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Capítulo 1

A história de uma mãe que perdeu sua filha e seu grande amor.

Há doze anos, no Brasil, conheci Otto Monteiro, um homem de olhos verdes, que pareciam o mar após uma tempestade. Eu tinha 20 anos na época, e ele 25.

Eu me apaixonei por Otto à primeira vista, mas ele era da minha irmã, Alice. Alice e eu éramos como o dia e a noite, ela sempre foi a favorita de nossa mãe, a filha perfeita, enquanto eu era a rebelde. Quando eu tinha 18 anos, Otto começou a namorar Alice. Eles ficaram juntos por dois anos, mas terminaram porque Alice, sempre em busca de algo mais, acabou se apaixonando por outra pessoa.

Numa noite mágica num baile de máscaras, Otto e eu nos entregamos à paixão. Ele de máscara preta, que realçava seus olhos verdes. Eu de vestido azul, que combinava com meus cabelos escuros e olhos cor de mel. Ele me levou para dançar e me abraçou forte. Senti seu perfume amadeirado e o calor dele. Sussurrou que me amava e me beijou com carinho. Foi o melhor beijo da minha vida.

Casamos, mesmo sabendo que minha mãe não aprovaria. Nossa felicidade, porém, foi efêmera. Logo após o casamento, minha mãe expressou sua desaprovação. Ela sempre imaginou Alice ao lado de Otto, pois acreditava que ela era mais ambiciosa. Alice era a filha preferida, a que sempre seguia os planos da mãe. Eu era a rebelde, que sonhava em ser pintora e viajar pelo mundo.

A vida, no entanto, tinha outros planos. Em uma reviravolta chocante, minha mãe me ameaçou de morte se eu não me separasse do Otto. A situação se complicou ainda mais quando descobri que estava grávida. Diante da minha recusa em deixar Otto, minha mãe me obrigou a ir para os Estados Unidos.

Com o coração pesado, liguei para Otto. As palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse pensar nelas: eu não o amava mais. Eu podia sentir a dor dele do outro lado da linha, mas não revelei a verdade. No dia seguinte, eu estava de partida.

Obedeci, mas me arrependi. Eu queria contar para Otto, para ter visto a reação dele, queria ter tido o apoio dele. Mas eu não tive essa oportunidade, havia ficado com medo de algo ruim acontecer.

E algo ruim aconteceu mesmo.

Sophia foi sequestrada logo após o seu nascimento. Foi um dia frio e chuvoso, o tipo de dia que você nunca esquece. Eu estava exausta após o parto e adormeci, confiando que minha filha estaria segura no berçário do hospital. Mas quando acordei, a enfermeira entrou no quarto com uma expressão sombria. Ela me disse que Sophia havia desaparecido.

A polícia nunca encontrou o culpado ou qualquer pista do que poderia ter acontecido com Sophia. Eu nem sequer pude ver o rosto dela e não sei se ela está viva ou morta. A incerteza é a pior parte. Todos os dias, eu me pergunto onde ela está, se ela está segura, se ela sabe que eu a amo.

Quando acordei depois do parto, descobri que minha filha havia sido levada. Foi um golpe devastador. A dor era insuportável. Eu me senti impotente e desesperada. Mas eu sabia que tinha que ser forte. Por Sophia.

Então, todos os dias, acordo e procuro por ela. Falo com detetives, sigo todas as pistas, faço tudo o que posso para encontrar minha filha.

Anos depois, reencontrei Marcelo, um ex-namorado da adolescência. Ele havia mudado muito, tornando-se um homem violento e viciado em álcool. Marcelo prometeu que me amava e que poderia me ajudar a encontrar Sophia. Querendo acreditar nele, me envolvi novamente.

Foi um erro. Marcelo queria me usar e me controlar, me maltratava e humilhava todos os dias. Mesmo assim, não perdi a esperança. Sabia que, de algum jeito, encontraria Sophia. Essa esperança me mantinha forte.

— Luisa! — Marcelo resmunga, a voz rouca ecoando pela casa. — Cadê meu café? Tá atrasado de novo, né?

Eu me virei, surpresa. Marcelo havia chegado em casa mais cedo do que o normal, e estava com uma cara furiosa.

— Desculpe — sussurro, minha voz tremendo um pouco. — Estou dando o meu melhor.

Ele me olha, os olhos cheios de frustração e decepção.

— Você vive se desculpando, mas nada muda — ele retruca, a voz cheia de frustração. — Preciso de mais do que palavras, Luisa.

Sinto meu coração acelerar. Marcelo sempre tem uma crítica na ponta da língua, e estou cansada disso.

— Sei que não sou perfeita — respondo, minha voz trêmula, mas firme. — Mas estou tentando.

Marcelo bufou, claramente insatisfeito.

— Tente mais — ele diz, antes de sair da cozinha, batendo a porta com força.

Fiquei sozinha na cozinha, com o coração partido. Não sabia o que fazer. Estava cansada de ser criticada e de viver com um namorado bêbado.

Com um suspiro, peguei a xícara de café de Marcelo e joguei no lixo.

— Estou cansada, meu Deus. — murmurei, olhando para o céu estrelado através da janela da cozinha, sentindo as lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto. Com um suspiro pesado, comecei a lavar a louça, cada movimento parecendo levar uma eternidade.

Me arrependo de ter dado uma chance a ele. Encontrarei minha filha e lutarei pela minha liberdade. Sophia está cada dia mais longe, mas farei tudo para encontrá-la.

[...]

Eu estava andando pela nossa pequena casa, onde cada peça de mobília estava desgastada pelo tempo. Marcelo, um homem de olhos escuros e expressão séria, entrou e me segurou pelos braços com força. Meus olhos vagaram pela janela, procurando por alguma luz na escuridão.

— Preciso ir à escola resolver algumas coisas com a diretora e você vai comigo. — ele disse, com um olhar fixo em mim que sempre me deixava desconfortável.

— Por que eu? — perguntei, tentando evitar seu olhar.

Ele me encarou por um momento, como se estivesse ponderando se deveria ou não responder.

— Porque eu disse. — foi sua única resposta, encerrando a conversa.

Rapidamente subi para me vestir e, em pouco tempo, estávamos prontos para sair.

No carro, o silêncio era quase palpável. Decidi quebrá-lo.

— Marcelo, eu estava pensando... — comecei, mas ele me cortou abruptamente.

— Não agora. — ele disse, mantendo os olhos na estrada.

Concordei em acompanhar Marcelo porque queria conversar com Ruth sobre uma oportunidade de trabalho como professora de arte. Já tinha alguma experiência na área quando morei no exterior.

O silêncio no carro se tornou ainda mais opressivo. O único som que se ouvia era o do motor roncando e dos pneus rasgando o asfalto. Eu estava no carro com ele, mas não queria conversar. A verdade é que eu não sabia por que ainda estava com ele. Talvez fosse medo do que ele poderia fazer comigo ou com minha família se eu tentasse ir embora.

Perdida em meus pensamentos, eu olhava pela janela, observando a cidade passar. Cada prédio, cada rua, parecia um lembrete de como minha vida mudou. E enquanto o carro seguia, eu não podia deixar de me perguntar: até quando eu conseguiria suportar isso?

— Você está bem? — ele perguntou de repente, quebrando o silêncio.

— Estou. — respondi, embora não estivesse certa disso.

Eu podia sentir seu olhar sobre mim, pesado e inquisitivo. Mas eu não tinha coragem de encará-lo. Em vez disso, continuei olhando pela janela, perdida em um mar de pensamentos e incertezas. Eu queria acreditar que estava bem, que tudo ficaria bem. Mas a verdade era que eu não sabia. E essa incerteza era mais assustadora do que qualquer coisa.

Quando chegamos à escola, vi Otto Monteiro, o homem que amei e perdi há doze anos. Pensei que ele ainda estava na Alemanha, mas ao vê-lo, senti saudades e uma estranha sensação de familiaridade.

Troquei alguns olhares com Otto, cujos olhos verdes pareciam estar prestes a desvendar todos os meus segredos. A intensidade do seu olhar era quase palpável, criando uma tensão no ar. Justo quando eu estava prestes a desviar o olhar, senti uma presença familiar ao meu lado.

Marcelo, com sua expressão preocupada, interrompeu o silêncio.

— Amor, tem algo errado? — Ele perguntou.

Hesitei por um momento antes de responder.

— Nada aconteceu, mas algo pode acontecer. — Eu disse, tentando manter a calma. — Por favor, não fique chateado e não faça nada precipitado.

Marcelo me olhou confuso, sem entender o que eu estava tentando dizer. Foi então que decidi revelar a verdade.

— Otto acabou de chegar. — Eu disse, observando atentamente sua reação.

A expressão de Marcelo mudou instantaneamente. Ele me puxou pelo braço e lançou um olhar furioso para Otto. A força com que ele me puxou foi tão grande que acabou machucando meu braço.

— Você está me machucando — tentei falar, mas ele parecia estar tão consumido pela raiva que não pareceu se importar com minhas palavras. Eu podia sentir a tensão no ar, e sabia que as coisas estavam prestes a ficar muito complicadas.

Esse encontro inesperado com Otto despertou muitos sentimentos. Não pude evitar desejar que Otto me perdoasse e voltasse para me fazer feliz novamente. Talvez esse encontro fosse uma chance do destino de nos reunir.

Quando Otto foi embora, senti uma mistura de emoções — tristeza pela perda do passado, confusão pelo presente e esperança pelo futuro. Sabia que precisava assumir o controle da minha vida e fazer o que era melhor para mim. Eu precisava encontrar a coragem para seguir em frente.

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