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Capítulo Extra: Nos chame de amor

Ok, muita gente pediu o extra, então tá aqui. Tô insegura, nada de novo sob o sol. Espero que tenha ficado tudo claro sobre a relação dos três e que eu tenha alcançado a expectativa de vocês.

Aproveitando pra agradecer todo o apoio que eu tô recebendo. Isso jamais aconteceu comigo dessa forma tão atenciosa e isso só me faz querer continuar. Eu adoro todos vocês e obrigada por sempre estarem aqui, lendo essas bobagens que eu escrevo.

Boa leitura e um beijo em cada um.


Achar que nunca mais se meteria em situações constrangedoras foi precipitado.

Bright estava, agora, na empresa dos pais, junto com Light, o irmão gêmeo que tanto amava e que tanto sentiu falta depois de ficar seis anos longe. Bright não estava feliz em estar ali, porque trabalhar em uma empresa era o que ele definitivamente não queria. No entanto, Light estava ali, ao seu lado, sorrindo e sendo simpático, e Bright não queria estragar a animação dele.

Light era a simpatia em pessoa, e Bright seria capaz de fazer qualquer coisa para que se tornasse aquela pessoa também. Uma pessoa gentil, certa e corajosa, e não uma pessoa que saía de casa fugindo dos problemas. Não iria negar, mas também não admitiria, só que, Bright se sentia culpado pelo que fez no passado, ainda que não gostasse de pensar no assunto. Tudo já havia se resolvido e agora, depois de dois meses, ele estava em casa, junto com a família, o irmão, e Win.

A relação entre Bright, Light e Win, era... estranha, principalmente para Light, que preferia ficar sozinho com Win. Sempre. Light ainda tinha Win como namorado, e estava satisfeito com aquilo. Era melhor tê-lo e dividi-lo com o gêmeo, do que perdê-lo por completo. Quer dizer, Light também pensava nos outros. Ele observava a felicidade alheia, de Win e Bright. Ele não estragaria aquilo. Aprendeu a não estragar a felicidade de ninguém da pior forma possível, quando o próprio irmão gêmeo estragou a sua. De qualquer forma, pelo menos, a relação com o irmão estava tranquila. O problema mesmo era aquela ideia de dividir o namorado. Não que fosse um homem egoísta, mas... Win sempre fora seu, e dividir ele com o gêmeo, ainda era algo novo. Estava difícil se acostumar. Não sabia se Win e Bright se encontravam ou se estavam juntos, namorando também, porque, aquele assunto, aparentemente, era proibido. Ao menos, não havia mais rancor em relação ao passado. O que precisava ser resolvido agora, era a relação dos três.

Light não queria pensar naquilo naquele momento. Estava terminando de apresentar a empresa da família para o irmão, que parecia tenso, na verdade.

— O que há com você? — Light perguntou, arrumando os óculos no rosto.

Ele parou em um setor, no canto da parede, sem chamar atenção, e encarou Bright. Era bom tê-lo por perto novamente, sentia como se tudo estivesse completo e em seu devido lugar.

Observando Bright de perto, podia perceber que, agora, não eram tão iguais como na adolescência. Os óculos sempre fizeram uma diferença entre os dois, já que Bright preferia lentes de contato, mas ainda assim, algo havia mudado, e para melhor. Os dois eram adultos agora, mas Bright tinha um brilho no olhar. Light abriu um sorriso sem pensar quando percebeu aquilo. Win causava aquilo nas pessoas.

— Não entendi. — Bright respondeu, depois de olhar ao redor. Não estava fazendo frio, mas ele usava uma jaqueta jeans cobrindo os braços, tão diferente de Light, que, para ser sincero, achava que só havia ternos em seu guarda-roupa.

— Você tá desconfortável. Alguém da empresa falou alguma coisa pra você?

— Hm? Não. Por quê?

— Você sabe. É... novo, ter você aqui, e somos gêmeos, e você sumiu por muito tempo. E você tem essa cara de antipático. Não que eu esteja reclamando. Enfim. As pessoas podem falar.

Suspirando, sentindo um aperto no peito, Bright decidiu ser sincero. Quando voltou para ficar, conversou com Light quando saíram para almoçar juntos. Não era mais permitido esconder coisas um do outro. Nada de segredos.

— Eu não quero cuidar da empresa, Light. — Admitiu. — Eu não fiz administração como você, eu não sei comandar uma coisa grande assim, entende?

— O papai não tá obrigando você a fazer isso. — Deu apoio. — O que você quer fazer, então?

Bright riu, meio desesperado. Ele levantou a mão e bagunçou o cabelo do gêmeo, maior do que o normal. Estava sempre caindo pelas laterais do rosto. Ele estava, definitivamente, mais bonito e adulto.

— O tempo fez bem a você, hein?

Light empurrou a mão do irmão e cruzou os braços. Bright observou os bíceps malhados sendo apertados pela camiseta branca de botões e sentiu vontade de rir. Ainda estava se acostumando em não ver o gêmeo como um adolescente.

— Não mude de assunto. O que você quer fazer?

— Se eu soubesse, já teria contado a você. Eu tenho que ir, tá?

— Aonde vai?

Ele teve medo da resposta. Se dissesse que se encontraria com Win, ficaria com ciúmes, ainda que não tivesse direito. Havia concordado com aquela ideia.

Já afastado, andando de costas e virado para Light, Bright respondeu com um sorriso de canto:

— Falar com o papai.

Feliz, Light desejou, por dentro, que desse tudo certo. Comandar a empresa sozinho não era difícil, estava fazendo aquilo há muito tempo, e melhor, gostava do que fazia.

Voltando para a sala, Light passou a mão pelos cabelos, tirando-os do rosto, mesmo que eles voltassem novamente. Em sua cadeira, ele colocou os óculos em cima da mesa e pegou o celular, sorrindo ao ver o papel de parede. Ele, Bright, e Win, no dia em que tudo havia se resolvido. Foi um dia feliz.

Digitando, Light mandou mensagem para Win. Quando enviou e recebeu uma resposta, abriu um sorriso, feliz por saber que nada entre Win e ele havia mudado.

Light Vachirawit (10h00)

Ocupado?

Win Metawin (10h05)

Um pouquinho.

Mas pra você, eu posso separar um tempo.

Light Vachirawit (10h08)

Muito movimento no restaurante? Se quiser, podemos sair mais tarde.

Win Metawin (10h10)

Você pode cuidar de mim mais tarde. Tô meio cansado pra sair.

E, faz tempo que não ficamos de bobeira. Só eu e você.

Era verdade, mas a culpa não era de ninguém, e sim dos trabalhos. O restaurante de Win era muito conhecido, e por isso vivia sempre lotado, com reservas e mais reservas. Quando tinha tempo para fazer algo para si, estava exausto. Precisava de férias, ou, de um ajudante. Win tinha que fazer muita coisa ali. Cuidar do caixa, cuidar da cozinha, andar de um lado para o outro para conferir se estava tudo certo. Às vezes, o corpo doía tanto, que ele nem mesmo jantava quando chegava em casa. Caía na cama e dormia. O que dava forças para ele, era o amor e o carinho extremo que sentia pelos gêmeos. Não era tão apegado à família desde que se assumiu gay, ainda que falasse com ela, então, os gêmeos, eram basicamente, tudo para Win. Viver sem eles não fazia sentido.

Light Vachirawit (10h15)

Combinado.

Vejo você à noite.

Seria só Light e Win naquela noite, e ninguém mais. Tudo seria perfeito.

Win tinha a sua própria casa, assim como Light, mas Bright ainda estava com os pais, enquanto não conseguia achar um lugar que fosse a sua cara. Para a sua sorte, o trabalho com Mike fez com que ganhasse dinheiro o suficiente para se aposentar naquela idade, mas como não gostava de ficar parado, estava tentando conseguir um trabalho, ao mesmo tempo em que procurava um lugar para morar, enquanto lidava com Win e Light. Não achava ruim dividir Win com Light. Na verdade, não gostava daquela palavra. Dividir. Era proibida. Eles estavam em um relacionamento, e só.

Não era a coisa mais peculiar que Bright estava fazendo, mas era constrangedor quando estavam os três ao mesmo tempo no mesmo ambiente. Não havia toques íntimos ou conversas melosas. Eles eram como três amigos saindo para se divertir. Win achava que aquilo precisava mudar. Era o mais maduro da relação e Bright e Light eram os seus namorados, e precisavam agir como tal. Ainda não sabia como conversaria sobre aquilo com os gêmeos. Talvez uma noite quando saíssem para jantar, como faziam na maioria das vezes, já que Light sempre se recusava em encontrar os dois sozinhos em um lugar fechado. Ele parecia ter medo de ficar sozinho com o irmão e Win, e Win achava engraçado. Light já era um homem, mas continuava a mesma pessoa fofa de sempre quando ficava envergonhado com alguma coisa.

Depois de falar com o pai, afirmando que não cuidaria da empresa por não se sentir confortável, Bright saiu de casa sentindo o peito mais leve. O pai não ficou contente, mas deixou que o filho fizesse o que achasse melhor. Ele já havia atingido a maioridade e poderia tomar as próprias decisões. Enfim do lado de fora, em cima da moto, Bright estava indeciso se passava no restaurante de Win ou não. Estava morrendo de saudades dele, mas se sentia inseguro quando parava para pensar em Light e nos ciúmes que ele sentia. Queria perguntar a Win se ele percebia aquele tipo de coisa.

Determinado, Bright deu partida na moto e foi ao encontro de Win. Se havia concordado com aquela ideia, precisava lidar com as consequências.

Win era mesmo um louco por ter oferecido aquela sugestão. Até aquele momento, Bright achava que poliamor existia em filmes ou séries. Mas não. Era real. Ele só precisava saber se era uma coisa boa ou ruim.

A sensação que Win sentia quando olhava para os gêmeos era indescritível. Ele só amava muito Bright e Light e não sabia muito bem explicar o porquê ou como aconteceu. Talvez fosse culpa da diferença de personalidade, ou porque eles eram carinhosos consigo o tempo todo, ou só porque era bonitos demais e as melhores pessoas do seu mundo.

Quando Win percebeu que era Bright quem entrava no seu restaurante, agradeceu primeiramente por saber diferenciar os dois. Bright andava, na maioria das vezes, com jeans e moletons, ou blusas normais, ou jaquetas, e a mão estava vez ou outra enfiada no bolso. Ele parecia ter uma carranca no rosto, como se estivesse incomodado com alguma coisa a maior parte do tempo. Os cabelos eram mais curtos que o de Light e ele ainda parecia mais jovem. Por outro lado, Light gostava de ternos e roupas sociais, e os cabelos eram maiores. Havia também os óculos e a serenidade no rosto. Ao contrário de Bright, ele tinha uma postura elegante. Win nunca poderia dizer quem era o seu preferido, porque amava os gêmeos Vachirawit igualmente. Light foi o seu primeiro amor, o seu primeiro namorado, mas Bright conseguia ser importante da mesma forma.

— O que tá fazendo aqui? — Win perguntou, com um sorriso enorme, quando Bright parou na frente do caixa.

Ainda parecia surreal ter Bright por perto.

— Vim ver você. Muito ocupado?

— Não muito. Como vai o seu dia?

— Ah, você sabe. — Ele fez careta, apoiado no balcão, próximo a Win, que se não estivesse em local de trabalho, teria se inclinado para beijá-lo. — O mesmo de sempre. Light me mostrou a empresa.

— E você já decidiu se vai trabalhar com o seu irmão?

— Você me conhece. Aquele lugar não é pra mim.

— Mais ou menos. Digo, sobre conhecer você. Não esqueça que passou seis anos fora.

— Você vai lembrar disso pra sempre?

— Vou.

— Certo. — Ele olhou ao redor. O restaurante estava cheio, e ele sentiu dó de Win por um momento. Sabia como o namorado vivia cheio de trabalho. — Tá tão cheio. Não tem ninguém pra te ajudar?

— Hm... não. Quer ser o meu ajudante? — Ele sorriu, meio maldoso.

Win sentia saudades de Bright. Eles se viam tão pouco. Por causa do trabalho e por causa de Light. Win sabia que toda aquela coisa de relacionamento a três era novo e queria ir com calma com Bright, para não gerar nenhuma outra confusão.

— E deixar o Light com ciúmes de nós dois? Não, valeu.

— Você também percebe?

— Tá me perguntando se eu percebo o desconforto do meu irmão? — O olhou novamente. — Win... tá escrito na testa dele. Sinceramente, não sei de onde você tirou essa ideia de nós três ficarmos juntos.

— O que você queria que eu fizesse?

— Que ficasse com o meu irmão e me deixasse em paz.

— Não fala merda. — Se irritou. — Quer dizer, o Light só precisa de um tempo pra se acostumar. Você quer cair fora? Caia fora.

— Não disse que eu queria cair fora, só... me incomoda ver o Light daquele jeito. Ele ama você, Win, e eu sinto que eu tô atrapalhando.

— Se continuar pensando bobagem, vai começar a atrapalhar. Olha só, — Win pegou na mão de Bright, e beijou a pele de leve. Se aproximou dele mais um pouquinho, mas aquilo não matou a saudade. — vou me encontrar com ele hoje, e vou conversar com ele sobre isso. Vai chegar uma hora que vamos ter que conviver. Nós três.

— Você não quer saber a minha opinião? — Bright sussurrou, chegando mais perto. Ele roçou de leve o nariz com o do namorado, e disse: — Eu quero que isso dê certo, porque gostei do que aconteceu na empresa. Eu, você e ele. Mas, se isso continuar afetando o meu irmão, eu vou me afastar. Sabe como ele é importante pra mim.

— E você sabe como você é importante pra mim, Bright. Vou dar um jeito de dar certo, tá bom?

— Tudo bem. — Se afastou, suspirando. — Preciso ir, e não quero te atrapalhar.

— Venha mais vezes.

— Eu venho.

Eles se despediram com sorrisos e Win se viu pensativo quando ficou sozinho. Precisava dar um jeito em Light antes que Bright fugisse de novo.

Win chegou em casa no horário de sempre, e quando tomou banho e jantou, Light apareceu para ficar com ele. No sofá, Win resmungava sobre como estava cansado, e Light, com um sorriso apaixonado, não se importou de fazer massagem nos pés dele. Colocando força nos dedos, Win ficou todo molinho, mais descansado, e resolveu tocar no assunto proibido com Light, antes que ele ficasse com sono e fosse para o próprio apartamento.

— Ei. — Chamou Win.

Com a TV ligada, com um filme de ação passando, e Light assistindo, Win aproveitou para apreciá-lo. Apesar da beleza, o amava pelo que ele era. Pela gentileza, pelo amor e atenção que oferecia, pela responsabilidade, e por tantas outras coisas que Win poderia facilmente listá-las por toda a madrugada.

Light ficava um charme de óculos, e gostava do jeito nerd que ele tinha. Win era tão apaixonado que podia sentir como se o coração fosse explodir.

— Sim? — Light perguntou, a atenção focada nele agora.

— Você é lindo.

Lentamente, Light abriu um sorriso, e se inclinou para beijar Win. Eles selaram os lábios várias e várias vezes, até que Win o puxou pelo colarinho e aprofundou o beijo. Light se afastou para repreendê-lo.

— Você tá cansado.

— Sei disso, mas quero você.

— Eu não sei se tenho pique pra fazer o que você quer. Trabalhei o dia todo.

Win deu um último beijo nele e se deitou novamente no sofá. Light continuou a massagem nos pés macios, até que ouviu o que não queria.

— Sabe, vou chamar o Bright pra me satisfazer. Não vou ver diferença mesmo.

Não foi a intenção de Win magoar Light. Era para ser uma piada. Ele falou rindo, até, mas Light era um cara sensível e inseguro.

Quando Light se levantou, já pegando o paletó e a bolsa, Win percebeu que tinha dito uma merda das grandes.

— Ei, foi uma brincadeira. — Se levantou também, desesperado. O medo que sentia de perder Light parecia ser pior que qualquer coisa. — Amor, foi uma piada.

Na porta, Light se virou para Win, e os olhos cheios de mágoa deixaram Win com medo.

— Isso acaba aqui e agora. Seja feliz com o meu irmão.

A porta bateu com força depois, e Win soube que aquele assunto precisava de cautela. Entendia Light. Não era normal ter dois namorados, principalmente se um deles for o seu irmão gêmeo. Entendia ele demais, e ficou estático na porta quando percebeu que ele havia acabado com tudo, do nada, de repente, quando planejou que a noite fosse perfeita.

De madrugada, Win não conseguiu dormir, e decidiu ligar para Bright. Sabia que ele dormia depois de uma hora da manhã porque era viciado em séries, então não se surpreendeu quando a ligação foi atendida com rapidez.

— Por que você não tá dormindo e descansando?

— Preciso falar com você. Tô me sentindo péssimo.

— O que aconteceu? — Quando Win contou como foi o encontro, Bright respondeu: — Puta merda, hein?

— Eu sei. Foi muito errado. Ele sempre foi sensível, mas depois que... deixa pra lá.

— Depois que eu voltei, ele se tornou mais sensível e mais inseguro, certo?

— Exato.

— Win... acho que... sou eu quem devo conversar com ele.

— Dê um tempo pra ele. Nunca vou esquecer o que ele disse hoje. Ele estava muito magoado.

— Vou resolver isso. E você, trate de dormir ao invés de pensar em sacanagem.

— Eu tô na seca. Não me contaram que ter dois namorados era difícil. Era pra ser maravilhoso, não?

— Você vive em um conto de fadas ou o que, Win?

Suspirando, ainda preocupado, Win desejou boa noite para ele, mas só conseguiu dormir quando já estava amanhecendo.

Bright não perdeu tempo. Na sexta de manhã, apareceu na empresa antes que Light aparecesse. Quando o gêmeo entrou em sua sala, que viu Bright sentado em sua cadeira, imediatamente soube que o dia não seria bom.

— Já sei por que você tá aqui e não, eu não quero falar sobre isso.

— Não quero saber se você tá a fim ou não de conversar sobre esse assunto. Eu vou falar e você vai me escutar.

— Qual é o seu problema, Bright? Eu tô deixando o Win livre pra você. Aproveita.

— Light, ele ama você. Caralho, é tão difícil de entender? É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Antes, eu não entendia, mas agora, eu sei. Ele me ligou duas horas da manhã porque não conseguia dormir. Sei que ele pegou pesado na piada, mas... sabe, ele é assim, e você o ama do jeito que ele é, não?

Sentado na beira da janela, como gostava de ficar, Light olhou o gêmeo de longe. Ele estava certo, mas ser sensível e inseguro atrapalhava as suas relações.

— Você precisa dar uma chance. — Bright continuou. — Precisamos conviver pra fazer isso dar certo. Eu preciso beijar o Win na sua frente e você precisa beijá-lo na minha frente pra colocar na nossa cabeça que tem como esse relacionamento ir pra frente.

— Você é maluco.

— Mais uma chance, Light. Não é uma coisa do outro mundo.

Light o encarou por segundos que pareceram horas. Bright estava tão desesperado quanto Win, porque não queria perder nenhum dos dois, e se Light caísse fora daquela relação, com certeza as coisas ficariam estranhas. De novo. Bright não deixaria que nada ruim acontecesse. Não mais.

— Vou pensar. — Antes que Bright abrisse um sorriso, Light levantou o indicador, alertando. — Mais uma chance, Bright, e se não der certo, eu não vou insistir.

— Feito.

Saindo da empresa, direto para uma entrevista de emprego, Bright separou um tempo para ligar para Win e contar sobre a conversa com o gêmeo. Foi como se um peso tivesse sido tirado dos ombros de Win.

— Eu tenho a ideia perfeita. — Disse ele. — Você e o Light, passem lá em casa amanhã. Uma amiga vai viajar e vai deixar o cachorro dela comigo, e eu vou precisar dar banho, e ele é enorme. Vou precisar de ajuda. — O ar era risonho, mas ele estava falando sério, e queria um clima agradável.

— Pode deixar. Indo pro trabalho?

— Eu tenho escolha?

— Bom, pelo menos você tem um trabalho. Tenho uma entrevista agora.

— Boa sorte. Me liga depois.

— Ligo. Até amanhã?

— Até. Vou cruzar os dedos.

Na sala da empresa, no alto, Light ainda estava na janela. Estava se sentindo péssimo, e perdido. Não sabia exatamente qual seria a melhor escolha. Terminar tudo com Win e sofrer ao ver ele com o irmão, ou continuar naquele relacionamento e sentir ciúmes e desconforto dividindo Win com o gêmeo?

Olhando a rua lá embaixo, Light observou as pessoas. Um homem parecido com Win atravessou a rua. Light riu sozinho. Tudo seria mais fácil se existisse outro Win.

Pronto para trabalhar, Light se sentou em sua mesa. Viu que recebeu uma mensagem.

Win Metawin (08h20)

O nosso namoro não acaba até eu dizer que acabou.

Light Vachirawit (08h25)

Não seja criança.

Win Metawin (08h27)

Desculpa. Falei aquilo sem pensar.

Light Vachirawit (08h30)

Já passou.

Win Metawin (08h32)

Ainda tenho você só pra mim?

Light Vachirawit (08h35)

Talvez.

Win Metawin (08h37)

Ótimo.

Vem aqui em casa amanhã. Você e o Bright, na verdade. Preciso de ajuda.

Light Vachirawit (08h40)

Que tipo de ajuda?

Win Metawin (08h42)

Pensou besteira?

Eu só quero dar banho em um cachorro.

Mas... quem sabe eu finalmente tenha os meus dois homens ao meu lado?

Light Vachirawit (09h00)

Tchau, Win.

O dia foi cansativo para todos os três. O lado bom era que amanhã seria um novo dia, e coisas boas poderiam acontecer.

Os gêmeos tinham chegado na casa de Win perto da hora do almoço, no sábado, e o lugar já estava uma bagunça enquanto davam o banho no cachorro. No começo, o clima ficou tenso, depois, Win se mostrou alegre demais, o que acabou contagiando Light, que brincou com o cachorro até a hora do banho. Foi só naquele momento que tudo se tornou feliz e normal, pela primeira vez na vida dos três.

— Toma. — Disse Light, entregando uma esponja para Win. Talvez estivesse tentando fazer as pazes.

Sorrindo, surpreso, Win a pegou, mas puxou a mão de Light para que esfregassem o cachorro juntos. Do outro lado, Bright sorriu discreto com a cena.

— Ele é um bom cachorro. — Sussurrou, a boca perto da bochecha de Win. Ainda era novo flertar com ele perto de Bright, mas o irmão parecia gostar do que via, então continuou, ainda falando em tom baixo. — Desculpa por ontem.

— Eu que preciso me desculpar. Não foi legal ter dito aquilo.

— Bom, eu preciso ter mais confiança.

— Eu também acho. — Concordou Bright, se intrometendo.

Os três riram, e Bright se levantou para pegar a mangueira e terminar o banho. Quando estava perto dos dois de novo, molhou todos que estavam ali, descontraindo ainda mais o encontro.

— Bright! — Win gritou. — Isso aqui vai ficar uma bagunça.

— Não importa! — Ele gritou mais alto. — Eu e Light arrumamos tudo depois.

— O quê? — Light questionou, abismado, tirando os óculos do rosto. — Eu não tô enxergando nada e você quer que eu limpe tudo?

Quando a água parou, Win olhou Light, ainda de perto, e ver ele sem óculos foi como ver Bright. O rosto virou e ele olhou Bright, enxugando o cabelo. Sorriu. Amar duas pessoas exatamente iguais estava sendo a sua maior aventura.

— Você é um idiota. — Win xingou. — Estamos todos ensopados.

— Foi divertido. — Light confessou, sorrindo de leve.

Vê-lo feliz deixou Bright e Win satisfeitos.

Quando todos se levantaram para arrumar tudo, Win ficou no meio dos gêmeos. Light em sua frente e Bright atrás.

— Bright. — Chamou, sem quebrar o contato visual com Light.

— Hm?

— Eu vou beijar o seu irmão agora.

— Win. — Light alertou, receoso. Quando deu um passo para trás, Win o puxou pela cintura. Ficou colado com ele, e Win imediatamente sentiu Bright abraçá-lo por trás.

Ele não teve tempo de reclamar ou fugir. Win o beijou como na noite passada, com paixão e desejo. Enquanto isso, Bright se juntou mais ao corpo de Win, e as mãos passaram pela sua barriga, até os dedos pararem no botão dos jeans. Ele abriu e desceu a calça molhada, deixando Win com a blusa ensopada e de boxer. A boca foi direto para o pescoço, os dentes mordiscando a pele de leve, mas as mãos continuaram paradas na cintura. Quando Light se afastou, sem ar pelo beijo intenso, ver Bright beijando Win o deixou animado. Mas o receio ainda estava lá, então ele se afastou definitivamente.

— Podemos tomar um banho. Juntos. Os três. — Win deu a ideia.

Light piscou algumas vezes até perceber que ainda não estava pronto.

— É só um banho. — Disse Bright, o queixo apoiado no ombro do namorado.

Light sabia que não era só um banho, e não saberia como fazer aquilo a três.

— Outro dia.

— Sem problemas. — Win o apoiou, querendo ir com calma.

Tinham avançado e aquilo já era um grande passo.

O outro dia chegou, mas decidiram ver um filme. A cama era de casal, não tão grande, mas espaçosa o suficiente para caber os gêmeos e Win. Estava um dia chuvoso e estavam todos muito confortáveis com meias nos pés e embaixo do cobertor. Win sempre ficava no meio deles. O filme era meloso o bastante para fazer Bright e Light se emocionarem. Win riu deles.

— Molengas.

— Porra, olha o final desse filme, Win. — Bright reclamou. — Quem escolheu essa merda?

— Por que as pessoas fazem filmes de romance se um deles vai morrer no final? — Light perguntou, fungando. — Eu não aceito.

— Bom, eu achava que seria uma comédia romântica. Mas também não sabia que vocês se emocionavam fácil, principalmente você, Bright.

— Calado.

Nos créditos, Light desligou a TV. Estavam na casa de Win, mas todos tinham direito ali. Bright e o namorado olharam para ele.

— Posso... ficar entre vocês?

Houve um silêncio a seguir. Light parecia muito desprotegido ali, e o olhar dele parecia como o de um bebê prestes a chorar. Bright soube que ele estava guardando muita coisa, e Win não demorou para trocar de lugar com ele. Quando cada um estava em seu lugar, Light foi abraçado, e ele formou um bico antes de começar a falar.

— Sei que eu tô sendo idiota nos últimos meses.

— Não, Light... — Win foi rápido em dizer, mas Light o interrompeu.

Ele tentou não dormir com o conforto do corpo de Win junto ao seu, ou com o cafuné que o irmão fazia em seu cabelo, carinhoso apesar de ser como ele era.

— Preciso desabafar, embora vocês já saibam o que passa pela minha cabeça.

— A gente sabe o que tá rolando. — Disse Bright. — Você é meio surtado e não consegue ser discreto. Com todo o respeito.

— Não escuta ele, amor. — Continuou Win, o abraçando mais forte, não tirando os olhos do namorado. — Tudo no seu tempo, tá bom? Você tá confortável agora?

Light assentiu com a cabeça. Bright sorriu. Ele era o seu irmão gêmeo, mas às vezes, sentia como se ele fosse o seu irmão mais novo.

— Vamos dormir. — Disse Win, baixinho e sonolento.

Bright observou o irmão por mais um tempo, feliz por estar ao lado dele de novo. Nunca mais sairia do lado dele.

Light ganhou beijo nas duas bochechas. A luz foi apagada e eles continuaram abraçados até caírem no sono. Light no meio, Bright na esquerda, Win na direita. Os braços de Bright tocaram Win, e ele o tocou de volta, mas Light não perdeu o conforto dos dois corpos ao seu lado. Gostou daquele momento. Sentiu como se aqueles dois fossem o seu lar.

— O que vocês sabem fazer além de beijar?

A relação com Light e Bright havia melhorado. Eles passavam mais tempo juntos, como namorados, agora. Light estava se acostumando aos poucos. No fim, Bright estava certo. Eles precisavam conviver para saber se aquilo daria certo. E estava dando. Não havia mais desconforto ou ciúmes. Ainda era novo, mas não estranho. Light tentava deixar a timidez de lado e beijava Win vez ou outra quando Bright estava por perto, sem perceber que estavam todos juntos. Bright gostou do amadurecimento do irmão, porque sentia medo. Medo de precisar ir embora de novo. Faria de tudo para que o irmão fosse feliz, e aquilo incluía deixar Win somente para ele.

— Como? — Perguntou Light, confuso. Se o momento não estivesse carregado de tensão sexual, Win o acharia fofo com os óculos escorregando.

Não era uma novidade que Win era o mais maduro da relação, e o mais direto, principalmente.

No apartamento de Light, o mais espaçoso e confortável, o sofá da sala de estar era preenchido pelos três. Estavam fazendo o programa de sempre. Filme, vinho e conversas. Era bom quando estavam juntos. Eles sentiam como se tudo estivesse completo. A parte ruim era uma só. Eles trocavam alguns beijos e nada mais. Win sempre no meio, Light na frente, Bright atrás. Bright não se importava, porque sabia separar o seu tempo para ficar sozinho com Win, e podia beijar a boca dele sem se preocupar com mais nada. Win queria mais, no entanto. Com os gêmeos. Não fazia ideia de como se comportar, mas sabia que queria os dois por perto, e fazer com eles mais do que trocar um beijo.

— Aonde você tá querendo chegar? — Bright perguntou, segurando o sorriso. Não era lá o cara mais malicioso do mundo, mas beijar Win junto com o gêmeo mudava alguma coisa dentro de si.

— Eu sei. — Respondeu Light, tentado a tomar uma atitude.

A mão dele pousou em uma das coxas de Win. Ela arrastou para cima, o lábio inferior sendo mordido de leve. Win quase delirou com a cena, sentindo-se se arrepiar por inteiro. Ver Light se tornando um safado com a mesma carinha nerd de sempre, bagunçava a sua sanidade.

O pau já estava sendo massageado quando Light se inclinou para beijá-lo embaixo da orelha. Por outro lado, Bright se aproveitou para beijar a boca de Win, devagar, segurando em seu queixo. O barulho que o beijo fazia começou a deixar Light em alerta. Ficar duro perto do gêmeo e do namorado era novo, mas começou a se interessar por aquela nova experiência. Estava tudo bem até agora. Estava tudo bem principalmente para Win, sendo amado e recebendo carinho em dobro.

De olhos fechados, Win sentiu Light se mexer ao seu lado. Ainda estava envolvido com o beijo de Bright, mas pôde sentir Light se ajoelhando em sua frente, com as mãos em seus joelhos. Ele tirou a calça de moletom que Win usava com facilidade e não deixou de sorrir quando percebeu que não tinha nada por baixo.

— Safado.

Win sorriu em meio ao beijo com Bright, que se afastou para roçar o nariz dos dois, um ato muito carinhoso comparado ao que acontecia no momento.

— Eu te amo. — Bright sussurrou.

Win sorriu. Ele não precisou dizer que também o amava.

O que aconteceu a seguir, para Win, ele não poderia colocar em palavras caso alguém perguntasse o que aconteceu naquela noite. As mãos de Bright entraram em sua roupa em algum momento e os dedos brincaram com os mamilos. Win se contorceu com o carinho e com a boca do namorado ainda em sua boca, ou em seu pescoço. A melhor parte era quando ele passava dos limites e os dentes mordiam com uma certa força a pele, fazendo Win gemer manhoso. Light ainda o chupava, engolindo tudo o que podia. Não era o ativo na relação com Win, mas agradá-lo foi a primeira coisa que pensou em fazer quando percebeu que estava sendo mesmo muito idiota nos últimos tempos. Se Win e Bright diziam que estava tudo bem namorar a três, então ele deixaria rolar.

A mão de Win encontrou a cabeça de Light e ele puxou os cabelos dele, descontando o prazer ali. A língua dele brincava com a cabecinha e Win poderia jurar que estava no paraíso. De repente, achou que valeu a pena ficar seis anos sem Bright por perto, porque agora, se nada daquilo tivesse acontecido, ele não teria os gêmeos em sua vida.

Ainda gemendo manhoso, beijando Bright, Win se separou só para que pudesse respirar melhor antes que desmaiasse com tantas sensações ao mesmo tempo. Bright alisou a sua bochecha enquanto os dedos ainda se mexiam no seu corpo, mas foi Light quem terminou de dar prazer a ele. Depois, Light voltou ao seu lugar e Bright se encostou no sofá. Estavam exaustos demais, mas Win ainda tinha fôlego. Ele vestiu a roupa novamente e foi a sua vez de se ajoelhar. As mãos foram ágeis o suficiente para dar conta dos gêmeos ao mesmo tempo, não se importando se a mandíbula doeria no dia seguinte, ou se a boca estaria inchada. Retribuía com amor o que Light e Bright faziam por si, e agora retribuiria com a melhor coisa que eles descobriram podendo fazer juntos.

Finalmente, Bright conseguiu achar um lugar do seu agrado para morar. Com o dinheiro guardado e os pais o ajudando no que podia, vivia bem. O trabalho era simples e não se arrependeu de não ter aceitado o trabalho na empresa, até porque, Light deixou claro que dava conta de tudo sozinho. Bright estava satisfeito trabalhando como barmen em um bar movimentado com música ao vivo. Win e Light gostavam de ir vê-lo trabalhando, porque um Bright concentrado em um trabalho honesto parecia ser uma das melhores visões. Bright havia contado para o namorado e para o irmão sobre o trabalho com Mike. Light o repreendeu com a cabeça e Win puxou a sua orelha. Gostava de tudo muito simples e fingia não ouvir quando os pais pediam para que trabalhasse com Light. Quando aquilo acontecia, Light o defendia. Eles ainda eram os irmãos gêmeos e inseparáveis de sempre.

Light continuava sozinho no seu apartamento, e tudo bem sentir falta de Win o tempo todo, porque quando se encontravam, matavam a saudade conversando e trocando carinho por muito tempo. A insegurança havia diminuído drasticamente, ainda que ele continuasse sensível. A parte boa era que Win cuidava dele muito bem. Com Bright não tinha problemas porque encontrava o irmão na casa dos pais quase todos os dias, e ele nunca se sentiu tão bem em ter a família unida de novo.

Win vivia muito ocupado com o restaurante, mas sabia separar o seu tempo para os gêmeos. Alguns dias se encontrava com Bright, outros dias se encontrava com Light, e às vezes os três resolviam passar um tempo juntos, porque não existia nada melhor do que a pareceria que eles tinham.

Bright Vachirawit (14h00)

Vou ter uma folga hoje.

Win Metawin (14h05)

Sortudo.

Light Vachirawit (14h05)

Não consegue sair mais cedo, Win?

Win Metawin (14h07)

Não.

Tá uma bagunça aqui.

O meu nível de estresse já ultrapassou o limite.

Bright Vachirawit (14h10)

A gente cuida de você.

Light Vachirawit (14h12)

Você esquece o estresse rapidinho.

Win Metawin (14h15)

O que é isso? Um complô pra fazer eu perder o meu restaurante?

Bright Vachirawit (14h17)

Chato!

Light Vachirawit (14h17)

Chato!

Win Metawin (14h20)

E vocês amam esse chato aqui.

Tenho que ir.

Depois marcamos alguma coisa.

Eu ainda quero tentar algo novo.

Bright Vachirawit (14h22)

Hã?

Light Vachirawit (14h22)

😳

Win Metawin (14h30)

Vocês são inocentes demais pra isso.

Voltando ao trabalho.

Beijo nos dois.

Bright Vachirawit (14h35)

Light, você entendeu?

Light Vachirawit (14h37)

Entendi que eu tenho medo do Win.

Win Metawin (14h42)

Fofos.

Amo vocês.

Light Vachirawit (15h00)

❤️

Bright Vachirawit (15h00)

❤️

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