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Capítulo 3 - Confusão total

 Leonardo

Há algum tempo estava dirigindo sem rumo. Minha vida estava um completo caos, era difícil acreditar que nos últimos nove meses eu tinha conseguido fazer tanta merda junta. A Isabela tinha surgindo como um furacão na minha vida, eu a vi em uma manhã de segunda-feira na Clínica e simplesmente enlouqueci por ela.

Eu só havia me apaixonado de verdade uma única vez, na época da faculdade, e mesmo nessa época não sentia uma necessidade tão grande por essa pessoa como senti por Isabela. O jeito de menina com um ar de sensualidade invadiram minha mente e eu não conseguia pensar em mais nada, até que enfim eu a convidei para sair e percebi que ela também estava interessada por mim. Ela era muito tímida e até os nossos beijos eram castos, mas eu via nela um potencial para ser uma amante satisfatória. Ledo engano. Por tamanho desejo e paixão acabamos nos casando em uma cerimônia simples para poucas pessoas, e devido à decisão de nos casar rápido não pudemos viajar em lua de mel por causa do trabalho.

Na primeira transa, eu percebi o comportamento travado dela, já que ela era virgem eu associei a isso um comportamento assustado, mas com o passar dos dias, percebi que havia algo errado realmente. Nunca consegui fazer sexo oral nela e, mesmo carícias mais normais ela sempre recusava. Uma mulher linda como a Isabela, deveria ser apreciada na cama, eu sempre quis dar-lhe muito prazer, mas jamais consegui vê-la gozar. Ela sempre ficava muito tensa quando eu me aproximava e quando a tocava, ela agia como se estivesse sendo levada a forca. Nunca vi uma mulher reagir tão mal a um homem apaixonado. Nunca consegui fazê-la se abrir, e muito menos procurar ajuda. Na vez que sugeri que procurasse um terapeuta ela quase enfartou. No fim deu nessa merda. 

Não aguentei muito tempo, acabei saindo de casa e estou aqui dando voltas pela rua igual a um idiota. Se houvesse qualquer esperança lutaria por nosso casamento, pois além do imenso tesão que sinto, tenho muito carinho por ela. Isabela me inspira cuidado e afeto. Não a amava como havia amado a Gabriela, mas ainda assim, ela tinha sido a única mulher capaz de me fazer querer casamento.

— E aí gato. O que houve? — Sem muita ideia do que fazer ou de para onde ir, eu acabei indo parar no apartamento de minha irmã, Júlia, minha única irmã. Somos mais que irmãos, somos confidentes.

— Oi, posso passar a noite aqui?

—Você sempre vai ser bem vindo. Mas quero saber o porquê dessa loucura. — Júlia havia chegado a pouco tempo de Portugal, onde estava participando de um Congresso de Médicos, acho que ela sequer tinha encontrado com Isabela. As duas se davam muito bem, apesar de serem totalmente diferentes. Júlia é despojada e não há assunto algum capaz de deixá-la encabulada, já a Isabela...

— O casamento não está funcionando. Acabou de vez.

— De novo isso de "o casamento não está funcionando"? Você precisa tomar uma atitude Leonardo. A Isabela é boba demais para buscar ajuda sozinha. — A única pessoa com quem comentava aquele assunto era com a minha irmã, pois por mais que ela fosse mais nova, tinha a mente aberta e desde a adolescência nos abríamos um com o outro.

— Júlia, não adianta. Sempre que tocava no assunto ela passava dias sem falar comigo e chorava o tempo todo. Diz que eu a acho doente. Ju, pra falar a verdade, acho que ela é doente. Problema sexual ou psicológico, mas isso não é normal.

Conversamos até de madrugada, minha irmã estava sozinha, pois o seu noivo, que nossa família não sabe, mas dorme com ela com muita frequência, estava trabalhando. Passei a noite lá, pois sei que Lílian deve estar com Isabela, já que pedi a ela que fosse vê-la. Trouxe pouquíssimas coisas comigo, mas amanhã ligarei para Lílian e pedi que veja com Isa o melhor horário para passar no apartamento e pegar o restante das minhas coisas. Não estou pronto para vê-la, sei que está sofrendo e sua presença desperta uma série de sentimentos contraditórios em mim. Não posso dizer que sou imune a ela, apesar de saber que sexualmente  sou totalmente frustrado.

Mal consegui pregar o olho a noite inteira, a imagem da Isabela enrolada naquele lençol tentando me fazer ficar estava cravada na minha mente. Ela era, sem dúvidas, a mulher mais bonita que conhecia, e sempre que saíamos juntos, a via ser devorada pelos homens, mas não me importava, pois sabia que mal percebia e, se percebesse sentiria mais incomodada do que lisonjeada.

— Ei gato, estou saindo. Fique a vontade. Alguém tem que trabalhar nessa família. — Júlia disse quando me encontrou na cozinha.

Trabalhava até a quinta feira na Clínica e dava plantão de vinte e quatro horas, uma vez por semana, em um Hospital da cidade. Minha família tinha tradição no mercado imobiliário, mas minha irmã e eu quisemos cursar engenharia como nosso pai, ou viver só desfrutando do dinheiro já ganho como a minha mãe.

Tomei um banho rápido e me vesti, após o café que havia tomado acompanhando Júlia. Liguei para a Lílian para saber a que horas podia passar no apartamento e fiquei furioso ao saber que Isabela havia saído de lá. O apartamento tinha sido minha primeira aquisição na vida adulta, ele é grande, bem localizado, confortável e em um bairro seguro. Ela odiava a forma teatral como os pais dela conviviam e eu sabia que não voltaria para lá, então queria que ficasse com o apartamento, pois era uma forma de mantê-la segura e confortável depois de tudo.

— Lílian, o apartamento é dela, ela não poderia ter saído. — Sabia que Lílian e Isabela eram unha e carne.

— Leo, a opção foi dela. E acho que não há nada que você possa fazer. — Por mais que Lilian fosse nossa amiga em comum, ela não escondia a proteção que nutria pela Isabela.

— Não posso uma porra! Ela ainda é minha mulher e tenho a obrigação de mantê-la segura.

— Leo, a Isa não quer segurança e, sim amor. Algo me diz que você não está pronto para dar isso para ela.

— Lílian você não sabe o quanto eu tentei.  Você...

—Ei! — Interrompeu-me. Sei sim, e tenho que admitir que você fez o que pôde, mas não é porque a Isa tem problemas relacionados a sua sexualidade que ela deve se conformar com algo menos que amor. Toda mulher merece ser amada Leo, e a Isabela não é diferente.

Conversamos um pouco mais e fiquei muito feliz em ver que a Isabela havia enfim se aberto com alguém. O primeiro passo para a cura estava em reconhecer o problema. E por mais que não fosse me beneficiar por uma mudança sua, torcia por sua felicidade.

Passei no escritório do meu pai e falei que queria um apartamento, não expliquei muita coisa, falei somente que Isabela e eu havíamos nos separado. Ele me acompanhou a um edifício novo próximo ao que Júlia morava e escolhi um dos que ainda estava desocupado. Meu pai havia investido alto na construção de novos prédios em áreas mais centrais e pelo visto estava valendo a pena.

Escolhi um flat bem pequeno, somente uma sala, cozinha, suíte e área de serviço, além de uma pequena sacada que dava para o mar. Não precisaria de muito espaço, queria somente conforto e privacidade.

Passei o dia providenciando móveis e acessórios para tornar o apartamento funcional, sabia que Luigi chegaria ao apartamento de Júlia hoje e não queria me senti invadindo o espaço deles. Não consegui que um montador me atendesse pra hoje, mas deixei agendado para o dia seguinte. Peguei minhas coisas na casa da minha irmã e segui para o que parecia ser uma casa pós-tornado em que os entregadores haviam transformado meu novo "lar".

Já passava das cinco da tarde quando enfim consegui sentar, pois a correria do dia tinha sido sem tamanho. Ouvi meu celular tocar e o procurei como louco, pois no meio da Faixa de Gaza que estava aquele lugar, encontrar qualquer coisa seria milagre.

— Oi lindinha.

— Por que você saiu daqui, Leo? Voltou para casa?

-Não, Julinha. Não voltei para casa, estou em um flat próximo ao seu apartamento. — Suspirei exausto. — Já disse que não tem volta.

— Leo, preciso de você. — Percebi que Júlia deveria ter chorado. Se é que ainda não estava chorando. — Vem pra cá.  — Suplicou manhosa.

— O que houve, Julinha? — Minha irmã havia sido um acidente de percurso no casamento dos meus pais, tendo nascido quando eu já tinha oito anos.

-Vem jantar comigo, preciso conversar, e você sabe que quando preciso de ombro sobra pra você. Não sabe? — Minha irmã tentava parecer natural, mas sabia que não estava. — Faço torta de frango para você. — Minha mãe sempre cuidou da nossa alimentação de forma extremista, então Júlia aprendeu a fazer torta para que pudéssemos ter nossa cota de besteira, apesar de não ser uma das nossas besteiras mais calórica. Julinha morria de medo de engordar.

— Claro que vou. Faço qualquer coisa por sua torta de frango. — Estava exausto, mas também fiquei preocupado demais com minha irmã para descansar. — Chego aí em uma hora, no máximo. — Avisei.

Tomei banho e vesti-me, depois é claro, de conseguir localizar todos os itens que precisava. Em menos de uma hora estava batendo na porta do apartamento de Julinha, tinha a chave que ela mesma havia me entregado pela manhã, mas não quis usá-la sabendo que estaria em casa.

— Oi gato, entra. — Os olhos inchados e vermelhos comprovaram minha teoria.

— O que houve? — Não havia rodeios entre nós.

— Eu estou grávida. — Disse cabisbaixa.

-Uau! — Fiquei sem palavras. Júlia tinha vinte e cinco anos e sempre tinha sido muito independente. O namoro dela com Luigi era muito sério e eu, lógico, sabia que eles tinham uma vida sexual ativa, mas ouvi-la dizer que estava grávida ainda me causou um choque.

— Sei que é loucura, mas aconteceu, não planejei nada, é que tiveram as viagens e eu parei o anticoncepcional...

— Calma Julinha. — Ela estava se desmanchando em lágrimas como se me devesse explicações. — Aconteceu. Tudo bem. Não vou te criticar, estou aqui para te apoiar. — Disse aninhando em meus braços.

— O Luigi surtou. Falou um monte de bobagem. — Confidenciou.

— O quê? Como assim "o Luigi surtou"? Que besteiras ele falou? — Senti uma ira enorme me atingir, agora compreendia as lágrimas da minha irmãzinha.

—Ai Leo! — Minha raiva fez com que ela chorasse ainda mais. Apertei-a com forças nos meus braços e a consolei como fazia quando era pequena.

Nada me perturbava mais que ver as pessoas que amava sofrer. Quando Júlia se acalmou um pouco, senti-me atingido por uma dura realidade. Assim como o Luigi havia magoado a Julinha por sentir-se acuado em uma situação, eu tinha feito a mesma coisa com a Isabela. Droga! Quando as coisas acontecem conosco parecem doer mais. Provavelmente havia causado a mesma dor que enxergava nos olhos da minha irmã em Isabela.

— Julinha, Luigi deve estar surpreso e assustado. Você precisa dar um tempo pra ele. — Expliquei. — No calor do momento falamos coisas que não pensamos e atingimos as pessoas a quem amamos de forma cruel. — Buscava redimir a mim mesmo com aquele argumento.

— Eu também estou assustada, mas nem por isso pensei em aborto. — Porra! Luigi havia sugerido fazer um aborto?

— Dá um tempo pra ele, Ju. E além do mais, estou aqui para te apoiar no que for preciso. Sempre estarei aqui. — Vi surgir um pequeno sorriso no seu rosto. — Quer dizer que vou ser titio? — Incitei animando-a.

-Sim, mas fecha o bico, ainda não estou pronta para contar para mamãe e para o papai, então... — Nossos pais eram muito tradicionais e não podiam sonhar com a metade das loucuras que nós fizemos na adolescência.

— Não se preocupe. — Concordei.

Jantamos a torta de frango, que por sinal estava uma delícia, e quando estava me preparando para ir embora a campainha tocou. Luigi pelo jeito não tinha demorado tanto pra se dar conta do erro cometido e, estava na porta da casa de Júlia com cara de cachorro que caiu da mudança. Eu saí de cena e os deixei conversando, já tinha meus próprios problemas para pensar e Júlia, com certeza, saberia punir o pobre do Luigi com rigor.

Estendi um lençol sobre o colchão que estava no chão do quarto e me deitei. Peguei meu celular e selecionei algumas músicas, comecei a escutar uma seleção de clássico dos anos 80, que adorava. Meu corpo estava todo moído, mas minha mente dava voltas. Precisava pedi desculpas à Isabela, precisava dizer o que realmente penso sobre ela. Queria entendesse que nunca tive a intenção de usá-la ou a vi como um objeto. Isabela tinha tido todo o poder sobre mim, mas forças contrárias fizeram que as coisas não acontecessem como deveriam.  Quem imaginaria que uma mulher linda e naturalmente sensual como ela seria na verdade um cordeirinho acuado na cama?

Acabei vencido pelo sono e acordei com a luz do sol invadido o quarto. Fiz uma nota mental para comprar cortinas urgentemente.  Passei o dia com os montadores no flat, enquanto Júlia fazia compras para mim tentando transformar aquilo em um lar.

O final de semana foi uma loucura exaustiva, mas na segunda feira de manhã, quando saí para trabalhar, o flat estava do jeitinho que queria. Simples, prático e aconchegante.

Cheguei cedo a Clínica e encontrei Lílian no estacionamento.

— Bom dia Leo. — Ela me cumprimentou com o carinho que nos era natural. — Como você está?

— Poderia estar melhor. — Comentei chateado. — E sua hóspede, como está?

— Bem, Isabela não é tão frágil quanto parece. Definitivamente ela não é de cristal. — Apesar de discordar, acenei afirmativamente com a cabeça.

— Ela decidiu voltar para o apartamento? — Isso me incomodava ao extremo.

—Acho que você deveria conversar pessoalmente com ela, não é porque estão separados que vocês precisarão agir como dois inimigos.

— Claro. — Concordei. Não queria inimizade com Isabela. Ela era uma pessoa especial para mim.

Segui para o meu consultório onde Paloma já me aguardava com a agenda a postos. Meu dia a dia estava sempre lotado ultimamente.

— Bom dia Paloma. — Cumprimentei.

— Bom dia Doutor Leonardo. Temos muitos pacientes para hoje incluindo o pai do doutor Benício que o senhor mandou encaixar na agenda. — Benício era meu melhor amigo desde os tempos do colégio e só tínhamos deixado de estudar juntos na especialização, já que optei por cardiologia e ele neurologia.

— Certo. Dê-me alguns minutos, e já começamos. — Pedi.

Voltei para a recepção para pedir que Lílian me avisasse quando Isabela chegasse, mas antes que pudesse alcançar o cômodo fiquei estático. Isabela havia chegado estonteante, linda, cheirosa, sensual e alegre. Alegre? Isso mesmo, alegre. O paspalho do doutor Igor já estava arrastando uma asa para cima dela e contrariando a lógica, aquilo me irritou. Igor sempre tinha demonstrado ter uma queda por minha mulher, e apesar dela atribuir o comportamento dele a irreverência, sabia que havia mais que isso, porém nunca me incomodei ou fingia não me incomodar. Isabela o tratava com carinho, mas sempre lhe mostrando qual era o seu lugar. No entanto, agora que estava solteira, pelo menos era o que "ela achava”. Parecia bastante confortável com as cantadas baratas do Igor.

—... pecado em forma de mulher. — O imbecil até que conseguiu definir corretamente. Um pecado!  O vestido preto, justo ao corpo realçava todas as curvas do corpo bem feito dela, e o cabelo solto lhe dava um ar selvagem. Nunca na minha vida a tinha visto daquela forma. Pena que era só a casca.

—... seu cheiro está uma delícia. — Doutor Igor estava impactado pela nova imagem da Isabela, assim como eu. De onde eu estava não conseguia sentir seu cheiro, porém sabia que não era sua fragrância habitual de criança. Ele falou alguma coisa e ela virou-se de modo extremamente sensual respondendo-lhe. Nesse instante ela me viu. Tinha olhos muito expressivos. Nunca foi muito boa em esconder como se sentia, e naquele momento soube que não estava pronta para me ver, assim como eu também. Surpreendeu-me quando seguiu para o seu consultório sem sequer me olhar novamente. Havia algo diferente. E eu queria descobrir do que se tratava.

No lugar de falar com Lilian, segui para o seu consultório e antes de entrar olhei para trás e vi que Igor continuava olhando com cara de idiota na direção que Isabela havia seguido. Ele provavelmente já sabia que estava supostamente solteira, pois quando estávamos casados ele a comia com os olhos, mas pelo menos disfarçava quando me via, e naquele momento não estava nem aí.

Não perdi tempo batendo na porta, abri e a encontrei próxima a sua mesa. Aquela não era a minha mulher, ou melhor, minha ex-mulher. Estava diferente e não era apenas pelas roupas, carregava consigo uma áurea de sensualidade que não tinha como não perceber.

 Nossa conversa foi rápida, e felizmente ela não recusou voltar para o apartamento, apesar de ter tentado me encurralar. Confesso que me senti muito atraído por ela, o cheiro do seu perfume estava me deixando embriagado. Tinha precisado ficar repetindo para mim mesmo que aquela não era a Isabela. A Isabela era uma mulher tímida com quem eu tinha vivido por seis meses, caso contrário, teria a agarrado ali mesmo naquele consultório.

Passei o dia inteiro atordoado. A imagem das curvas marcadas pelo vestido preto e das costas nuas dela não saiam da minha cabeça. E a droga do mantra, que fiquei repetindo sobre ela ser fria, não estava convencendo meu amiguinho lá embaixo.

Não voltei a vê-la durante o dia e quando voltei para meu novo lar, vi que não estava bem para ficar sozinho. Precisava de companhia, de preferência uma bem fogosa. Uma ideia louca me passou pela cabeça e antes de desistir, saquei o celular e disquei.

— Oi Gabriela. — Falei assim que atendeu.

— Oi Leonardo, que milagre é esse de você me ligar? — Gabriela tinha sido minha namorada durante quase toda a faculdade, e as minhas melhores transas foram com ela. Não era virgem quando comecei a namorá-la, mas sexo gostoso com certeza aprendi com ela.

— Virei Leonardo agora? — Fiz charme.  — Sempre fui Leo para você.

— Isso foi antes de casar, depois que casou passou a ser Doutor Leonardo Menezes e, se eu lhe dirigir a palavra, pois sua esposa parece muito possessiva.

— Ex. Minha ex-esposa, era sim possessiva. — Fui direto ao ponto.

—Hum. Ex. é? Muito interessante. — Adorava o jeito direto da Gabi. Ela não fazia o tipo "santinha do pau oco", gostava de sexo e admitia isso. A única coisa que eu precisava saber era se ela estava solteira.

—Também está sozinho, Leo? — Nem precisei perguntar, ela mesma se entregou.

—Pois é. Buscando companhia para um drinque. — Joguei.

Marcamos de nos encontrar em um bar próximo e após uma chuveirada, segui para encontrá-la. Confesso que estava me sentindo estranho, pois há quase um ano não saia com ninguém. Nunca fui de trair, sempre procurava ser honesto com a pessoa com quem estivesse e, apesar de saber que tinha sido sincero com Isabela, minha consciência ainda me condenava. Olhei para a mão esquerda onde a marca da aliança permanecia. Liguei o rádio e tentei dissipar esses pensamentos, pois era de carne e osso e estava na seca há meses.

Gabriela era loira, alta e tem um corpo de hipnotizar qualquer homem. Ela era muito atraente e apesar de nosso relacionamento ter terminado enquanto ainda gostava dela, tínhamos tido sexo sem compromisso até eu conhecer a Isabela.

— Leo, esse papinho de que acabou não me convenceu, mas se você está disposto a ficar comigo, quem sou eu para questionar? — Gabi era sempre muito direta.

— Claro que quero ficar com você. — Não me permiti pensar muito, pois se o fizesse desistiria. — Sexo sem compromisso pelo os velhos tempos. — Quis deixar claro que seria apenas sexo.

—Tem um motel aqui perto. Vamos no seu carro ou no meu? — A praticidade com que ela lidava com aquilo era alarmante.

— No meu. — Proferi rápido.                     

Seguimos para o motel e não trocamos sequer um beijo em todo o trajeto, o papo transcorria sobre assuntos do cotidiano e tudo aquilo era muito anormal para mim. Ao entramos no quarto, Gabriela avançou sobre mim e me senti incendiar. Seu beijo foi fogo puro e meu pau ficou ereto em tempo recorde. Arranquei o seu vestido e comecei a devorar seu corpo. Chupei os seus seios e os lambi. Ela tinha seios redondos e pequenos. Também me lambia e me beijava. Desci até ficar de joelhos na sua frente. Queria sentir o sabor incrível que só as mulheres têm.  Nenhum outro sabor já provado se compara a delícia que é o aroma de uma mulher excitada.

— Isso, lambe... Vai... Ui... Adoro essa sua boca gulosa em mim. — Gabi gemia e incitava-me cada vez mais.

Estava me esbaldando em chupar o sexo dela, a sua excitação fazia a minha própria crescer alarmantemente. Não deixei de lamber, chupar e mordiscar até senti-la explodir em um gozo alucinante.

—Ai que delícia Leo! Agora é a minha vez de te chupar. — Não pensei duas vezes e arranquei as minhas roupas.

— Nossa! Você é maior do que me lembrava. — Dizendo isso, Gabriela caiu de boca no meu pau.

— Calma benzinho. Desse jeito não vou durar muito. — Gabi sabia fazer um homem enlouquecer na cama.

Ela afastou-se e a joguei na cama. Coloquei um preservativo observando-a lamber os lábios em antecipação. Deitei sobre ela e a invadi de um único golpe.

-Porra! Que delícia Leo. — Gritou.

Começamos a nos movimentar juntos, estocando cada vez mais rápidos. Nossa libertação veio junta e foi incrível a sensação. Transamos mais três vezes no decorrer da noite. Assim como eu, Gabriela também estava em um período de seca. Quando voltamos para o bar já muito da tarde. Despedimo-nos, não houve beijinhos ou qualquer outro carinho, apenas um até logo.

—Leo, me arrependo da forma como as coisas acabaram entre nós. — Pronunciou assim que abriu a porta do seu carro. Gabriela havia me traído, mas tinha sido bastante sincera comigo, o que me fez não guardar mágoa.

— Compreendo. Foi uma pena sim, mas nesse momento não quero pensar nisso Gabi. Quero ficar livre por algum tempo. — Disse sincero. Não queria que ela criasse alguma expectativa. Na verdade nunca dei esperança de volta quando saíamos vez ou outra

— Eu entendo. — Respondeu envergonhada adentrando no seu carro.

Marcamos de voltarmos a nos ver em outros momentos. Seria confortável mantermos uma relação puramente sexual. Gabriela não fazia o gênero carente ou dramático.

Nos dias que se passaram, fui surpreendido com a nova Isabela que encontrava na Clínica. Não apenas pelas roupas muito mais ousada e sexy, mas pela postura descontraída e segura. Percebi que Igor estava igual ao um abutre no pé dela, e por incrível, ela não demonstrava desconforto, pelo contrário, estava dando lugar para que as investidas continuassem. Parecia estar adorando ser o centro das atenções.

— Bom dia. — Cumprimentei Lílian, Igor e Isabela que estava na recepção da Clínica.

— Bom dia. — Todos responderam. Contudo, percebi que Isabela logo se despediu. Pelo que parecia, ela não estava impondo sua presença como achei que faria.

— Bom trabalho delícia. — Igor falou enquanto se afastava.  Isabela se virou lhe dando o sorriso pelo qual adorava.

— Igor você não perde tempo mesmo. — Lílian comentou.

— Claro que não. Uma mulher linda e gostosa como a Isa.  Tem fila para conquistar, então vou logo me adiantando. — O cínico comentou. — E nem vou me desculpar com o doutor Leonardo. Afinal ele não é mais o marido dela, o que tenho muito que agradecer por deixar minha musa solteira.

— Quem lhe disse que Isabela não é mais a minha esposa? — Bradei furioso. — Até onde sei, não nos divorciamos, ainda. — Por mais que eu soubesse que ele tinha razão, me incomodava vê-lo investir nela.  E me incomodava ainda mais vê-la reagir com tanta receptividade.

—Todo mundo sabe que vocês estão separados, e um papel não é suficiente para prender uma mulher Leonardo. — Não respondi de volta. Ele tinha toda razão, por mais que eu nunca fosse admitir.

Os dias seguiam normais, considerando a nova pessoa que a Isabela demonstrava ser. Estava sexy, ousada, atraente e mexendo com o imaginário masculino da Clínica. Não era raro flagrar alguém tecendo comentários sobre ela.

—Paloma, quero os prontuários que te passei mais cedo, vou precisar alterar algumas informações. — Solicitei.

— Sim senhor.

Já havia atendido a maior parte dos pacientes do horário da manhã e estava aproveitado para preencher os prontuários que tinham lacunas. Ouvi aquela risada inconfundível, da Isabela, e virei-me na direção que soava.  A desgraçada estava no maior papo com o Igor. Ela encostada à parede, e o paspalho em questão, a sua frente, quase a tocando. Estava toda derretida e o filho da mãe não tirava os olhos da porra do seu decote. Merda! Desde quando Isabela passou a usar roupas que deixavam metade dos seus seios de fora? Porra! E que seios.  O corpo inteiro dela era uma tentação. Uma bunda empinada muito gostosa, coxas incríveis, mas os seios dela. Ah! Eram redondos, firmes, grandes na medida certa e tinham um bico rosadinho que sempre me fazia salivar. Eram uma das poucas partes do seu corpo que eu conseguia tocar e, talvez por isso tivesse verdadeira adoração por eles.

—Vai Isa, vamos sair hoje à noite. Garanto que vai valer a pena. — Os dois falavam em um tom consideravelmente baixo, mas como eu estava totalmente concentrado no que diziam conseguia ouvi-los.

— Igor, já disse que não confio em você.

Aquele papinho estava me dando nos nervos, então larguei os prontuários sobre o balcão e voltei para o meu consultório. Dane-se!

Aquela maldita não estava correndo atrás de mim como eu esperei que fizesse, mas em compensação estava me levando à loucura com aquele novo jeito de ser.

Voltei a me encontrar com Gabriela nas noites seguintes. Íamos sempre ao mesmo motel e terminávamos a noite cada um em sua própria casa.

Já haviam se passado mais ou menos um mês que tinha saído da casa que morava com Isabela, e confesso que sempre que estava com a Gabi ainda sentia culpa. Sempre fazia planos de procurar um advogado para resolver a questão do divórcio, mas acabava sempre adiando ou arrumando uma desculpa.

— Merda!

Havia acabado de chegar da academia e fui conferir meus e-mails antes de tomar banho. Havia uma mensagem do grupo de Motocross do qual eu fazia parte. Uma correspondência importante havia sido enviada para meu endereço e eu teria que mandá-la preenchida até o dia seguinte. Pela lógica a carta deveria ter chegado ao apartamento de Isa, então liguei para ela que se ofereceu para vir deixar a correspondência. Estava com um encontro marcado com Gabriela, mas depois de receber a carta correria e ainda conseguiria encontrá-la no bar de sempre.

Tomei um banho rápido e vesti uma bermuda e uma camiseta.

 Quando a Isabela chegou senti-me impactado por sua presença. Ela estava usando um short curto e apertado e uma blusa sem alças que parecia deixar-lhe com os seios maiores e mais redondos.  Convidei-a para entrar e ofereci uma bebida esperando que pedisse suco, mas contrariando a lógica, me acompanhou tomando cerveja.

O que estava acontecendo com ela, não fazia a mínima ideia, mas definitivamente havia algo muito diferente acontecendo. Parecia perdida olhando pela janela e, eu não conseguia deixar de olhar aquela mulher a minha frente, não era a mesma que tinha me pertencido um dia.

Quando achei que Isabela ia embora fui surpreendido com um pedido mais louco que já tinha feito. Se é que já tinha feito alguma vez.

—Me deixa ver teu pênis? — Pediu inocentemente.

— O QUÊ? — Não podia está ouvindo isso. Isabela sempre tinha sido excessivamente tímida e mal me olhava quando estávamos juntos.

Minha cabeça começou a girar. O que estava acontecendo com ela? Mal a ouvia, pois a pergunta que ela me fez ainda ecoava em minha mente. Ouvi-la insinuar que pediria para ver o pênis de outro cara foi suficiente para me trazer de volta a realidade.

-Tudo bem, eu deixo. — Bradei sem pensar duas vezes.

Não me sentia tímido, tanto pela intimidade que já tinha com ela, e também porque meu corpo nunca me trouxe constrangimentos. Abri o zíper da bermuda e baixei junto com a cueca. Não notei o pavor e muito menos o rubor que sempre existia em sua face quando ficava nu diante dela.

— Senta. — Pediu e obedeci.

A princípio só me tocava. O que já tinha um efeito devastador sobre mim, pois desde que havia entrado na minha casa já estava excitado, mas sentir as mãos delicadas dela tocando o meu membro era um tormento completo. Não consegui manter os olhos abertos. A sensação era boa demais e, eu estava me perdendo no calor das suas mãos. Sentir seus lábios suaves rodeando minha ereção fez com que os gemidos que prendia na garganta saíssem de uma vez.. Delícia! Enquanto éramos casados teria ficado mais que feliz em ter metade daquilo, mas naquele momento estava recebendo uma dose gigante de prazer, que provavelmente compensaria muitos eventos ruins.

— Ah! — Não tinha a menor ideia onde ela havia aprendido a fazer aquilo, mas a verdade é que estava extasiado. A sua boca e as suas mãos, estavam me levando ao paraíso.

Prendi minhas mãos em seus cabelos e me perdi no cheiro gostoso que exalava de seu corpo e cabelo. O perfume não o conhecia, mas o shampoo era o de cereja que sempre usava e, que por surpresa sentia muita falta quando deitava e não sentia essa fragrância no travesseiro ao lado.

Joguei a cabeça para trás e aproveitei a sensação incrível. Gozei de forma intensa, tão intensa que me senti em transe. Quando enfim abri os olhos, Isabela havia desaparecido.

—Isabela. — Tentei vestir a bermuda o mais rápido possível para poder alcançá-la, mas não consegui. Ela já havia partido.

Liguei feito louco pra ela, mas não me atendeu. Quando estava atordoado o suficiente para ir até a sua casa recebi uma mensagem de texto dela onde dizia que já estava em casa. Realmente queria vê-la, conversar com ela, tentar entender, mas decidi esperar para a manhã seguinte. Deitei e fiquei olhando para o teto. A sensação da boca dela em mim continuava presente, ainda estava tomado de um desejo febril que era como se há meses não transasse. Quando o meu celular tocou lembrei-me da Gabriela.

—Alô. — Tinha me esquecido completamente de Gabriela.

— Olá, cadê você? Estou te esperando. — Sua voz manhosa mostrava que tinha planos.

— Me desculpe Gabi. Aconteceu um imprevisto e não pude ir. Vamos marcar novamente para outro dia?.

Apesar da decepção na sua voz Gabriela entendeu. Não tinha qualquer condição de deitar com outra mulher enquanto Isabela continuasse entranhada em mim, e pelo jeito aquilo iria durar.

Minha mente não se desligou nem dormindo. Estava a mil por horas, e até em sonhos a imagem de Isabela me chupando era constante.

No dia seguinte estava um morto vivo, mal tinha pregado os olhos. Precisava entender o porquê Isabela havia feito aquilo. Ninguém pode mudar tanto em tão pouco tempo. Ou pode?

Encontrei-a normalmente em seu consultório, para ela tudo parecia normal, e eu cada vez mais confuso. A conversa foi muito natural e a sua naturalidade me perturbava.

—Ai Leonardo... Carpe Diem.

Aproveite o momento. Esse tinha sido o conselho dela para mim. Aquilo podia ser correto se visto em favor próprio, mas como eu reagiria quando ela quisesse aproveitar o momento?

— Alô? — A manhã tinha sido tranquila. Estava na cantina tomando um café enquanto remoía os últimos acontecimentos.

— Oi meu velho, o que houve? Você sumiu, será que uma certa cardiologista loira lhe devorou, literalmente? — Meu melhor amigo Benício zoou. Ele sabia tudo sobre Gabriela.

— Quem dera. Gabriela não tem mais poder de me devorar meu amigo, os tempos mudaram. — Tinha sofrido como louco quando ela me deixou. Mas só Benício sabia disso.

Conversamos por algum tempo. Sempre falava com Benício durante a semana por telefone ou nos encontrávamos nos plantões do Hospital, e nos finais de semana sempre rolava uma cervejinha, na sua casa ou na minha. Benício era casado há pouco mais de um ano com Maitê. Eles têm alguns problemas de ordem sexual assim como eu tinha com Isabela. Maitê é filha de líderes religiosos fervorosos e tem uma opinião muito fechada sobre o sexo.

— Leo, quero conversar contigo cara, mas tem que ser pessoalmente. Está rolando umas paradas aqui em casa que eu não estou entendendo. — Questionou receoso. Marcamos de nos encontrar para conversarmos.

Depois que desliguei o celular fiquei pensativo. Consegui abri mão do meu casamento e achei que não sofreria, mas ainda não estava pronto para abri mão dela, Isabela, principalmente de quem ela havia se tornado. Eu desejava a minha mulher.

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