4-Meu Interesse.
Atenção! Haverá mudança de narração do ponto de vista dos personagens.
Nick. Pov
Austin não foi naquele dia para a escola, droga, ia ser pior... pois, minha mãe decidiu convidar eles para irem a nossa casa (não que isso seja ruim é que...). Eu ia ter que ir à casa dele devolver esse livro, ai droga! Dois encontros nada bons para ambos. Obrigada universo por me meter em cilada.
Wendy se encontrava eufórica para saber o nome do garoto que estava com Austin e o que ele era dele, eu daria uma mãozinha à ela. Afinal que amiga eu seria se não ajudasse na paquera?
Minutos mais tarde.
Puxei ela pelo braço e fomos correndo pelo corredor até que eu avistei o próprio, parando bruscamente e quase tropeçando em cima do ruivo distraído de postura rígida.
- Espera aí que eu já volto - Elevei o tom da voz me precipitando.
Ela me segurou pelo braço como se eu fosse sua filha prestes a fazer bobagem, cheguei a cambalear para trás por conta do puxão.
- Não vai me fazer passar vergonha hein Nick! - Repreendeu a garota de cabelo curto.
- Ele não vai fugir miga, eu já sei, relaxa - Garanti a morena.
Wendy me soltou ainda com desconfiança.
- Oi, você pode me falar que horas são?
Ele sorriu simpático e olhou no celular.
- São nove e trinta e nove, você é? -Eu estendi a mão e ele também, apertei com empolgação demais até.
- Sou a Nicole, mas pode me chamar de Nick!
- Me chamo Ursel, sou irmão do garoto da sua sala -Eu sorri bem largo e disse obrigada antes de sair dali. Que cara de pau a minha.
- Vamos para lanchonete - Repliquei.
- E aí o que ele falou? -Sacudiu o meu braço até cansar... fiquei dolorida e zonza até. Ansiosa.
- É irmão do Austin, se chama Ursel.
Wendy começou a rir sozinha tentando não olhar o ruivo de pose séria do outro lado do corredor... fascinada. Como se ele fosse uma pintura surreal.
- Eu pego ele e você o Austin, COMBINADO? -Fiz sinal para Wendy falar baixo e não nos delatar.
- Está ficando DOIDA? Austin e eu é...
Me interrompeu eufórica:
- O casal que eu shippo desde que ele chegou aqui! -murmurou fazendo graça quase me engolido com os olhos. Tive vontade de lhe dar um soco.
Perto dele me sentia imatura, desesperada para qual incerto. Menor do que sua capacidade de analisar as coisas e afins.
Fomos pra lanchonete comemos nosso lanche e os dois shippados, não paravam de se olhar que eu percebi.
Horas depois.
Sasha. Pov
Tinha tantas roupas no meu armário e eu não conseguia escolher nenhuma! Revirei, revirei novamente e nada. Já estava quase na hora e ainda nem sequer tinha feito a make, ah que droga! Ainda tinha que fazer chapinha e pintar as unhas e fazer maquiagem... vaidade necessária.
Finalmente parece que aquela roupa me chamou. Minha salvação, ufa! Uma camiseta listrada e shorts jeans azul-claro curto, tênis adidas branco e preto e bolsa da Nike branco com detalhes pretos. Esse foi look escolhido e a make leve porquê estava de dia, nada exagerado e incorrente. Passei uma sombra rosa-clara e esfumei o canto da pálpebra com preto.
Peguei meu celular e fui de táxi, cheguei lá e as garotas do time de líderes também estavam, já com uniforme e tudo mais.
- Vem, já vai começar o jogo!
-Adam pegou em minha mão e saímos correndo em direção ao gramado natural com luzes iluminando-o, conforme corria os fios castanhos com mechas douradas intercalando balançavam ao vento dançando sem música - senti um frio na barriga percorrer todo meu corpo.
- A propósito, está muito linda - Analisou toda extensão do meu corpo sendo sincero.
Eu sorri porque não sabia o que fazer depois desse elogio, meu Deus! Comecei a tremer e acho que ele percebeu. Busquei fôlego e neutralização.
- Está tudo bem? Você parece meio nervosa -Soltamos as mãos, porque chegamos no ginásio.
- É só ansiedade, está tudo bem. -Embasbaquei nas palavras com um peso maior que o comum,
Adam assentiu e eu me sentei na arquibancada e fiquei vendo as líderes de torcida se "aquecerem", os garotos ficaram todos olhando, aí que ódio daquelas vacas exibicionistas cheias de hormônios a flor da pele. Elas ficaram se aquecendo e para mim aquilo era só desculpa para se mostrarem.
Talvez meu sentimento de posse fosse bem grande. Apesar de ainda estarmos dando os primeiros passos, sempre tive uma queda por ele... quando conheci Nicole me derreti por Adam à primeira vista.
- Treinador, são quantas horas de aquecimento? -Tentei manter o tom instável.
O homem bigodudo me encarou e riu um pouco achando graça do meu incômodo notável.
- Já chega meninas, vamos lá! Adam, ataca!
O garoto parou de se alongar e o jogo começou, e ele fez uma cesta logo de início, as outras cestas foram quase todas dele - talentoso demais; foram um total de 11 cesta, 9 somente feitas por ele. Jogo acabado, Adam ganhou os parabéns do professor Perez junto com o time, fiquei esperando que viesse até mim sentada e confortável
- Segura para mim, por favor -Me deu seu celular rapidamente e tirou a camiseta, confesso que estava esperando isso. A visão me fez mosdiscar o lábio inferior... sua pele dourada sendo banhada pelos raios noturnos belíssimos.
...
- Valeu, eu estou com fome quer comer alguma coisa?
Eu não pude evitar sorrir novamente quando ele seqproximou distraído, sendo bem discreta.
- Claro, você que decide!
Saímos para comer algo na rua com o clima fresco e não tão vazia... aquele calafrio bizarro sumiu, Adam fazia com que eu sentisse calor, não físico... emocional. Coisa que faltava em meu lar.
Austin. Pov
Não fui pra escola porque não quis, estou fazendo uma limpeza no meu quarto, já que não tenho nada para fazer.
- O Ursel te perguntou se você viu os Cd's dele -Safira apareceu na porta perguntando.
- Se ele não sabe, imagine eu -Ela revirou os olhos e saiu. Estou sentindo falta de algo no meu quarto, não sei o que é, vou checar tudo para saber melhor. Sou bem preceptor em relação às minhas coisas.
Nicole. Pov
A Wendy estava em casa comigo, estou procurando o livro do Austin para ir lá devolver.
- Filha? -Dona Olívia entrou no quarto e sentou ao lado da Wendy.
- Está procurando o livro do seu colega, o novo vizinho né... Austin Folha.
"Follen, Austin Follen", corrigi na minha mente. Confirmei com a cabeça.
- Eu estava fazendo faxina, enquanto você estava na escola e guardei aqui.
-Levantou e mostrou a gaveta da cômoda rosa com as unhas curtas pintadas de vinho, uma de suas cores favoritas
- A senhora ia dizer alguma coisa Dona Olívia? -Ela pensou um pouco buscando lembrar, o indicador na ponta do queixo, mania dela.
- Ah, sim Wendy! -Lembrou a mulher dos cabelos escuros com fios castanho-claro e de lábios carnudos sorridente. Minha mãe era minha versão mais velha.
- Nicole já que você vai devolver o livro para ele, convide-os para jantarem com a gente hoje Wendy -Eu fiz que sim com a cabeça e ela saiu fechando a porta. Estremeci sentindo a garganta doer por tal ideia inacreditável.
- Amiga, e agora? -Murmurou me ajudando a arrumar a bagunça.
- E agora, eu vou lá! Mãe, você não sabe como me ajudou.
Nós rimos baixinho e eu pedi para ela me esperar no meu quarto, porquê eu já voltava. Não iria estender muito a passagem pela casa... não podia ser missão tão difícil. Sem drama Nicole.
E nem covardia, não é um drago de sete cabeças.
Quando cheguei na frente da casa do loiro, não pude deixar de notar que ela era fechada e bem escura, respirei fundo e arrastei as bigornas que eram meus pés - bati na porta com o coração batendo mais rápido. Escuridão noturna uivando sobre a rua deserta.
- Olá, posso ajudar? -Um homem muito branco e de cabelos pretos, olhos castanhos escuros, me atendeu gentilmente
- É que e-eu tenho que de-e devolver o livro do-do..
"Droga Nicole, está parecendo uma gaga!"
Ele me olhou e sorriu desejando que eu ficassem menos tensa ao que aparentava. Receptivo.
- Prazer, Magnus, pode entrar se quiser, fique à vontade, ele já vai descer0 -Aqueles olhos de corvo me encaravam receptivos, ele abriu passagem. Eu sorri tímida e entrei, a casa era super escura, só tinha uma lâmpada na sala, os móveis eram de madeira e muitos bonitos, no raque da televisão havia cd's (talvez dos filhos dele) da Lana del rey e outros clássicos vibe mais melancólico e gótica... Porém, eu não estava nenhum pouco à vontade. O corpo enrijecido por medo de fazer alguma coisa errada, por mais que fosse corajosa de estar ali. Trinquei os dentes tensa.
- Queira se sentar, por favor - Apontou o sofá educadamente e eu me sentei. Magnus sem dúvidas não era como o filho.
- Filho -Chamou na ponta de uma escada e eu fiquei esperando, enquanto ele se dirigiu para outro cômodo da casa
me deixando sozinha em meio ao silêncio bizarro.
- Ai Nicole que vergonha! - Articulei baixinho para mim mesma e tomei um susto quando Austin surgiu do nada e se sentou ao meu lado no sofá, extremamente belo, a postura ereta e rígida demais para um adolescente.
- Seu livro ficou comigo, me desculpa eu...
Austin pegou o livro de minhas mãos e me interrompeu:
- Não tem problema, eu acabei esquecendo, obrigado - Levantou e foi se dirigindo de volta ao quarto, subindo as escadas de madeira marrom, tão antissocial e frio. Eu me senti uma pessoa desagradável e chata depois de tal reação vinda do loiro de suéter azul-escuro.
- Desculpe, ele está um pouco ocupado, mas nada com você, eu te acompanho até a porta - O viúvo saiu das sombras, constrangido e buscando justificativa para encobrir o filho. Eu sorri constrangida e fui andando feito um robô até que lembrei do que faltava dizer a mando da minha mãe.
Eu sorri constrangida e fui andando feito um robô até que lembrei do que faltava dizer.
- Senhor Magnus, minha mãe quer que você e sua família, jantem com a gente hoje - Magnus esboçou sorriso simpático e caloroso novamente.
- Será um prazer, iremos sim!- respondeu a voz serena e intensa.
- Obrigado pela gentileza -Movi os pés para fora, sai apertando a mão dele (por sinal muito gelada) o por quê já não sei, parecia uma pedra de gelo seco. Definitivamente eu teria que descobrir mais coisas sobre eles nos próximos dias que viveria pela frente.
Obrigada pelo banner kaylaneguedes
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