Capítulo 1 - Um Olhar Triste
Katherine Miller
Sinto os raios do sol tocarem meu rosto e sei que já é de dia, pisco um pouco meus olhos até me acostumar com a luz, me levanto do chão, dou um suspiro e começo a me preparar para mais um dia de aula. Vou para o banheiro tomo um banho relaxante e volto para meu quarto, tranco a porta e vou para frente do espelho. Meu rosto está com as marcas da noite passada, olho para meus pulsos e eles estão bem mais marcados que meu rosto, estão bem inchados, pego minha maquiagem e começo a passar nos pulsos e no rosto para que ninguém perceba nada. Quando termino guardo a maquiagem dentro da minha bolsa para caso aconteça algo eu tela comigo. Abro meu guarda-roupa e pego um short preto e uma camisa meia de lã cor bege, seco meus cabelos, coloco meus all star preto, coloco minha bolsa no ombro e estou pronta. Desso as escadas, chego na cozinha e apenas encontro minha mãe lavando a louça, olho para ela pego a maçã que está no balcão e vou embora.
Eu e minha mãe não nos falamos como mãe e filha normais, na verdade nós quase não nos falamos, apenas quando é realmente necessário e nem nós olhamos direito. Sei que nem ela nem meu pai me amam ou gostam de min, sei disso desde daquele dia, mas não sei o motivo de tanto ódio as vezes tenho até curiosidade, mas tenho medo de preguntar. Tenho medo da resposta que posso receber.
Chego a escola dez minutos adiantada e vou direto para meu armário, pego os livros que vou precisar e passo direto pelas pessoas sem me importar se vou bater em alguém ou não, sinto algumas pessoas olharem para min e cochichar algo, mas não me importo tó pouco me fodendo para o que as pessoas pensam ao meu respeito. Entro na sala e sento no meu lugar de sempre e espero a aula começar.
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Saio da escola no horário de sempre 16:10h e tenho quase três horas para ficar sozinha no meu canto só; sempre quando eu saio da escola eu vou a praia e fico olhando o entardecer e pensando na vida e sempre quando dá 18:30 da noite eu volto, para chegar em casa antes das 19:00 que é a hora que ele chaga, mas ontem ele infelizmente chegou mais cedo em casa e me pegou chegando "tarde".
Chego na praia tiro meu all star e caminho um pouco até chegar onde eu sempre fico, o lugar mais afastado de todos onde não fica ninguém, além de min é claro. Coloco minha bolsa e meu all star na areia longe da água e vou em direção ao lindo e maravilhoso mar. Como sempre me sento na beira do mar enrolando minhas pernas com meus braços, pois assim posso ouvir e sentir o mar enquanto observo o entardecer e não me importa se vou me molhar um pouco, gosto dessa sensação, me permiti sentir um pouco da liberdade.
Depois de um tempo ali sentada sentindo o gosto da liberdade, tão perdida em pensamentos que nem percebo que estou chorando. Sorrio de min mesma e coloco minha cabeça sobre minhas pernas e deixo as lágrimas escorrem mais um pouco até que sinto uma mão em meu ombro e fico muito assustada ninguém toca em min, ninguém pode encostar um dedo min, ninguém. Logo me firo e me deparo com o homem mais lindo que já vi em toda minha vida com os olhos castanhos mais maravilhosos que já vi.
Nathan Evan
Depois de um dia de trabalho com reuniões e papeladas a única coisa que eu queria era descansar com uma loira bem gostosa se possível. Era 16:00 horas e eu estava quase saindo da empresa quando meu celular toca e vejo no visor está escrito "Pai". Bufo já cansado, estes dias meu pai me enchido o saco com aquela de que já está na hora de me aquetar com uma mulher só. Aperto em atender e coloco o celular no ouvido.
- Oi pai.
- Meu filho precisamos conversar muito seriamente...- Antes que eu possa disser que não tó afim, ele continua.- e antes de negar vou logo dizendo que não aceito um não como resposta. Estou lhe esperando.
- Ok pai, estou indo.
Desligo meu celular e saio da minha sala, não me dou o trabalho de olhar para minha secretária apenas passo direto. Não tenho a obrigação de cumprimentar meus funcionários eu os pago para trabalhar não para fazer amizade com eles.
Entro no meu carro e vou direto para casa dos meus pais e em menos de 20 minutos já estou lá. Entro pela porta da frente e fecho Ana uma das empregadas do meu pai que é como uma segunda mãe para min. Lhe dou um abraço apertado e pregunto.
- Onde estão Jenell e minha mãe, Ana ? -Jenell é uma das minhas irmãs gêmeas.
- As duas foram compra algumas coisas e não vão voltar agora. Seu pai mandou avisar que está lhe esperando no escritório. - Diz com a voz doce de sempre.
- Obrigado Ana. -Dou um beijo carinhoso em sua testa e vou em direção ao escritório de meu pai. Bato na porta e logo depois escuto um "ENTRE". Abro a porta e vejo meu pai sentado na sua cadeira de sempre. Ele me manda sentar com um gesto de mão. Me sento e o espero começar.
- Nathan meu filho eu sei que você não gosta de falar sobre esse assunto mas é necessário. - Ele dá um suspiro de cansaço e continua. - Já está na hora de procurar uma esposa, você já tem 29 anos Nathan e ainda continua nessa vida de festas, de mulheres de apenas uma noite, mas está na hora de cria uma família de casar e ter filhos. Tem que entender que se continuar assim vai terminar sozinho, meu filho.
- Pai quando o senhor vai entender que eu não quero ninguém, não agora, neste momento eu quero apenas diversão. Quando eu encontra a mulher certa eu vou construir uma família. Deixe de ficar no meu pé o tempo inteiro, eu tenho minha empresa, sou um homem bem formado não preciso de mulher gritando no meu ouvido dizendo o que eu tenho que fazer, a não ser que seja me pedindo para eu fode-la mais forte. - Digo já cansado de sua insistência.
- Tudo bem Nathan não vou mais tocar nesse assunto, mas lembre-se bem. - Ele me olha com aquele olhar de sabedoria que apenas ele sabe dá. - A língua é o próprio chicote do rabo. A vida vai lhe pregar uma peça e quando você menos esperar vai estar apaixonado. - Percebo pelo seu tom de voz que ele realmente está irritado comigo, mas porra quem decidi quando e com quem vou me casar sou eu.- Agora pode ir, tenho muita coisa para terminar aqui, pode deixar que eu mando um beijo seu para sua mãe e irmãs. - Me levanto da cadeira e quando estou quase saindo ele chama minha atenção novamente. - Meu filho. - Me viro rapidamente para olha-lo. - Lembre-se; A língua é o chicote do rabo, pense nisso Nathan.
- Vou pensar.
Minha cabeça está martelando e não tenho mais animo para nada nem para loira gostosa, nem para descansar. Eu preciso de um lugar calmo para pensar colocar minha cabeça no lugar, preciso ficar longe de tudo e de todos. Saio da casa dos meus pais como um furacão e vou direto para o meu carro e começo a dirigir sem rumo algum, mas então me lembro que o único lugar que sempre me acalma desde pequeno é o mar, não importa qual a praia o mar vai ter sempre o mesmo som a água pode até ter uma aparência diferente, mas quando você a sente não percebe diferença. Paro na primeira praia que vejo, desso do carro e tiro os sapatos e palito jogo dentro do carro e vou em direção a areia, começando a caminhar.
Não sei o que meu pai quis dizer com aquilo, mas aquelas palavras não saem da minha cabeça, estão tocando aqui dentro como uma campainha irritante. Logo agora que estava tudo indo bem minha empresa as mil maravilhas, minha vida sexual estava ótima como sempre, mas como dizem "tudo que é bom dura pouco". Não que eu não queira me apaixonar não é isso, porque eu quero, mas eu nunca encontrei a mulher certa, a mulher que fisese minha vida virar de cabeça para baixo, aquela que me fisese sentir diferente, mas todas são iguais, todas são fúteis, mimadas, interesseiras ou mentirosas. Eu quero uma mulher que não ligue para coisas superficiais, que não ligue para o dinheiro que eu tenho, que não precise fingir algo que não é, eu quero uma mulher verdadeira, que sabe oque quer e o que senti e não tenha medo de disser.
Estuo caminhando a cerca de meia hora e estou em um local bem mais reservado da praia continuo andando mais um pouco, quando penso que estou sozinho avisto uma pessoa sentada na areia, continuo andando sem me importar como sempre faço com qualquer pessoa, mas quando chego mas perto percebo que se trata de uma garota que na realidade não está na arei e sim na beira do mar ela não está sentada e sim encolhida como uma criança com medo percebo que ela também está chorando olhando para o nada com um olhar tão triste que checa me doer a alma.
Não sei oque está acontecendo comigo, caminho em sua direção e em nenhum momento ela percebe minha presença, coloco minha mão em seu ombro e ela se vira muito assustada e agora posso ver melhor seu rosto, suas feições doces, seu olhar triste, seus olhos possuem o verde mais profundo que já vi, seus lábios são na medida certa, seus cabelos ondulados são um tanto naturais.
- Não me toque.- Saio do meu choque escutando sua doce voz pela primeira vez. Olho para minha mão localizada em seu ombro e a retiro voltando minha atenção para seus olhos novamente percebo que está com medo e assustada, lembro-me que até agora não disse uma palavra e claro a garota deve estar pensando o pior de min com toda ração.
- Me desculpe, mas é que eu estava passando e te-vi chorando, sozinha e... bem ... - Eu estou começando a gaguejar ? Mas oque está acontecendo comigo hoje ? Me recomponho e continuo com mais firmeza - Eu queria saber se você está bem. -
- Eu estou bem. - Ela ase levanta, limpa as lágrimas do seu rosto, me responde em um som quase inaudível, começa a andar em direção a suas coisas e de longe posso observar seu corpo melhor, suas curvas são delicadas e gentis, suas pernas são tão bem feitas que parecem que foram esculpidas a mão, sua pele parecer ser mais macia que as nuvens, seus seios são pequenos porém prefeitos e só de imaginar meu pau dentro dela fico com uma puta de uma ereção. Oh Deus eu tenho que me controlar essa garota deve ter no máximo 19 anos e pelo seu rosto ela é a inocência pura e eu aqui com uma porra de um pau pulsante, se ela perceber como estou com certeza vai sair correndo.
Ela coloca sua bolsa no ombro, pega seu all star e começa a caminhar e eu a sigo. Ela parece se incomodar com minha presença.
"Mas é claro sua idiota, você é um desconhecido que está seguido ela por um local da praia onde mais ninguém está." Penso
Ela começa a apresar o passo eu não digo nada apenas continuo andando atrás dela. Depois de um tempo caminhando chegamos na ária mais movimentada da praia, onde por coincidência ela segui caminhando na mesma direção onde está meu carro e eu andando, percebo que ela está muito assustada.
- Ei... - Assim que a chamo ela começa a correr, mas se atrapalha um pouco e acaba deixando cair sua bolsa no chão e alguns livros e cadernos caem para fora da bolsa e ela desesperada tenta colocar tudo dentro de volta antes que eu a alcance. Quando checo mais preto ela entra em pânico e acaba deixando um caderno no chão e sai correndo, pego o caderno do chão e começo a correr. - Ei, ei garota. - Tento chama-la mais ela não olha para trás e logo a perco de vista.
Volto para meu carro com o caderno na mão e já dentro dele fico encarando o caderno numa discussão interna se devo abri-lo ou não. Sei que seria falta de respeito se abri e ler o que está escrito dentro dele e se for algo pessoal, mas sinto a necessidade de que preciso saber seu nome ou algo sobre essa garota.
Abro o caderno de uma vez só antes de me arrepender da minha decisão. Descubro que seu nome é Katherine Miller Garcia, até seu o nome é lindo. Passo algumas folhas e me deparo com um desenho lindo do entardecer da praia, passo mais algumas folhas e a vários desenhos de muitos lugares simples daqui mesmo da Califórnia, seus desenhos são lindos cada um mais bonito que o outro. Fecho seu caderno e coloco ao meu lado, começo a dirigir e seus olhos verdes não saem da minha cabeça, suas pernas maravilhosas, mas principalmente sua tristeza havia tanta dela em seus olhos. Como pode uma garota tão linda e jovem como ela carregar tanta tristeza ?
Tento afasta-la dos meus pensamento ligando o rádio, mas ele também não ajuda muito quando está passando uma parte da música que me descrevi nesse exato momento ; perfeitamente. ( James Blunt- You're Beautiful )
Sim, ela chamou minha atenção
Enquanto passávamos lado a lado
Ela poderia ver em meu rosto que eu estava
Voando alto
E eu não acho que a verei novamente
Mas nós compartilhamos um momento que durará até o fim
Você é linda, você é linda
Você é linda, é verdade
Eu vi seu rosto na multidão
E eu não sei o que fazer
Porque eu nunca ficarei com você
La, la
La, la
La, la
Você é linda, você é linda
Você é linda, é verdade
Deve haver um anjo com um sorriso em seu rosto
Quando ela pensou que eu deveria ficar com você
Mas é hora de encarar a verdade
Eu nunca ficarei com você
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