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Catorze


Em um minuto tudo pode mudar, mas no meu caso, tudo mudou em vinte e quatro horas.

Em exatamente mil quatrocentos e quarenta minutos, minha vida deu um giro de trezentos e sessenta e cinco graus e me tirou completamente do meu eixo.

Esse dia foi escolhido pelo próprio diabo para me atormentar durante os meus próximos meses e, julgo dizer, em algumas situações será até o resto da minha vida.

Se antes eu achava que tudo se desencaixou, agora eu tinha certeza de que eu estava no olho do furacão, mas não estou aqui me referindo a um simples vento. Estou discorrendo acerca de algo tempestuoso!

Vacas voando.

Telhas saindo do telhado.

Caminhonetes sendo arrastadas.

Casas destruídas.

É exatamente disso que me refiro e não havia nada que eu pudesse fazer para impedir, a não ser me abrigar em um quarto subterrâneo e aguardar o vento forte destroçar tudo o que quisesse.

O dia se iniciou com a minha cabeça com uma dor tão forte, que parecia que ia explodir. A claridade no quarto era tanta que eu não conseguia abrir os olhos. Minha boca estava seca, meu corpo dolorido e, pra fechar o combo, meu alarme não parava de apitar do outro lado do quarto.

Ressaca é uma merda.

- Isabel, fecha essa cortina! Eu já vou levantar - tentei dizer normal, porém minha voz saiu totalmente embolada. Não obtive resposta - Isabel? - resmunguei mais uma vez - Eu não consigo abrir os olhos, fecha isso - ouvi alguém fechar as cortinas. Quando tirei o edredom da cabeça, percebi que ainda tinha uma fresta aberta, mas pequena.

Assim que meus olhos se adaptaram a luz, reconheci a suíte cinza do Danny.

Ok. Não surta, Anne.

Observei os detalhes do quarto, enquanto minha visão se acostumava com a claridade. Percebi a silhueta de um homem em pé encostado próximo a porta de vidro da sacada.

- Bom dia, Dra. Steinfeld - a voz rouca do Michael me confirmou alguns dos meus receios.

Me olhei por baixo do edredom e percebi que estava com uma camiseta que não era minha e uma boxer masculina que, obviamente, também não era minha.

Voltei a olhá-lo.

Ele estava com uma toalha em volta da cintura e o seu cabelo molhado, que indicava que havia acabado de sair do banho. Ele mantinha os braços cruzados a frente do seu peito e seus olhos me encaravam impassíveis, porém estavam diferentes.

Não havia mais indícios de desprezo, nojo ou coisas do tipo no seu semblante. Era apenas o Michael, que me olhava de forma impassivelmente amigável. O que era muito estranho, dado que a última vez em que nos vimos ele deixou claro que estava "pouco se fodendo" pra mim.

Antes que eu pudesse proferir qualquer palavra, meu celular começou a tocar o som de chamada. Em um salto, sai da cama e o procurei por todo o cômodo. O achei em uma poltrona embaixo da bolsa que eu havia levado para a balada no dia anterior. Olhei no visor

7:50

Faltavam dez minutos pra começar o meu plantão.

- Aonde você se meteu, Steinfeld? - a voz irritada do Tyler soou alta do outro lado do telefone.

- Eu... - olhei ao redor em busca de alguma roupa que eu pudesse usar - Estou no Danny.

- O que você ainda está fazendo aí? - ele perguntou num grito. Afastei brevemente o aparelho da minha orelha porque até o volume de chamada do meu celular intensificava a minha dor de cabeça - Você tomou porre ontem a noite? Eu não acredito no tamanho da sua irresponsabilidade! - parei de andar feito uma barata tonta pelo quarto e levei uma mão até os meus olhos, afim de me concentrar na situação inteira.

Eu estava semi nua.

Na suíte cinza do Danny.

Com o Michael semi nu.

Sem nenhum vestígio da minha roupa da última noite.

Minha cabeça estava explodindo.

Meu plantão começava em dez minutos e eu não estava minimamente pronta.

- Talvez eu tenha extrapolado um pouco ontem a noite... - respondi pesarosa.

- Talvez? Eu sabia que você não deveria ter ido! Você não tem maturidade para se divertir e lidar com coisas de adulto - respirei fundo. Minha cabeça latejava só de tentar formular uma frase para responder o Tyler - Você tem uma reunião com os advogados do hospital em trinta minutos - e desligou na minha cara.

Que merda.

- Seu pai passou a tutela dele para o seu namorado? - Michael continuava com os ombros encostados na parede próxima a sacada, porém agora fumava.

- O que? Não, é só que... - Fui até a porta de vidro da varanda e a abri. Meus olhos reclamaram, mas o cheiro de nicotina do ambiente estava insuportável.

- Que o que? Ele tem fetiche em fingir que é o seu pai? - e deu mais uma tragada, enquanto observava todos os meus movimentos.

- Não, Michael. Eu realmente sou irresponsável por ter bebido tanto noite passada e... - eu revirei tudo o que tinha na poltrona, porém não achei nenhum vestígio da minha roupa da última noite - Cadê minhas roupas? O que você está fazendo aqui? - parei e cruzei os braços. Um sorriso malicioso brotou nos seus lábios.

- Quer mesmo saber? - deu mais uma tragada.

- Cadê as minhas coisas? - fui até o guarda roupas procurar.

- Acho que você deveria ir ao banheiro - ele desviou o olhar pra fora da sacada e apagou o seu cigarro.

Andei a passos rápidos até o banheiro da suíte e, ao abrir a porta, me deparei com as minhas roupas encharcadas e espalhadas pelo chão. Em fração de segundos a minha cabeça fez um cálculo rápido do que poderia ter acontecido.

Ele se aproveitou de mim?

Com a mesma rapidez que cheguei até o banheiro, fiz o percurso novamente até ele. Sem muitas cerimônias, comecei a desferir tapas por toda a extensão do seu peitoral e braços.

- Qual é o seu problema? Você não viu que eu estava bêbada? - ele só se defendia, ainda confuso.

- Do que você tá falando?

- Do que eu to falando? Do-que-eu-to-falando?????? - ainda batia nele - Você se aproveitou de mim! - ele começou a rir.

- Porra, não! - ele apenas se defendia.

- Você é um doente!! - Praticamente gritei as palavras e, em um movimento rápido, ele segurou meus dois pulsos e me imobilizou contra a parede. A diversão no seu semblante desapareceu e deu lugar a uma expressão injuriada.

- Eu posso ser muita coisa, Annelise - ele disse baixo, com a sua voz estupidamente grave - Mas um estuprador de merda eu não sou - aproximou um pouco mais o seu rosto do meu - Não que você não estivesse afim... - um sorriso malicioso aflorou em seus lábios - mas se for pra te foder, vai ser quando você estiver sóbria - ele começou a afrouxar o aperto no meu pulso até que o soltou por completo - Pra você lembrar de cada vez que o meu pau entrou em saiu de dentro de você. E, nessa ocasião, eu vou te foder tanto que você vai ficar um dia inteiro sem conseguir andar - e como reação, a minha mão direita voou com toda a força até a bochecha esquerda do Michael. Um sorriso debochado se abriu em seus lábios.

- Some da minha vida! - o empurrei pra longe de mim e sai do quarto, rumo a suíte verde que continha alguns pertences meus.

Me arrumei rapidamente e peguei um dos carros do Danny emprestado para ir ao hospital. Cheguei quinze minutos atrasada, porém quinze minutos adiantada para a reunião. Quando cheguei nos vestiários, vi o Tyler conversar com o Peter Boyle e ouvi por alto algo como "sua abordagem está incorreta. Não podemos trazer mais holofotes para este hospital", porém eu estava tão atordoada por estar atrasada que nem me dei ao trabalho de ouvir mais nada.

Me troquei e fui rapidamente ver o que tinha acontecido no plantão anterior. Exerci algumas tarefas até que

"Annelise Steinfeld, favor dirigir-se ao andar administrativo"

- Boa sorte, amiga - Chris pegou o prontuário que estava na minha mão.

Eu disse que esse dia foi uma merda, né?

Pois bem.

Ao chegar no andar administrativo, a recepcionista me conduziu ate é a sala de reuniões onde o Dr. Boyle me esperava. Ela deu dois toques na porta, me anunciou e em seguida me deu passagem para entrar.

E a cena foi a seguinte:

Eu adentrei a sala imensa de reuniões, que tinha uma senhora janela com vista panorâmica. Ao centro havia uma grande mesa de mármore, com diversas cadeiras uma de frente para a outra. Porém nada disso foi relevante.

O quanto aquele mármore parecia absurdamente caro não me impactou. O quanto a decoração moderna daquela sala soava caríssima, não palpitou o meu coração. Contudo, o que fez isso foram os componentes que estavam naquela sala.

Me direcionei até a cadeira vazia que estava entre o Tyler e o Peter. Na minha frente estavam três homens, extremamente bem vestidos e elegantes. Todos tinham a áurea de sobrecarga de testosterona e não é pra menos.

À minha frente, estava um senhor que por si só impunha respeito. Ao seu lado esquerdo havia um homem na casa dos trinta anos que eu já havia visto bastante por foto. E ao lado direito do senhor estava o Michael.

Michael Fucking Evans.

Expressão impassível é uma coisa muito difícil de se adquirir. Ter autocontrole suficiente das suas micro expressões faciais não é para muitos.

Ao passo que Michael manteve-se estático a minha presença, um turbilhão que sentimentos inundou o meu rosto de uma maneira incontrolável. Maneira essa que não passou desapercebida pelo Tyler, que me encarava curioso.

Quem quebrou o silêncio naquela reunião foi o irmão do Michael.

- Bom dia, doutora Steinfeld - ele disse simpático e sorriu em seguida - Me chamo Matthew Evans - Matthew? Igual ao Matthew do dia da social light? - este intimidador senhor ao meu lado se chama Nathaniel e, ao seu lado, o nosso representante em Boston, Michael - ele pegou um fichário antes de prosseguir - Nós somos a Evans Corp, a atual empresa de advocacia que representa legalmente a Massachusetts General Hospital - ele deu uma pausa, enquanto tirava alguns papéis do seu fichário - Bom, você é residente do hospital a quase dois anos, onde estagiou seis meses como pediatra, seis meses como obstetra e, agora, está um ano como traumatologista, além de ficar temporária nas mais diversas áreas do hospital. Está correto?

- Sim - Matthew balançou a cabeça e puxou mais alguns papéis antes de continuar.

- Nos foi comunicado que você participou de um incidente no atendimento da paciente Joyce Turner, está correto?

- Infelizmente, sim.

- Gostaríamos que você relatasse, com detalhes, como foi a experiência. Isso inclui desde a hora que você viu a Joyce até o momento em que você saiu da sala de cirurgia - ele retirou um gravador do seu paletó e colocou sobre a mesa - Devo ressaltar que somos a favor do hospital e, consequentemente, de você, Annelise. Então tudo o que você falar aqui será usado ao seu favor.

Respirei fundo e analisei o semblante dos dois homens que estavam ao meu lado. Tyler estava com uma expressão neutra, porém suas pernas inquietas me revelavam que ele estava ansioso. Já Peter estava recostado na cadeira, totalmente tranquilo. Olhei para frente e os três homens me aguardavam com expectativa

- Quando você quiser, Annelise - Matthew disse assim que ligou o gravador e o deixou a minha frente. Respirei fundo, pigarreei e comecei.

- Bom, naquela noite, antes da Joyce chegar ao ambulatório, eu estava fazendo a ronda da UTI com outro residente, o Christian - Nathaniel, que estava a minha frente, recostou-se no assento, cruzou as pernas e me analisou. Já o Michael, começou a fazer anotações em um papel, enquanto Matthew me observava atentamente - fiz o atendimento de mais um paciente e um médico me avisou que estavam precisando de mim no ambulatório.

- Quem foi esse médico? - Matthew perguntou.

- Eu não sei o nome dele... - me virei na direção do Peter - ele é um senhor de meia idade, moreno, alto, o vejo muito na recepção...

- George - Peter disse o nome dele. Matthew assentiu e fez sinal para que eu prosseguisse.

- Desci até o ambulatório e a Joyce já estava sendo encaminhada para o centro cirúrgico. Estava lúcida e chorava muito. Fisicamente falando, ela estava muito ensanguentada, devido ao acidente. Portanto, não consigo dizer-lhe com exatidão o real estado dela. Um dos obstetras, chamado Burke, me disse que era pra eu participar da cirurgia como auxiliar do cirurgião ortopedista Estevan.

- Você tem experiência em ortopedia? - Matthew perguntou.

- Sim. Como traumatologista, uma das áreas que eu mais participo é a ortopedia. Creio que foi por isso que pediram para que eu participasse - ele fez sinal para que eu prosseguisse - Assim que me falaram que eu iria participar, subi até o andar cirúrgico e fui me esterilizar. Quando eu e o doutor Estevan entramos na sala, o Burke e o Smith já estavam operando a Joyce e, sinceramente? Já estava nítido que algo ia dar errado.

- Por que? - dessa vez, foi o Nathaniel que me perguntou.

- Porque eles estavam confusos! Iam de um lado para o outro e mudaram a abordagem da extração do bebê cerca de cinco vezes.

- Como você viu isso se deveria estar auxiliando o cirurgião ortopedista? - Michael me perguntou.

- Justamente por eu ser auxiliar que eu consegui perceber isso. Eu não estava liderando a cirurgia e o meu papel ali era de entregar os instrumentos cirúrgicos ao Estevan. Eu iria começar a operar quando ele conseguisse corrigir a fratura, porém nunca conseguimos chegar nessa fase, porque a Joyce entrou em óbito antes - ele assentiu e voltou a escrever.

- E o que você fez pra salvar a Joyce? - Nathaniel voltou a erguer o seu tronco e a posicionar os seus cotovelos não mesa. Ele me encarava profundamente.

- Primeiramente, sugeri aos obstetras que usassem o fórceps para retirar o bebê, porque estava nítido que ele estava preso e não conseguiria ser removido de forma simples - respirei fundo e prossegui - porém eu fui ridicularizada por eles e ainda me pediram para alocar os meus esforços apenas em auxiliar o doutor Estevan. E eu não consegui responder mais nada, porque em seguida uma das artérias principais foram rompidas e começou a jorrar sangue da paciente - olhei inerte para a mesa, perdida nas imagens mentais que o meu cérebro revivia.

- O que houve em seguida? - Matthew me tirou do meu devaneio. Abaixei a cabeça e olhei para as minhas mãos.

- Eu e o doutor Estevan começamos a fazer massagem cardíaca na Joyce. Eu pedi que o doutor Smith reagisse, porque ele congelou. Quando eu percebi que nem ele e nem o Burke fariam mais nada, eu fui até a mesa de ferramentas, peguei o fórceps e tirei a criança de lá apenas com um deslocamento simples de clavícula. Ao entregar o neném para a enfermeira, Estevan pediu o carrinho de ressuscitação e eu o entreguei. Tentamos ressuscita-la, mas a hemorragia já havia atingido um nível irreversível - enxuguei uma lágrima que saiu incontrolavelmente. Depois de um tempo eu conclui - Quando vi que realmente havíamos perdido a Joyce, eu me descontrolei e pedi para que um dos obstetras declarasse a hora da morte já que... - respirei fundo - aquela morte havia sido por culpa deles. Estevan me tirou da sala... E foi isso.

Quando levantei os olhos novamente, os três homens a minha frente me encaravam.

- Parabéns, doutora. Você agiu bem sob pressão - Nathaniel me elogiou e fez um sinal para o Peter.

Vocês já assistiram um jogo de baseball? Eu assisti alguns.

Quando o batedor (o jogador que está com o taco de baseball) perde a bola que o arremessador lhe lançou ocorre um strike.

O strike nada mais é do que a incompetência do batedor frente ao arremessador do time oposto. Com três strikes, o batedor ganha um Strike Out. Ou seja, está fora.

Por que eu estou explicando uma definição do jogo de baseball à vocês? Porque, nessa analogia, eu sou a batedora e quem está arremessando as bolas é o meu caos pessoal.

Nesse dia em específico, o meu caos me arremessou três bolas e eu não fui capaz de rebater nenhuma.

Vamos a contagem de strikes?

STRIKE ONE:

- Bom, Steinfeld, - Peter aprumou a sua postura e sua voz saía calma - é notório que essa fatalidade ocorreu por um erro médico, mas nós, da Massachusetts General Hospital, consideramos que você tem um papel crucial na resolução dessa questão. Tivemos uma reunião mais cedo e concluímos que o melhor a se fazer é demitir os médicos - por que essa balela toda me soa mal? - Contudo, para que o hospital não sofra processos indenizatórios, você precisa atestar que a Joyce chegou aqui desenganada - fiquei alguns instantes encarando o Peter. Por fim, olhei para o Tyler, que me olhava de volta de uma forma incentivadora.

- Mas a Joyce chegou aqui consciente... - eles se entreolharam - O que? Vocês querem que eu minta? - perguntei enquanto revezava o meu olhar entre o Peter e o Tyler - A Joyce morreu por incompetência sua! - disse ao Peter - Que preferiu manter nesse hospital médicos obstetras incompetentes só por serem seus amigos e não profissionais responsáveis e capacitados para o cargo! - senti a mão do Tyler no meu ombro.

- Anne, calma, não é bem assim...

- Não é bem assim? - me virei de frente para o Tyler - Você está de acordo com essa palhaçada? Uma criança perdeu sua mãe por um erro médico! - indignação era uma definição rasa se comparado ao que eu sentia - O mínimo que o hospital deveria pagar à essa família é uma indenização.

- Não é estar de acordo, Anne, mas todos nós da área da saúde vamos passar por uma situação assim algum dia - eu voltei a alternar o meu olhar entre o Peter e o Tyler

- Anne - Matthew me chamou e atraiu o meu olhar - Faz o seguinte, pensa um pouco sobre tudo isso e depois fazemos outra reunião e conversamos novamente. Você ouviu do Peter que os médicos serão mandados embora sem direito a nada, então haverá uma punição para o que ocorreu.

Matthew foi convincente nas palavras. Usou o tom e a expressão certa para me acalmar. Se não houvesse a pergunta chave ecoando na minha mente, talvez eu até ficasse tentada a aceitar isso.

- Você já falsificou o laudo de algum paciente? - me virei para o Tyler.

Eu precisava saber.

- Anne, todos os médicos passam por situações assim... Peter já passou, eu já passei... - Ele disse pesaroso, porém como se tentasse me convencer.

Resposta errada.

- Então você não é o médico que eu pensei que fosse - me levantei da mesa - Com licença - dei as costas e ouvi o Tyler murmurar algo que eu não entendi.

O resto do dia passou bem rápido.

Eu fiz questão de me atolar nas mais diversas tarefas afim de não parar para pensar que eu iniciei aquele dia praticamente nua com o Michael e que eu tive um pedido de falsificação de laudo no seu decorrer.

Porém, eu disse que a totalidade desse dia foi uma merda, né?

Eu me dirigia ao refeitório para almoçar quando o Tyler apareceu ao meu lado. Instantaneamente, mudei de direção para não caminhar mais ao lado dele, porém ele segurou uma das minhas mãos e me puxou pra uma sala desocupada.

- Ao contrário de você, eu só tenho trinta minutos para almoçar. Então, se puder me dar licença... - me desvencilhei do seu toque e tentei sair da sala. Obviamente ele me impediu.

- Eu consegui o resto do dia de folga pra você, o que acha? - o encarei desconfiada - Anne, tem muitas coisas em jogo e eu quero que você tenha em mente que o mundo é muito grande - que? - Isso é só o início de tudo! Nós já conquistamos tanto e você não tem nem noção... - ele estava eufórico, alegre, totalmente o oposto de mim - E eu quero você ao meu lado! - eu não disfarçava o quanto estava desconfiada de todo aquele discurso - Calma, Anne! Eu só acho que essa história da Joyce te sobrecarregou e que você precisa de um tempo pra pensar e relaxar.

- Eu não tenho nada pra pensar! Eles mataram ela, Tyler! Como você pode cogitar que eu abstenha esse fato do laudo? - ele respirou fundo e a impaciência começou a aparecer no seu semblante.

- Anne, você tem que confiar em mim! Amanhã pode ser você quem acidentalmente matou alguém. Isso aqui não é The Sims.

- Se eu matar alguém, vou pagar pelos meus atos!

- Os médicos serão punidos, mas o hospital não pode pagar pela incompetência deles! Tem muita coisa em jogo! É só uma assinatura, Anne! Confia em mim! O escritório de advocacia vai fazer o relatório e você só vai assinar. Só por precaução.

- Eu não to acreditando nisso - fiz que não com a cabeça - de todos aqui dentro, eu pensei que você seria o último a me pedir algo assim - percebi quando sua paciência se esvaiu a cada palavra minha.

- E muito me impressiona você ser tão imatura. Você parece uma criança tentando estabelecer a paz mundial - ele rebateu debochado, também fazendo que não com a cabeça - É só a merda de uma assinatura!

- Não, Tyler! É o meu caráter!

- Pro inferno então com o seu caráter! Você não sabe o que é a vida, Annelise. Foi criada numa redoma e acha que a vida é um conto de fadas!

- Você mais do que ninguém nesse hospital sabe que isso não é verdade! - minha voz já estava um tom mais alto.

STRIKE TWO:

- Ah, qual é, Anne? Você acha que usar droga é saber como a vida funciona? Você é uma criança! - ele assumiu um semblante de escárnio - Não sei como eu consigo manter um relacionamento com alguém tão infantil quanto você! - levei alguns segundos para compreender o que ele havia dito.

Após absorver o real sentido da sua frase, a sensação era de que uma faca afiada havia atravessado o meu miocárdio.

- Saiba que a recíproca é verdadeira. - sorri debochada. Me virei e abri a porta - Ah! E eu vou aceitar o resto do dia de folga. Aproveita e vai chupar as bolas do Peter, porque isso sim é algo que você sabe fazer com excelência.

Saí da sala de descanso e me dirigi ao vestiário. Vocês acham que esse dia acabou por aqui?

Pois saibam que não.

Olá, minhas vidas!!! 🤓♥️

Sinto-lhes informar que daqui pra frente é só eita atrás de eita! Apertem os cintos! 🤯🤯

Dedico esse capítulo as minhas foxes do grupo, que acertaram o spoiler!!!

ThaysMyrelly anaxxxz adisneymeiludiu Adriaoriginnx ♥️♥️♥️

Meta para capítulo bônus: ⭐️25 // ✍🏻 140

Com amor, mamãe Fox 🦊

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anne.stein Storm inside, smile outside 🌼
chris.walker Você é tão forte ♥️
dannyjohnson Mas é linda viu...
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mikevans Endorfina ☠️
dannyjhonson Endorgato 🤓
steph.adams Lindo como sempre 😍♥️
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jonestyler ☀️🌊
marieadams 👽
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matthevans 🚵🏻‍♂️🏆
dannyjhonson Quando a gostosura é de família... 🤤🤤
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