B Ô N U S 2
Eu ouvi certo?
Mãe do seu bebê? Ela falou isso, não falou?
- Como...?
- Acho que você sabe como, Mike - ela sorriu de lado e tirou um papel do seu jaleco, o qual estendeu na minha direção.
Era o resultado de um exame de sangue, com muitas coisas que eu não entendia. Haviam siglas e números diversos, os quais não faziam o mínimo sentido pra mim. Mas o que eu entendia perfeitamente era a palavra: Positivo.
- É bem recente. - ela cortou o silêncio após um tempo - Ainda tem a chance de eu não conseguir segurar o bebê, então acho melhor esperarmos...
Olhei pra mulher a minha frente e novamente para o papel entre os meus dedos.
Bebê.
Tá aí uma palavra que havia se tornado restrita desde que a Anne sofreu o aborto espontâneo. Nunca havíamos falado sobre ter um, justamente pra não criar expectativa e ela se frustrar.
Eu evito tudo o que possa gerar algum gatilho na Anne e isso incluiu o assunto bebês.
Se eu queria ser pai? Porra, sim! O bebê que sair da Anne será o ser mais lindo dessa terra!
Olhei novamente nos olhos da mulher que, naquele exato momento, estava me dando o maior dos presentes e lembrei da sensação que foi quando ela me contou sobre a outra gravidez.
Havia choro, gritávamos um com o outro e eu sentia minhas mãos latejarem por ter socado inúmeras vezes a parede do meu quarto. Foi uma situação completamente oposta a essa.
Eu era imaturo, nunca havia trabalhado de fato, mas tinha certeza de que era com ela que eu queria ter todos os bebês que ela pudesse me dar.
Por mais jovem que fosse, eu estava disposto a abrir mão de toda a minha juventude e formar uma família com ela. Contudo, naquela primeira ocasião, a vida nos roubou essa alegria e nos deixou de luto por muitos anos, até esse momento.
Até esse grandioso momento em que eu estou em um estado quase vegetativo por não conseguir reagir a essa notícia.
Consegui ver na íris da Anne o medo da frustração. O medo de se apegar a ideia de ser mãe e sentir a perda novamente. E, principalmente, o medo de não saber como se sentirá caso isso ocorra.
- Porra! Um bebê? - ela assentiu, enquanto me encarava - Um bebê nosso?
- Sim, um bebê nosso - ela sorriu tímida.
- Tipo, vai parecer comigo e com você...?
- É, Michael, acho que é assim que o DNA dos bebês são feitos - ela riu nervosamente.
Coloquei o papel no bolso de trás da minha calça, ainda extasiado com a notícia. Ao contrário de mim, a Anne me observava atentamente, com receio de qualquer indício negativo a notícia.
Imagino que a minha falta de reação tenha sido difícil de ser assistida.
- Fala alguma coisa! - ela pediu depois de um tempo - Você não gostou? - ela franziu a testa e o seu receio aumentou ainda mais na sua feição.
- Se eu gostei? - soltei um riso - Porra! Eu amei! - a abracei forte pela cintura, ao ponto de tirar seus pés alguns centímetros do chão, sem conseguir conter minha alegria. Ela me abraçou de volta pelo pescoço e circulou suas pernas ao redor da minha cintura - Como você consegue fazer isso? - ela franziu a testa - Você faz eu me sentir o homem mais feliz do mundo! - depositei um beijo demorado nos seus lábios, antes de voltar a firmar o nosso contato visual - Eu te amo tanto, Anne, tanto, tanto, tanto... - ela sorriu contra os meus lábios, de forma que contagiou seus olhos - Porra! Seremos uma família! - ela assentiu.
Eu nem me dei conta de quando meus olhos marejaram, mas saber que a exemplificação paupável do meu amor pela Anne crescia dentro dela, foi uma sensação incrível.
- Quando iremos saber se é menino ou menina? - senti a ponta dos dedos da Anne limpar as lágrimas teimosas que escorreram pela minha bochecha.
- Vai demorar um pouco, ainda é tão recente...
Trocamos inúmeros beijos, até que a depositei novamente no chão e me ajoelhei na sua frente. Abri o jaleco e expus sua barriga, que nesse momento não dava indícios de que havia um pequeno (ou pequena) humano dentro.
- Eu falo palavrão pra caralho, acho que você já ouviu... - senti sua mão acariciar meu cabelo - Mas eu vou te dar tudo o que o cuzão do meu pai não me deu, tá? Vou te ensinar a como pegar as gatinhas... - senti um tapa na minha cabeça - mas se você for menina teremos um problema, porque eu não vou deixar sua mãe te ensinar as prevaricações que ela sabe. Ela é tão safada... - senti outro tapa - Sem contar que ela é teimosa pra cacete! Eu to fodido se houver duas teimosas na minha vida. Mas eu te dou uma certeza: Seremos muito felizes - beijei sua barriga inúmeras vezes.
Fiquei um tempo abraçado ao quadril da Anne, com a cabeça encostada na sua barriga.
Porra!! Eu vou ser pai!
Cada vez mais a alegria se consolidava no meu peito e, após longos instantes, me levantei.
Era pra ser a porra de um momento fofo? Era! Mas assim que me levantei, me lembrei que eu tinha a perfeição em forma de mulher praticamente nua a minha frente.
Linda pra caralho.
E agora grávida.
Ao ver sua pele exposta, titubeei longos instantes entre pegar ela com força e levar para o nosso quarto ou fazer o que mais gostávamos: jogar.
Jogamos o tempo inteiro, em todas as situações.
Até quando não queremos, lá estamos nós dizendo frases maliciosas com intenções subliminares, afim de disputar quem perde o controle primeiro.
A medi de cima a baixo, sem conseguir esconder o quanto sua exposição me excitava, antes de perguntar:
- O que eu faço com você?
- Como assim? - ela franziu a testa.
- Bom... - toquei seu lábio inferior com a ponta do meu indicador, o que a fez os entreabrir. Lentamente, fiz uma trilha pela sua pele, passando pelo seu maxilar e pescoço - Talvez eu devesse pegar leve com você... - desci a ponta do meu dedo até o meio dos seus seios e assisti os seus mamilos se enrijecerem ainda mais com a minha ação, sobressaindo pelo tecido fino - Você é mãe agora. O que devemos fazer? Um sexo casual super chato? - tirei o tecido que cobria o seu seio direito com um movimento delicado, o que me deu uma prévia da perfeição que é o seu corpo.
- É isso o que você quer fazer comigo? - ela perguntou em um sussurro malicioso. Voltei a olhar sua íris verde, que possuía chamas vivas, capazes de me render aos seus pés. Ela ergueu seu queixo na minha direção antes de completar - Um sexo casual super chato?
- Não. - Ela sorriu maliciosa com a minha resposta.
Se bem que sexo casual com ela nunca seria algo pacato. É impossível algo ser assim com uma mulher dessas.
- Adoraria saber o que você quer fazer comigo... - ela manteve sua voz sussurrada com a porra de um timbre erótico, ao passo que sua mão expôs o seu outro seio.
Me abaixei na sua direção o suficiente para as nossas respirações se misturarem, mas não ao ponto da nossa pele se encostar.
O jeito que jogamos é algo que me prende!
Eu amo essa porra de jogo de dominação que eu sempre perco. Honestamente, não me importo, contanto que a minha perda seja ela gozando em mim.
- Eu quero te provocar até você me implorar para que eu te toque - respondi igualmente baixo contra os seus lábios, ao passo que a minha mão, que anteriormente havia exposto parte do seu corpo, desceu lentamente com o objetivo de atingir a pele abaixo do seu umbigo - Quero te ouvir gemer o meu nome, enquanto goza pra mim - a senti soltar a respiração de forma pesada contra os meus lábios. Sorri de lado, antes de completar - Eu quero te foder até amanhecer.
Ao contrário do que eu pensei que ela faria, ela recuou um passo, com o seu maldito sorriso malicioso em seus lábios convidativos.
- É uma pena, amor... - arqueei as sobrancelhas, enquanto a assistia recuar mais alguns passos - Porque hoje quem vai implorar vai ser você - avancei lentamente na sua direção e nos reaproximei.
- Vou? - ela assentiu - Acho que não, amor - ela arqueou as sobrancelhas e não levou nenhuma sílaba que eu disse a sério.
Honestamente, nem eu acreditei nisso.
Se ela, nesse exato momento, me pedisse para implorar por misericórdia, eu faria. Mas é claro que seria muito mais interessante observá-la me fazer chegar a isso.
- Não? - ela recuou mais alguns passos e me deu as costas, indo em direção a nossa sala.
Obviamente fui atrás como um cão sem dono.
- Não. Até porque, acho que tô meio cansado do trabalho... - a observei parar em frente a um dos sofás da sala de estar e deixar o seu jaleco cair aos seus pés, o que me expôs o seu corpo perfeitamente desenhado, coberto apenas por uma calcinha de renda na cor vermelha.
Muito cedo pra implorar? Por mais que o meu pau já esteja me incomodando na calça, acho que ainda dá pra segurar um pouco. Acho.
- Sem problemas, amor... - ela se aconchegou no sofá, de forma que ficava parcialmente deitada - Mas saiba que é uma pena... - e então a ruiva subiu suas mãos por suas coxas, com o olhar fixo ao meu - Porque suas mãos fariam um trabalho melhor que o meu... - ela subiu suas mãos pelo seu abdômen e, ao alcançar seus seios, ela os apertou e fechou os seus olhos.
Porra! Muito cedo pra implorar?!?!
Eu sentia minha calça me apertar ainda mais, ao passo que os meus olhos se mantinham fixos na Anne. Ela manteve uma mão apertando o seu seio, enquanto a outra voltou a descer pelo seu abdômen.
Caralho! Ela não vai fazer isso.
- Minha pele se arrepia muito mais com o seu toque...
Um resmungo de indignação saiu do meu peito ao perceber que a sua mão escorregou por sua pele até atingir o elástico da sua calcinha.
Acho que já deu. Em qual língua eu imploro? Inglês, espanhol, francês ou só faço au-au mesmo?
Dei alguns passos lentos na sua direção e, inconscientemente, prendi a respiração no meu peito ao vê-la esgueirar a mão pela sua calcinha.
- Eu estou tão molhada, amor... - ela abriu seus olhos e me encarou, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios.
Meu olhar se revezava entre os movimentos que a sua mão fazia e o seus olhos, que me encaravam como se soubesse que havia ganhado.
É óbvio que ela ganhou.
E ao ouvi-la gemer, o meu lado irracionalmente depravado foi ativado. Rompi toda a distância que ainda havia entre nós, me sentei ao seu lado no sofá e inclinei o meu corpo sobre o dela. Minha boca já estava próxima do bico do seu seio, quando ela me impediu...
- Implora, amor.
- Me deixa te tocar? - subi o olhar dos seus seios até suas orbes, que já me encaravam de forma depravada.
- Não senti verdade no seu pedido - que filha da puta - O que é uma pena porque... - olhei a extensão do seu corpo e a percebi intensificar os movimentos na sua intimidade - Eu gosto de ser tocada por você. - ela disse num suspiro.
- Anne, eu tô falando sério. - tentei mais uma vez me aproximar do seu seio, porém ela me impediu com a mão livre. Soltei um resmungo de indignação.
Já tô sem paciência. Foda-se.
A ruiva me deixa louco! Me privar de participar da sua loucura é tortura.
- Eu também estou falando sério, amor - ela tirou a mão de mim e desferiu mais um aperto no seu seio - Im-plo-ra - ela falou pausadamente.
Ah! Vai tomar no cu.
- Por tudo de mais sagrado nessa terra... - eu sentia minha mão formigar para tocar seu corpo. Meus lábios estavam sedentos pra degustar de toda a extensão da sua pele, com o seu maravilhoso cheiro adocicado. Olhei uma última vez a extensão do seu corpo antes de fixar novamente os nossos olhares - Me deixa te tocar?
A ruiva filha da puta sorriu satisfeita e tirou a mão da sua intimidade.
- Eu sou sua, Michael.
Em um movimento rápido, colei meus lábios na sua pele, ao passo que minhas mãos se ocuparam das suas curvas.
A cada apertada na sua coxa, a sentia suspirar.
A cada chupada que eu desferia na sua pele, um gemido saía do seu peito de forma contida.
Me retirei de cima dela e me ajoelhei na beira do sofá. Seus olhos verdes me observavam com expectativa, quando tirei a calcinha do seu corpo e a puxei para a ponta do sofá com um movimento único.
Obviamente que depois de todo esse show, eu não iria dar o que ela queria de bandeja.
Mordi seu calcanhar e mordisquei todo o interior da sua perna. Por mais que eu quisesse meter fundo nela, fiz tudo com a maior paciência do universo. Da forma mais lenta possível.
Tudo pra provocá-la, claro.
Ao alcançar a sua intimidade, a assoprei e observei o seu corpo se retrair. Contornei seus grandes lábios com a ponta da língua, antes de usá-la para abrir caminho na sua intimidade.
A ouvi arfar e então distribui minha atenção por todos os pontos que eu sei que a enlouquece, enquanto minhas mãos apertavam suas coxas com firmeza, ao ponto de deixar sua pele avermelhada.
Não demorou muito e a Anne soltou um gemido de satisfação, seguido do seu orgasmo.
Passei a língua uma última vez na sua intimidade, antes de subi-la pelo seu abdômen até atingir os seus seios, os quais suguei, apertei, chupei, como se não houvesse outro dia para fazer isso.
- Vai ser foda dividir eles com um bebê - soltei o meu pensamento, enquanto distribuía minha atenção entre os dois seios.
- Como você é egoísta, amor - quando se trata dos seios da Anne, infelizmente eu sou - Sai de cima de mim, se não quiser que eu te faça implorar de novo...
A ruiva é folgada, viu? Puta merda.
Totalmente contrariado, saí de cima dela.
- Tira a calça e a boxer - arqueei as sobrancelhas. Ainda sentado, fiz exatamente o que ela pediu. Após, me recostei no sofá e apoiei meus braços no encosto.
- Às vezes eu me sinto um objeto sexual na sua mão, sabia? - ela me olhou divertida.
- Que bom que você sabe - ela piscou e se virou de costas pra mim.
A assisti posicionar o meu membro na sua entrada e descer lentamente. Eu amo a sensação dos nossos corpos fundindo-se em um.
Fodendo até se tornar um.
Ela jogou suas ondas ruivas nas suas costas, o que constrastou a sua pele e suas sardas. Seu quadril iniciou um movimento circular em mim, de uma maneira que me enlouquece pra caralho.
Tombei a minha cabeça pra trás e, em seguida, a senti iniciar um movimento lento de sobe e desce.
Porra!
Não contive o meu instinto e espalmei minhas mãos na lateral do seu quadril, a qual apertei com firmeza e instiguei os seus movimentos a tornarem-se mais intensos.
Obviamente, destilei vários tapas na lateral do seu quadril e bunda .
Quanto mais ela intensificava suas investidas em cima de mim, mais eu sentia necessidade de colar o meu corpo no dela, de tê-la em meus braços, de tocar todos os pontos da sua pele levemente suada.
Quando dei por mim, já havia conduzido uma mão até a sua nuca e puxado o cabelo da região com firmeza, de maneira que a fez tombar a cabeça pra trás. Instintivamente, colei meu abdômen nas suas costas e levei a outra mão até um dos seus seios, enquanto meus lábios se ocupavam da pele do seu pescoço e ombros.
Porra, como eu amo isso!
Ela sentava em mim de uma forma ridiculamente maravilhosa.
Ela me tinha em um estágio de prazer que ninguém nunca conseguiu me levar.
É a dona da porra de todos os meus rankings de sexo.
A Anne revezava a velocidade entre intensamente alucinante e lentamente torturante. A ruiva sabe foder como ninguém.
O que restava a mim era apenas explorar o seu corpo divino, a estimular no seu ponto de prazer e marcar sua pele como se fosse a minha tela pessoal.
- Michael... - ela soltou em um gemido.
Minha vez.
- Levanta, amor - pedi com a voz grave no pé do seu ouvido, antes de lamber o lóbulo da sua orelha.
Assim que ela se pôs de pé, me levantei atrás dela e a guiei pela casa com o meu corpo colado ao seu. Minhas mãos eram incansáveis nela e os meus lábios não davam trégua para o seu pescoço e nuca.
A conduzi até a nossa sala de jantar a passos lentos e, ao chegarmos próximo da mesa, prensei sua pelve delicadamente contra a madeira.
- Em condições normais... - falei num sussurro grave no pé do seu ouvido - Eu já teria te abaixado e metido com força em você... - minhas mãos a apertavam contra mim, ao passo que sua cabeça estava inclinada, afim de me dar mais espaço para explorar seu pescoço - Mas como você é uma mamãe...
- Só me fode, Michael... - ela pediu impaciente.
- E se eu...?
- Não vai me machucar! - Será? Ela percebeu a minha insegurança e completou - Eu sou médica da Neonatal. Quer mesmo uma aula sobre o quanto a placenta protege os bebês ou...?
- Segunda opção - e então, com um movimento rápido, enlacei meus dedos na raiz do seu cabelo e a debrucei sobre a mesa de jantar. Posicionei meu membro na sua entrada e a estoquei forte.
Mantive-me parado dentro dela por alguns momentos, afim de degusta-la em volta de mim. Espalmei minhas mãos na mesa, na altura dos seus ombros, inclinei o meu corpo sobre o dela e beijei suas costas lentamente.
Subi os beijos e, quando alcancei sua nuca, tirei uma mão da mesa e posicionei na lateral do seu corpo.
Ao passo que mordia e chupava a sua pele da curvatura do seu pescoço, comecei a me movimentar dentro dela. Não de maneira rápida, mas forte, ao ponto da madeira abaixo da Anne estralar.
Cada estocada forte que eu dava na ruiva, ela respondia com um gemido ainda mais excitante, advindo da profundidade do seu peito.
Desferi um chupão nas suas costas e voltei a ficar em pé atrás dela.
É foda que a ruiva quer?
Voltei a entrelaçar os dedos da minha mão livre na raiz do seu cabelo, ao passo que aumentava a velocidade da nossa foda.
- Michael...
Suas reações as minhas investidas era algo ainda mais alucinante. Meu nome em forma de gemido é definitivamente o meu som preferido.
Aos poucos, senti sua intimidade contrair cada vez mais ao redor de mim. Com isso, a Anne se apoiou na madeira pelos cotovelos e jogou a cabeça pra trás, fazendo suas ondas ruivas se estenderem por suas costas.
- Michael...
- Goza pra mim, amor - senti sua intimidade contrair ainda mais ao redor de mim, ao passo que eu mesmo senti a minha excitação ser aliviada dentro dela.
Agora vocês acreditam quando eu falo que a ruiva é foda?
Também me apoiei pelo cotovelo na madeira, mantendo meus braços ao lado dos dela. Me debrucei sobre o seu corpo e afoguei meu rosto na curvatura do seu pescoço.
A sentia ofegante abaixo de mim, ao passo que eu mesmo voltava a normalizar minha respiração.
Mesmo quase sem ar por tudo o que fizemos, mantive os beijos lentos na sua pele macia.
- Você é maravilhosa, Anne... - disse baixo contra a sua pele.
- Você é medroso, Mike... - soltei um riso.
- Round dois na hidromassagem? - sugeri, enquanto a mordiscava.
- Claro! Eu só preciso de uma refeição antes... - depositei um último beijo antes de me afastar.
- Se você já comia pra porra antes, agora piorou né? - ela se levantou da mesa e se virou pra mim com sua feição indignada - Calma! Não se estressa! Isso não faz bem pra gestação - ela revirou os olhos.
- Agora não vou poder nem trabalhar em paz! - ela prendeu seu cabelo.
- Trabalhar? Você ficou louca? Como você vai trabalhar enquanto fabrica pés e mãos no seu útero? - a assisti se afastar e entrar em um lavabo próximo.
- Eu estou grávida, Michael, não doente... - fui até a sala e vesti minha boxer.
- Então você acha fácil fabricar um ser humano no seu útero? - ela saiu do lavabo e foi em direção a cozinha, onde pegou minha camisa social e a vestiu.
- É algo natural! - ela se dirigiu até a geladeira e tirou ingredientes de lá para fazer um sanduíche - Provavelmente eu fique mais sonolenta, ou enjoada... - a assisti separar os itens e montar sua refeição.
Porra, ela é linda para um caralho.
Ela continuou a dizer acerca do processo natural da gestação, mas tudo o que eu olhava era o quando ela me encantava.
Deve ser bruxa essa porra, porque não é possível algo me prender tanto quanto ela.
Suas bochechas estavam coradas, seu cabelo preso em um coque frouxo e a minha camisa social, muito maior que o seu corpo, a deixavam mais bonita que uma deusa grega.
Eu sabia o que deveria fazer.
Deveria ter feito isso a muito tempo.
Enquanto seu lanche esquentava na sanduicheira, a Anne se aproximou de mim e me abraçou pela cintura. Apoiou o seu queixo no meu peito e eu segurei seu rosto entre as minhas mãos, ao passo que acariciava suas bochechas.
- Seja minha... - dei um beijo nos seus lábios salientes e a encarei de perto.
- Eu sou sua, Michael - observei a sua testa vincar-se por não compreender o sentido do que eu havia falado.
- Seja minha senhora Evans - ela piscou algumas vezes, ao passo que a compreensão pairava sobre a sua mente.
- Michael, se isso for por causa da gravidez, não precisa...
- É a soma de tudo, Anne! - continuei a carícia não sua bochecha enquanto sustentava o seu olhar - É o fato de eu te amar pra caralho, de eu ter certeza que você é a mulher da minha vida, juntamente com o medo de você encontrar algum Derick Shepherd e querer fugir com ele... - ela franziu a testa e riu - Isso é sério! Eu vi a putaria que acontece nos hospitais, Anne! Estou muito inseguro depois de assistir Gray's Anatomy - disse em um tom de brincadeira.
- Aquilo não é real! Por Deus! - ela continuava rindo.
- Não quero correr o risco disso acontecer e perder o amor da minha vida - ela revezava o olhar entre os meus olhos - Você é tudo pra mim e agora está carregando a extensão do nosso amor na sua barriga...
- Mas eu ainda posso perder... - ela tentou abaixar a cabeça, mas eu não deixei.
- Isso não muda o fato de você ser a mulher da minha vida. Isso não muda o sentimento que eu tenho por você e o quanto eu te quero comigo! - ela voltou a revezar o olhar entre os meus olhos. Sorri e a soltei - Bom, se eu disser que nunca pensei nesse momento, eu estarei mentindo... - me afastei dela e fui até uma das gavetas que havia no aparador da sala. Tirei de lá a caixa do anel de noivado que a minha mãe usou grande parte da sua vida e me deu para presentear minha futura noiva - Porque eu penso nisso desde o momento em que eu te conheci - quando me voltei pra ela, suas mãos já estavam na sua boca e os seus olhos marejados.
Obviamente que eu não havia pensado que o meu pedido seria dessa forma: com a notícia do nosso mini ser humano, após uma foda das boas, usando apenas uma boxer, enquanto ela usa apenas a minha camisa social.
Mas eu senti que era o momento perfeito.
Por mais que não estivéssemos na nossa melhor roupa, no restaurante mais caro de Los Angeles, esse era o nosso momento.
Me aproximei dela e me ajoelhei. Abri a caixa de veludo e expus o anel de diamante, que parecia nada perto dos olhos lindos da Anne e...
- Annelise Steinfeld, meu amor e minha bruxinha... - ela soltou um riso choroso, tentando conter as lágrimas que teimavam em descer pelas suas bochechas - Aceita ser a minha esposa?
- Sim! - me pus em pé e ela pulou no meu pescoço, me abraçando forte. Retribui o abraço pela sua cintura e a aconcheguei em mim.
Por mais difícil que seja tudo o que enfrentamos, é o mais perto do paraíso que eu posso chegar aqui na terra.
•••
E aqui estamos nós, observando de longe o nosso almoço de casamento. Fizemos um pequeno evento nos fundos da casa dos pais da Anne. Optamos por algo simples, já que estamos quase de nove meses.
Matthew e Danny estão discutindo quem será o padrinho do nosso filho, enquanto a Anne está sentada no meio das minhas pernas, na borda da piscina, ambos com os pés na água.
Ela já tirou seu vestido de noiva, que ficou a coisa mais linda do mundo, e está com um biquíni, muito mais confortável para o clima quente que está fazendo em Los Angeles.
Olhei pra baixo e vi suas mãos delicadas acariciarem sua barriga. Vendo daqui, parece que ela engoliu uma melancia. Hilário!
- Somos os piores pais do mundo por ainda não sabermos o nome do nosso filho? - ela ergueu o rosto pra mim. Beijei seus lábios antes de responder.
- Como assim? Já temos o nome dele! - acariciei sua barriga com a ponta dos dedos.
- Ele não vai se chamar Rony, Michael. Sua obsessão por Harry Potter tem limite! - eu ri e dei mais um beijo nos seus lábios.
- É quase certeza que ele vai nascer ruivo! Porra, o que custa?
- Não.
- Você dificulta tanto a minha vida...
A senti titubear e refletir acerca de algo, antes de voltar a falar.
- O que você acha de Brian? - ela perguntou.
- Brian? Igual ao seu amigo Brian? - ela já havia me falado muitas vezes acerca desse Brian. Em algumas situações, até em meio as suas crises de choro.
Ela o perdeu em uma fraternidade, por conta de uma overdose.
- Isso, igual ao meu amigo Brian - percebi seus olhos marejarem. Depositei um beijo demorado em seus lábios.
- Brian é perfeito - ela olhou pra frente de novo e eu coloquei meu rosto no seu pescoço, aspirando o seu cheiro alucinante.
Se a minha vida foi fácil? Não vou mentir a vocês. Foi dicil pra caralho.
Nosso trajeto até aqui, muitas vezes, se assemelhou a um pesadelo infernal, mas nos escolhemos todos os dias e decidimos superar tudo juntos.
Não sei muito bem como isso funciona, mas acho que no final vocês tem que queimar alguma coisa.
É isso.
Com amor,
Família Evans
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