Max

-Então quer dizer que você vai ficar com ela? Você merece coisa melhor filho, te criei para o melhor.

Meu pai fala e eu me seguro para não soca-lo.

-Você tirou o melhor de mim, você tirou a minha mãe de mim e minha vida não é da sua conta.

Tento soar o mais calmo possível, mesmo que minha vontade seja jogá-lo pela janela.

-Porra, você sabe muito bem que ela se matou, a única culpada foi ela -ele começa a falar, mas não consigo mais ouvir as bostas que ele fala.

-Sai da minha casa.

Falo apontando para porta, ele olha pra ela, mas ignora.

-Eu sou seu pai e você... -E infelizmente eu sou seu filho e foda-se, sai da porra da minha casa.

Agora falo levantando mais a voz.

-Depois não venha atrás de mim, seu ingrato.

Ele diz, saindo pelo mesmo lugar que entrou.

- O que ele fez com a sua mãe?

Sindy diz atrás de mim e eu a olho.

-Depois a gente conversa sobre, acho que temos uma pipoca pra fazer e um filme pra ver.

Falo tentando mudar de assunto e ela parece entender, indo em direção à cozinha.

-Você escolhe o filme.

Ela grita da cozinha.

Observo ela deitada no meu peito, prestando atenção no filme, eu só prestava atenção nela.

-Ele batia em mim e na minha mãe, um dia ela não aguentou mais e...enfim, sinto a falta dela todo dia.

Falo a fazendo me olhar de maneira séria.

-Eu sinto muito Max...-ela diz. -Eu também sinto, mas o que foi feito não pode ser desfeito.

Falo com a voz carregada de mágoa.

-Meus pais me abandonaram com meus avós, quando eu tinha cinco anos, mas de qualquer jeito eu não me lembro deles.

Ela diz passando os braços por mim, me apertando contra si em um abraço.

-Eu sinto muito, gata. -falo e ela balança a cabeça negativamente. -Não sinta, porque eu também não sinto.

Ela fala olhando pra mim.

-Seu pai precisa pagar pelo que fez a você e a sua mãe. -ela diz.

-Eu também queria muito que isso acontecesse, mas não tenho provas gata, não tenho nada que o incrimine ele, fora que ele tem dinheiro, se eu não tivesse nada a perder, com certeza eu não pouparia meus esforços para quebrar a cara dele.- falo suspirando sem tirar os olhos dos dela e continuo:

-Agora eu tenho você, tem o Jonh, tem seu avô, agora eu tenho tudo a perder.

Falo e não pude de deixar de rir das bochechas coradas dela.

-Mudando de assunto, eu estava procurando uma faculdade de gastronomia e achei uma boa, vai abrir uma turma mês que vem.

Falo com um misto de ansiedade e curiosidade pelo o que ela iria achar.

-Sabe de uma coisa que eu percebi?

Ela diz se inclinando para mais perto.

-O que? -pergunto e ela sorri.

-Você só cozinhou uma vez pra mim e nem comemos a lasanha toda.

Ela fala em uma gargalhada baixinha, gostosa ao meus ouvidos e me rouba um selinho.

-Gata, se você quiser, meus dotes serão visto e provados apenas por você.

Falo sério, tentando esconder o duplo sentindo que eu coloquei, a fazendo revirar os olhos e rir depois de forma descontraída, meu coração se contrai só pela cena.

- Gato, eu adoraria ver e provar seus dotes, mas acho que preciso me arrumar pra ir para a faculdade. -ela fala, levantando logo em seguida.

-Não concordo, mas compreendo.

Falo me levantando, não demorou muito para que eu jogasse ela de volta na cama.

-MAX. -ela grita em meio das gargalhadas por eu estava fazendo cosquinhas nela.

-Só paro se você ficar mais cinco minutos na cama comigo. -falando dando uma pausa, ela me olha desconfiada e eu ameaço recomeçar as cosquinhas.

-Tá bom, mas saiba que Isso foi injusto, muito injusto.

-O que acha dessa blusa? Não sei se combinou com essa calça.

Sindy fala enquanto guarda a roupa que ela estava dentro da mochila que ela trouxe. Com roupas pra dormi aqui e me ajudar com a mudança, observo ela dos pés da cabeça em uma briga interna, será que é a hora certo para o que eu quero fazer?

Respiro fundo quando observo ela esperando minha resposta com as mãos na cintura.

-Eu acho que combinaria mais com um anel de compromisso no seu dedo.

Falo e a observo me olhar, por longos segundos, fazendo meu nervosismo aumentar.

-Está me pedindo em namoro?

Ela diz como se não estivesse acreditando.

-Não sei, estou?

Retruco, fazendo ela arquear umas das sobrancelhas, como eu amo quando ela faz isso.

-Está?

Ela fala, me olhando fixamente.

-Depende, se você aceitar, eu estou, caso não aceitar, eu não estou.

Falo sorrindo de maneira convencida.

-Então Gata, quer desfrutar dessa corpinho a hora que você quiser e ter a honra de me ter para todos os momento?

Pergunto confiante, mesmo que tenha um pouco de medo dentro de mim, Sindy é uma mulher decidida e independente, eu sou só o Max de maxi...

-Quero.

Eu definitivamente não esperava por isso, abro minha boca na tentativa de falar algo, mas a fecho quando percebo que eu não tinha nada pra falar, nada que demostrasse exatamente o que eu estava sentindo.

Viro as costas pra ela, caminhando até uma das caixas que estava na sala, abro uma por uma até achar a caixinha azulada que eu tinha guardado por uma semana, volto para o quarto e ela estava lá, em pé esperando que eu fale algo.

Pego o anel e caminho até ela, que me olhava surpresa, pego a mão dela e coloco o anel.

- Agora sim a roupa está perfeita.