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JUYEON NARRANDO
- Bom dia, princeso - os dois patetas entram na sala.
Nem os dou atenção e continuo o meu trabalho.
- Doce feito limão estragado - Soobin senta a minha frente.
- Como foi? Recebeu a babá bonita em casa? - Hyunjae fala com um tom de malicia e eu o encaro irritado.
- Cara, ele chega mais cedo que o vigia do turno do dia na empresa, acho que nem dá tempo - Soobin fala por mim. - Desperdicio de beleza desse cara. Jae disse que ela parece uma modelo, é verdade? Eu não a vi ainda.
- Por que vocês são tão inúteis? - os encaro.
- Sei que você ama a gente. Mas e ai cara, e a festa da sua familia mês que vem? Aquele idiota da subsidiaria de seu pai está me enchendo o saco para confirmar. Vai esse ano?
- Você sabe que eu não vou em nenhuma festa de lá.
- Se você fosse só ia ser perseguido a noite toda por Yujin mesmo, ela é gata mas um pé no saco - Soobin comenta.
- Eu já peguei uma prima dela, ela é la do canadá. Linda, mas se acha que nem Yujin, mas pelo menos ela era mais humilde do que Yujin.
- Cara, quem quer saber quem você pega ou não? - Soobin o encara com nojo.
- Está falando isso porque você não pega ninguém.
- Quem disse?!
- Sai da minha sala, os dois! - aponto para a saida e eles saem batendo um no outro.
Só servem para me dá dor de cabeça.
SIHYEON NARRANDO
Myun havia me mostrado meu quarto em que de fato era como um hotel, era maior que a minha casa. Acho que até mesmo o porão desse lugar é melhor do que qualquer casa por ai. Mas o negócio era... parecia o quarto de algum fantasma, tão sem vida. Bom, a casa inteira era assim. Tudo branco, preto e cinza. Não tem nem mesmo um amarelo. A única cor que vi aqui até agora foi as verduras da cozinha e no quarto da pequena chefe.
Abro uma mala onde continha meus ursos de pelúcias do que roupa, eu tenho uma séria dependência emocional neles. E aproveito para trocar a coxa de cama para a mais colorida que eu achei - um rosé meio neutro - e guardo minhas roupas no guarda roupa.
E se eu pegar algumas flores no jardim e colocar em um jarro naquela mesa vazia? Será que posso pegar as flores de lá? Tenho que comprar mais coisas para colocar nesse quarto. Retiro as fotos que tinha minha e da minha familia e minha e de Yoorim e espalho pelo quarto. Está um pouco mais a minha cara agora e com um pouco mais de vida.
Agora tenho que pensar em estrategias para me aproximar de Su-Ji, de qualquer forma esse é o meu trabalho e não faz sentido não sermos amigas sendo que vamos passar tanto tempo juntas. E de qualquer forma, ela me deixa intrigada. De fato, ela e o pai tem o mesmo temperamento, mas... sinto que tem algo de errado. Principalmente o fato dele não mostrar as caras desde a hora em que eu cheguei, e tipo, eles não comem juntos e ela parece que passa o tempo todo trancada dentro do quarto. Da primeira vez que nos vimos eles pareciam se dar tão bem para serem assim dentro de casa.
Sei que muitas criações são problemáticas o que não deveria ser normalizado, mas ainda é estranho ver isso tão real na minha frente. Tenho que agradecer muito por minha criação não ser ruim apesar de que tive momentos de raiva o que acaba sendo inevitável pois mesmo sendo do mesmo sangue não somos as mesmas pessoas e já passamos por coisas diferentes um dos outros, sem contar na diferença de criação, diferença de geração e diferença de sexos. E todo adolescente com os hormônios a flor da pele realmente tem um conflito em sua personalidade que acaba extrapolando.
Mas nada foi tão ruim como o que infelizmente acontece com frequência em casas diferentes. E isso faz muita diferença em personalidades. Pessoas quebradas formam pessoas mais quebradas ainda. E como Juyeon é cheio de autoridades e regras - eu nunca nem ao menos o vi sorri - não me admira que a criação de sua filha seja tão precária. Mas pelo o que entendi das coisas que Myun me contou, não costumava ser assim. Parece que foi depois da morte da mãe de Su-Ji, deve ter sido um acontecimento bem triste. E mesmo que Su-Ji fosse muito pequena na época, ela sentiu e sente até hoje. Não importa a idade, você irá sentir se perder uma mãe.
Eu tenho que fazer algo para melhorar o astral dessa familia, mesmo que não seja o meu papel e mesmo que eu falhe nisso. E isso vai além do meu trabalho, vai de acordo com a minha humanidade.
[🌷]
Vou buscar Su-Ji na escola e vejo que a mesma etava demorando muito a sair sendo que a maioria dos alunos já haviam saido. Finalmente a avisto de longe e tento acenar para que ela veja mas seu andado estava apressado, além de ela estar parecendo desconfortável olhando para trás com medo. Um pouco mais longe vejo alguns meninos e meninas reunidos rindo e um estava com o celular apontado em direção a ela. O que está acontecendo?
Ela vem até mim ainda escondendo o rosto.
- Oi, o que-... - ela me corta passando por mim sem ao menos me olhar.
Ela entra no carro e eu fico olhando o grupo que olhava em direção ao carro.
O caminho todo também foi em silêncio como a ida. Quando chegamos em casa eu tento falar com ela.
- Está tudo bem? Aqueles meninos estavam fazendo alguma coisa? - a paro.
- Nada - ela se solta da minha mão.
- Está tudo bem, pode conversar comigo, podemos resolver juntas. Pode contar comigo.
- Não quero, não haja como se você fosse a minha mãe, você não é minha mãe. - ela vai em direção as escadas para seu quarto.
Suspiro e encaro o lugar vazio em que ela estava. Isso vai ser complicado.
Quando eu estava com raiva, o que minha mãe...
Cookies!
Corro até a cozinha onde Myun estava vendo uma revista.
- Já chegaram? - ela se surpreende ao me ver.
- Sim, e tem ingredientes para fazer cookies? E principalmente gotas de chocolate.
- Tem sim, mas não costumo fazer isso aqui.
- Ótimo, melhor ainda. Myun vou tomar sua cozinha por alguns minutos.
Pego o seu avental e começo o trabalho. Me lembro que quando chegava da escola estressada ou brigava com meu pai por conta de suas regras superprotetoras, ou até mesmo brigava com meu irmão, mamãe me fazia cookies e colocava muitas gotas de chocolate. Sempre me fazia ficar melhor. A gente desabafava, chorava e descontava a tristeza comendo os cookies.
Saudades mamãe, espero poder vê-la logo.
Ao terminar coloco tudo em um prato e pego um copo de leite.
- Me deseje sorte - peço a Myun que me olhava confusa.
Respiro fundo antes de bater na porta de seu quarto mas reúno coragem para fazer. Bato algumas vezes mas ela não responde mas logo cansa e me manda entrar. O quarto estava da mesma forma de quando entrei mais cedo. Ela estava jogada na cama assistindo em seu tablet que com toda a certeza vale mais que a minha vida.
- Eu fiz cookies, quer? - ela nem ao menos me olha. - Aprendi com alguém que cookies melhora tudo, e tem muitas gotas de chocolate. Juro que não sou uma má cozinheira, mas não chego aos pés de Myun.
Ela fica pensativa, morde os lábios e desliga o tablet. Sorrio e sento ao seu lado na cama e ofereço os cookies e meio desconcertada ela pega um.
- Tem leite também - coloco o copo ao lado. - Tudo bem se não quiser falar nada, podemos ficar em silêncio.
Mordo um pedaço do cookie.
- Olha, se está aqui para tentar casar com o meu pai, vou logo avisando que não vai dar certo - me engasgo.
- Casar com o seu pai? Meu Deus, tá repreendido! Quem seria a louca que casaria com o seu pai?
- Minha mãe. - me engasgo de novo. Ela falou tão séria.
- Claro, sua mãe. Mas tipo assim, seu pai é meio...
- Chato?
- Também. Pode ficar tranquila que não estou interessada no Sr. Ranzinza.
- Sr. Ranzinza?
- È o apelido que dei a ele, ele está sempre de mal humor que nem aquele anão da branca de neve de mesmo nome. Se ele fosse baixo séria igualzinho - ela ri, finalmente!
- Ele é legal , só... - ela para.
Oh família para gostar de falar as coisas só pela metade.
- Você tem quantos anos? - ela muda de assunto.
- 27.
- Nossa, quase a idade do meu pai.
- Esse nossa foi bem pessoal em - ela ri novamente.
- Você nem parece adulta, é que nem uma adolescente. E bastante atrapalhada.
- Está falando da minha aparência ou personalidade?
- Personalidade.
- Você é direta igual seu pai - faço careta para ela.
- Na verdade puxei isso da minha mãe.
- Meu Deus...
Ela ri mas logo se fecha.
- Está bom, já comi demais. Pode sair do meu quarto, quero terminar de assistir.
- Mas... - ela aponta para a porta. - Está bem, vou deixar os cookies aqui e não esquece de beber o leite.
Me levanto e saio me arrastando até a porta.
- Anda logo!
- Tá. - corro até a porta mas antes de sair ela fala:
- Os cookies estavam ótimos.
Sorrio e saio como uma criança saltitante.
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Cheguei novamente
O trabalho de Sihyeon vai ser dificil, mas parece que não é tão difícil assim conquistar o coração de Su-Ji, o problema maior vai ser o Juyeon, pode ter certeza.
Mas Su-Ji ainda vai aprontar muitoo
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