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SIHYEON NARRANDO
Nos acomodamos a mesa. Só havia eu, Juyeon e Su-Ji, o que me deixou mais tranquila. Não conseguiria sentar com outras pessoas.
A senhora Lee sobe no pequeno palco com seu deslumbrante vestido de pedrarias tão exagerado que não precisava nem dos holofotes do salão.
Ao olhar para a nossa mesa, meu olhar cruza com o dela e noto em seu rosto uma expressão de surpresa mas logo se tornou em raiva.
Eu sabia, ela iria ficar furiosa se me visse aqui.
- Agradeço a todos por comparecerem a esse jantar tão importante, que é um passo maior para a minha empresa tão suada. E quero agradecer obviamente a família Ahn por tudo até agora, principalmente a sua primogênita, Yujin. Que é sempre tão dócil e prestativa comigo, espero que entre o mais rápido possível em minha família.
Encaro o sorriso gigante da mulher de hoje cedo e como todos encararam Juyeon na última frase. Logo lembro o que Su-Ji falou. É... parece que todos apoiam essa junção.
E mais alguns agradecimentos inúteis, conversa vai e conversa vem, o pai dele pega o microfone e faz mais dezenas de agradecimentos até que ele fala um nome em que chama a minha atenção.
- E é claro, agradeço muito a meu filho, Lee Juyeon, por desde pequeno tomar conta dessa família para que possamos descansar. Não é fácil, por isso aprecio sua força. Gostaria que ele pudesse subir aqui, e dar algumas palavrinhas.
Todos batem palmas o esperando subir e assim ele sai. Fico lá em baixo com Su-Ji, torcendo por ele. E antes de sair, eles fazem algo estranho. Ele pisca para Su-Ji que pisca para ele de volta.
Esses dois estão aprontando sim!
"Quem é essa na mesa?" - escuto uma voz feminina.
"Também não sei, ele a trouxe. Eles estavam de braços dados" - mais outra voz feminina.
" Não é essa aquela babá problemática de Su-Ji?" - agora uma voz masculina.
"Mas a senhora Lee não havia demitido ela?" - eles ficam na dúvida.
Para eles, eu sou isso. "A babá problemática", em algum momento inventaram mil histórias sobre mim, e eu nem ao menos os conheço.
Ele dá o seu minimo discurso de agradecimento de duas frases e sua mãe pega o microfone novamente. Ainda bem que o pulmão dela está em dias, fala demais essa velha.
- Bom, quero aproveitar que meu filho está aqui para chamar minha querida Yujin, que é como uma filha para mim.
A mulher bonita de lábios vermelhos sobe no palco ficando lado a lado de Juyeon. Ala... eles nem combinam... Tomei a água toda do copo em um gole só.
- Agradeço muito aos dois que sempre me ajudaram muito. São uma combinação perfeita, não acham? Juyeon é meu primogênito, o herdeiro disso tudo e eu como mãe, sempre sei o melhor para o meu filho e é claro que em minha opinião, eles dois são os melhores um para o outro.
Todos começam a gritar e bater palmas, animados com a sugestão. Sinto um desconforto em meu peito e luto contra a vontade enorme de levantar e sair. Sinto o salão ficar cada vez menor. Por qeu diabos estou assim?
Vejo Juyeon tomar o microfone da mão de sua mãe.
- Quero também agradecer a duas pessoas mais importantes em minha vida, sem elas, eu não me recuperaria. - do que ele está falando. - Su-Ji, Sihyeon, por favor... subam.
Por um segundo eu não raciocionei direito, minha mente ficou em branco mas quando Su-Ji me puxou para que eu levanta-se foi que a minha ficha caiu. Ele estava me chamando, e sou eu... sou eu a quem ele está agradecendo por ajudá-lo a se recuperar...
Su-Ji me empurra para que eu consiga subir no palco. Me posiciono ao lado esquerdo e Su-Ji ao direito.
- E nesse momento especial, também quero dar uma notícia especial - ele pega em minha mão. O que ele está fazendo?! - Quero anunciar que eu e Kim Sihyeon, estamos noivos.
Todos ficaram em silêncio, principalmente eu. O grito em que eu queria dar ficou entalado em minha garganta, o choque tomou conta de meu rosto e de todos que estavam ali.
NOIVA?!
- SEU IMBECIL! - a senhora Lee explode, tomando o microfone da mão de Juyeon. - Como pôde?!
- Mãe, essa é a minha decisão, eu não vou casar com Yujin porquê você quer, eu vou casar com quem eu amo.
"Com quem eu amo"
- Mas tinha que ser ela? Tantas garotas lindas aos seus pés, de boa família e você escolhe uma zé ninguém?! Que só quer explorar o seu dinheiro!
Pera ai minha senhora, assim também não né.
- Ela pode pegar o que quiser para ela, seja o meu dinheiro, minha casa, minha vida, eu não me importo. Só não vou mesclar ou priorizar o dinheiro acima da minha felicidade. E eu a escolho.
Minha cabeça vai explodir, o que diabos está acontecendo?!
Encaro Su-Ji, desesperada, e ela dá um pequeno sorriso tentando me tranquilizar. Não quero participar dessa briga, estou vendo que vou ter que resolver isso em casa.
E assim que a poeira baixou fomos para casa, peço para Su-Ji subir e se preparar para dormir e o chamo de canto.
- Lee Juyeon, me explica essa história agora - cruzo os braços tentando parecer séria e ele força um sorriso.
- Antes de começar a conversa, vamos se sentar? - ele indica a cadeira ao seu lado e eu me sento na força do ódio.
- Espero que tenha uma razão suficiente para todo esse show.
- Sei que é repentino, e meio idiota da minha parte.
- Meio não, todo.
- Mas eu queria fazer um acordo com você.
- Acordo? Acordo de quê?
- Seja a minha noiva por cinco meses, depois disso pode ir tranquila.
Respiro fundo, esperando o surto em minha cabeça cessar.
- Juyeon, não somos crianças e nem estamos brincando de casinha.
- Eu estou falando sério, juro que mesmo que eu esteja parecendo um louco, eu tenho motivos para isso e espero verdadeiramente que você me ajude.
- Noivado por contrato? Tudo isso para enganar a sua mãe? Você deveria falar a verdade para ela, não se esconder por baixo de uma mentira. Se ela descobrir vai ser mil vezes pior, você viu o xilique dela no salão.
- Eu sei, eu conheço minha mãe, sei que é um tiro no escuro mas há coisas em que infelizmente são necessárias de fazer.
- Mas por que eu?! Por que isso? Você sabe que sua mãe me odeia, está só me usando para afrontá-la. Sem contar que ela já me demitiu, o que terei que fazer aqui.
- Por isso o contrato - ele retira alguns papéis da mesa ao lado, ele já havia planejado tudo muito bem. - Nesse novo contrato eu propus contratá-la não mais como babá de Su-Ji, mas como minha parceira de negócios pessoais. E em troca, darei a você três vezes o slário de quando você trabalhava como babá e pagarei todos os tratamentos e cuidarei do seu irmão até sua recuperação.
- V-Você... sabia? - meu peito dói.
- Não nego em dizer que a investiguei antes de contratá-la e acabei descobrindo, eu sinto muito e realmente quero ajudá-la com isso, como parte de nosso acordo.
No excesso de raiva pego o travisseiro no sofá e jogo nele.
- Seu idiota! Esse tempo todo sabia de todas as minhas fraquezas, me tratou como burra...
- Sihyeon, eu não queria, mas pela a proteção de minha filha eu precisava.
- Agora você liga para a proteção dela?! - cruzo os braços e ele respir fundo.
- Sei que perdão nenhum vai mudar tudo até agora, mas eu realmente quero mudar e ajudar, mas obviamente não conseguirei da noite para o dia e é necessário fazer loucuras inimagináveis como essa, e você é a melhor escolha para esse papel, tanto para mim quanto para Su-Ji.
- Então se se preocupa tanto com sua filha, eu tenho uma proposta.
- Fique a vontade.
- Eu aceito se você me prometer mudar sua rotina por Su-Ji, deixar de ser um pai ausente e idiota e viver mais com Su-Ji. Isso inclui café da manhã e jantar, ir deixá-la na escola. Assistir a filmes três vezes na semana, vir quando ela estiver doente. E marcar encontros e saídas com ela aos finais de semana, irem as compras juntos e se divertirem como pai e filha, não como estranhos. Assim, eu farei o meu papel de noiva troféu.
- Estou de acordo - ele pega uma caneta de seu bolso. - Podemos?
- Você vai mesmo, curar o meu irmão? - tento confirmar.
- Eu dou a minha palavra, farei com que ele viva ao seu lado.
- Ok...
Aflita, eu o observava assinar o papel e ao me entregar a caneta eu não consigo segurá-la bem por me tremer tanto. Após assinar, por algum motivo sinto um peso deixar meu corpo e meu coração.
- Nas regras obviamente inclui coisas simples como não beijar, não iremos dormir no mesmo quarto, não iremos interferir na vida pessoal um do outro e só precisamos agir na frente de pessoas que não conhecem a verdade.
- Certo.
- Mas claro que nos perfis de suas redes sociais deverá ter explícito nosso relacionamento e quero que use essa aliança - ele retira uma caixa do bolso. - Ela é simples mas será provisória, prometo dar uma melhor depois.
( mostrando de novo para não adicionar mais caracteres:
- Eu não entendo a sua definição de 'simples', isso custa os meus orgãos.
- Assim, eu farei o mesmo.
Ele coloca uma aliança em seu dedo, e a outra no meu, logo após beijando o topo de minha mão, como um principe galanteador.
- Espero que possamos fazer uma boa parceria.
Por que sinto que isso não dará certo?
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Se eu fosse Sihyeon, já teria agarrado esse boy a tempos, menina burra
Não acham que está bom demais...?
Aí aí
Bjss💋
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