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Revelações chocantes

      Meu filho... filho... acorde…

   Maximilian escuta uma voz masculina sussurrando quase inaudível perto de si, o que o faz recobrar a sua consciência e se esforçar para abrir seus olhos, com dificuldade, devido todo o peso de suas pálpebras. Ele estava vivo? É o que ele se perguntava.

   Filho... Acorde filho…

   Escutou a voz chamar novamente, mais audível dessa vez, o levando a abrir os seus olhos e procurar a fonte da voz, mas não importava em qual direção os seus olhos se direcionava, tudo o que avistava era apenas uma profunda escuridão. A única certeza que tinha, após uma rápida análise, é que ele não poderia estar no espaço, devido ao piso sólido que sentia debaixo de seus pés.

   --- TEM ALGUÉM AÍ? --- Passou a gritar em plenos pulmões, esperando obter algum retorno. --- MAURÍCIO...? LAILA...? KOKISH...? ALGUÉM? --- Chamou, mas não obtendo resposta.

   O loiro continuou chamando pelos seus amigos enquanto caminhava sem rumo ou direção por entre aquele breu. Desnorteado, sentiu perder a noção de tempo, não sabendo se havia passado minutos ou horas que ele passou andando cegamente por aquele lugar, e um sentimento de pavor e pânico passou a dominar o seu corpo, junto com a perda da noção de realidade.

   --- OI... ALGUÉM?... Por favor, tem alguém aí? --- O pânico já o havia dominado, lhe restando apenas o vazio e o desespero ao perder as suas esperanças. --- Alguém... --- Sussurrou cabisbaixo.

   De repente, por entre a escuridão, surge uma misteriosa silhueta masculina envolto de luz, que irradiava o ambiente e que trazia consigo uma possível esperança. Os olhos do garoto passaram a encará-la.

   --- Olá, meu filho. Finalmente você apareceu. --- Disse a figura masculina enquanto caminhava em direção ao Maximilian --- Esperei ansioso para que despertasse.

   --- Filho? --- Desconfiou ele. --- Se refere a mim? --- Indagou.

   --- Entendo... Você ainda não recuperou a sua memória... --- O Homem teve a sua identidade revelada após chegar perto do garoto e desbloquear as suas memórias adormecidas ao encostar na testa do mesmo com o seu dedo indicador.

   Max imediatamente sentiu a sua cabeça doer ao ser atingido por várias lembranças de seu passado de uma só vez. Agora tudo o que passou, tudo o que viveu, passou a fazer sentido para ele.

   --- Pai!? --- Seus olhos se encheram d’água após reconhecer o homem sorridente parado em sua frente, se emocionando por finalmente poder encontrar o herói que tanto sonhou em conhecer.

   --- Sim, meu filho. Sou eu mesmo. --- Confirmou o homem, recebendo um forte abraço caloroso de seu filho.

   O homem aparentava estar nas casas dos 30 anos, mas os seus fios grisalhos em seu topete, revelava que ele passava dos 40. Em seu rosto levava uma barba grisalha bem cuidada, não deixando nenhum pelo fora do lugar. Seus olhos da cor de esmeraldas, remetiam a de um coronel encarando um de seus soldados, devido a sua profundidade hipnotizadora. A sua camisa social branca desabotoada, deixava bastante visível o seu peitoral definido e seu sobretudo preto não conseguia esconder o seu corpo musculoso.

   --- Eu sei que no momento você pode estar um pouco confuso enquanto processa tudo, mas logo entenderá tudo sobre sua origem. --- Falou ele, se separando do abraço apertado de seu filho e o direcionando para uma porta luminosa que surgiu sem explicações.

   Maximilian andou em direção a porta sem questionar, e quando a atravessou, foi pego desprevenido por um clarão que quase o cegou. Depois que retomou o controle de sua visão, ficou surpreso ao se deparar com um novo ambiente iluminado e quente, deixando-o de boca aberta ao sentir um frescor tomar o seu corpo.

   Ele estava diante de um mar aberto, flutuando por cima dele. Pôde sentir uma leve brisa bater em seu rosto. O céu azulado com poucas nuvens deixava o ambiente mais calmo e relaxante. Max poderia achar que tivesse retornado para Terra, se não tivesse avistado aqueles Três sóis brilhantes em linha reta naquele céu.

   --- Bem-vindo de volta para casa. Esse é o seu planeta de origem; Lummynus! --- Revelou ele, deixando o garoto perplexo.

   --- E-eu... --- Max estava em choque pela descoberta.

   --- Você não nasceu no planeta Terra, meu filho. Você é de Lummynus, o nosso planeta natal. --- Ele fez uma pequena pausa. --- Eu e a sua mãe te enviamos para o planeta que era mais distante e similar ao nosso, para te mantermos seguro da ameaça que colocava em risco a sua vida. Para isso, tivemos que alterar um pouco a sua memória, fazendo-o esquecer de tudo relacionado a esse planeta, até que estivesse pronto para retornar.

   --- Eu... Eu não sou da Terra? Como assim? --- O garoto se negava em escutar a verdade, e sua memória ainda estava tentando processar tudo. --- Eu não sou um Alien, eu sou um ser humano!  --- Tentou se convencer, mas no fundo sabia que era diferente dos humanos em sua vida.

   O Homem grisalho sorriu, mostrando os seus dentes incrivelmente brancos, com a crise de identidade do filho.

   --- Na verdade, meu filho, você é um Híbrido! --- Revelou de forma natural, como se uma notícia dessas não fosse nada demais. --- Você é metade humano por parte de sua mãe e metade Lummynare de minha parte.

   --- Minha mãe era uma humana? Como isso foi possível, sendo que você é um alienígena?

   As expressões no rosto do homem revelavam a sua nostalgia.

   --- Eu conheci a sua mãe quando estive na Terra pela primeira vez. Ela era uma humana maravilhosa. --- Os olhos dele pareciam brilhar ao se lembrar de sua amada. --- Eu ainda era um novato, explorando aquele planeta desconhecido pela primeira vez, sem ideia do que poderia encontrar, e por isso estava bastante animado. Por um erro de cálculo, e pelo fato de eu ser bastante curioso e muitas das vezes imprudente, acabei me separando do restante do meu grupo ao aterrissar, me ferindo no processo. Perdido e ferido, decidi procurar por ajuda e acabei me deparando com dois humanos que acampavam em uma floresta escura. Mesmo sabendo que a nossa lei proibia qualquer interação com humanos, eu decidi arriscar. O que foi um erro. Eu não havia percebido que eles estavam armados, logo descobrindo do pior jeito. --- Seus olhos deixavam nítido o seu rancor. --- Eu fui caçado feito um animal. Eles tentavam me matar com aquelas armas de fogo que perfuravam as árvores, mas consegui me salvar após me aprofundar mais á fundo naquela floresta, sumindo das visões deles. Porém, não havia percebido que tinha sido atingido, somente percebendo ao sentir a dor. --- Ele fez uma pausa enquanto tocava em seu ombro, como se ainda pudesse sentir as dores de ter sido baleado. --- Depois de um tempo vagando por aquele lugar, acabei desmaiando pela exaustão e pela perda de sangue, que continuava escorrendo de meu corpo. Por alguma razão, a nossa espécie fica mais fraca nesse planeta Terra, e a nossa capacidade de se curar, não funciona direito.

   --- Ficamos mais fracos na Terra? --- Sussurrou, pensando ser esse o motivo de seu corpo se tornar fraco na Terra e começar a se fortalecer após sair para o espaço.

   --- Quando acordei, --- Continuou. --- eu estava deitado em uma cama velha de madeira e com o corpo todo enfaixado, estancando as feridas abertas. Confesso que quando me deparei com a sua mãe, meu primeiro instinto foi querer atacá-la, mas ainda estava fraco demais para fazer qualquer coisa. Apesar daquele planeta ser repulsivo, sua mãe foi a melhor coisa que eu poderia encontrar, foi a primeira humana que eu respeitei e admirei, por ela ser cuidadosa e gentil, cuidando de mim por vários dias sem se importar com a minha aparência. Ela nunca demonstrou estar com medo, sempre ficava com aquele lindo sorriso em seu rosto, o que aquecia sempre o meu coração. Resultado não poderia ser outro, acabei me apaixonando por ela. Decidi tomar essa forma humana para me disfarçar naquele planeta, até estar completamente curado e pronto para encontrar o restante dos Lummynares, e é claro, ela sempre ficou ao meu lado me ajudando.

   --- Se a lei dos Lummynares proíbem a interação com os humanos, então como você conseguiu ficar com a minha mãe que é uma humana? --- O questionou, enquanto tentava encaixar as peças do quebra-cabeça que estava começando a fazer sentido.

   --- Houve uma grande discussão a respeito. Muitos foram do contra, querendo que eu matasse a humana, mas me impus para salvá-la. Se fosse preciso, eu lutaria contra todos para protegê-la.

   --- E eles simplesmente aceitaram? --- Max arqueou uma de suas sobrancelhas.

   --- Não. Eles não queriam aceitar a sua mãe vivendo entre eles. Eu até pensei na possibilidade de abdicar o meu posto como futuro líder, e de fugir com ela para algum outro planeta que aceitasse a gente, mas não foi preciso. Tudo mudou quando a anciã revelou que a sua mãe estava grávida de você.

   --- Por quê?

   --- Porque você seria um de nós e, portanto, pertencia àquele planeta. --- Ele fitava o filho sem desviar de seus olhos. --- E, além disso, um cruzamento com outra espécie era considerada rara e impossível, nunca soubemos casos semelhantes. E como você seria metade Lummynare, eles não poderiam te matar, pois nós não matamos aqueles que carregam o mesmo sangue que o nosso. É extremamente proibido.

   --- E isso bastou para que eles aceitassem a minha mãe?

   --- Eles deram duas opções para ela. Uma delas era que a gente se casasse e ela aceitasse a se submeter às nossas tradições e costumes, e outra opção era que ela voltasse para a Terra, mas sem você em seu ventre. --- Ele sorriu em alegria. --- Nem preciso dizer qual foi a escolha dela.

   --- Ela aceitou? Ou vocês a obrigaram aceitar? --- O garoto franziu o cenho, encarando e analisando se teria alguma mudança no rosto de seu pai.

   --- Ela não pensou duas vezes em aceitar. Você nasceu no mesmo dia do nosso casamento, nos pegando de surpresa pela rapidez, mas tornando aquele dia ainda mais especial.

   Max parou para processar toda informação que obtivera de uma vez. Muitas coisas haviam sido reveladas em um curto período de tempo. No entanto, algumas peças ainda estavam faltando para ele conseguir completar todo o quebra-cabeça. Aproveitaria aquela chance para esclarecer tudo.

   --- Se essa não é a sua real aparência, então como é?

   O homem apenas sorriu mudando a sua fisionomia e aparência. Os seus olhos tomaram uma cor intensa, um vermelho rubro brilhante que se destacavam durante a transformação. Um bico curvado de pássaro surgiu em seu rosto no lugar de seu nariz e boca, e sua pele foi invadida por escamas azul-esverdeadas que preenchiam todo o seu corpo. Um grande par de asas e uma longa cauda espinhosa surgiram ao mesmo tempo em que os seus cabelos passaram a emitir chamas vivas.

   --- Essa é a nossa verdadeira aparência. --- Disse com a sua voz mais grave.

   --- Incrível! --- Foi tudo o que Max conseguiu dizer por estar impressionado.

   --- Você também é capaz de se transformar, está no seu sangue. --- Disse ele, voltando para sua forma humana. --- Lembre-se disso, Maximilian Steven, você é o meu filho! Nunca se limite do que é capaz de fazer.

   O garoto o olhou confuso.

   --- Como sabe o meu nome?

   --- Esse é o nome que sua mãe e eu escolhemos para você.

   --- Não foram vocês que escolheram o meu nome, foi a minha mãe, Mariana. --- Falou com firmeza.

   --- Fala da humana que te encontrou? --- A imagem da Mariana surgiu como uma nuvem passageira. --- Você deve ter depositado esse nome na mente dela sem ter percebido.

   --- E-Eu fiz o que?

   --- Você já deve ter percebido que possui habilidades de telepatia. --- Os olhos do garoto revelavam que sim. --- Conseguimos entrar na cabeça de outros seres e nos comunicar telepaticamente. E tem aqueles entre nós, que nasceram com o dom de captar as emoções de outros seres fora do nosso sistema solar e sentir o que eles sentem, mesmo nunca tendo estado perto deles.

   “Será que foi assim que eu consegui sentir os sentimentos do Kokish?” Max se perguntou.

   --- É provável que sim. --- O Lummynare respondeu, interceptando os pensamentos do garoto. --- Você deve estar curioso em saber o porquê de ser mandado para a Terra, não é mesmo? --- O loiro coincidiu ao balançar a sua cabeça positivamente. --- Você reconhece esse dia? --- Apontou para um casal que surgiram dentro de um barco velho de madeira.

   --- E-Esse é... --- Uma lágrima surge no rosto de Max ao reconhecer o dia em questão.

   --- Sim. Esse é o dia em que nos separamos de você. Quero que observe com atenção tudo o que aconteceu. --- Respondeu ele desaparecendo em seguida.

   Como instruído, Max passou a encarar o casal no barco, uma mulher loira de óculos retangular vermelho e um homem com o corpo todo musculoso, os reconhecendo como sendo os seus pais. Ele era apenas um fantasma na cena, não conseguindo se comunicar e nem alterar nada, assistindo como se estivesse vendo um filme em uma tela.

   Como se lembrava, minutos antes das mortes deles, o dia estava lindo e ensolarado, tudo seguia tranquilamente. O casal parecia se divertir brincando com o seu filho no barco, uma teceu sem nenhum aviso, engolindo aquele céu com uma escuridão tenebrosa. O mar, antes calmo, se agitava criando enormes ondas que faziam o barco balançar descontroladamente.

   “O que é aquilo? Plaline?”

   Max se surpreendeu ao avistar o espírito da água ao lado de sua mãe, se perguntando se a mesma também podia invocá-la. Ela criava um símbolo de proteção no barco usando os seus poderes. Raios começaram a cair como chuva, ferozes e implacáveis, tendo como objetivo acertar o barco, que estava sendo controlado com maestria pela loira de óculos. Os olhos do garoto passaram a acompanhar o seu pai, que havia se transformado em sua verdadeira forma e voou em direção às nuvens. No céu, várias bestas aladas envolto de sombras começaram a surgir e seguiram em avanço contra o Lummynare, que se defendia utilizando uma longa lança de prata imbuído com algumas runas de fogo. Ele a almejava com muita facilidade, como se a lança fizesse parte de si, tornando ela uma extensão de seu corpo, derrotando várias bestas aladas como se elas fossem apenas moscas em seu caminho. Maximilian se perdeu em admiração pelos seus pais, não notando o momento em que seu pai foi mortalmente atingido, o levando a cair em direção ao mar, mas sendo amparado pela sua esposa, que utilizou o poder da Plaline para criar uma correnteza alta que subiu ao seu auxílio e o levando em segurança de volta para o barco.

   --- Já é tarde demais para vocês... Me entreguem a criança ou sofram com as consequências! --- Uma voz rouca e potente se fez presente, ecoando por todo o lugar. Max logo reconheceu a voz como sendo de Ölüm.

   --- Querido, ele é muito forte. Tenho medo de que eles levem o nosso filho. --- Preocupou-se a mulher, enquanto se esforçava para curar as feridas no corpo de seu marido.

   --- Eu sei, cof, cof. --- O lummynare passou a fitar o medo nos olhares de seu filho e esposa. --- Devemos mandar o nosso filho para o seu planeta natal. Lá ele poderá ficar em segurança.

   --- Sim, eu concordo. --- Olhou para o seu filho em seus braços. --- Mas temo que ele seja discriminado e perseguido pela sua aparência. Como podemos deixar ele lá sozinho? --- Max passou a fitar a criança, só então percebendo que a mesma possuía a pele escamosa azul-esverdeada, com um olho de cor verde esmeralda e o outro de cor vermelho rubro, notando o porquê que ele seria perseguido e caçado pelos humanos.

   --- Não se preocupe. Eu cuido disso, querida. --- Respondeu ele tocando na testa de seu filho, que passou a brilhar ao ser tocado com as pontas de seus dedos, bloqueando o seu lado Lummynare e deixando-o com a aparência de um humano comum. --- Agora ele ficará bem... CUIDADO QUERIDA!!! --- Gritou pulando na frente do raio que iria acertá-la, sendo atingido no ato.

   --- AMOR!!! --- Gritou ela em desespero, ao ver o seu amado caindo em sua frente e correndo para socorrê-lo.

   O rosto de Max é preenchido pelas lágrimas que percorriam o trajeto de suas bochechas, assim como as de sua mãe. Ele tentava ampará-la em seus braços, mas tudo o que conseguia era atravessá-la. Optou por chamá-la com todas as suas forças, contudo, sua voz não chegava até ela. Tudo o que ele tentava não surtia efeito, percebendo que o passado não poderia ser mudado.

   Tomando coragem para prosseguir sozinha, ela juntou os restantes de suas forças e após encarar a criatura acima das nuvens em fúria, passou a desenhar, com os dedos nus, alguns símbolos em forma de runas na superfície do barco que brilhavam em azul.

   --- Se cuida, meu filho. Eu sempre estarei ao seu lado te protegendo. --- Disse ela, se dirigindo para a criança em seu colo, e por um momento, Max teve a impressão de que a mesma tivesse olhado para ele, que estava ao seu lado observando tudo, com um belo sorriso em seu semblante. --- Já está na hora. Vamos lá, Plaline!

   --- Vamos, vamos!!! --- Plaline surgiu empolgada no centro das runas desenhadas.

   A mulher começou a sussurrar algumas palavras que Maximilian não conseguiu entender, fazendo o espírito da água soltar um brilho azulado bastante claro em conjunto com ela. Um forte lampejo tomou conta do lugar, em sincronia do raio que desceu atingindo o barco em cheio e o destruindo por completo, ao mesmo tempo que o garoto fechou os seus olhos em reflexo.

   Ao abrir os seus olhos, Max percebeu que não estava no mesmo lugar, observando que a Plaline o carregava ainda criança por cima da correnteza em que ele estava preso, o salvando de se afogar. Uma mulher ruiva se aproxima, fazendo o espírito da água desaparecer. O garoto loiro logo a reconhece, mesmo com a sua aparência mais nova, como sendo a sua mãe adotiva, Mariana.

   “Então foi assim que eu cheguei na Terra?”

   --- Sim, meu filho. Sua mãe conseguiu te teletransportar com sucesso com uma magia que ela aprendeu. --- Respondeu o homem, trazendo o garoto de volta para o breu. --- Infelizmente, esse foi o último ato dela. Ela não conseguiu se salvar. No entanto, eu consegui colocar uma essência minha dentro de sua memória antes que partisse, possibilitando esse nosso encontro.

   --- Porque o Ölüm estava atrás de mim?

   --- Como sabe esse nome? --- Era evidente o espanto em seu semblante.

   --- Eu já o encontrei antes. Um ser assustador que eu nunca mais quero encontrar na vida. --- Respondeu, se lembrando do rosto dele e do quão foi difícil escapar de sua perseguição.

   --- Entendo... Ainda bem que ele não percebeu quem era você. Ele não pode descobrir que você é metade Lummynare.

   --- Por quê?

   --- Pelo fato de você ser um Híbrido. --- Respirou fundo. --- Híbridos são conhecidos por possuir grandes energias espirituais. Essa energia pode servir de alimento para muitas espécies. No caso do servo do ser das trevas, ele está atrás dessa energia para se fortalecer. Ele busca superar o seu mestre, por isso caça incansavelmente esses híbridos. --- Ele tentava explicar de uma maneira fácil para que o garoto pudesse entender. --- É quase impossível uma criança nascer de duas espécies diferentes. Já fizeram vários experimentos para mudar esse fato. Os humanos são a espécie mais extraordinária que existe, podendo se multiplicar com facilidade. Por isso, muitas outras espécies gostam de visitar o planeta Terra, para investigar os humanos e poder estudá-los.

   --- Então... por minha culpa... vocês…

   --- Não quero que se culpe, meu filho. Eu e a sua mãe te amamos muito e faríamos qualquer coisa para te manter seguro. Você é o nosso bem mais valioso. --- Não se segurou em abraçar o seu filho, depositando um beijo em sua testa. Em seguida, mudou sua expressão calma para uma expressão mais séria. --- Você tem que tomar cuidado para não descobrirem que você é um Híbrido, se não, muitos vão querer caçá-lo.

   --- Eu manterei isso em segredo, pai.

   --- Sei que está na caçada das joias elementais, mas tome muito cuidado. O poder delas são extraordinárias e tentadoras, e no menor descuido, você poderá ter a sua energia espiritual completamente sugada.

   --- Possuí-las é risco de morte? --- Max ficou preocupado.

   --- Sim. --- Ele deu uma longa pausa, bufando em seguida. --- Odeio admitir isso, meu filho, mas se tem alguém que é capaz de reunir as quatros joias elementais, esse alguém é você. A nossa anciã uma vez previu que você teria uma grande missão a cumprir e que as suas ações poderiam salvar ou destruir o mundo.

   --- Eu vou precisar delas para salvar os meus amigos. Não posso desistir agora.

   --- Eu sei. Você se tornou um grande homem, tenho muito orgulho de você. Lembre-se disso, meu filho, você nunca estará sozinho. Nunca se esqueça que você é filho Handrew Steven e Margareth Steven, os seus pais que sempre vão te amar.

   --- Como eu saio daqui? Eu estou morto?

   --- Não, só está em coma. Mas já está na hora de você acordar. Acorda, Max!!!...

   --- Acorda, Max! Por favor, acorda Max! --- Maximilian sente alguém o balançar, fazendo-o voltar para a realidade. O garoto abre os olhos lentamente, fazendo o amigo respirar em alívio. --- Graças a Deus, ‘mano, fiquei tão preocupado. --- o abraçou com força.

   --- Máxin!!! --- Laila disse eufórica, empurrando o Maurício para o lado e caindo por cima do garoto loiro, o fazendo cair novamente no chão. --- Eu fiquei tão preocupada. Quase que... --- Ela avistou a joia na mão do loiro. --- Você conseguiu? --- Falou empolgada.

   --- Você é realmente incrível, Maximilian. --- Empolgou-se Kokish, emitindo um grande sorriso.

   --- Temos que encontrar logo a próxima joia! --- Max disse com o semblante sério, enquanto se levantava e seguia em direção aos painéis da nave.

   --- Acalme-se, Max! Você quase morreu agora a pouco. Não sei o que está acontecendo e nem como foi capaz de escapar da explosão sem nenhum arranhão, mas... você está se arriscando demais. Precisa ir com mais calma.

   --- Eu sei, amigo, mas isso não muda o fato de que precisamos encontrar a próxima joia antes do Ölüm. --- Disse ele depositando a joia no rastreador.

   Todos olhavam as ações do Max sem dizer mais nenhuma palavra. Todos menos o Maurício, que já estava cansado de o amigo esconder coisas dele, o puxando para um canto isolado para confrontá-lo. Maximilian precisava conversar com alguém, tinha que soltar para fora o que estava preso em sua garganta. Contou tudo o que estava acontecendo com ele para o seu amigo, que permaneceu quieto escutando tudo o que o loiro tinha para lhe dizer. Não poupou detalhes e nem informações, contou toda a recém-descoberta e seus temores para o futuro, deixando o amigo a par de tudo.

   Teria sido essa uma boa ideia? Só o tempo dirá.

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