - revirei os olhos mais impaciente ainda - E o segundo é porque eu sabia que você era capaz - o encarei ainda brava - Não sei se você se lembra, mas se tem alguém que sabe do quanto você é uma boa aluna sou eu. Eu te pressionei para extrair o melhor de você, Anne, e fico orgulhoso do que consegui - cerrei meus olhos em sua direção - Como seu amigo, eu te peço perdão pela maneira que te tratei - senti minha raiva se esvair a cada palavra mansa que ele dirigia a mim. Eu sou muito troxa mesmo... - Mas como seu médico responsável, não. Você vai encontrar no ambulatório situações muito mais estressantes do que aquilo. Eu estou te preparando para o caos - ele disse calmamente e acariciou a minha bochecha com o nó do seu dedo indicador. Balancei lentamente a minha cabeça em afirmação, enquanto digeria todas as palavras que ele havia me dito. E como se soubesse que eu estava com a guarda baixa... - Você fica ainda mais linda quando tenta continuar brava comigo - dei um sorriso tímido e desviei o olhar do seu - Que tal um jantar amanhã para comemorarmos o seu primeiro plantão?

O que eu não sabia era que, na verdade, eu não estava em treinamento para trabalhar no ambulatório. Não era sobre cuidar de pacientes e atender fraturas expostas no trauma.

Na verdade, eu estava em treinamento, com a vida como minha professora, para ser uma coisa pior do que um membro do Talibã, ao ponto de me fazer desejar ser enviada pelo governo norte-americano em missão pacificadora no Paquistão.

Infelizmente, eu sou a personificação da palavra caos.

Aí aí, eu tenho as melhores leitoras do mundo 🤧😪

Bateram a meta em menos de duas horas e me fizeram postar mais um capítulo!

Pra ter capítulo extra a próxima meta é: 30 estrelinhas e 150 comentários. 👽

Mamãe Fox ama vocês 🦊

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Curtido por monfret.rebecca e outras pessoas
dannyjhonson Dubai 💎
mikevans GOSTOSO
k.martinez GOSTOSO 2
dannyjohnson @k.martinez gostoso é você de quatro na minha cama...
monfret.rebecca @dannyjohnson ??!?👏🏽👌🏽
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Curtido por imjolie e outras pessoas
jonestyler Onde eu queria estar... 😪
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