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SIHYEON NARRANDO
O caminho inteiro foi tenso, não conseguia me acalmar mesmo que por fora eu parecesse tranquila. Su-Ji, por algum motivo estava animada e Juyeon como sempre transmitia tanta tranquilidade que me deixava mais nervosa ainda.
Mas quem não ficaria? Eu fui demitida e agora estou de volta com eles em um vestido caríssimo e um colar tão caro quanto. Eu poderia me sentir como aquelas princesas pronta para ir a um baile de seu aniversário mas eu estava nervosa demais para pensar nisso.
- Sihy, você sentiu minha falta? - Su-Ji pega em minha mão, me tranquilizando com seu toque.
- Claro que eu senti, todos os dias. Não tinha um segundo que eu não pensava em você - ela me abraça. - Você está bem mais magra novamente...
- Ela se recusou a comer direito esses dias - Juyeon a entrega.
- Pai! - ela cruza os braços furiosa.
- Lee Su-Ji! - a encaro séria e ela baixa a cabeça. - O que eu falei sobre pular refeições? Você estava tão bem...
- Eu queria comer com você - meu coração aperta.
- E o seu pai? Tem ele para você comer junta.
- Não é a mesma coisa. Eu queria você. - respiro fundo. Eu realmente não queria que as coisas fossem assim.
- Meu amor, mesmo que eu esteja longe você sabe que eu quero que você se alimente bem, que cumpra nosso acordo. Isso me deixaria feliz mesmo que eu estivesse longe.
Ela coça a cabeça, desajeitada. Encaro Juyeon que me encarava pelo espelho aéreo do carro. Mudo o olhar rapidamente.
O silêncio se instalou novamente até o local.
Ao descer me dou de cara com um tapete vermelho gigante na entrada mas diferente de muitas festas de famosos essa não havia nenhum câmera maluco com aqueles flash gigantes.
Estava tudo calmo.
Juyeon ofereceu seu braço e por educação eu o segurei e ao meu lado Su-Ji pegou em minha mão.
Ao entrar pelo local meu queixo cai assim que meus pés pisam naquele salão que mais parecia um Palácio. Pessoas tão chiques quanto passeavam tranquilas pelo local, conversando e comendo pequenos aperitivos. O salão estava enfeitado de cortinas que combinavam com as toalhas da mesa e lustres combinando com pequenas decorações. O bom cheiro de Lavanda preenchia meu nariz me dando sono pelo conforto, a música baixa era lenta e de um instrumental viciante.
Ficava cada vez mais nervosa quando percebia que as pessoas estavam olhando. Começou com três, depois foi oito e depois quatorze mas agora... todos olhavam para a entrada, onde estávamos. Meu coração saltou de meu peito, assustado.
Todos pareciam chocados, meio perdidos.
E eu também estava.
- Irei deixar vocês duas sozinhas por um breve momento, Su-Ji tome conta dela - ele fala para a pequena que pula para tocar em sua mão em um comprimento.
- Pode deixar - ele sorri para mim e sai.
Não vai não... e se alguém vier falar comigo? O que eu faço?! Juyeon volta aqui!
- Para onde ele vai? - pergunto tentando demonstrar tranquilidade.
- Falar com alguns acionistas, ele sempre tem que cumprimentar a todos.
- Ah... ah sim...
- Está nervosa? - confirmo com a cabeça. - Relaxa Sihy, vai dar tudo certo.
Ela parecia tranquila demais, despreocupada. Por um acaso estou perdendo alguma coisa? O que sera que eu não percebi?
- Su-Ji... - só consigo descobrir de uma forma. - Sabe porquê seu pai decidiu vir hoje? Fiquei sabendo que a anos ele não comparece as festividades de sua avó.
- Também não sei, meu pai é tão confuso... - ela fala com incerteza.
- Ahá! Sabia! Vocês dois estão escondendo algo de mim - aponto em direção ao seu rosto.
- Não estamos, juro! - ela levanta as mãos para o alto, em forma de rendimento.
- Lee Su-Ji, eu conheço vocês dois, principalmente você... - vou me aproximando e ela vai recuando.
- Su-Ji, querida! - uma voz feminina nos interrompe e braços longos abraçam os ombros de Su-Ji que luta contra e sai do abraço.
A mulher era deslumbrante, parecia tão jovem mas tão madura ao mesmo tempo. Um batom vermelho da mesma cor que seu vestido brilhavam em seus lábios, ela tinha olhos profundos e hipnotizantes. Uma vez Yoorim me contou que pessoas tem aparência de seres míticos e isso está em alta ultimamente. Ela me diz que sou uma fada e ela uma sereia, e eu até concordo mas ao ver essa mulher, realmente confirmo isso. Ela é realmente um verdadeira face de sereia.
- Como vai? Onde está seu pai? - Su-Ji não a respondia, ela não parecia confortável. - Pensei que não viriam hoje. Você gostou daquela boneca em que a dei uma vez?
A mulher parecia estar falando sozinha. Tadinha, Su-Ji está a fazendo passar vergonha.
- Su-Ji deve está envergonhada, faz tempo em que ela não comparece a esse lugar - tento tranquilizar.
A mulher me olha de cima a baixo umas três vezes antes de me responder, ela não parecia feliz. Estava apática.
- Você deve ser...
- Sou Kim Sihyeon, babá de Su-Ji - estendo a mão para cumprimentá-la mas ela não faz o mesmo.
- Ah, então é você. Todos aqui a conhecem.
- Me conhecem? - aponto para mim mesma, confusa.
- Sim. Principalmente depois que a senhora Lee a demitiu. Você entende né, ela sabe o que é melhor para seu filho.
- Ah... sim, entendo - entendo que alguém como a senhora Lee, jamais suportaria ver alguém como eu com Juyeon.
- Terei que ir, nos vemos no final, hoje será uma ótima noite - ela acena indo embora. Por que as pessoas hoje estão agindo como se o maior evento do mundo fosse acontecer?
- Su-Ji por que a tratou daquela forma? Você não é mal educada dessa forma.
- Porque essa coisa quer casar com o meu pai - travo.
- Ca-Casar? Com seu pai? - estava perplexa.
- Sim. Faz anos que ela rodeia o meu pai e minha avó apoia isso, ela quer que essa mulher case com o meu pai mas eu não quero! Eu não gosto dela.
- E seu pai... - coloco as mãos para trás e encaro o teto, como alguém que não quer nada - ele quer... casar com ela?
- Com certeza não, e nem eu deixaria. Meu pai não gosta dela também, ele já não a aguenta mais.
- Você não quer nenhuma mulher com o seu pai, não é? - estava repleta de expectativas.
- Só uma. - claro, sua mãe. - Por que a pergunta, Sihy?
Ela me olha de forma estranha e eu coço a cabeça, tentando disfarçar.
- Nada não... - ela não parecia acreditar, não tive verissidade alguma.
- Eu vou ao banheiro, pode me esperar aqui? - ela pede.
- Claro, consegue ir sozinha?
- Consigo - assim ela sai.
Com o que você estava na cabeça de perguntar isso, Kim Sihyeon! Está maluca? E por que perguntou? Não é como se você quisesse saber com quem o seu ex-chefe casa ou deixa de casar.
- Com licença - escuto uma vez masculina doce e ao me virar para saber quem era acabo me dando de cara com um dos homens mais belos em que já vi em toda a minha vida.
- Ãhn... Oi - falo desajeitada, ele é tão bonito.
Seus cabelos escuros estavam bem arrumados deixando sua testa que também é bonita a mostra. Usava um terno azul de corte e caimento impecável, ele era mais como um príncipe, um príncipe belo e charmoso.
- Você é a nova babá de Su-Ji? - ele parece conhecê-los. Óbvio, ele também estava nessa festa.
- Sim, sou - mentira detectada pelo nervosismo, se lembre que agora está demitida, Sihyeon.
- Su-Ji fala muito de você.
- Você tem muito contato com ela? - como assim ela nunca me falou sobre ele? Perder um homem bonito desse.
- Não muito como era antes, eu sou primo dela. Bom, sou primo de Juyeon, me chamo Jaehyun.
Até o nome dele é bonito como ele.
SU-JI NARRANDO
Estava tão ansiosa, Sihy por um momento quase descobriu mas não posso deixá-la descobrir, de forma alguma. Fui ao banheiro para controlar meu entusiasmo mas logo volto para onde ela estava.
Jamais imaginei que eu poderia fazer isso mas... eu a aceito, prefiro ela mil vezes do que outra. Eu vejo sinceridade nela, eu me vejo nela e não sei o que faria se não fosse ela. Eu gosto muito da Sihy, e quero permanecer com ela.
Quando minha avó a demitiu, aí foi que eu percebi o quão ela é importante para mim. Quando ela foi embora eu senti 10 vezes mais.
Ao chegar no local em que ela estava acabei me deparando com o folgado do meu primo. Ah não, ele já está perambulando como abutre!
Preciso chamar o papai.
Corro pelo salão com todos me olhando e alguns chamando meu nome mas não liguei, precisava me concentrar na minha missão.
Ao finalmente encontrá-lo corro mais rápido até ele, pegando em sua mão e o arrastando para longe.
- Pai! Pai! - o levo até o final da mesa.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa? Onde está Sihyeon?
- Esse é o problema! O abutre está sobre ela.
- Abutre? - ele franze o cenho.
- Jaehyun. - ao ouvir esse nome ele faz uma careta. - Faz alguma coisa, ela será a sua noiva.
- Ele está com ela? Por quê você não fez nada também? Ela será a sua madrasta.
- E eu tenho que fazer tudo sozinha? - ele segura a minha mão.
- Vamos juntos expulsar esse vírus insignificante.
- Isso! - seguimos juntos até onde Sihyeon estava com o vírus.
Ao chegarmos no lugar, Jaehyun estava todo sorridente para o lado de Sihyeon que agia simpática como sempre. Corro até Sihy me metendo no meio dos dois, meu pai vai por trás e marca território ao lado de Sihyeon segurando em sua cintura.
Ela nos encara confusa.
- O que está fazendo aqui? - cruzo os braços ao perguntar.
- Estou batendo um papo agradável com sua babá, princesinha.
- Não me chame assim, eu nem gosto de você.
- Lee Su-Ji! - ela puxa meu braço com delicadeza, me alertando.
- Pensei que estava ocupado com o assunto da sua namorada assassina - meu pai comenta e ele coça a garganta.
- São águas passadas.
- Você com certeza é azarado, mas isso é o que dá por si meter com coisa errada. Já falei dezenas de vezes que você não é confiável, e a mamãe ainda o protege.
- Isso deve ser porque eu luto por essa família.
- Tanto que ficou com uma pequena subsidiária no interior da Tailândia. - dou um pequena risada baixa.
- Mas não se preocupe, rapidamente eu posso pular tão alto que até será difícil ver você - ele toma um gole de sua bebida. - Estou indo agora, tchau para vocês.
Antes de ir ele pisca para Sihyeon. Mas que abusado! E meu pai é mole e não dá uma coça nele.
- Muito bem, os dois, quero ter uma conversa séria com os dois - ela cruza os braços da forma assustadora que só ela faz.
Eu e meu pai ficamos um do lado do outro como duas crianças prestes a levar bronca.
- Por que o trataram dessa forma? Cadê a educação de vocês dois? - ela apontava para nós dois, furiosa.
- Sihy, você tem que aprender a reconhecer pessoas ruins. - a aviso. - E esse homem pode ser bonito e de boa fala mas ele é um homem ruim.
- Muito. - meu pai concorda comigo.
- Ele é o rival do meu pai, ele a anos quer roubar o lugar do meu pai na empresa. - explico.
- E isso não tem nada a ver com a senhorita, é assunto de adulto.
- Mas eu já tenho 10 anos! - piso no chão, com raiva.
- Metade ainda, tem que esperar mais alguns anos.
- Pai! - o encaro e ele dá de ombros.
Homem gado é osso.
Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa alguém sobe no pequeno palco pedindo a todos que se sentem pois agora teremos algumas palavrinhas - que duram horas - da senhora e senhor Lee.
Agora o show vai começar.
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Agora as coisas irão começar a andar, e o que estava bom, vai piorar
Mas como a lenda da Su-Ji disse: "agora o show vai começar"
Bjss💋
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