Capitulo sete
Sindy
Eu não sei se foi uma boa ideia recomeçar com Max, mas preciso admitir que eu senti tanta falta dele. Senti falta até do Ego dele, que é como o tamanho do oceano.
Eu senti muita falta disso, das cantadas nos momentos mais inesperados, mas ainda tenho medo das coisas darem errado e eu sair ferida novamente.
—Tá pensando em mim, gata? — indaga trazendo um sorvete pra mim e pra ele.
Mas antes de me entregar o meu, ele lambe o meu e o dele, me fazendo revirar os olhos e fingir uma careta de nojo.
—Você não sente nojo quando eu... — o interrompo sabendo o que ele iria dizer.
— Cala a boca Max, tem criança aqui.
Falo olhando para algumas mesas próximas a nós, onde tinham crianças se lambuzando de sorvete.
—Eu só estava me defendendo.
Ele diz se sentando e continua a falar:
—Mas falando sério, você me parecia meio triste. Você sabe o que acontece quando eu te vejo com carinha triste do meu lado, não é?
Ele diz serio e eu arregalo meus olhos, com medo do que ele ia fazer.
— Nem pense nisso Max, olha como eu estou feliz.
Aponto para minha boca, na qual eu forço o meu melhor sorriso e, ele ri se aproximando.
— Max... cócegas não, Max. Eu tô feliz, só estou preocupada.
Então ele deixa os olhos entreabertos se afastando.
— Com o quê ?
Ele pergunta.
—Nós, sobre eu me magoar.
Ele presta atenção na minhas palavras, mas não diz nada, apenas me olha, depois de quase uns 40 segundos me encarando ele fala:
—Sabe, Sindy, eu não sou perfeito. Talvez eu te magoe de algum jeito, jogando a toalha em cima da cama, esquecendo de te da chocolates quando você estiver naqueles dias, ou às vezes eu ser egoísta em algumas questões, como não dividir minha comida.
Ele diz tão sério que eu até levo as palavras dele a sério.
— Talvez eu seja irritante com alguns dos seus amigos, ou fique horas no videogame, ou seja um pouco irresponsável. Mas juro, que tentarei dar o meu melhor para você.
Quando eu ia abrir a boca para falar, ele estende a mão, fazendo um sinal para eu não falar nada ainda.
— É o melhor pra mim, porque querendo ou não, eu achei em você uma oportunidade de mudar e ser uma pessoa melhor. Então eu também ganho com isso. E eu parei de fumar, pra economizar meus dias nessa terra, né.
Eu estou ajudando o Max com a mudança, Ele estava na casa do Jonh até achar um apartamento e conseguir um emprego.
Ele conseguiu um estágio de administração, mas vai deixar a faculdade de administração de lado e, vai fazer algo que envolva a culinária. Ele está feliz da vida, diz que agora sim ele é um "baita de um homem" , ainda mais quando está com aquele avental que ele roubou da minha gaveta de calcinhas.
— Toda vez que eu passo com essas caixas e olho para esse espelho... — ele diz se referindo a um espelho que fica em uma cômoda na sala. — Eu me apaixono cada vez mais por mim.
Ele diz e eu reviro meus olhos o fazendo rir enquanto deixa a caixa no chão.
— As caixas acabaram. Agora vou tomar aquele banho relaxante, enquanto minha amada faz uma pipoquinha para comermos, enquanto fingimos que vemos o filme até a metade, e no final estaríamos nos pegando.
Ele diz tirando a camisa e jogando em qualquer canto.
— Gostei apenas da parte que você falou pipoca e filme, o resto eu passo.
Eu falo e ele caminha em direção ao banheiro.
— Você nunca resiste ao encanto do seu branquelo, gata. — Ele diz do banheiro e segundos depois escuto a água cair.
Suspiro e olho em volta examinando o lugar extremamente confortável, com as paredes brancas e cinzas, trazendo uma sensação de paz.
Levo um susto quando a campainha toca, e olho para a porta com receio de atender.
Quando toca novamente eu caminho em direção a porta a abrindo. Olho para o homem na minha frente, que me encarou confuso, mas logo o semblante mudou para o puro tédio em me ver.
— Eu quero falar com meu filho.
Ele diz com a voz grossa, me causando um arrepio estranho, de pavor.
— Ele está no banho.
Eu falo e ele quase me atropela quando forçou seu corpo entrar no apartamento.
— Ainda não acredito que ele trocou aquilo tudo por isso aqui. — Ele diz examinando a casa.
Chutando uma caixa pequena para o lado enquanto ele anda e eu continuo parada, em frente à porta, o observando.
Que grande mal educado.
— Gata, olha esse sinal que eu achei na minha Bun... Pai?
Max diz saindo do banheiro com uma toalha em volta da cintura.
— Sindy, vai para o quarto por favor.
Max diz dando um passo para frente, e eu faço o que ele pede, mas antes ele me segura pela mão.
— Não sai de lá, Okay? Tranca a porta. —Ele sussurra beijando minha testa.
Eu o olho preocupada, por que ele tá pedindo isso?
— Só para prevenir, mas vai ficar tudo bem.
Ele diz, me levando até o quarto.
— Por que tudo isso?
Eu pergunto sussurrando.
— Eu já falei, Sindy. Ele não é um cara bom, e você não precisa se preocupar comigo, mas eu preciso me preocupar com você. — diz me dando um beijo leve nos lábios. — Já volto.
Ele diz enquanto coloca uma bermuda que ele achou pelo chão, se vira e sai do quarto rumo a sala. Eu o olho um pouco mais, e logo entro totalmente no quarto, fechando a porta e a olhando, com medo do que poderia acontecer.
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