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Capítulo 30

Uma, duas, três, quatro semanas e o namoro ficava cada vez melhor. Finalmente, a Bia e o Lourenço pararam de andar para trás, também, com tão pouco tempo para ficar junto, eles não queriam mais desperdiçar nenhum minutinho brigando.

Pela primeira vez, um relacionamento a completava em todos os sentidos e a Bia se descobria mulher nos braços dele. O que não queria dizer que de vez em quando não batesse a insegurança, e ela não se debatesse consigo mesma tentando entender como era possível uma menina que tinha acabado de perder a virgindade conseguir estar segurando o interesse de um cara como ele. Mas, quando os dois estavam juntos e ele a fazia se sentir a pessoa mais especial do mundo, murmurando promessas doces e indecentes no seu ouvido, ela esquecia de tudo que não fosse a certeza de aquela era uma história com final feliz.

Assim como o sexo era novidade para ela, os outros programas, como cinema, barzinho ou simplesmente sentar e conversar é que eram inéditos para o Lourenço, e eles tentavam achar o equilíbrio entre os dois lados do relacionamento.

A cada dia, ele se abria mais um pouco, mostrando seus lados escondidos. A Bia sentia que, além de namorados, eles estavam se tornando amigos, e ela se pegou contando coisas para ele que só a Vivi sabia. E o melhor de tudo, mesmo quando o assunto era superficial e bobo, como sua frustração pelo pai ainda não ter lhe convidado para assistir à outra cirurgia, o Lourenço a escutava com a mesma atenção e, com seu lado prático e pé no chão, a fazia ver a situação pela perspectiva que realmente importava.

Mas...

É claro que tinha um mas.

A Bia vivia uma vida de duas partes. De um lado, tudo o que tinha a ver com o Lourenço, e do outro, o resto. Com exceção da quase briga com o Diego, as duas partes eram água e óleo, e ninguém mais o conhecia.

Ela assumia sua quota de responsabilidade, egoisticamente querendo o pouco tempo livre do Lourenço todo para si mesma, mas as cobranças começavam a aparecer, sem muita pressão, mas cobranças de qualquer maneira — com exceção da Vivi que era bem dramática nas ameaças de ir na casa do Lourenço ver se ele existia de verdade.

Todo mundo estava morrendo de curiosidade para conhecer o cara que estava fazendo a Bia andar com passos leves e rindo à toa, e sua mãe tinha passado a semana inteira jogando insinuações, aqui e ali, de como o almoço de aniversário de casamento naquele domingo, seria a oportunidade perfeita para a primeira visita do Lourenço.

Por isso, no sábado à noite, a Bia foi se encontrar com ele com a missão de abordar não só um assunto importante e delicado, mas dois.

Era o final da noite e ela estava deitada no peito do Lourenço, tentando se recuperar do último orgasmo arrasador que ele tinha lhe dado, os dedos dele brincando distraídos com seu seio por cima da renda do sutiã.

Sim, ela estava de sutiã.

A Bia tinha visto uma calcinha vermelha, linda, numa vitrine, mas só vendia o conjunto, e como seria uma pena deixar a parte de cima, super sexy também, em casa, ela tinha surpreendido o Lourenço usando o par. Mas quem acabou sendo surpreendida foi a Bia, quando ele a impediu de tirar o sutiã e lhe mostrou que as carícias e beijos através da aspereza da renda eram tão bons quanto sem nada.

E o carinho continuava delicioso, e a Bia poderia ficar ali o resto da vida, mas a hora de ir embora estava chegando e ela tinha sua missão para cumprir. Com um esforço enorme, ela se separou daquele peito que era sua segunda casa, e sentou na cama, puxando o lençol para cobri-la da cintura para baixo. Não por vergonha, mas ele tinha a mania de se distrair à toa com seu corpo, e ela precisava da atenção dele toda na conversa.

— Lourenço, eu tenho uma pergunta pra te fazer.

— Pode mandar, minha linda. — Ele se virou de lado, apoiando o cotovelo no colchão e a cabeça na mão.

— Essa semana eu tive uma consulta com a minha ginecologista — ela falou olhando para o peito dele porque não era um assunto dos mais fáceis, mas, ao mesmo tempo, sabendo que aquele era o tipo de coisa que precisava ser feita às claras entre eles. — Eu pedi a ela pra me passar um anticoncepcional.

Ele sentou com um pulo, encostando na cabeceira da cama, os olhos arregalados.

— Você tá querendo dizer... transar sem camisinha?

A Bia quase riu do entusiasmo e da avidez com que ele esperava a resposta.

— Talvez, mas antes, eu preciso saber se entre a primeira vez que a gente ficou junto até quando a gente começou a namorar, você foi cuidadoso com as outras meninas.

— Eu... — Ele esfregou o indicador do lado do olho e balançou a cabeça. — Essa é uma daquelas perguntas que não interessa como eu respondo, vai dar merda, né?

— Não — ela respondeu com toda a calma que conseguiu, embora fosse sim, horrível imaginar ele com outras. — Escuta, eu não tenho o direito de me chatear com nada que você fez antes da gente começar a namorar, mas você esqueceu a camisinha comigo uma vez, e quase esqueceu uma outra vez...

— Mas... — Ele encostou o dedo na cintura dela e cutucou algumas vezes. — Eu já disse que só você me faz esquecer de tudo.

— Eu acredito em você. — Ela se inclinou para a frente e deu um beijo rápido nele. — Eu tô perguntando porque, você disse que não precisava, mas eu fiz um exame de sangue depois da nossa primeira vez. E se deu tudo bem pra mim, tá tudo bem com você também, e se você quiser a gente vai poder "esquecer" da camisinha todas as vezes. — Ela riu fazendo aspas com os dedos no esquecer.

— Se eu quero? — Ele mudou de posição e encostou os lábios no ouvido dela, murmurando com a voz rouca. — Querer não é bem a palavra, mas eu não tô conseguindo pensar em outra e vai ter que servir.

— Eu te aviso, então, quando estiver tudo certo.

Todo mundo dizia que sexo era melhor sem camisinha, e se já era incrível com, ela provavelmente não sobreviveria ao Lourenço sem nenhuma barreira entre eles. Um calafrio a percorreu quando ele acariciou seu ouvido e pescoço com a ponta do nariz.

— Você acredita se eu disser que eu fiquei um pouco bolado quando você me contou que não estava grávida?

— Sério? — Ela se afastou para poder vê-lo melhor. Ela tinha mesmo ficado confusa com o sorriso dele, no dia da sua visita surpresa, quando ele ainda não sabia que não tinha engravidado uma menina que ele mal conhecia.

— Eu sei que é doido, mas se a gente tivesse um filho, ia ser uma ligação entre a gente, pra sempre. E você ia ter que conviver comigo, mesmo depois de ter inventado um namorado pra me dispensar. — Ele se encostou na cabeceira novamente, sorrindo de orelha a orelha. — Eu já estava até imaginando uma menininha parecida com você, e que ia se chamar Alícia, claro.

— Alícia é um nome lindo, mas ela ia ter outro nome porque se eu estivesse grávida, eu não teria vindo te procurar. Você disse que não ia fugir da sua responsabilidade, eu não queria um pai pra um filho meu só por responsabilidade.

— Você esqueceu de tanta coisa, agora das merdas que eu falei aquele dia, você lembra todas, né? — Ele balançou a cabeça, desconsolado. — Foi a primeira vez que eu transei com uma virgem, a primeira vez que eu esqueci a camisinha, eu nunca tive vontade de conhecer alguém que veio pra casa comigo e você me dispensou. Eu estava mais fora do meu jogo que nunca.

— Deixa pra lá, então. Não adianta nada ficar discutindo por uma coisa que nem aconteceu.

— Tá certo. — Ele segurou a mão dela, o polegar acariciando a parte de cima, devagar. — Mas não esquece que eu tinha a placa do seu carro. Eu ia dar um jeito de te achar e provar que eu não ia ser um pai só por responsabilidade.

— Sem chance. Depois que o meu pai te apresentasse à espingarda do meu avô, não ia sobrar nem um pedacinho de você pra ser pai de ninguém — ela brincou. — E por falar no meu pai, eu tenho outra coisa pra te falar, na verdade, um convite.

Ela tinha ensaiado aquele momento, várias vezes dentro da cabeça, mas com o olhar intenso e cheio de expectativas a fitando de volta, todas as palavras que ela preparou viraram um bolo na sua garganta.

Não era medo que ele fosse ser mal recebido pela sua família como ela, pela Mariana. O Lourenço era carismático, ia fazer todo mundo comer na palma da mão dele, mas se ele tinha demorado a se sentir à vontade na sua casa quando estavam só os dois, talvez fosse rápido demais expô-lo a tanto? A última coisa que ela queria era que ele voltasse correndo para dentro dele mesmo, e para longe dela.

Mas ela não podia continuar se esquivando, ou os pais iam começar a achar que tinha algo de errado com ele.

— Um convite? — Ele apertou a mão dela a encorajando a seguir em frente.

— Amanhã vai ter um almoço lá em casa, pra comemorar as bodas de prata dos meus pais, eu queria saber se você não quer ir?

Foi horrível como a voz dela saiu insegura e vacilante, e ele percebeu, claro, largando a mão dela e balançando a cabeça algumas vezes, com o lábio inferior preso entre os dentes.

— Bodas de prata, hã? — Ele a olhou sério e cruzou os braços. — Não parece um almoço que foi organizado de um dia pro outro. Se eu não te conhecesse bem, dava pra pensar que você deixou o convite pra última hora só pra eu já ter outra parada pra fazer e não poder ir.

— Não é isso... — Ela começou a inventar uma desculpa, mas não era assim que funcionava entre eles, e como ela não podia se negar a dar uma explicação, respirou fundo para soltar a verdade. — Eu não sabia se eu ia te convidar, mas é porque eu não quero que você se sinta obrigado a fazer uma coisa que você ainda não tá pronto pra fazer, só pra me agradar.

— E por que você acha que eu não tô pronto pra conhecer seus pais? — Ele virou a cabeça de lado. — Ou é você quem não tá pronta pra os seus pais me conhecerem?

— Lourenço... — A Bia cobriu o rosto com as mãos e esfregou os olhos algumas vezes antes de tentar consertar o convite mais mal feito da história de convites mal feitos. — Nem um, nem outro. Pode tá parecendo que eu não queria que você fosse, mas não é verdade. Eu fiquei preocupada com você porque é todo mundo de uma vez, entende? Pai, mãe, irmão, avós, tios, prima...

— Preocupada? — ele perguntou, descruzando os braços, se desarmando da discussão que, por alguns segundos, pareceu inevitável. — Você tá preocupada comigo? Não com vergonha?

— Vergonha? — Ela não poderia estar mais surpresa.

Como ela era burra! Claro, que era aquilo que ele ia pensar. Pelo jeito, a conversa de algumas semanas antes não tinha afastado todas as inseguranças do Lourenço. A Bia pulou para o colo dele.

— Eu não tenho vergonha de você. — Ela envolveu o rosto dele com as duas mãos. — Pelo contrário, vai ser com muito orgulho que eu vou apresentar uma cara como você pra minha família amanhã. Por favor, diz que você vai? — Ela usou sua voz mais persuasiva.

— Como é que eu vou dizer não pra um convite desses? — Ele riu. — E eu prometo que eu não vou comer de boca aberta, nem falar de boca cheia.

— Idiota. — Ela desabou no peito dele, feliz e aliviada, por ter tudo funcionado, no final.

E por falar em final...

Ela inspirou fundo, aproveitando o cheiro dele pela última vez naquela noite e se preparou para se afastar. Pressentindo seus movimentos, ele a abraçou com força.

— Eu odeio a hora de ir embora.

— Eu também. — Ela se separou dele e levantou antes que acabasse sendo vencida pela preguiça e pelo sono. — Mas é só até daqui a pouco.

Eles se ocuparam com o que já tinha virado a rotina da hora de ir para casa. Eles se vestiram, e o Lourenço a levou até o carro, a apertando contra a porta com o beijo de despedida.

— Eu nunca pensei que eu ia dizer isso, mas se você tiver outro sutiã tipo esse, eu não vou me importar de você usar.

— Você gostou muito do meu sutiã, não gostou?

— Muito — ele confirmou com seu meio sorriso indecente.

Num impulso, a Bia enfiou a mão pelas costas da blusa, abriu o fecho do sutiã, passou o elástico pelos braços e o puxou pela frente do decote.

— Fica pra você. — Ela estendeu a mão na direção de um Lourenço com os olhos arregalados e boca entreaberta.

— Eu não quero separar o conjunto. — A voz dele saiu baixa e rouca.

— Tudo bem. — A Bia olhou em volta. A rua era calma e quase sempre deserta, ainda mais de madrugada. As janelas escuras dos prédios reforçaram sua resolução e, para acabar de chocar o Lourenço, ela enfiou as mãos por baixo da saia e tirou a calcinha. — Toma.

Ele engoliu em seco, sem reação. A Bia segurou o pulso do namorado e colocou os dois pedacinhos de pano na palma da mão dele.

— Puta que pariu, Biatriz com 'i'! Assim meu coração não aguenta nem cinco anos, quanto mais vinte e cinco.

— Eu me especializo em cardiologia pra cuidar do seu coração. — Ela piscou o olho e entrou no carro rápido, antes que ele fizesse o que o olhar estava ameaçando, a jogasse nos ombros e a carregasse de volta lá para cima.

Ela saiu da vaga, e deixou o Lourenço como uma estátua no meio da rua, com a mão fechada em volta da sua ousadia. Antes de se afastar, ela o ouviu no silêncio da madrugada.

— Muito mais que perfeita!

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